Ettore FerrariQuandoo pude contemplá-la descendo as escadas, eu percebi que realmente havia feito uma excelente escolha. Violleta seria totalmente minha, sem restrições, viveria nesse mundo obscuro que a máfia carrega, e principalmente na escuridão que habita em mim e logo me daria um herdeiro forte com olhos tão ferozes quanto os dela.Mas, claro que não deixaria de falar alguma gracinha e não menti quando disse que antes de qualquer coisa, não pensaria duas vezes em vê-la diluída em um barril de ácido. Todavia percebi essa noite que jamais permitiria que Violleta saísse do meu poder. Ela pensava que eu já havia sido casado, criou uma história obscura na própria mente em que sou um assassino de esposas, pensei que era um bom jeito de começar a assustá-la e a própria já me dava boas ideias de como fazer isso. Eu quis rir quando ela disse aquilo. Nenhuma mulher estava à altura de ser minha esposa, muito mais ter o sepultamento digno de um barril de ácido. Era menos pior que o que fazí
Ettore FerrariAssim que chego na sede, Pietro já está com sua típica cara de bunda. — Você não pensou mesmo que ela não fosse tentar fugir, pensou? Dê uma chance para a menina! — Você sabe que não tem essa de "chance", não se preocupe, não vou matá-la, pelo menos ainda não! Ainda tenho que socar um filho nela antes que não tenha utilidade.— Per Dio, Ettore, a garota não fez nada além do esperado! — justificou meu irmão.— Não seja mulherzinha, porra! Comporte-se como homem, Pietro! Quando tiver uma mulher vai deixar ela pisar nas suas bolas assim, caralho? Entro na sala de “cirurgia”, de cara já vejo Violleta em pânico quando me vê passando pela a porta. Ela está sentada em uma cadeira com suas mãos e pés amarrados, seus olhos azuis, agora escurecidos pelo medo, estão grudados em mim. Confesso que o medo que evapora de seus poros me dá tesão e adrenalina para o que vem acontecer logo em seguida. Pego uma cadeira e me sento em sua frente. — Você acabou com minha diversão, sa
VIOLLETA.Abro meus olhos lentamente, me levanto e fico sentada na cama, minha cabeça lateja com o movimento precipitado, sinto uma forte ardência na minha nuca. Meus seios doem e quando abro a blusa vejo que estão enfaixados. As lágrimas descem com as lembranças que vêm de uma vez só do que tinha acontecido horas atrás, aquele monstro me marcou como um animal, sem se importar com minha dor ou mesmo minha fragilidade. Na minha cabeça tudo iria sair na mais perfeita condição, todos estavam em seus devidos quartos, só precisava conseguir pular aquele muro, mas sou baixa demais. Não sei onde estava com a cabeça, nunca conseguiria fazer aquilo, aquele muro é para manter quem está fora longe, e quem está dentro seguro, mas eu precisava tentar alguma coisa para sair desse pesadelo. Errei drasticamente e agora sentia as consequências disso. Daria tudo para não ter saído daquele orfanato, tudo!Esqueço minhas lamentações quando vejo Sandra sair do banheiro.— Eu sinto muito, querida. — Ela s
VIOLLETA.Acordo com batidas na porta, fico esperando, mas não ouço mais nada então acho que a pessoa pode ter ido embora. Devagar, estico minhas pernas, e meus braços para me espreguiçar e me levanto indo para o banheiro, tomo meu banho com cuidado, para não molhar minha nuca. Quando saio levo um susto ao ver Sandra sentada na cama.— Mi scusi se a assustei, eu vim refazer o curativo!— Eu que estava distraída. Depois que Sandra refaz meu curativo descemos juntas para tomar o café da manhã, quando chego na cozinha todos estão sentados nos seus devidos lugares, assim que me sento Ettore se levanta. — Quando terminar vá ao meu escritório! — Diz, me olhando, depois se vira para o irmão e diz: — Mostre a ela onde fica, Pietro!Ele apenas assente, não parece nada feliz e não é o único.Fico apreensiva, porém, tentando não demonstrar isso, continuo a tomar meu café em silêncio, sem me importar com os olhares que o pai de Ettore me lança. Ele até agora não me dirigiu uma única palavra,
