Os ventos sopravam com fúria como se a própria natureza estivesse conspirando a favor deles, e Layla sabia que esta era a mais real verdade, Gaia estava com eles, Décimo em pé na proa olhava apara as feras aladas que pareciam não se cansar, e apesar dos fortes ventos conceder uma velocidade grande ao navio deles sabia que não demoraria a alcançá-los, foi para o lado de Ninrood que estava ao leme e começou a gritar para os soldados:
--Guerreiros de Hyperion, em nosso encalço vem feras sedentas de sangue e destruição, estes mesmos há dias atrás assassinaram muitos de nossos irmãos e irmãs, não pretendo perder nenhum de vocês, mas vou ser sincero, o poder deles é muito grande, estamos muito distante de casa e de qualquer ajuda, em terras estrangeiras a qual não conhecemos, vamos manter os planos, navegar perto da costa, estejam atentos e prontos para abandonar o navio, mas não será tão fácil simplesmente fugir, o confronto é inevitável, temos uma missão que não poderá ficar em segundo plano, mas agora esta missão acabou de dobrar a responsabilidade, não se trata somente da princesa temos entre nós alguém que deve ser defendida a todo custo também, creio que todos aqui como seguidores de Algron sabem tudo a cerca das Dragonesas, e já ouviram falar que um dia viria a Dragonesa da vida, a peça principal para a destruição do nosso maior inimigo, eu não pediria o sacrifício de nenhum irmão, mas em nenhum momento de nossa história a situação foi tão critica, estamos prestes a lutar a batalha mais importante para todos, se não pudermos defender a Dragonesa não haverá família ou lugar para nenhum de nós voltarmos, eu serei o primeiro a empunhar a espada, qualquer um pode partir em um barco se assim desejar, mas se o inimigo vencer a destruição chegara aos quatro cantos do nosso mundo! Assim um pouco antes do inimigo nos alcançar laçaremos ao mar em barcos menores a Dragonesa, a princesa e algumas pessoas que irão acompanhá-las com a intenção de saírem do barco antes da batalha e ...
Antes que ele terminasse Layla o puxou pelo braço chamando a sua atenção e falando com voz baixa:
--O que esta fazendo? Você não tem o direito de decidir isto por mim, e não tem o direito de pedir o sacrifício destas pessoas, vamos todos sair juntos do navio antes que eles cheguem!
--Layla, você não tem experiência com o mar e duvido que a princesa tenha, você tem um poder grande, mas nunca participou de uma batalha com espadas e soldados, talvez você possa fazer algo com demônios mas a coisa vai ser bem diferente aqui, alem do mais não teremos chances de chegar a praia com os barcos lotados e sem uma distração, mas podemos conseguir um tempo bom enfrentando eles, quando chegarmos o mais próximo possível de um lugar seguro você seguira com o pessoal da corte, Sebastian e seus soldados mais Valéria, Jessi, Elder, Lester entre outros, vamos segura-los o máximo possível, estamos bem armados!
-- E o que te faz acreditar que eu irei?
-- Você sabe que tem que ir, tem a lagrima da água, pode garantir a segurança dos que irão com você!
-- Mas isto é ilógico, você sabe que preciso do Cavaleiro Dragão para derrotar Nasthirt!
-- Eu sei e você sabe que pelo mesmo motivo eles não podem me ferir!
--Mas Eliel, não podemos sacrificar estas pessoas!
Ela acabou falando isto alto no calor da discussão, Eliel ficou sem palavras por alguns momentos, então colocou no rosto a sua face mais séria, tinha que falar algo que talvez ao entendimento de Layla fosse mais cruel do que ele pretendia, não podia deixar transparecer sentimentos que traíssem suas convicções da batalha eminente, teria que voltar a ser o general que fora um dia, mas para seu alivio o capitão pediu a palavra e falou:
--Senhor, Dragonesa, gostaria de falar por nós soldados, e falo o que já foi acertado entre nós, nenhum de nós aqui tem intenção de fugir ou abandonar o navio, cada um aqui desde o mais velho soldado ao mais jovem marujo jurou defender a bandeira de Hyperion, jurou defender nosso povo nossa terra, todos conhecem as histórias e sabiam que este dia chegaria, este é também Dragonesa o maior momento de nossa vida, queremos também lutar, todos temos medo também claro, mas também temos coragem para demonstrar, e vamos todos lutar com nossas forças para que vocês consigam salvar as pessoas e o pais que amamos, por isto não se sinta culpada por fazer o que tem que fazer, todos sabemos que não estará abandonando ninguém e sim se movimentando conforme o necessário, por isto nós pedimos que faça o que for preciso para não se entregar ao inimigo, nós vamos fazer o possível para que ele não chegue a você antes do momento pois sabemos que você é nossa esperança de justiça!
