153 anos antes
Petra olhava a frente do castelo as centenas de guerreiros que tentavam desesperadamente conter as hordas de parademônios que os atacavam ferozmente, foram comandados através de um portal aberto a frente do castelo de Behemoth, o mais promissor império na época o império do dragão do ar, o ataque se iniciara muito antes que a sétima Dragonesa e o Cavaleiro Dragão pudessem se dar conta de que algo havia saído errado em seus planos e o inimigo havia feito um movimento inesperado, ele jamais poderia abrir um portal em meio a cidade capital pois era defendida por magia muito antiga e poderosa provinda da lagrima do dragão do ar Orion, o poder de tal jóia possibilitou criar uma barreira mística que impediria qualquer força demoníaca de invadir o espaço protegido por ela.
Há algumas semanas Petra descobrira os planos de Nasthirt para a invasão então ela e o Sétimo Cavaleiro dragão traçaram um plano de contra ataque e proteção da cidade, enviaram emissários aos outros impérios decidiram esperar para invocar Órion, protetor do império e então usaram sua lagrima apenas para defender a cidade, a Dragonesa criou com o poder da lagrima uma barreira impenetrável em toda a cidade capital do reino, caso o demônio resolvesse mandar seus agentes infernais para atacarem os portões, porem o demônio parecendo saber de todas as suas manobras adiantou seu ataque, um pequeno portal foi aberto no local onde se esperava que começaria a invasão as montanhas de Yutha, uma região montanhosa onde séculos atrás os filhos de Algron, Diamond o dragão do fogo traidor e seu irmão Calmon seu substituto lutaram pela primeira vez antes da ultima batalha em Karcid a batalha entre as entidades deixou o local permeado por magia milenar e assim como eles esperavam tropas de vigília relataram que um portal havia se aberto e tropas de demônios estavam massacrando vilas, o exercito partiu para lá deixando a cidade com apenas alguns soldados já esperando que a guerra tinha se iniciado, a Dragonesa deveria começar o ritual de invocação de Órion, mas não contavam que haviam sido traídos, a Lagrima do dragão do ar havia sido removida do seu lugar impossibilitando a conjuração de Órion e destruindo a barreira defensiva e o demônio que não era esperado em pessoa apresentou se a batalha bem no centro da cidade, o ardil das tropas na montanha afastara o exercito e o demônio levantou nova barreira mística assim que entrou desta vez com seu próprio poder, mesmo que o exercito notasse o ardil ficaria preso do lado de fora e não demorou para que o Cavaleiro Dragão percebesse o plano do demônio, mas agora era tarde voltava com as tropas, a estas horas os reinos aliados ainda estariam vindo em alto mar para se juntar a batalha.
A Dragonesa Petra remexia em sua mente para descobrir quem poderia ter sido o traidor, somente alguém de dentro os teria acesso a lagrima e o que mais a inquietava era que somente ela, o Cavaleiro Dragão, o rei, os sacerdotes de Algron e os generais sabiam do plano e da importância da lágrima do ar, nenhuma destas pessoas poderiam fazer isto, todos perderiam muito, e foi com um frio na espinha que ela se lembrou, só havia mais uma pessoa que sabia, mas seu coração se recusava a acreditar nesta possibilidade, era talvez o único que não tinha nada tão grande e imediato a perder, ou poderia pensar que não tinha, Porthus, seu filho e de Hogan o sétimo Cavaleiro Dragão, seu coração doía só de pensar na possibilidade, afastou a idéia da cabeça, havia sim notado que o jovem ultimamente cultivava um patriotismo exacerbado e impulsivo e defendia a idéia tola de que Behemoth devia tomar os outros reinos e ter domínio total dos outros povos conduzindo o mundo a uma nova era fantasiosa, não levara isto a sério, ser filho da Dragonesa e do Cavaleiro Dragão devia colocar um grande peso sobre alguém tão jovem, e claro ele devia sentir um grande desejo de responsabilidade pelo reino e queria provar isto a todo custo, aconselharam ele de que aquele peso era deles e de que ele devia se dedicar aos estudos pois quando eles partissem ai sim ele assumiria uma posição e então seria sua hora de cuidar do império junto com o rei de sua época, mas que este era o momento de ele se preparar, tudo ficou bem e o jovem por um tempo se dedicou aos estudos e os treinos pois tencionava não ser indefeso como muitos eruditos, estava sempre ocupado, exigia muito de si, mas assim era melhor, certa vez em uma reunião de amigos na casa deles o assunto política e magia entrou na descontraída mesa, Petra e Hogan davam suas opiniões sobre alguns problemas de guerras internas no império de Hyperion, opiniões sobre estratégia, tudo normal, um mago menor iniciara uma revolta e o imperador ao conquistar a vitória avisou ao Cavaleiro Dragão a quem havia pedido ajuda, de que não precisava mais e o agradecendo pela prontidão, o imperador Kacius terceiro de Hyperion na época era um grande homem e foi clemente tanto com o mago, quanto com seu exercito, fazendo-os pagar por seus crimes mas sem mortes, todos estavam animados tanto pelo fato de não ter havido mais mortes desnecessária quanto com o fim do conflito e Petra então usava estes fatos para fazer o desfecho de sua análise de que no fundo todo homem deseja a paz e se apega a vida por tanto ofereça clemência ao inimigo antes do fim de um conflito já previsto e você vai evitar muitas mais mortes, todos então brindaram a sabedoria do imperador Kacius e foi quando Porthus se manifestou:
--Em minha opinião eu acho que ambos foram fracos!
