EMMAEu já estava entregue. No apertado banheiro do avião, não havia escapatória. Em vez de fugir, me rendi. O desejo fervia dentro de mim, e logo gemidos roucos escaparam dos meus lábios.David deslizou as mãos firmes pelo meu corpo, abaixou minha roupa íntima e, com um movimento ágil, desabotoou a própria calça. Seu membro rígido roçou contra minha pele quente, despertando um arrepio intenso.— Desculpe, linda... — ele sussurrou com a voz rouca, os olhos brilhando de desejo. — Eu adoraria ter tempo para explorar cada pedacinho seu, mas não consigo esperar. Minha vontade de te sentir é maior.Antes que eu pudesse responder, ele me ergueu, me pressionando contra a parede do cubículo minúsculo, e me preencheu de uma só vez.Um suspiro entrecortado escapou dos meus lábios enquanto ele se movia dentro de mim com precisão e intensidade, os beijos urgentes abafando meus gemidos. Cada investida me levava ao limite, e ele sabia disso.— Você é incrível, Emma... Minha perdição — David murmuro
SARAH— Uau, mãe, que aroma maravilhoso! Eu conheço esse cheiro. Você realmente fez a minha lasanha de abobrinha favorita? Pai, você vai amar essa lasanha. Agora, parece que tudo gira em torno do pai, como se a mãe tivesse desaparecido.Claro, talvez eu esteja exagerando um pouco. A mesa já estava posta, e todos nos sentamos para o jantar enquanto Lunna falava animadamente sobre um passeio que o pai vai fazer com ela. Eu, por outro lado, não fazia ideia de qual lugar ela estava falando, porque ninguém me contou nada sobre isso.Que absurdo ele marcar algo com a nossa filha sem sequer me consultar. Tenho rezado para manter a calma. Ele conversa com Lunna como se eu não estivesse ali, me ignorando por completo. E, mesmo assim, minha filha sempre se volta para mim, querendo saber o que penso sobre o que o pai diz.Ah, só não o insulto na frente da Lunna. Se estivéssemos sozinhos, ele já teria ouvido umas boas verdades.Atrevido e irresistível! Sempre foi assim, desde a adolescência, e is
SARAHAlguns dias atrás, seus amigos estavam aqui, mas eu não sabia. Saí do quarto de camisola para pegar um copo d’água na cozinha, sem perceber que havia visitantes. Ele quase me matou de raiva quando me viu.— Eu não quero nunca mais te ver andando pela casa assim — ele rosnou, os olhos faiscando. — Parece uma qualquer.Se ele tivesse me avisado que tinha companhia, eu não teria ido até a cozinha vestida daquela forma. Mas ele gosta de me pegar desprevenida, de me fazer sentir pequena diante de suas regras.O que me intriga é que até seus amigos parecem ter medo dele. Mesmo os mais altos e fortes o obedecem sem hesitação.Que tipo de poder Nicholas exerce sobre as pessoas?E, pior…Que tipo de poder ele ainda tem sobre mim?Foi uma situação no mínimo peculiar.Ele me viu, disse algumas palavras secas e, antes que eu pudesse reagir, me puxou com força. Seu toque não era gentil, tampouco cuidadoso. Era possessivo, como se eu fosse um objeto que ele pudesse simplesmente arrastar para
ALEXANDEREstou cansado da resistência de Sarah. Sua rejeição constante é um tormento que corrói minha paciência. Há anos tento conquistá-la, me aproximo com cuidado, respeito seus espaços, faço tudo da maneira certa mas nada funciona. Ela me ignora, me evita, como se eu fosse um estranho qualquer.Isso precisa acabar.Ela será minha. Não importa o que eu precise fazer.Não quero tratá-la como trato as outras. Sarah é única. O que sinto por ela não se compara ao que já senti por qualquer outra mulher. Por ela, estou disposto a mudar ou estava. Mas paciência tem limite, e a minha se esgotou.Hoje à noite, estou com meus colegas, buscando a adrenalina que me mantém vivo. Noites intensas, regadas a perigo e excessos. Meus pais jamais suspeitariam da vida que levo, acreditam que sou apenas seu filho bem-comportado. Ingênuos. Mal sabem que trilho um caminho onde a lei não tem espaço.Mas nem mesmo o frenesi da noite me distrai. Sarah é um pensamento obsessivo que se infiltra em minha mente