--A princesa que me desculpe, mas não luto por seu pai, ele não merece a coroa que carrega e até ontem não lutaria por você, mas você mudou e conquistou este respeito, hoje luto por você pois acredito que esta se tornando uma peça importante para um mundo melhor, e quem te possibilitou isto, quem abriu seus olhos e salvou todos nós? Não fosse a Dragonesa nós nem estaríamos mais aqui, e foi ai que ela comprovou que era quem esperávamos, estes homens, soldados, marinheiros muitos são iletrados, são de origem humilde mas eles entendem, eles reconhecem e são fieis, e isto é o que eles tem a oferecer neste momento decisivo do nosso mundo, fidelidade, coragem e força!
Não foi preciso o capitão falar mais nada, quando Eliel e Layla olharam ao redor estavam todos parados observando a conversa, eles não responderam com comprimentos ou juras de lealdade que já haviam feito, simplesmente sorriram se abraçaram ou deram tapas nas costas uns dos outros e com grande estardalhaços começaram a trabalhar, preparar os barcos reservas, carregar as munições e preparar as armas, todos dando o seu melhor para recepcionar o inimigo a altura, era a forma de eles mostrarem que não iam fugir e nem morrer sem lutar!
--Ninrood deixou o capitão assumir o leme e chamou Eliel para uma conversa em particular com os dragões, de passagem convidou Sebastian, dirigiram-se para a cabine de Eliel, Ninrood pegou alguns mapas abriu sobre a mesa e falou:
--Décimo a agitação dos últimos dias me distraiu, mas finalmente consegui me encontrar, sabia que tínhamos saído da rota que seguíamos depois que os ventos começaram a nos impulsionar misteriosamente, mas agora sei onde estamos e por incrível que pareça os bons ventos nos levam ao que talvez seja uma grande ajuda, estamos com sorte, estamos navegando perto da costa das minhas terras, amigo estamos chegando em minha casa!
--Talvez não seja só sorte Ninrood!
Falou Layla pensando um pouco:
--Gaia falou comigo há algum tempo foi rápido quase um sussurro, disse-me que “depois da ajuda da água o aço e a terra iria nos abraçar”! Eu não entendi o que estas palavras poderiam indicar então achei melhor não falar até entender, para não preocupá-los, mas agora eu sei, estamos chegando ao quinto império!
Eliel sacudiu a cabeça olhou para os dois e falou:
--Olha vocês estão querendo me dizer que saímos tão da rota que não estamos mais indo para Behemoth? Mas para onde exatamente estamos indo?Eu sabia que existia um quinto império, mas que era uma proibida para nós, Etriel me disse certa vez que nem nos mapas existe uma localização, já a julgava como lenda?
--Décimo, a minha origem é algo proibido de se falar nos outros impérios talvez um dia tudo será explicado, mas você sabe que não sou de nenhum dos impérios conhecidos por você, mas eu pertenço a uma terra, um lugar que você esta prestes a conhecer, Gaia esta nos levando para Huiswart, a minha casa, minha terra, podemos conseguir muita ajuda lá!
-- Bem não temos escolha, mas Ninrood... Eu ouvi como aconteceu o primeiro encontro dos nossos impérios com a costa negra, não acredito que seremos bem recebidos lá afinal meu povo não fez coisas boas para eles! Não sei se nos verão com bons olhos!
