Chegou o dia da visita de Maria para seu patrão. Ela entrou e ficou aguardando a chegada dele, estava frio naquela manhã, pois o inverno acabara de imperar. Ela vestia um lindo casaco azul claro com corações amarelos que combinavam com sua calça bege, sua cabeça estava coberta por uma touca marrom que combinava com seus sapatos, que por coincidência ela os ganhara de seu patrão. Ele entrou e a olhou sentada de costas, sentiu como se seu coração fosse parar naquele momento vendo o seu amor ali, sentada e naquela situação constrangedora. Pensou em como um homem em sua posição poderia estar passando por tudo aquilo, apenas por desejar ser feliz.
- Maria! - Exclamou se aproximando dela.
- Senhor! Emagreceu...
- Como vocês estão?
- Bem senhor, as crianças lhe mandaram isso. - Ela entregou duas cartas para ele.
- E você? Não q
- Bryan acorde, o que foi isso?- O que foi Marry? Estamos sozinhos!- Não, escute tem alguém na casa.- Vou descer, espere aqui...- Não, e se for algum bandido?- Meu amor, bandido aqui? É o melhor bairro da cidade. Deve ser algum dos cachorros, vou colocar para rua. Tem os empregados ainda, um deles pode ter chegado mais cedo. Fique tranquila.Bryan desceu e deu de cara com seu pai e Jordan entrando na casa. Ele parou e ficou olhando os dois que reagiram da mesma forma, com grande surpresa. Ao se dar conta, Bryan exclamou surpreso.- Pai! O que faz aqui?- Bom dia filho, o Jordan queria vir direto para onde a Maria e as crianças estavam!- Mas as crianças estão viajando, só voltam no outro final de semana. Estamos só nós dois aqui pai, esqueceu?- Quem nós? A Maria está aqui com você? Estão sozinhos? E você es
- Levante Maria!Ela abriu os olhos assustada e viu aquela bela figura a sua frente.- Senhor! O que faz aqui tão cedo?- Eu disse para levantar!- Sim, senhor. Já irei descer.Ela esperou ele sair para se arrumar, desceu e ele a esperava na sala de jantar com a mesa posta para o café.- Sente-se!Ela prostrou-se na cadeira a sua frente.- Algum problema, senhor?- Um mês Maria! Apenas um mês para você se entregar para... Um garoto! Um garoto que não sabe o que quer da vida.- Suas contas estão incorretas senhor! Foram quarenta e cinco dias, levando em conta que o senhor ficou preso por noventa e seis dias.- E as crianças sabem dos dois?- Senhor!Jordan levantou e bateu na mesa gritando.- JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DE SENHOR!Ela olhou para Jordan parado na sua frente. Levantou encarando-o.- Des
Maria estava sentada na área externa dos fundos da nova casa quando ouviu gritos que pareciam ser uma briga. Levantou e entrou rápido pela porta lateral da sala de estar, foi interrompida por Thomas chorando.- Papai será preso de novo!Ela parou e pegou o menino no colo.- Espera um pouco, vamos ver o que houve.Ao chegar na sala, encontrou Bryan estirado com seu rosto sangrando enquanto seu pai e Jordan discutiam aos gritos. Maria ao ver a cena largou Thomas, correu e se abaixou ao lado de Bryan que estava consciente, mas ainda tonto e não conseguia levantar. Ela assumiu sua postura.- Parem! Senhores ele precisa de cuidados, chamem uma ambulância enquanto pensamos no que dizer para o acidente.O pai de Bryan virou para Maria, parecia não acreditar no que estava ouvindo.- Enlouqueceu garota? Desculpa?- Desculpe, senhor, mas acredito que tenha sido um ato impensado e que Bryan d
