Maria estava sentada na área externa dos fundos da nova casa quando ouviu gritos que pareciam ser uma briga. Levantou e entrou rápido pela porta lateral da sala de estar, foi interrompida por Thomas chorando.
- Papai será preso de novo!
Ela parou e pegou o menino no colo.
- Espera um pouco, vamos ver o que houve.
Ao chegar na sala, encontrou Bryan estirado com seu rosto sangrando enquanto seu pai e Jordan discutiam aos gritos. Maria ao ver a cena largou Thomas, correu e se abaixou ao lado de Bryan que estava consciente, mas ainda tonto e não conseguia levantar. Ela assumiu sua postura.
- Parem! Senhores ele precisa de cuidados, chamem uma ambulância enquanto pensamos no que dizer para o acidente.
O pai de Bryan virou para Maria, parecia não acreditar no que estava ouvindo.
- Enlouqueceu garota? Desculpa?
- Desculpe, senhor, mas acredito que tenha sido um ato impensado e que Bryan d
- Acorde amor!- Bryan? O que faz aqui? Hoje temos aula.- Meu pai foi avisado que você deverá ir na delegacia comigo hoje.- Eu sei, mas isso é de tarde.- Sim, mas ele quer conversar conosco.- “Deus”! Há essa hora? - Ela sentou na cama.- Segundo aquele delegado, existem inconsistências em nossos depoimentos.- Acham que eu matei a senhora?- Ou nós dois!- Juntos? Sério? Tá, já irei descer...Maria entrou no banheiro e lembrou das crianças. Se arrumou correndo e desceu.- Quem irá levar os meninos na escola?- Bom dia Maria! A Diane passará aqui.- Oh, sim! Senhor, desculpe. Bom dia. O que está acontecendo? Na verdade não estou entendendo mais nada.- Vamos para minha casa, eu explico para os dois com mais detalhes.- Irei avisar o senhor Jor...- Não Mari
- Onde está a namoradinha?- Me deixe quieto Kenny, hoje não, eu realmente não estou querendo brincadeirinhas...- Olha, nosso capitão está nervosinho por causa da sua princesinha!Bryan o segurou pelo pescoço contra a parede. – Eu falei para me deixar, e principalmente deixá-la em paz.- Certo, me largue. Como você mudou, credo! Já não o reconhecemos mais...- Nem quero que me reconheçam se eu era parecido com vocês! Deixem-me entrar, saia da frente.Bryan entrou e não enxergou-a na sala. Viu que os amigos de Maria estavam sentados juntos e sua cadeira estava vazia. Ele se aproximou de Joana.- Sabe como ela está?- Sei!- Joana, não é hora de brincadeiras, me diga se ela está bem!- Não estou brincando, se ela quisesse que você soubesse lhe falaria...- Acontece que eu ai
Maria estava sentada ao lado da cama arrumando o material que precisava para fazer um trabalho com as crianças, seu celular estava ligado tocando músicas.- Toc, toc. Posso entrar amor?- Oi, sim. Ainda não acostumei com as visitas surpresas.- E nem irá acostumar pelo jeito, irão se mudar no final do mês. O que não concordo nem um pouco. Não poderei te ver a hora que eu quiser.- É só me ligar. Eu prefiro assim.- Claro que prefere!- O que está insinuando, Bryan?- Nada amor, desculpe. Eu vim com meu pai. Ele irá na delegacia com seu patrão de novo.- Eu sei, não entendo essa necessidade de irmos milhões de vezes falar as mesmas coisas. Já faz quase um ano e ainda não resolveram nada, não descobriram nada e agora somos potenciais suspeitos. Até meus amigos entraram na jogada. E a pobre da Linna c
