NICHOLASEla treme. De raiva? De desejo? Não sei. Mas estou tão perto dela que não consigo mais me conter.Meus lábios encontram os seus, tomados pela saudade, e o gosto dela explode na minha boca como uma maldita droga viciante.Como eu senti falta desse beijo!Nosso beijo é intenso, faminto, selvagem. Minhas mãos exploram seu corpo com uma urgência que nem eu mesmo compreendo, sentindo sua pele se arrepiar ao meu toque.Que mulher maravilhosa! Ela me enlouquece. Me faz perder a cabeça.Os gemidos dela escapam, provocados por meus beijos e toques ousados. Para alguém que afirmava não me querer, seu corpo está se entregando sem reservas. Meus dedos descem, encontrando seu centro úmido, e um sorriso satisfeito se espalha no meu rosto.— Você diz que não me deseja… mas olha só pra você, Sarah. — Sussurro contra sua boca, provocando. — Molhadinha pra mim. Como sempre.Ela solta um suspiro ofegante quando pressiono dois dedos contra sua entrada, deslizando facilmente. Seu corpo responde
NICHOLAS A joguei na cama, arrancando um suspiro surpreso dela.— Sabe há quanto tempo eu espero por isso? — murmurei contra sua pele enquanto minhas mãos deslizavam por suas coxas, separando-as.Ela mordeu o lábio, os olhos escurecidos pelo desejo.— Então me mostra.Um grunhido saiu do fundo da minha garganta antes que eu rasgasse sua camisola, ansioso demais para perder tempo com delicadezas. Minha boca desceu pelo seu pescoço, mordiscando sua pele até sentir seu corpo tremer.Meus dedos deslizaram entre suas pernas, encontrando-a completamente molhada para mim.— Você gosta quando sou bruto assim? — Sussurrei contra sua boca, deslizando um dedo para dentro dela e sentindo seu corpo se arquear na mesma hora.Sarah soltou um gemido desesperado, os olhos fechados enquanto eu a provocava com toques lentos e intensos.— Responde, Sarah. — Exigi, aumentando a velocidade.— Sim… — Ela arfou, apertando meus ombros. Satisfeito com sua resposta, continuei minha tortura até que seu corpo
SARAHTodas as experiências proporcionadas por Nicholas haviam sido intensas. Depois de tanto tempo sem intimidade, sentir sua presença de forma tão visceral foi algo único, marcante. Cada toque, cada sussurro, tudo parecia ter ficado gravado em minha pele.Quando despertei, ele já não estava mais no quarto. Olhei para o relógio e me surpreendi ao ver o quanto tinha dormido. Isso era raro para mim. Levantei-me com o corpo relaxado, uma sensação boa, porém, ao mesmo tempo, inquietante. Segui para o meu quarto, onde poderia retomar minha rotina de cuidados, afinal, no quarto de Nicholas não havia nada meu.No banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, tentando afastar a névoa de pensamentos que insistiam em me consumir. Tomei um banho longo e quente, permitindo que a água levasse qualquer resquício de dúvida sobre o que tinha acontecido na noite anterior. Ao terminar, sequei os cabelos, vesti algo confortável e fui procurar minha filha.Lunna estava na sala, assistindo televisão ao la
SARAHEu estava quase adormecendo quando ouvi a voz suave da minha filha chamando na porta. Um peso familiar pousou sobre meu peito enquanto me levantava devagar, segurando o puxador da porta, já antecipando as palavras tristes que ela estava prestes a dizer.— Mamãe, por que você foi embora sem a gente? — Sua voz carregava um tom de decepção, como se, mais uma vez, eu tivesse falhado com ela. — Eu queria tanto passar mais tempo com vocês dois... Quando fomos te procurar, você já não estava mais lá.A culpa me atingiu como um golpe certeiro. Meu coração se apertou ao ver a expressão de mágoa no rosto dela. Eu me sentia a pior mãe do mundo naquele instante.— Desculpe, querida — murmurei, tentando amenizar sua dor — mas eu estava exausta e congelando. Voltei para casa e deixei um recado para o seu pai. Prometo que vou ficar aqui, mesmo não gostando muito, até o verão chegar. Assim, poderemos sair todos os dias com ele. O que acha? Você sabe que eu não sou muito fã do frio.Seus olhos b
