ALEXANDER A raiva fervia dentro de mim como lava prestes a explodir. Cada fibra do meu corpo gritava por vingança, por justiça, por sangue. Ele a levou para longe de mim. Ele a tirou de mim. E por isso, vai pagar com a própria vida.Meu peito subia e descia em um ritmo descompassado, meus punhos estavam tão cerrados que os nós dos meus dedos ficaram brancos. Minha mandíbula travou enquanto minha mente girava em pensamentos de pura fúria.Ela foi embora.Ela teve a audácia de fugir. De me abandonar como se eu fosse um monstro, como se não fosse minha. Mas ela não entende. Ela nunca entendeu. Eu sou o único homem que a quer de verdade, o único que a protege, que a deseja como ninguém mais poderia desejar.Minha. Somente minha.A ideia de outro homem tocando aquela pele macia, ouvindo a suavidade da sua voz, sentindo o calor do seu corpo… era insuportável. Inaceitável.Meu pai confirmou o que eu já suspeitava. Ela fugiu. Correu como uma covarde. Mas não há lugar no mundo onde ela possa
NICHOLASA verdade é que estou exausto dessa vontade incessante de abraçar e amar apaixonadamente Sarah.Esse desejo cresce a cada dia, sufocando-me sempre que a vejo. Seu olhar, sua presença, sua pele... tudo nela me atrai de um jeito que desafia minha razão. O simples fato de estar no mesmo ambiente que ela é um tormento que não consigo evitar.Para tentar sufocar essa necessidade, tenho me encontrado com Catharina. Faço questão de marcar esses encontros de forma que Sarah os perceba. Quero que ela saiba. Quero que sinta alguma coisa mesmo que seja raiva ou ciúme. Ela finge indiferença, mas sei que por trás dessa máscara há uma faísca de incômodo.Recentemente, Catharina ligou. Sarah atendeu e, com uma firmeza inesperada, disse que eu não estava disponível. Confesso que ri ao ouvir sua voz, imaginando o leve toque de irritação em suas palavras. Só de saber que ela teve que lidar com isso, que precisou pronunciar aquelas palavras enquanto tentava manter a compostura, me deu uma satis
NICHOLAS— Olá, querido — diz Catharina, sorrindo sedutora. Seus olhos brilham de expectativa. — Estava ansiosa pela sua chegada. Faz tempo que não aparece por aqui, não é mesmo? Senti muito a sua falta.Cruzo os braços, frio, sem paciência para esse jogo.— Não tinha interesse em vir — respondo, direto. — Só apareço quando tenho vontade. Se preferir, posso simplesmente me retirar e não voltar mais. E, sinceramente, não quero mais ouvir cobranças sobre a minha frequência aqui.Sei que minha resposta a incomoda, mas não me importo. Catharina deveria ter aprendido a lidar com isso. Entre nós, nunca houve promessas. Nunca houve ilusões. Sempre fui claro: é apenas sexo.Ainda assim, as mulheres parecem ter dificuldade em aceitar limites quando o desejo se torna frequente. Elas confundem prazer com apego, corpos entrelaçados com sentimentos. Eu não quero compromisso, nunca quis.Houve uma única exceção. Mas isso pertence ao passado.E agora, por mais que eu tente fugir, aquela exceção volt
NICHOLASEstaciono o carro na garagem e entro em casa. O som da televisão ecoa pela sala. Estranho. A essa hora, apenas Lunna costuma ficar aqui, dizendo que a sala a faz sentir como se estivesse no cinema.Caminho até o sofá e me deparo com Sarah, adormecida, enrolada em cobertores.Por que ela está aqui? Ela quase nunca usa este cômodo. Desligo a TV, ponderando se devo acordá-la ou deixá-la dormir. Opto pela primeira opção.— Sarah, vá para o seu quarto — digo, tocando-a suavemente.Ela se mexe, abrindo os olhos lentamente.— Que horas são? — murmura, antes de estreitar os olhos. — Pensei que passaria a noite na casa de uma das suas tantas companheiras. Seria interessante escolher apenas uma, caso contrário, corre o risco de pegar alguma doença.Minha paciência se esgota. Quem ela pensa que é para falar das mulheres com quem fico? E ainda com esse tom calmo, como se eu fosse irrelevante para ela?A irritação cresce. Será que ela realmente não sente nada por mim? Estou me enganando
