Kyra ..Fui para o hospital com os olhos vermelhos de tanto chorar, eu tinha acabado de adquirir mais um problema pra resolver, e como sempre não sabia como.Liguei para o meu tio avisando que eu já tinha chegado pra fazer a troca, mas ele falou que a minha vó iria fazer uns exames pra saber se estava tudo bem com ela, e poderem liberá-la. Eu não sabia se era seguro liberá-la tão rápido, já que o prazo era de três dias, mas eu não era médica pra dar palpite sobre isso.Fiquei aguardando na sala de espera quando o meu tio apareceu e notou os meus olhos vermelhos. Paulo: O que aquele moleque safado fez com você? Perguntou irritado. Eu sabia que eu não teria como fugir disso, então achei melhor abrir logo o jogo.— Cadê a vó? Paulo: Ela ainda está fazendo exames e vai demorar um pouco, mas responda a minha pergunta, o que ele fez para você ficar assim?— Podemos ir pra outro lugar pra eu conversar melhor com você?Ele me olhou desconfiado, mas concordou. Fomos pra área externa do
Ele ficou andando de um lado pro outro, irritado, mas eu sabia que ele tinha razão, minha mãe jamais permitiria isso, mas porque eu estava nessa situação? De que forma eu iria conseguir resolver isso, se não fosse casando com ele?Paulo: Escuta Kyra, nós vamos aguardar a audiência, que acontecerá daqui a alguns dias, só depois tomaremos essa decisão. — Tio, ele me deu três dias pra decidir, você não consegue ver que não haverá audiência? Ele irá dar um jeito de fazer minha vó perder essa casa.Se você conseguisse ver a maldade dele no olhar, entenderia que ele não está brincando. Paulo: A mamãe jamais vai aceitar isso Kyra, isso é uma loucura absurda. — Você não precisa contar pra ela.Paulo: E como você pretende esconder um casamento dela? Ela já conhece ele, ela não é boba Kyra.Vamos fazer o seguinte, nós esperamos esses três dias passar, pra ver o que ele vai fazer, ele pode estar apenas blefando.— Tudo bem tio, mas se as coisas se complicarem, eu vou aceitar o pedido dele.Fi
DILAN..Já faziam três dias que a Kyra não atendia o celular, e algo me dizia que aconteceu alguma coisa que ela não está querendo me contar.Já era o primeiro dia de trabalho dos novos funcionários, e começar o dia tão desconcentrado, não fazia nada bem pros negócios. Tomei o meu café, e organizei tudo pra recebê-los. Os quartos que passaram a serem chamados de fábrica, estavam bem equipados, e o dia seria de aula.Eu iria ensiná-los a como criar as peças.O problema seria fazer isso sem pensar na Kyra.— O que está acontecendo com você? Era pra você está aqui. Falei pra mim mesmo.A campanhia tocou, e eu fui atendê-los. — Bom dia pessoal, entrem e sigam o caminho das pedras do lado direito. Nesse primeiro dia, os seis iriam trabalhar na criação das peças, como ainda não abrimos a loja, eu lancei a proposta pra quem iria trabalhar na praia e na loja, pra me ajudarem com a criação, pois quanto mais peças, mais rápido a loja iria funcionar. A Dandara e o Lucas fizeram coisas sur
KYRA..Esses três dias, foram um completo inferno, eu acordava, ajudava a minha vó, fazia comida, e tentava esconder a dor que fazia morada na minha alma.Por várias vezes, ela me disse que a empolgação que havia na minha voz, havia sumido, e que eu não tinha mais o mesmo brilho de antes no olhar.Eu não podia falar pra ela sobre o caus que eu estava vivendo, e nem podia perguntar sobre o meu pai.O limite de espera pra eu dar a resposta pro Rafael havia chegado.Durante esses dias, o Dilan havia me ligado várias vezes, e eu fui incapaz de atendê-lo, eu não iria conseguir esconder dele o que eu estava vivendo, e eu precisava pensar no que eu iria fazer, e em qual resposta eu daria pro Rafael.Levantei da cama, consumida pelo medo, pela insegurança e pela incerteza. Nada havia acontecido de diferente nesses três dias, o Rafael não tentou contato, e nada mudou no processo da casa da minha vó, então eu pensei seriamente em dar um não pra ele, e mandar ele ir pro inferno.Mas isso mudo