ALEXANDER A raiva fervia dentro de mim como lava prestes a explodir. Cada fibra do meu corpo gritava por vingança, por justiça, por sangue. Ele a levou para longe de mim. Ele a tirou de mim. E por isso, vai pagar com a própria vida.Meu peito subia e descia em um ritmo descompassado, meus punhos estavam tão cerrados que os nós dos meus dedos ficaram brancos. Minha mandíbula travou enquanto minha mente girava em pensamentos de pura fúria.Ela foi embora.Ela teve a audácia de fugir. De me abandonar como se eu fosse um monstro, como se não fosse minha. Mas ela não entende. Ela nunca entendeu. Eu sou o único homem que a quer de verdade, o único que a protege, que a deseja como ninguém mais poderia desejar.Minha. Somente minha.A ideia de outro homem tocando aquela pele macia, ouvindo a suavidade da sua voz, sentindo o calor do seu corpo… era insuportável. Inaceitável.Meu pai confirmou o que eu já suspeitava. Ela fugiu. Correu como uma covarde. Mas não há lugar no mundo onde ela possa
NICHOLASA verdade é que estou exausto dessa vontade incessante de abraçar e amar apaixonadamente Sarah.Esse desejo cresce a cada dia, sufocando-me sempre que a vejo. Seu olhar, sua presença, sua pele... tudo nela me atrai de um jeito que desafia minha razão. O simples fato de estar no mesmo ambiente que ela é um tormento que não consigo evitar.Para tentar sufocar essa necessidade, tenho me encontrado com Catharina. Faço questão de marcar esses encontros de forma que Sarah os perceba. Quero que ela saiba. Quero que sinta alguma coisa mesmo que seja raiva ou ciúme. Ela finge indiferença, mas sei que por trás dessa máscara há uma faísca de incômodo.Recentemente, Catharina ligou. Sarah atendeu e, com uma firmeza inesperada, disse que eu não estava disponível. Confesso que ri ao ouvir sua voz, imaginando o leve toque de irritação em suas palavras. Só de saber que ela teve que lidar com isso, que precisou pronunciar aquelas palavras enquanto tentava manter a compostura, me deu uma satis
NICHOLAS— Olá, querido — diz Catharina, sorrindo sedutora. Seus olhos brilham de expectativa. — Estava ansiosa pela sua chegada. Faz tempo que não aparece por aqui, não é mesmo? Senti muito a sua falta.Cruzo os braços, frio, sem paciência para esse jogo.— Não tinha interesse em vir — respondo, direto. — Só apareço quando tenho vontade. Se preferir, posso simplesmente me retirar e não voltar mais. E, sinceramente, não quero mais ouvir cobranças sobre a minha frequência aqui.Sei que minha resposta a incomoda, mas não me importo. Catharina deveria ter aprendido a lidar com isso. Entre nós, nunca houve promessas. Nunca houve ilusões. Sempre fui claro: é apenas sexo.Ainda assim, as mulheres parecem ter dificuldade em aceitar limites quando o desejo se torna frequente. Elas confundem prazer com apego, corpos entrelaçados com sentimentos. Eu não quero compromisso, nunca quis.Houve uma única exceção. Mas isso pertence ao passado.E agora, por mais que eu tente fugir, aquela exceção volt
NICHOLASEstaciono o carro na garagem e entro em casa. O som da televisão ecoa pela sala. Estranho. A essa hora, apenas Lunna costuma ficar aqui, dizendo que a sala a faz sentir como se estivesse no cinema.Caminho até o sofá e me deparo com Sarah, adormecida, enrolada em cobertores.Por que ela está aqui? Ela quase nunca usa este cômodo. Desligo a TV, ponderando se devo acordá-la ou deixá-la dormir. Opto pela primeira opção.— Sarah, vá para o seu quarto — digo, tocando-a suavemente.Ela se mexe, abrindo os olhos lentamente.— Que horas são? — murmura, antes de estreitar os olhos. — Pensei que passaria a noite na casa de uma das suas tantas companheiras. Seria interessante escolher apenas uma, caso contrário, corre o risco de pegar alguma doença.Minha paciência se esgota. Quem ela pensa que é para falar das mulheres com quem fico? E ainda com esse tom calmo, como se eu fosse irrelevante para ela?A irritação cresce. Será que ela realmente não sente nada por mim? Estou me enganando