SARAHEstou prestes a completar vinte e sete anos, enquanto minha filha logo fará onze. Nunca me arrependi de tê-la. Nunca cogitei abandoná-la. Sei que algumas mulheres tomam essa decisão por não terem outra escolha, e jamais as julgaria. Às vezes, a única forma de garantir segurança a uma criança é entregá-la para adoção. Mas o que não aceito é a crueldade. Não consigo entender como alguém pode fazer mal a um ser indefeso, a uma criança que não pediu para nascer e que não tem culpa de nada. Pensar nisso me revolta tanto que prefiro afastar esses pensamentos.Observo Lunna adormecida no sofá. Ela não aguentou ver nem dez minutos do filme antes de apagar. Provavelmente está exausta depois de patinar a tarde inteira. Um sorriso surge no meu rosto. Com cuidado, a pego no colo e a levo para seu quarto. A deito, cubro-a e deixo um beijo suave em sua testa. Ela é o meu mundo.Com a casa em silêncio, aproveito para tomar um banho rápido e vestir algo confortável. Ou pelo menos o que deveria
SARAHDesde que o provoquei pela última vez, Nicholas só piorou com sua arrogância e chatice. Mas eu não caí mais nesse jogo. Cansei. Não vou me rebaixar. Sei muito bem que ele me deseja vejo isso em seus olhos sempre que me observa, principalmente quando estou com minhas camisolas. Mas essa batalha de quem provoca quem já não me interessa mais. No final, quem sempre sai machucada sou eu.Eu deveria odiá-lo com todas as minhas forças. Esse era o sentimento que fazia sentido, a emoção que deveria me dominar. Mas, por algum motivo, não consigo.Minha intenção era confrontá-lo sobre o que aconteceu entre mim e Felipe, mas Felipe simplesmente desapareceu, levando consigo as respostas que eu tanto precisava. Como pode ter acreditado naquela mentira absurda? Como alguém tão zeloso e possessivo foi enganado tão facilmente? Quem teria interesse em nos separar?Minhas amigas, todas chegaram à mesma conclusão: alguém armou tudo. Mas quem? E o que ganharia com isso?A frustração me corrói toda v
SARAH Voltar ao trabalho tem sido uma experiência libertadora. Depois de dias desempenhando minhas funções, sinto-me realizada. Mas Nicholas, como sempre, parece incapaz de compartilhar da minha felicidade. Ele insiste, todos os dias, que eu deveria largar o emprego. Acredita que pode simplesmente impor sua vontade sobre mim. O problema é que ele está muito enganado.Chegou a ameaçar fechar o restaurante apenas para me forçar a sair, mas sei que ele não é louco o suficiente para fazer isso. E mesmo que fosse, eu encontraria outra solução. Não sou mais a mulher submissa que ele achava que controlava.O estabelecimento em que trabalho pertence a um empresário misterioso, alguém que nunca conheci pessoalmente. No dia da minha entrevista, fui recebida pelo gerente, e, desde então, todas as minhas tentativas de encontrar o verdadeiro dono foram frustradas. Ele parece ser um homem ocupado, envolvido em muitos negócios, sempre ausente. No entanto, há algo estranho… sempre que estou no resta
SARAHDesde que comecei a trabalhar, Nicholas mal se comunica comigo. Já se passaram meses assim, e a distância entre nós só cresce, como se fôssemos meros conhecidos dividindo a mesma casa. Talvez seja melhor assim... ou talvez não.Hoje completo um ano morando nesta cidade, e minha filha, Lunna, já fez onze anos. Seu pai organizou uma festa grandiosa para ela, algo digno da realeza. Cerca de mil convidados... Ele é completamente louco! Nunca vi tanta gente reunida para comemorar um aniversário infantil. Se não fosse pela presença das minhas amigas, eu teria enlouquecido no meio daquela multidão. Felizmente, Emma esteve ao meu lado o tempo todo, garantindo que eu não perdesse a paciência.Minhas amigas amaram a Espanha. Passeamos juntas, exploramos lugares incríveis e até nos aventuramos em cassinos que Emma sugeriu. Foram momentos únicos, cheios de risadas e liberdade.Já me sinto familiarizada com esse país, como se fizesse parte dele. Recentemente, inclusive, viajei até Lisboa aco