--Bem, exponha então sua opinião filho, você acha que o conflito poderia se resolver de outra forma com melhores efeitos?
--Sim pai, eu acho! Foi bonito o imperador ser clemente, mas quem garante que o mago só aceitou se render para chegar perto o suficiente para matá-lo, ou fazer isto depois já que recebeu a dádiva de continuar vivendo depois da traição, depois de sua pena ele pode se rebelar novamente, quem garante que ele não tem cúmplices para ajudá-lo agora que esta no centro do império em vez de fora?
--É uma análise interessante filho, para um general, mas eu te digo que, primeiro agora ele se revelou e os magos de Kacius vão vigiá-lo, certamente um dos cuidados que tomarão será tirar-lhe os poderes, os magos de Algron tem como fazer isto, o Imperador não é tolo e tomou todos os cuidados, segundo, ao mostrar clemência o imperador mostrou a ele que suas agressões eram infundadas e que ele era um bom homem com quem o mago poderia conversar em vez de agredir, ele ganhou os soldados do mago, os cidadãos dele, e o próprio mago, evitou mortes e engrandeceu seu nome, ele salvou vidas e estas vidas gratas jamais participarão de motins, ainda agora a festa na cidade onde ouve o conflito, não vejo de que forma mais agressões poderia suplantar isto!
--Sim, mas e por sua vez o mago, tanto poder, para que se render depois de iniciar algo? Achei-o fraco, aprender a arte da magia e não ter poder para suplantar o inimigo é realmente deprimente, afinal ouve um motivo para ele se levantar contra o imperador, e se ele conseguiu, se ele conseguiu se levantar contra um império como Hyperion é por que inicialmente ele sabia de alguma fraqueza da poderosa nação!
--Ele só foi bem sucedido em sua empreitada enquanto agia às escondidas, quando tudo ficou claro ele logo seria esmagado, ele só demorou a cair exatamente por que Kacius resolveu tentar a diplomacia, por isto me deixou de sobre aviso quanto um eventual ajuda, pois ele não sabia se o mago poderia usar magia do mal e tentar invocar algo de fora deste mundo contra o império!
--Esta vendo, na realidade o império tem medo, ele não é tão poderoso, existe um poder que Hyperion teme e assim que viu a possibilidade de alguém usar isto contra eles ele correu para você pai!
--Não filho, a minha existência e de sua mãe nos alerta constantemente que existe este poder e que pode ser acessado, mas ai esta, a nossa existência também lembra ao mundo que ninguém pode controlar este poder, pois ele tem vida e consciência própria e se ele vier aqui ele não vira para ajudar ninguém ele vira para destruir todos e conquistar tudo, tanto o mago quanto o rei foram sábios e fortes ao finalizar o conflito deixando suas diferenças de lado!
--Mas ai esta, se o grande exemplo do rei foi benevolência e foi assim que ele ganhou respeito e dedicação, por que uma criatura de outro mundo não sentiria o mesmo por quem a ajudasse a vir para este mundo e como gratidão não concederia um poder maior, muito superior?
Esta afirmação deixou todos estupefatos com tal idéia vinda do jovem, todos ficaram em silencio, então Petra falou ao seu equivocado filho:
--Acredite querido, o que existe do outro lado não pode ser controlado, e muito menos sente gratidão, mesmo Algron com todo o seu poder e sabedoria sentiu o golpe do mal que existe alem do véu da nossa realidade, aquilo que esta lá conseguiu tirar do rei dragão um pedaço de seu coração e vira-lo contra ele mesmo!
--Mas esta ai! Vocês dizem que não podem confiar no que esta do outro lado, mas vocês dedicam suas vidas a Algron, ele também não é do outro lado?
--É muito diferente, Algron nasceu da essência deste mundo e deu tudo de si para nos proteger, nos ensinou a sermos melhores e abriu mão da convivência neste mundo para que nós mesmos pudéssemos viver livres, e quando seu próprio sangue tentou nos destruir foi ele quem nos defendeu e ajudou! Nós sabemos quem é Algron e sabemos quem é o outro lado!
Antes que o jovem retrucasse Hogan decidiu acabar com aquela conversa insólita e deu o assunto por encerrado, chamou os convidados para saírem ao jardim e tomarem um ar, o jovem se recolheu e a festa continuou alegre até o fim, Petra e Hogan conversaram de todas as formas com o rapaz e depois de algum tempo tudo pareceu se resolver, algo que ela constatava agora ter ficado somente na aparência, erroneamente levados pelo amor que os pais sentem pelos filhos eles atribuíram isto apenas a uma fase da idade e um desejo normal dos jovens de se mostrarem capazes perante os pais.