ViolletaAbro meus olhos, mas continuo deitada na cama, para minha infelicidade o restante da semana passou extremamente devagar. Hoje é o dia em que toda minha desgraça se tornará permanente, tentei me preparar para esse momento e tudo que viria depois dele, mas não é preparação o que preciso, e sim de muita força para passar por isso sem deixar que Ettore me mate. Preciso ser forte, porque eu sei que vou ter minha vingança, custe o que custar.Levanto e vou até a varanda, vejo cerca de cinco pessoas cuidando do altar no imenso jardim enquanto outras estão fazendo a decoração, toda a cerimônia será feita ao ar livre, mas a festa vai ser em algum outro local, onde costumam fazer as festas da organização, não me interessei muito quando Sandra me disse, não me importo com nada, estou sendo forçada a tudo, nada disso me faz feliz, ou me deixa minimamente contente. Ouço uma batida na porta, me viro e vejo minha futura sogra com Bianca ao seu lado.— Ragazza, você ainda está assim? — Sand
ViolletaJá era tarde quando finalmente consegui me levantar da cadeira e massageio meu bumbum, que está dolorido de tanto ficar sentada. — Está muito bonita, querida. — Sandra fala sorrindo, mas quando me vê, sem expressão, desfaz seu sorriso. — Seja forte, tudo bem? Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas somos mulheres e é nosso dever te apoiar.— Eu sinto como se fosse meu último dia de vida na Terra… — Venha cá! — Me puxa, me abraçando, enquanto me acompanha pelo quarto.Olhei-me no espelho tentando conter as lágrimas para não arruinar a maquiagem, mas tive que admitir que nunca me vi tão bonita. Sandra fez uma ótima escolha de vestido. Um tomara que caia, bem volumoso, rendado, com linhas prateadas, e com cristais por todo o corpo, até onde apertava minha cintura, e de joia, um lindo colar de esmeraldas para realçar minha pele branca. Olhando para o espelho não me reconheço, tudo estava um verdadeiro deslumbre em contraste com minha alma partida. Sandra já tinha descido, m
ViolletaDepois de passar longas horas me despedindo dos convidados, me sento em umas das cadeiras vazias que estão no salão. Encho uma taça até a boca com champanhe e já me preparo para bebê-la inteira num só gole.— Vamos querida, o carro está a nossa espera! — Sandra me chama e eu a acompanho até o carro, mas antes, tenho tempo de ver Ettore entrar no seu carro com a loira com a qual estava dançando. Entro no carro, e me acomodo virando para o lado oposto ao que está o carro dele. Sandra vai na frente com Domenico, que está conduzindo o carro. Fico entre Bianca e Pietro, encosto minha cabeça no banco fechando os olhos para descansar um pouco até chegarmos em casa. Chegando em casa, vou direto para o quarto. Ettore entrou na casa de mãos dadas com a loira, mas eu não disse uma palavra, apenas fingi não estar vendo nada. Sento na cama tirando meus sapatos, massageio meus pés para passar o desconforto que sinto, resultado de horas em cima daquele salto. Espero que ele fique onde está
Ettore FerrariViolleta não deixou se abalar diante da afronta de Rebecca, continuava a mostrar suas garras sem medo mesmo depois do que fiz. Gosto disso, porém ela não pode confundir as coisas, não comigo, não dou abertura para esses seus desacatos, mas com Rebecca ela pode falar, xingar, o quanto quiser, quero ver até onde isso vai.Deixei Rebecca no quarto de hóspedes e caminho de volta para o meu, onde não dormia desde que trouxe Violleta para morar aqui. Entro usando a chave reserva já que a mesma tinha trancado a porta por dentro, olho para a cama e assisto-a dormir, seu corpo está descoberto deixando à mostra suas curvas bem desenhadas e salientes, de longe, é a mulher mais bela que já vi.Seu cabelo esconde um lado do seu rosto, e me lembro do quanto chamou minha atenção naquele primeiro dia no escritório. Imagino o momento em que a terei embaixo de mim, ou por cima, gemendo no pé do meu ouvido, enquanto enfio meu pau com força na sua abertura. Vou fodê-la com gosto, dia e noi