NICHOLASEla treme. De raiva? De desejo? Não sei. Mas estou tão perto dela que não consigo mais me conter.Meus lábios encontram os seus, tomados pela saudade, e o gosto dela explode na minha boca como uma maldita droga viciante.Como eu senti falta desse beijo!Nosso beijo é intenso, faminto, selvagem. Minhas mãos exploram seu corpo com uma urgência que nem eu mesmo compreendo, sentindo sua pele se arrepiar ao meu toque.Que mulher maravilhosa! Ela me enlouquece. Me faz perder a cabeça.Os gemidos dela escapam, provocados por meus beijos e toques ousados. Para alguém que afirmava não me querer, seu corpo está se entregando sem reservas. Meus dedos descem, encontrando seu centro úmido, e um sorriso satisfeito se espalha no meu rosto.— Você diz que não me deseja… mas olha só pra você, Sarah. — Sussurro contra sua boca, provocando. — Molhadinha pra mim. Como sempre.Ela solta um suspiro ofegante quando pressiono dois dedos contra sua entrada, deslizando facilmente. Seu corpo responde
NICHOLAS A joguei na cama, arrancando um suspiro surpreso dela.— Sabe há quanto tempo eu espero por isso? — murmurei contra sua pele enquanto minhas mãos deslizavam por suas coxas, separando-as.Ela mordeu o lábio, os olhos escurecidos pelo desejo.— Então me mostra.Um grunhido saiu do fundo da minha garganta antes que eu rasgasse sua camisola, ansioso demais para perder tempo com delicadezas. Minha boca desceu pelo seu pescoço, mordiscando sua pele até sentir seu corpo tremer.Meus dedos deslizaram entre suas pernas, encontrando-a completamente molhada para mim.— Você gosta quando sou bruto assim? — Sussurrei contra sua boca, deslizando um dedo para dentro dela e sentindo seu corpo se arquear na mesma hora.Sarah soltou um gemido desesperado, os olhos fechados enquanto eu a provocava com toques lentos e intensos.— Responde, Sarah. — Exigi, aumentando a velocidade.— Sim… — Ela arfou, apertando meus ombros. Satisfeito com sua resposta, continuei minha tortura até que seu corpo
SARAHTodas as experiências proporcionadas por Nicholas haviam sido intensas. Depois de tanto tempo sem intimidade, sentir sua presença de forma tão visceral foi algo único, marcante. Cada toque, cada sussurro, tudo parecia ter ficado gravado em minha pele.Quando despertei, ele já não estava mais no quarto. Olhei para o relógio e me surpreendi ao ver o quanto tinha dormido. Isso era raro para mim. Levantei-me com o corpo relaxado, uma sensação boa, porém, ao mesmo tempo, inquietante. Segui para o meu quarto, onde poderia retomar minha rotina de cuidados, afinal, no quarto de Nicholas não havia nada meu.No banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, tentando afastar a névoa de pensamentos que insistiam em me consumir. Tomei um banho longo e quente, permitindo que a água levasse qualquer resquício de dúvida sobre o que tinha acontecido na noite anterior. Ao terminar, sequei os cabelos, vesti algo confortável e fui procurar minha filha.Lunna estava na sala, assistindo televisão ao la
SARAHEu estava quase adormecendo quando ouvi a voz suave da minha filha chamando na porta. Um peso familiar pousou sobre meu peito enquanto me levantava devagar, segurando o puxador da porta, já antecipando as palavras tristes que ela estava prestes a dizer.— Mamãe, por que você foi embora sem a gente? — Sua voz carregava um tom de decepção, como se, mais uma vez, eu tivesse falhado com ela. — Eu queria tanto passar mais tempo com vocês dois... Quando fomos te procurar, você já não estava mais lá.A culpa me atingiu como um golpe certeiro. Meu coração se apertou ao ver a expressão de mágoa no rosto dela. Eu me sentia a pior mãe do mundo naquele instante.— Desculpe, querida — murmurei, tentando amenizar sua dor — mas eu estava exausta e congelando. Voltei para casa e deixei um recado para o seu pai. Prometo que vou ficar aqui, mesmo não gostando muito, até o verão chegar. Assim, poderemos sair todos os dias com ele. O que acha? Você sabe que eu não sou muito fã do frio.Seus olhos b