Petra voltou à realidade, esta lembrança foi algo rápido, uma constatação brutal, mas estava agora no centro de uma batalha que pendia gravemente a derrota, concentrou todo o seu poder na contenção da abertura dos portais infernais, os demônios se espremiam para passar, eram ferozes e esmagavam os menores na tentativa de saírem, a Dragonesa já estava quase esgotada quando ouviu o som de trombetas, se permitiu olhar para o lado e viu os milhares de guerreiros carregando bandeiras de Hyperion e Hagardia que chegavam em um só exercito, sentiu alegria e tristeza pois sabia que eles ficariam trancados do lado de fora pela barreira mística que ela mesma havia criado e agora estava corrompida por Nasthirt.
Pouco mais adiante também regressavam o próprio exercito de Behemoth, Hogan viu seus aliados de longe e também fez soar suas trombetas, mas os dois exércitos eram separados pela barreira que cobria toda a cidade de Milefort, o Cavaleiro Dragão também um feiticeiro poderoso desmontou assumiu a posição de lótus e começou a conjurar alguns encantamentos canalizando o poder da lágrima de Algron contra a barreira, porem o canal que podia acessar todo o potencial da Lágrima do dragão era justamente a Dragonesa, agora presa do outro lado da barreira mística que alem de ser impenetrável anulava qualquer tipo de magia, ele precisava de tempo e era justamente o que não tinha.
Em frente à fortaleza o exercito infernal parou abruptamente o ataque ao castelo, os defensores ficaram em um impasse, se atacassem saindo da formação de defesa seriam massacrados, mas isto não durou muito, a forma monstruosa de Nastirth apareceu no campo de batalha saindo do portal, apresentou-se com uma aparência não costumas, parecia um grande homem forte, mas sua pele parecia ser de pedra polida, usava armadura vermelha completa cheia de grandes espinhos que parecia estar em chamas, elmo fechado de onde podia se ver dois olhos de fogo, esta não era sua aparência real, queria apenas impressionar, caminhou vagarosamente a frente do castelo de forma que ficasse a vista da Dragonesa, esta já estava visivelmente abatida pelo esforço descomunal, então o Demônio falou:
--Esta batalha já esta perdida filha de Gaia, vocês tentaram me prender, me encurralar, e seus próprios meios me possibilitaram prende-los, e tudo graças a apenas um de vocês, foi muito fácil manipular a ambição no peito do jovem, alias é muito fácil modelar as suas almas, vocês humanos nos chamam de demônios, um nome que para vocês evocam uma criatura de pura maldade, hipócritas! Eu conheço as trevas incontroláveis dentro da alma de cada um de vocês, vocês são as verdadeiras criaturas que evocam todo o mal, são as deformações deste mundo, se vendendo e se comprando, destruindo tudo ao redor em nome da ganância, vocês são uma espécie correndo de encontro a própria extinção, e tentando desesperadamente levar junto este mundo, mas isto tem fim hoje, eu te matarei aqui e sem você poderei destruir a lagrima de Algron!
--Não demônio, sua hipocrisia só rivaliza com a sua arrogância! Sim muitos de nós somos destrutivos sim, e temos trevas na alma, mas muitos de nós lutamos para mudar isto, e conseguimos, nós temos trevas, mas você é as trevas, e vamos lutar contra você, todos sabemos quais são seus planos, roubar toda a energia da vida deste mundo para se fortalecer, transformar todos estes povos e animais em um grande exercito de demônios e conseguir derrotar Algron para desafiar os Deuses, você deseja apenas consumir Gaia para poder desafiar e destruir aqueles que o baniram para as trevas por ser uma criatura irremediavelmente maligna, mas eu não vou permitir isto!
--E como pensa me deter sem seu protetor nem a lagrima do dragão?
Ela não pode responder, ele tinha razão seu poder já estava no limite do esgotamento, o demônio levantou seu braço e fechou sua mão como se esmagasse algo devagar, a Dragonesa ajoelhou-se contendo um grito sentindo uma dor enorme fez um grande esforço para continuar de pé, parecia que o demônio agarrara seus órgãos e os esmagava devagar era questão de minutos ou segundos para tudo estar terminado.
Do lado de fora da barreira Hogan focava todo o seu poder místico para destruir a defesa, concentrava tudo em um único ponto na esperança de conseguir uma fenda que fosse na parede de energia mística, sentia o poder da lagrima no peito lutando para sair e encontrar o poder da Dragonesa, sua cabeça começava a doer pelo esforço mental, alguém colocou a mão no seu ombro e foi como se uma corrente se ligasse a ele, uma onda de energia percorreu seu ombro enchendo sua alma de uma energia já conhecida, alguém o conectara a lágrima do dragão do ar, com uma descarga de energia concentrada em apenas um fino feixe de luz no ponto alvo a barreira mística rachou toda de um lado a outro como se fosse uma gigantesca redoma de vidro e se esfacelou, seus generais sem esperar gritaram para o exercito atacar e ao mesmo tempo os exércitos aliados desceram em direção a cidade como um exercito de formigas que varriam o horizonte, parado ali no meio dos cavalos que passavam Hogan olhou para o jovem atrás dele, demorou um pouco pois tinha medo de constatar o obvio, então viu seu filho com o rosto coberto de lágrimas e a jóia mística do ar na mão direita, olhou com tristeza para o traidor e esta dor suplantou por alguns instantes o alivio da ajuda inesperada, tentou falar algo mas as palavras não lhe saiam e precisava urgentemente juntar-se a Dragonesa, tomou a jóia da mão dele parou um soldado que passava e pediu o cavalo, virou as costas ao rapaz montou e saiu em disparada em direção ao palácio, não conseguiu escutar uma palavra tímida dita pelo rapaz:
--Perdão!