Cheguei na casa da minha vó e ela e o meu tio estavam na sala, e me viram passar pro meu quarto em prantos.Vó: Kyra, o que houve minha filha?Eu fechei a porta pra evitar que eles entrassem. Minha vó bateu na porta, e o meu tio pediu pra ela me deixar quieta.Eu sabia que ela precisava de uma explicação, pois ela estava preocupada, mas eu não estava no meu melhor estado pra conseguir explicar alguma coisa.Deitei na cama e chorei até não aguentar mais, e acabei dormindo. Quando acordei, já estava no fim do dia.Senti a minha cabeça explodir por conta da enxaqueca. Fui pro banheiro, tomei um banho, peguei o meu celular, e fiquei olhando pra ele, esperando ter coragem pra ligar pro Dilan.Uma coisa era certa, ele precisava saber, eu seria injusta com ele o fazendo acreditar que nós dois iríamos ficar juntos. A minha realidade era outra. E eu precisava aceitar.Quando finalmente a coragem chegou e eu o liguei, senti o meu coração parar por alguns segundos quando ele atendeu, tão pre
DILAN ..Acordei, sentindo o meu coração pesado, a minha mente me levou até a noite anterior, e eu só queria que tivesse sido um sonho ruim.Se eu estivesse trabalhando sozinho, iria tirar o dia de folga, e passaria o tempo inteiro trancado no quarto, mas tendo uma empresa, eu não podia me dar ao luxo de fazer isso.— Eu nunca vou perdoá-la por isso.Falei pra mim mesmo, levantando da cama.Tomei um banho, escovei os dentes, me arrumei e depois fui fazer o café.Senti vontade de chorar, pensando no quanto a Kyra foi covarde comigo, me fazendo acreditar em uma relação, que pelo visto só existia na minha cabeça.Tomei meu café da manhã, e tentei manter a minha cabeça em ordem, pra enfrentar o meu dia, e ter uma boa produção. Meus funcionários chegaram, e já começaram sem pedir a minha ajuda, eles tinham aprendido muitas coisas no primeiro dia, e estavam bastante desenrolados.— A Kyra e eu soubemos escolher muito bem vocês. Parabéns. Falei admirado.Era 10:30 da manhã quando o meu c
Fui até a recepção, e a Dandara já havia voltado. Dandara: Quer me explicar o que está acontecendo?— Depois explico Dandara, onde está a Cris?Dandara: Ela vem só as 16:00hrs.— Você pode dar esse dia de folga pra ela?Dandara: Posso, mas porquê? Você vai contar?— Sim, eu preciso contar.Dandara: Meu Deus, ela vai me odiar Dilan. — Eu cuido disso Dandara, eu vou agora na casa dela, e depois eu conto tudo o que está acontecendo pra você.Dandara: Tudo bem.Saí da pousada e fui em direção a casa da Cris, e várias coisas tomaram conta dos meus pensamentos. A revelação que eu iria fazer pra Cris, iria mexer totalmente com a vida dela, e seria algo doloroso, mas daria pra ela uma família de verdade. Tudo bem que uma irmã, é pouco se comparado a uma família inteira, mas ela não estaria mais sozinha. Assim que toquei a campanhia, ela veio atender e perguntou quem era, achei estranho pois ela nunca perguntava isso.— Não seria melhor colocar um olho mágico aqui? Perguntei e ela abriu,
Eu me aproximei dela e me abaixei pra confortá-la.Cris: Eu não entendia porquê eu não conseguia sentir raiva dela, ela estava o tempo todo pertinho de mim, eu bati na cara dela e ela é... ela é...meu Deus, que loucura é essa? Falou aos soluços. — Não tinha como você saber Cris, e a Dandara só falou pra mim sobre o seu pai, depois que contei pra ela sobre o sobrenome da Kyra, ela só quis te ajudar.Cris: A Dandara devia ter me contado assim que soube.— Ela não podia, e nem eu. Foi um pedido da própria Kyra.Cris: A Kyra sabe? E porquê ela quis esconder isso de mim?Eu pensei que só você sabia quando viu o sobrenome na carta.— Não, quando eu vi o sobrenome na carta, falei pra Kyra imediatamente. Ela achou que era só coincidência, mas depois de ler a carta, ela mudou de opinião, mas ela mandou eu ficar quieto até ela descobrir se você era mesmo a irmã dela, mas eu fui mais rápido e falei com a Dandara. Só que pela madrugada a Kyra foi embora, e eu acabei não dizendo pra ela que eu h