- Morg, o balanço não! Ele tem que ficar não é nosso.- Mas papai!- Não, eu disse que não é nosso, ele fica.- Vou pedir para Maria.Maria estava arrumando as coisas no quarto de Thomas quando Morgana entrou correndo seguida por Jordan, que ao contrário, vinha caminhando.- Maria! – Gritou da porta do quarto.Ela levantou e olhou a menina com cara de choro e logo ouviu vindo das escadas.- Eu disse que não Morgana!- Não é não, querida. – Disse Maria indo na sua direção para abraçá-la. - Jordan parou no corredor olhando Maria abraçada em sua filha enquanto ouvia súplicas em meio a um choro desesperado. - Entendi senhor, e ela sabe que não, mas não pode impedi-la de sofrer. Venha Morg, vamos terminar de arrumar as coisas do Thomas, daqui a pouco o caminhão da mudanç
- Não!- Por que não?- Porque eu não quero!- Acorda Maria!- Joana, é não e acabou! Não vou ao baile e pronto.- Você é doida mesmo.- Olha só quem fala. Você irá com o Dudi...- Você pode ir com a Linna ou com a Pérola.- Há! Não me presto a fazer isso!- E se eu arrumar um par para você?- Não!- Qual o problema nisso?- Você arrumar um par para mim? Vou com o Thomas então.- Ele não pode, está com a perna quebrada.- Para Jo! Não quero ir no baile, e isso quer dizer: “não quero ir no baile”. Independentemente de quem me convidar.Joana chegou a pensar em falar no Bryan, mas ficou com pena da amiga.- Tudo bem! Não irei insistir mais.- Ah! Obrigada... – Falou em um tom meio cantado e
- Já joguei, é a sua vez!- Jura? Estou pensando.- Você é devagar Maria.- Não vou mais jogar, Jean.- Desculpa, não pare, eu só estava brincando, tentando fazer você se desconcentrar.- Não é por isso, estou preocupada. Hoje era para o senhor Jordan sair, mas não sei o que aconteceu, ele não irá mais vir para casa, ficará mais alguns dias na cadeia.- São as investigações, Maria, sabe que é assim!- Sim, eu sei, mas... As crianças ficarão muito tristes.- Você ama muito eles, né?- Claro! Eu cuido deles vinte e quatro horas por dia, inclusive nas folgas.- O que fará quando casar?- Os levarei junto! Mas não penso em casar no momento. Estou mais preocupada com a minha formação.- Eu gosto de você.Maria levant
- Marry!- Oi, querida.- Que horas o papai irá chegar?- Depois do almoço. Agora tome seu café para não nos atrasarmos. Thomy nem desceu ainda.- Ele está terminando de se arrumar e já tomou café.- Onde você prendeu o Violento? Faz dias que não vejo ele.Maria olhou para Morgana com os olhos marejados.- Como queria que você não me perguntasse isso.- Por que Maria? – Indagou a menina com sua doce voz.- Querida, ele foi embora.- Marry, você não sabe mentir! Ele morreu, não é mesmo?Maria suspirou e baixou a cabeça para não ver o rosto de Morgana.- Sim, Morg.- Entendi. Vou terminar de me arrumar, licença.A governanta e a cozinheira olharam para Maria que empurrou seu copo de suco e escorou a cabeça nos braços em cima da bancada.- Se
- Alô!- Desculpa Maria! A mãe da Linna...- Não Dudi...- Sim, ela precisa de nós. E quero que entenda, eu pedi para o Bryan te buscar. Suporto menos ainda aquele outro.- Espera, agora?- Sim, acredito que em meia hora ele passa aí.- Não, eu vou com o motorista. Deixa que falo com ele. Até mais tarde!Maria ligou para Bryan dizendo que ele não precisava se preocupar com ela. Chamou o motorista e foi se arrumar. Estava saindo.- Senhor!- Aonde vai esta hora?- A mãe da Linna faleceu.- Nossa! Quer que eu vá junto?- Não, senhor. As crianças precisam de alguém aqui, com licença.Jordan ficou olhando ela desaparecer no corredor. Ela entrou no carro.- Está bem, senhorita? Precisa de algo que eu possa fazer?- Não, obrigada, vamos, por favor.Ela chegou ao hospita