A frente do castelo estava tomada por milhares de demônios que saindo dos portais semi abertos amontoaram-se e agora se organizavam para tentarem deter os exércitos, vindo dos dois lados o exercito aliado e o exercito de Behemoth investiram nos flancos, o momento não lhes dava tempo para armar linhas de ataque com flechas ou qualquer outro tipo de arma, era imperativo que se salva-se a Dragonesa e a reunisse ao Cavaleiro Dragão, a morte dela seria o fim, então a estratégia foi única, esmagar o inimigo e passar por eles a qualquer custo, atacaram como dois enxames, os demônios eram fortes, os cavaleiros jogaram-se para cima deles numa marcha direta alguns demônios foram esmagados outros conseguiram segurar os cavalos eram muitos e a batalha corpo a corpo começou violenta, uma massa só de humanos e demônios matando o alvo que estivesse ao seu alcance.
Instigando a sua montaria ao máximo Hogan conjurou uma longa espada mística para ele de lamina amarela escura que brilhava como ouro puro, como um flagelo da morte ia ceifando os demônios no caminho sem refrear sua montaria. No palácio a Dragonesa lutava para não sucumbir ao poder de Nasthirt, de súbito o demônio parou e a força que esmagava o coração de Petra cessou, então olhando para trás com ódio Nasthirt notou que sua falta de atenção lhe custara caro e falou:
--A barreira foi destruída, o poder de Algron cresce contra mim, eu fui traído!
Conforme o Cavaleiro Dragão se aproximava com a lágrima no seu peito o poder da Dragonesa crescia agigantando-se, de todo o seu corpo emanou uma energia visível por uma distorção de todas as cores primarias, ela gritou e lançou uma onda de energia contra Nasthirt que levantou a frente um escudo místico para se defender, com o impacto o escudo se estilhaçou e o demônio recuou sentindo a força do ataque seus escravos mais próximos tombaram mortos, ele gritou:
--Ainda tenho poder para matar você tornando a lágrima inútil!
Contra atacou com força lançando uma rajada de energia mística pura que destruiu toda a amurada do beiral onde Petra estava ela contra atacou com o poder de Algron que crescia e as energias se chocaram em pleno ar e ficaram se anulando, qualquer deslize ou distração de um dos dois significaria a derrota, a Dragonesa do ar gritou sentindo seu poder crescer com a aproximação da lágrima de Algron:
--Está perdido pequeno demônio! Seu poder diminui e seus escravos caem perante nosso exercito, talvez tivesse alguma chance se seu poder rivalizasse com sua arrogância!
Novamente ela gritou e a força de seu ataque cresceu enormemente, Nasthirt recuou mais, mas também revidou e desta vez foi a Dragonesa quem recuou, precisava da lágrima do dragão agora, ela falava confiante, mas sabia que não podia subestimar Nasthirt, seu poder já havia intimidado Deuses, avistou o Cavaleiro Dragão ao longe abrindo caminho no meio de uma massa de humanos, demônios, espadas e escudos misturados numa batalha desesperada pela sobrevivência, ele estava perto agora, mas Nasthirt também notou isto e pensou rápido, reuniu toda a sua energia em um grande ataque que desviou a energia de Petra atirando-a para trás, virou-se rápido e soltou um ataque perfeito assim que Hogan alcançou campo aberto para ganhar velocidade máxima no cavalo, seu poder não podia ferir o portador da lagrima de Algron, mas o cavalo teve as patas desintegradas jogando o cavaleiro a uma longa distancia, Hogan acabou quebrando um braço e uma perna na queda, ao velo caído alguns inimigos se lançaram contra ele que conseguiu se defender com o braço são e apoiado no joelho, mas agora não poderia chegar a frente do castelo, Petra recuperou-se e notou o estratagema do inimigo, dividir para conquistar, agora ele ganhara tempo para concentrar todo o seu poder nela e quebrar sua resistência, se a matasse a lagrima tornar-se-ia inútil até sua sucessora estar pronta, os portais agora estavam estabilizados e totalmente abertos não parava de cuspir demônios e as mais bizarras feras do inferno de onde vinha Nasthirt, com a Dragonesa e o demônio concentrando seus poderes um contra o outro ela não podia conter os portais e infernais e Nasthirt não podia comandar suas hordas, o que resultou em um combate sem nenhuma estratégia dos inimigos, os demônios saiam e atiravam-se aos montes para cima dos inimigos que agora vinham de fora, os soldados os rechaçavam mas muitos outros saiam, o imperador ficou acuado com seu menor contingente de defesa mas logo se aproveitou do reforço que chegou e organizou seus homens fazendo grandes estragos na retaguarda do exercito demoníaco que os esqueceram assim que viram o tamanho das forças que os atacavam, alguns demônios mais evoluídos tentaram organizar suas hordas, mas sem o cérebro que era Nasthirt não conseguiam controlar seus bestiais soldados, a derrota dos demônios só dependia da derrubada de Nasthirt.
