- Morg, o balanço não! Ele tem que ficar não é nosso.
- Mas papai!
- Não, eu disse que não é nosso, ele fica.
- Vou pedir para Maria.
Maria estava arrumando as coisas no quarto de Thomas quando Morgana entrou correndo seguida por Jordan, que ao contrário, vinha caminhando.
- Maria! – Gritou da porta do quarto.
Ela levantou e olhou a menina com cara de choro e logo ouviu vindo das escadas.
- Eu disse que não Morgana!
- Não é não, querida. – Disse Maria indo na sua direção para abraçá-la. - Jordan parou no corredor olhando Maria abraçada em sua filha enquanto ouvia súplicas em meio a um choro desesperado. - Entendi senhor, e ela sabe que não, mas não pode impedi-la de sofrer. Venha Morg, vamos terminar de arrumar as coisas do Thomas, daqui a pouco o caminhão da mudanç
- Não!- Por que não?- Porque eu não quero!- Acorda Maria!- Joana, é não e acabou! Não vou ao baile e pronto.- Você é doida mesmo.- Olha só quem fala. Você irá com o Dudi...- Você pode ir com a Linna ou com a Pérola.- Há! Não me presto a fazer isso!- E se eu arrumar um par para você?- Não!- Qual o problema nisso?- Você arrumar um par para mim? Vou com o Thomas então.- Ele não pode, está com a perna quebrada.- Para Jo! Não quero ir no baile, e isso quer dizer: “não quero ir no baile”. Independentemente de quem me convidar.Joana chegou a pensar em falar no Bryan, mas ficou com pena da amiga.- Tudo bem! Não irei insistir mais.- Ah! Obrigada... – Falou em um tom meio cantado e
- Já joguei, é a sua vez!- Jura? Estou pensando.- Você é devagar Maria.- Não vou mais jogar, Jean.- Desculpa, não pare, eu só estava brincando, tentando fazer você se desconcentrar.- Não é por isso, estou preocupada. Hoje era para o senhor Jordan sair, mas não sei o que aconteceu, ele não irá mais vir para casa, ficará mais alguns dias na cadeia.- São as investigações, Maria, sabe que é assim!- Sim, eu sei, mas... As crianças ficarão muito tristes.- Você ama muito eles, né?- Claro! Eu cuido deles vinte e quatro horas por dia, inclusive nas folgas.- O que fará quando casar?- Os levarei junto! Mas não penso em casar no momento. Estou mais preocupada com a minha formação.- Eu gosto de você.Maria levant
- Marry!- Oi, querida.- Que horas o papai irá chegar?- Depois do almoço. Agora tome seu café para não nos atrasarmos. Thomy nem desceu ainda.- Ele está terminando de se arrumar e já tomou café.- Onde você prendeu o Violento? Faz dias que não vejo ele.Maria olhou para Morgana com os olhos marejados.- Como queria que você não me perguntasse isso.- Por que Maria? – Indagou a menina com sua doce voz.- Querida, ele foi embora.- Marry, você não sabe mentir! Ele morreu, não é mesmo?Maria suspirou e baixou a cabeça para não ver o rosto de Morgana.- Sim, Morg.- Entendi. Vou terminar de me arrumar, licença.A governanta e a cozinheira olharam para Maria que empurrou seu copo de suco e escorou a cabeça nos braços em cima da bancada.- Se
- Alô!- Desculpa Maria! A mãe da Linna...- Não Dudi...- Sim, ela precisa de nós. E quero que entenda, eu pedi para o Bryan te buscar. Suporto menos ainda aquele outro.- Espera, agora?- Sim, acredito que em meia hora ele passa aí.- Não, eu vou com o motorista. Deixa que falo com ele. Até mais tarde!Maria ligou para Bryan dizendo que ele não precisava se preocupar com ela. Chamou o motorista e foi se arrumar. Estava saindo.- Senhor!- Aonde vai esta hora?- A mãe da Linna faleceu.- Nossa! Quer que eu vá junto?- Não, senhor. As crianças precisam de alguém aqui, com licença.Jordan ficou olhando ela desaparecer no corredor. Ela entrou no carro.- Está bem, senhorita? Precisa de algo que eu possa fazer?- Não, obrigada, vamos, por favor.Ela chegou ao hospita