- Acorde amor!- Bryan? O que faz aqui? Hoje temos aula.- Meu pai foi avisado que você deverá ir na delegacia comigo hoje.- Eu sei, mas isso é de tarde.- Sim, mas ele quer conversar conosco.- “Deus”! Há essa hora? - Ela sentou na cama.- Segundo aquele delegado, existem inconsistências em nossos depoimentos.- Acham que eu matei a senhora?- Ou nós dois!- Juntos? Sério? Tá, já irei descer...Maria entrou no banheiro e lembrou das crianças. Se arrumou correndo e desceu.- Quem irá levar os meninos na escola?- Bom dia Maria! A Diane passará aqui.- Oh, sim! Senhor, desculpe. Bom dia. O que está acontecendo? Na verdade não estou entendendo mais nada.- Vamos para minha casa, eu explico para os dois com mais detalhes.- Irei avisar o senhor Jor...- Não Mari
- Onde está a namoradinha?- Me deixe quieto Kenny, hoje não, eu realmente não estou querendo brincadeirinhas...- Olha, nosso capitão está nervosinho por causa da sua princesinha!Bryan o segurou pelo pescoço contra a parede. – Eu falei para me deixar, e principalmente deixá-la em paz.- Certo, me largue. Como você mudou, credo! Já não o reconhecemos mais...- Nem quero que me reconheçam se eu era parecido com vocês! Deixem-me entrar, saia da frente.Bryan entrou e não enxergou-a na sala. Viu que os amigos de Maria estavam sentados juntos e sua cadeira estava vazia. Ele se aproximou de Joana.- Sabe como ela está?- Sei!- Joana, não é hora de brincadeiras, me diga se ela está bem!- Não estou brincando, se ela quisesse que você soubesse lhe falaria...- Acontece que eu ai
Maria estava sentada ao lado da cama arrumando o material que precisava para fazer um trabalho com as crianças, seu celular estava ligado tocando músicas.- Toc, toc. Posso entrar amor?- Oi, sim. Ainda não acostumei com as visitas surpresas.- E nem irá acostumar pelo jeito, irão se mudar no final do mês. O que não concordo nem um pouco. Não poderei te ver a hora que eu quiser.- É só me ligar. Eu prefiro assim.- Claro que prefere!- O que está insinuando, Bryan?- Nada amor, desculpe. Eu vim com meu pai. Ele irá na delegacia com seu patrão de novo.- Eu sei, não entendo essa necessidade de irmos milhões de vezes falar as mesmas coisas. Já faz quase um ano e ainda não resolveram nada, não descobriram nada e agora somos potenciais suspeitos. Até meus amigos entraram na jogada. E a pobre da Linna c
- Morg, o balanço não! Ele tem que ficar não é nosso.- Mas papai!- Não, eu disse que não é nosso, ele fica.- Vou pedir para Maria.Maria estava arrumando as coisas no quarto de Thomas quando Morgana entrou correndo seguida por Jordan, que ao contrário, vinha caminhando.- Maria! – Gritou da porta do quarto.Ela levantou e olhou a menina com cara de choro e logo ouviu vindo das escadas.- Eu disse que não Morgana!- Não é não, querida. – Disse Maria indo na sua direção para abraçá-la. - Jordan parou no corredor olhando Maria abraçada em sua filha enquanto ouvia súplicas em meio a um choro desesperado. - Entendi senhor, e ela sabe que não, mas não pode impedi-la de sofrer. Venha Morg, vamos terminar de arrumar as coisas do Thomas, daqui a pouco o caminhão da mudanç
- Não!- Por que não?- Porque eu não quero!- Acorda Maria!- Joana, é não e acabou! Não vou ao baile e pronto.- Você é doida mesmo.- Olha só quem fala. Você irá com o Dudi...- Você pode ir com a Linna ou com a Pérola.- Há! Não me presto a fazer isso!- E se eu arrumar um par para você?- Não!- Qual o problema nisso?- Você arrumar um par para mim? Vou com o Thomas então.- Ele não pode, está com a perna quebrada.- Para Jo! Não quero ir no baile, e isso quer dizer: “não quero ir no baile”. Independentemente de quem me convidar.Joana chegou a pensar em falar no Bryan, mas ficou com pena da amiga.- Tudo bem! Não irei insistir mais.- Ah! Obrigada... – Falou em um tom meio cantado e