Hogan tentou levantar apoiando-se em sua espada, foi derrubado em um trecho mais longe da batalha, não havia ninguém por perto e ninguém o estava vendo, caiu de novo, teve esperanças quando alguns soldados o viram e correram ao seu auxilio, mas vários demônios os interceptaram e se perderam em batalha, olhou para o castelo e viu as grandes explosões de energia, sabia que sua amada Dragonesa lutava sozinha contra um dos mais terríveis demônios que já existira, o destino deste mundo dependia dele chagar até ela, procurou na mente alguma magia de cura, mas todas as que conhecia requeriam tempo, evitando se entregar a desesperança tentou levantar-se de novo, quase conseguiu mas a dor na perna direita era insuportável, antes de desabar sentiu que alguém agarrara seu braço e tentava puxar para cima de um cavalo, olhou para cima e reconheceu o rosto de seu filho que lhe falou:
--Pai eu fui o mais tolo de todos os Behemotianos, ajudei este monstro a assassinar muitos dos nossos, deixe-me ajudá-lo a acabar com esta desgraça!
--Filho, não temos tempo para explicações, você terá que levar a lágrima de Algron até a sua mãe, se tentar me levar junto não conseguiremos!
--Mas como?
--Você vai ter que tira-la do meu peito, como você tem o meu sangue o sangue de um Cavaleiro Dragão acredito que poderá portá-la até a Dragonesa!
Falando isto puxou o jovem para o chão, pegou seu punhal e colocou na mão dele, abriu o peitoral da armadura e olhou para ele indicando o que devia fazer.
--Eu não posso fazer isto!
--Faça! Este é o preço da sua redenção, não há tempo para hesitar!
Chorando Porthus passou a lamina do lado do peito de seu pai e para a sua surpresa a lamina cortou rápido e preciso mesmo os ossos da costela, era uma lamina preparada para isto com magia e seu corte era preciso e poderoso, Hogan cravou a mão boa no chão esmagando a terra, segurou a dor da melhor forma que pode, mas não gritou Porthus já podia ver o brilho vermelho da lagrima por de trás de um osso, agora a via e seu brilho parecia acompanhar as batidas do coração do cavaleiro, enfiou três dedos e alcançou a lágrima que pareceu se descolar imediatamente do coração do guerreiro ao seu toque, com a lagrima na mão olhou para seu pai que agora perdera a consciência, o coração diminuía as batidas e agora parecia lutar para manter a vida, fechou a ferida, dois jovens soldados que se livraram dos inimigos conseguiam chegar até eles finalmente, pediu que defendessem o Cavaleiro Dragão montou e partiu imediatamente ao auxilio de sua mãe.
Vendo seu plano ser esmagado e incapaz de organizar seu exercito que a esta altura já estava derrotado, Nasthirt decidiu voltar todo o seu poder contra a Dragonesa, se conseguisse matá-la poderia recuar e voltar com força total já que não haveria mais o condutor do poder da lágrima do dragão a única força que poderia derrotá-lo, Petra já demonstrava sinais de cansaço então o poder do demônio sobrepujou o seu e ao ser atingida caiu ferida! Com um sorriso de triunfo ele decidiu que ela merecia uma conversa cara a cara, tomou impulso e com um único pulo alcançou o beiral onde a Dragonesa estava, agora estavam frente a frente, ela lutava para levantar-se mas seus ferimentos eram muitos, certo da vitória já que não sentia mais o Cavaleiro Dragão consciente e não sentia a lagrima do dragão ele deu-se um tempo para falar:
--Parabéns, você por alguns momentos conseguiu sobrepujar meu poder, levarei seu crânio como uma lembrança para enfeitar meu trono e mostrar a todos o que restou da humana que me desafiou pessoalmente, mas antes saiba que seu mundo ardera em chamas, vou caminhar sobre as ruínas das suas civilizações!
--Isto não acabou ainda demônio, a próxima Dragonesa virá e ira continuar até o dia em que a Dragonesa da vida extinguira você desta ou de qualquer outra realidade para sempre!
--Você falhou! E não haverá mais nenhuma Dragonesa, matarei todas as crianças do sexo feminino até encontrar a sua sucessora, vou devorá-las ainda vivas e a culpa será sua, a Dragonesa que falhou, mas não a matarei antes de dizer como falhou duas vezes, pois foi seu filho quem me ajudou, ele roubou a lagrima de Orion para mim, devia ter prestado mais atenção naquele jovem tolo, por não ter se atentado a ganância crescente no peito dele você me entregou as ferramentas necessárias para controlá-lo, eu só precisei ouvi-lo e entende-lo, só precisei falar para ele que ele estava certo, ele só queria aprovação, agora morra com sua dor patética!