Maria estava deitada nas pernas de Pérola enquanto esperavam os outros, Pérola estava fazendo trancinhas no cabelo de Maria.- Já arrumou par para o baile?- Não, mas com ou sem par, eu tenho que ir mesmo, estou na organização.- Podemos ir juntas.- Há, você também! Ano passado já tive essa proposta, agora de novo. Não, prefiro ir sozinha.- Como está seu relacionamento com seu patrão? Quase não fala sobre isso.- Ai, nem quero.- Você acha que ele pode ter outra?- Querida, já entendi. Nem investe lá.- Que? Não! Espera...- Oi suas múmias, estávamos esperando vocês há duas horas lá na cafeteria até que a Jo as enxergou. Venham!- Esperem, meu cabelo!- Está tão horroroso quanto você.- Ai Dudi, quanta gentile
- Onde está? - No seu nariz. - Oh, a delicadeza passou longe da princesa. - Começaram cedo os dois. Se quiserem, posso arrumar outro namorado, daí a Maria e você namoram, do jeito que se amam, irão se matar logo – Uma pausa – Desculpa amiga, peguei pesado. - Mas tocou no assunto que queria! Marry, como ficou a investigação, já faz quase dois anos. - Então! Ainda não foi julgado, cada vez que o senhor Jordan é acusado. O senhor Bryan vai lá e contesta, assim está se arrastando, só que ele não pode trabalhar por causa disso. - Mas quem você acha que foi? - O mordomo. Joana e Dudi se olharam. - Vocês não tem mordomo. - Eu sei, mas sempre é o mordomo nos livros. - Espera, acha que foi alguém de dentro de casa? - Gente, eu estava brincando, não faço ideia, mas uma faca sumiu no dia do assassinato. - Isso você disse. - Olha a Linna na encrenca dela. - Encrenca é você, qu
- Ótimo. Agora você e o Bryan sem se falar, esse baile será o maior sucesso!- Não quero conversar sobre isso.- Por que essa roupa, Maria? Você poderia ir de dama da corte, mas de plebeia...- É o que eu sou Joana!- Credo amiga, sua autoestima está igual a qualquer número multiplicado por zero.- Estou me sentindo assim, eu fiz de novo!- Não! Amiga está se enfiando em um beco sem saída, como aconteceu?- Sem detalhes, mas nós estávamos sozinhos em casa, ele me beijou e aí foi... Me senti forçada de novo, sabe? Foi como uma obrigação...- Já disse que você é louca, se entregar assim só fará com que se machuque ainda mais. O senhor Jordan não sabe o que quer. Sabe que...- Da Pérola? Já desconfiava. Mas se eu resisto, imagina...- É, mas
- Duas horas para arrumar isso? - Foi uma hora e meia. - Só se seu relógio parou! - Olha só, está pronto, testa para ver se está funcionando. - Irei chamar as crianças. Maria correu para os fundos e pediu para as crianças descerem. - O Dudi arrumou o videogame. Testem que nós dois vamos tomar um café na cozinha. - Maria, pode pedir um lanche para nós? - Peço, mas terão que ir comer lá. - Ah Maria! - Sem discussões... - Está bem Maria! - Como você ama esses pirralhos? - Eu os amo, só isso! Os dois sentaram e começaram a conversar enquanto comiam. - Agora por que eles querem te entrevistar de novo? - Interrogar Dudi! Eles ainda acham que o Bryan e eu podemos ter algo haver com a morte da senhora. Sei lá, pode ser pelo fato de eu ter saído com as crianças. - Mas você não tinha motivos. - Eles acham motivos em tudo. Até pelo fato de eu ficar com