Ele ergueu o punho e sua mão começou a brilhar formando uma esfera de fogo, a Dragonesa tentou levantar, mas caiu de novo então baixou a cabeça vencida, pesarosa implorando a Algron um socorro, antes que o demônio pudesse desferir o golpe final ele soltou um urro de dor e cambaleou para frente revelando Porthus pendurado em suas costas segurando o cabo da adaga mística banhada pelo sangue do Cavaleiro Dragão agora afundada no corpo do demônio desestabilizando-o por tempo suficiente para ele jogar a lagrima de Algron para sua mãe e gritar:
--Mãe perdoe-me, rápido antes que ele se recobre, vou segura-lo!
Assim que a Dragonesa segurou a lagrima na mão esta começou a brilhar com um clarão cegante e ela sentiu um poder inimaginável encher seu corpo, nem ao menos notou e já estava de pé, Nasthirt desesperado tentava arrancar o jovem de suas costas, mas este trançou suas pernas pela sua cintura e estocava freneticamente suas costas com fúria fazendo a dor de cada estocada impedir que o inimigo o agarrasse, o poder do demônio esvaia-se rapidamente conforme o poder de Algron crescia, a Dragonesa sabia que seu filho estava condenado, e sem opção, com lagrimas abundantes nos olhos liberou a energia da lagrima do dragão, a onda de poder foi tão violenta que todas as paredes e telhados a frente foram desintegrados, a claridade era tão grande que apenas pode ver a silhueta de Nasthirt e Porthus desfazerem-se em meio a luz, a onda de energia varreu toda a extensão do reino em todas as direções saindo do centro para fora em ondas espirais, pulverizava instantaneamente cada demônio que alcançava e matou inclusive muitos humanos que tinham uma alma maligna então desapareceu.
Quando tudo acabou a Dragonesa encontrava-se sozinha em frente às ruínas do castelo e da cidade, estava em meio a escombros de pedras do que fora uma imponente torre palaciana, não tinha vontade de se levantar, aos poucos os sobreviventes foram chegando logo o rei e muitos soldados feridos vieram ao encontro dela e a saldaram dobrando o corpo em profundo respeito, depois ergueram suas espadas em silencio, mas ela se sentia vazia, uma dor lancinante como nunca sentira antes rasgava seu peito, tinha acabado de sacrificar seu único filho, Nasthirt tinha perdido a batalha, mas a tinha derrotado da forma mais terrível possível.
Reuniu suas forças e caminhou em direção ao imperador e os soldados, não sorria, mas também não demonstrava a dor que sentia apesar das lagrimas silenciosas, carregava somente uma feição vazia, fez um aceno de cabeça para o mandatário que sabendo dos fatos apenas se curvou novamente em respeito, pediu a um soldado que a levasse até o corpo de Hogan, ainda havia a difícil missão de cuidar do corpo do Cavaleiro Dragão, mas as suas surpresas não tinham acabado, quando chegou ao local encontrou-o ainda vivo, estava desacordado e era atendido por um jovem medico militar, mas apesar de muito combalido o coração danificado ainda batia, recusava-se a abandoná-la nesta hora, nunca antes um Cavaleiro Dragão havia sobrevivido ao sacrifício, desde os dois primeiros jovens que se sacrificaram na fatídica batalha que depois originou a linhagem da Dragonesa e do Cavaleiro Dragão o extremo sacrifício era parte imperativa do ritual, então ela neste momento entendeu que Algron haviam atendido as suas suplica da forma dele e aceitando o sacrifício do seu filho manteve Hogan vivo até que ela tivesse tempo de curá-lo com seus poderes.
Anos se passaram, mas a dor pela perda prematura do único filho deixou marcas profundas na Dragonesa e no Cavaleiro, depois da expulsão do demônio os quatro reinos renovaram seus votos de aliança e reforçaram seus tratados de cooperação mutua o que geralmente só durava até uma nova crise começar, as crises com o inimigo comum sempre começavam devagar, jogando um império contra o outro primeiro, criando uma desconfiança, o demônio nunca atacava diretamente, sempre acontecia antes toda uma onda de mentiras, e sempre a ambição humana ajudava a espalhar os ardis malignos, a Dragonesa Petra enfrentou o demônio pessoalmente, a primeira Dragonesa foi a jovem sem nome que enfrentou Diamond voluntariamente, a Dragonesa Mirna foi a segunda com o Cavaleiro Dragão Éden e ela foi a primeira a enfrentar o demônio, ele riu com desdém quando viu que a arma de Algron era uma garota e um Jovem com uma jóia enfiada no peito, mas depois disto ele descobriu que a coisa que ele mais devia temer aqui era exatamente estes dois, a terceira Dragonesa é ainda um grande mistério para nós, ela não nasceu aqui somente os grandes magos no templo de Algron sabem onde se desenrolou a trajetória da terceira Dragonesa e do Cavaleiro e por isto quando a quarta Dragonesa e o Cavaleiro Dragão vieram eles tiveram que enfrentar uma batalha muito maior do que demônios ou dragões, Ária e Valmond encontraram quatro impérios a beira da destruição mutua, sim os quatro impérios estavam assolados por guerra, ódio e loucura, a quinta Dragonesa foi Artemis e o Cavaleiro Elariel que enfrentaram uma grande organização de magos, parece nada perto de enfrentar um demônio, ledo engano esta associação se infiltrou em todos os órgãos dos impérios e tramou jogar imperadores contra os sacerdotes de Algron, queriam destruir Ymar-in e ganhar as graças do demônio depois que conseguisem assassinar a Dragonesa e o Cavaleiro Dragão, usaram de muitos artifícios e quase provocaram guerras em grande escala, a sexta Dragonesa foi minha mestra Ella e o Cavaleiro mestre de Hogan, Folcon, eles enfrentaram um poder ainda maior que Nasthirt as ações desta organização e por fim Petra e Hogan tiveram que enfrentar um poder maior do que Nasthirt que despertou neste mundo graças a todos estes acontecimentos anteriores, ela parou, pensou e chegou a uma triste conclusão, não é o demônio, ou o dragão maligno, tudo começa com a ambição humana.
Petra e Hogan tentaram viver uma vida normal para variar, afastaram-se dos serviços no império de Behemoth, encontraram a oitava Dragonesa uma criança aldeã de Morgoth e o Cavaleiro Dragão também do mesmo reino como sempre é, dedicaram-se exclusivamente a prepará-los e quando eles estavam prontos eles assumiram uma nova missão, agraciados por Algron e Gaia no templo de Ymar-in eles deveriam viver, aprender, e se prepararem para auxiliar a principal das Dragonesas que viria no tempo de duas gerações, a Dragonesa que teria o maior dos dons, o dom da vida, sentindo a dor da perda e da culpa eles aceitaram o ultimo sacrifício, a separação, Hogan ficou na terra para se tornar uno com a magia que rege o planeta e eu Petra vim para o secreto império marinho para aprender com a própria Gaia em seu elemento mais amado, não envelheceremos até tudo estar terminado e teremos a chance de resgatar a alma de nosso filho e destruir por definitivo Nasthirt.
Petra terminou a narrativa e fitou Leal por algum tempo, então falou:
--Esta é minha história guerreiro, eu estou aqui há muitos anos aguardando este momento, a Dragonesa da vida esta entre nós, ela e seu Cavaleiro Dragão, é sinal de que ou este será o fim do demônio que a muitas eras vem tentando se apossar deste mundo, ou será o fim deste mundo, todos nós temos que ajudá-los, mas quero primeiro que conheça a história desde o inicio, temos tempo as peças se encaixarão, você terá um treinamento aqui mas antes quero que se adapte, você tem alguma duvida até o momento?
--Você disse que talvez haja uma possibilidade de ajudar seu filho, então acredita que ele não tenha morrido?
--Eu sei que não morreu, ele esta lá em algum lugar, mas isto é outra coisa que pretendo explicar mais a frente, talvez seja melhor não revelar certos fatos agora! Eu sei que tem outra coisa te preocupando muito, Daholk!
--Sim, eu ficaria mais calmo se tivesse alguma noticia dele e do Príncipe.
--Não se preocupe, posso vê-lo sobre o mar como se estivesse ao seu lado, na verdade estamos auxiliando ele desde que se perderam em auto mar, pois fomos nós que o fizemos ficar a deriva, ou você nunca se perguntou como que perto do porto eles foram parar tão longe, eles agora estão com um bando que conhecemos muito bem, grandes desbravadores do oceano!
--Então eles foram resgatados por algum navio imperial?
--Não exatamente, neste momento estão no navio chamado Orca, um navio pirata e são convidados do capitão Arkady Roronoa!
Leal conhecia muito bem a fama do pirata Arkady, e agora não sabia se era o momento para começar a se preocupar.
Desde o dia em que as embarcações de Anthron começaram a singrar os mares do norte nenhuma embarcação militar, imperial ou pirata teve mais paz ou liberdade, os navios fantasmas do inferno como logo ficaram conhecidos atacavam indistintamente qualquer embarcação, mas eles não atacavam pelos motivos que as outras atacavam, militares atacavam como forma de defesa do seu império, companhias defendia seus carregamentos e passageiros, piratas queriam ouro, os navios de Anothron saqueavam os tripulantes, as pessoas era o alvo, cada embarcação que cruzava o caminho deles tinham a tripulação raptada para virarem mais soldados zumbis, e o navio quando não afundado era incorporado a frota do inferno, não eram belonaves etéreas ou que surgiam do nada como vindas das profundezas do oceano, eram reais, muito reais, sua fama de fantasma ficou em parte p
Os ventos sopravam com fúria como se a própria natureza estivesse conspirando a favor deles, e Layla sabia que esta era a mais real verdade, Gaia estava com eles, Décimo em pé na proa olhava apara as feras aladas que pareciam não se cansar, e apesar dos fortes ventos conceder uma velocidade grande ao navio deles sabia que não demoraria a alcançá-los, foi para o lado de Ninrood que estava ao leme e começou a gritar para os soldados: --Guerreiros de Hyperion, em nosso encalço vem feras sedentas de sangue e destruição, estes mesmos há dias atrás assassinaram muitos de nossos irmãos e irmãs, não pretendo perder nenhum de vocês, mas vou ser sincero, o poder deles é muito grande, estamos muito distante de casa e de qualquer ajuda, em terras estrangeiras a qual não
Arion estava sozinho na sala do trono, dispensara os soldados pessoais e todos os serviçais, precisava estar só para dar o seu passo mais ousado em direção às trevas, terminara de ler pela terceira vez a carta que escrevera de próprio punho, seus planos corriam como o desejado, mas com o Décimo metido bem no centro dos acontecimentos tudo podia se tornar imprevisível, a única coisa que lhe dava um pouco de paz era saber que a nova Dragonesa não se manifestara até o momento, talvez Anothron já dera um fim a ela e o estava testando, o mago investira muito nesta nova era que eles estavam tentando iniciar, mas o preço para ele também era alto, precisava conquistar Behemoth e sua única moeda era Aghata, concretizando o matrimonio ele teria poder e influencia sobre o antigo império, seus lideres eram fracos, Mariel Frost nã
Anothron estava sentado em seu trono, a sua frente uma pequena base de pedra sustentava seu espelho de fogo, a mesma bacia rasa de metal onde ardia uma chama vermelha, acabara de ler a mensagem de fogo no ar e as letras estavam se apagando enquanto ele refletia sobre a mensagem de Arion, era muita generosidade ele lhe presentear com Eliel mesmo colocando sua filha em perigo, escreveu uma resposta rápida mandou e refletiu um pouco, ele sorriu para si sarcástico, não pela informação ele já tinha conhecimento de tudo aquilo, sorriu por ter a confirmação de seu controle total sobre o monarca, um individuo realmente baixo, o mago não havia tido o menor trabalho para iludi-lo a um ponto que o levou a vender a vida da própria filha, Anothron conhecia a reputação de Gregory Arion o antigo monarca, homem justo, honesto e corajoso, pensou intrigado, como este imperador podia s
Tarcilio acabava de se comunicar com Ábánigbéro, o sacerdote de Algron que representava as terras negras, muitos vivendo em seu estreito mundo constituído de quatro impérios desconheciam a existência de outros povos e terras, pouquíssimas era as pessoas que tinham contato com outras localidades do mundo, ou se quer imaginavam que em outras partes alem do mar existiam muitos outros reinos e impérios, os lideres da sua parte do mundo tinham visão estreita e acreditavam que aqueles dois continentes eram tudo o que existia neste mundo, e isto por um lado era bom, e este equilíbrio era a grande missão da sociedade secreta a qual Tarcilio fazia parte, através de magia e influencia os maiores sacerdotes e magos de cada canto do mundo mantinham seus territórios separados, mas freqüentemente se relacionavam para ajuda mutua trocar conhecimento, dividir descobertas
Eliel estava distraído recostado à amurada do navio observando o sol se por, desde o começo da tarde as imagens dos dragões reapareceram no horizonte e pareciam ficar cada vez mais próximas moviam-se mais rápido, muitos outros navios já podiam ser notados por suas velas, estavam chegando cada vez mais para dar suporte as feras, Morghot era conhecida por entre seus feitos os maiores e mais resistentes navios para carga, foi uma grande conquista para Anothron, mas apesar desta grande preocupação o que tomava a sua mente neste momento, era o chamado na sua cabeça cada vez mais forte, uma poderosa voz que lhe assaltava a todo o momento, em algum lugar Calmon o príncipe dragão do fogo o chamava, bem que ele próprio poderia vir por si só, não entendia por que criatura tão poderosa precisava de ajuda ser liberto, ignorava que Algron fizera isto e
Daholk estava na sua cabine no Orca, conseguira com Arkady uma bandeja para criar o fogo místico por onde poderia entrar em contato com seus irmãos, Etriel conseguira entrar em contato com ele mesmo sem o uso desta ferramenta, não era por acaso que ele era um dos quatro maiores da ordem, mas ele não conseguia entrar em contato com o mago de Huiswart, porem agora tinha a ferramenta para enviar pelo menos uma mensagem avisando que entrariam em sua terras para apoiar na guerra que se seguiria, afinal estando ele dado como morto um aviso seria necessário, precisava saber o que o mestre Ábánigbéro poderia ter como plano, é certo que Etriel já o avisara da presença dele mas tinha que avisar o quanto estavam próximos! O fogo acendeu-se na bandeja de prata suja emprestada de Arkady, escreveu a missiva curta e rápida e a queimou, quando Etriel o contatou avisando
El-Don estava orgulhoso de sua missão, antes vivia uma vida abastada na corte e pode estudar magia logo cedo, pois seu pai um rico administrador da coroa também era amigo do mago conselheiro do rei, mas a vida como um mago menor na corte de um pequeno reino não era o que lhe aguardava, tinha vontade de sair ir para os grandes impérios e conhecer magos mais poderosos para aprender e aperfeiçoar seus poderes porem estava preso ao juramento feito ao mago real de que seria seu sucessor e que não teria outro mestre, isto foi até Anothron invadir e dominar seu reino um dos dezessete que constituía o império de Hagardia, ele e o mago da corte lutaram contra a dominação uma luta vã mesmo assim deu o melhor de si, Anothron reconheceu seu moderado poder e lhe propôs clemência em troca de lealdade, e como recompensa pela lealdade lhe ensinaria o real potencial da ma