--Eu acredito que vocês não, mas eu sim, sou um deles e apesar de tantos anos eles nunca virariam as costas para um irmão! É claro que eles vão te testar como você é inegavelmente o líder vai ter que provar seu valor, e pode apostar de que não vai ser fácil, mas eu acredito que você consegue, alem do mais o mar esta cheio de navios de Anothron e do jeito que não nos perdem de vista logo a frota deles terá um verdadeiro exercito, cada vez aparecem mais navios vindo na direção dos que começaram a nos perseguir, mesmo com você e a Dragonesa aqui não veria outra alternativa de sobrevivermos se não usando o poder da lagrima, mas ai Anothron venceria fazendo vocês usar o poder antes da hora como fez com Nina e Crison!
-- Você tem razão amigo, não vamos deixar eles nos encurralar! E o restante de vocês?
--Estamos todos de acordo Eliel! Disse Valéria que normalmente falava pouco por tanto só da Valquíria se sentir a vontade para dar o veredicto por todos já era uma certeza do consentimento geral.
--Então é isto irmão, vamos a sua casa! Eu sempre tive a curiosidade mesmo de conhecer os costumes do seu povo você nunca foi de falar!
-- Era doloroso irmão, a saudade sempre foi muita!
-- E por que nunca voltou! Você é um homem livre!
-- Por que eu sabia que minha missão era nas terras brancas, eu não sai de lá à toa, eu recebi uma missão dos nossos ancestrais!
-- Bem, apesar de nossa cultura ser tão distante é sempre a mesma coisa, as pessoas do passado nos deixando fardos gigantes! Mas vamos nos preparar, estudar os planos, deixar todos prontos, temos mais ou menos três dias, os dragões parecem estar diminuindo o ritmo, devem estar cansados e estão economizando energia, apesar de a quantidade de navios aumentar a cada dia, não parece haver entre eles uma belonave que tenha tamanho para eles descansarem em grupo, eles deve revezar nos navios, pois de outra forma ficariam pesados e mais lentos, devem estar esperando uma embarcação bem maior e preparada para receber peso e não perder velocidade, se nos atacassem cansados teríamos uma chance melhor, se esperarem para descansar teremos mais tempo, com a ajuda de Gaia enchendo nossas velas em três dias chegaremos a costa! Valéria e Sebastian se estiverem de acordo a partir de agora vocês ficam a todo momento com Layla, Aghata e Jessi, os soldados de Sebastian também!
Sebastian e Valéria menearam a Cabeça consentindo, mas Layla protestou:
-- Não Eliel, eu sei me defender e afinal nem estamos em perigo eminente!
--Eu sei! Mas quero que já se familiarizem, tracem planos, já saibam o que cada um pode fazer, olha não dificulte ficarei mais confortável para lutar se souber que vocês estarão seguras mesmo se nos separar, preciso de Ninrood e Elder comigo e tenho plena certeza de que com Sebastian e Valéria vocês estarão protegidas!
Com este argumento nem Layla e o mais incrível nem Jessi quiseram debater, simplesmente aceitaram e a discussão foi encerrada.
Arion estava sozinho na sala do trono, dispensara os soldados pessoais e todos os serviçais, precisava estar só para dar o seu passo mais ousado em direção às trevas, terminara de ler pela terceira vez a carta que escrevera de próprio punho, seus planos corriam como o desejado, mas com o Décimo metido bem no centro dos acontecimentos tudo podia se tornar imprevisível, a única coisa que lhe dava um pouco de paz era saber que a nova Dragonesa não se manifestara até o momento, talvez Anothron já dera um fim a ela e o estava testando, o mago investira muito nesta nova era que eles estavam tentando iniciar, mas o preço para ele também era alto, precisava conquistar Behemoth e sua única moeda era Aghata, concretizando o matrimonio ele teria poder e influencia sobre o antigo império, seus lideres eram fracos, Mariel Frost nã
Anothron estava sentado em seu trono, a sua frente uma pequena base de pedra sustentava seu espelho de fogo, a mesma bacia rasa de metal onde ardia uma chama vermelha, acabara de ler a mensagem de fogo no ar e as letras estavam se apagando enquanto ele refletia sobre a mensagem de Arion, era muita generosidade ele lhe presentear com Eliel mesmo colocando sua filha em perigo, escreveu uma resposta rápida mandou e refletiu um pouco, ele sorriu para si sarcástico, não pela informação ele já tinha conhecimento de tudo aquilo, sorriu por ter a confirmação de seu controle total sobre o monarca, um individuo realmente baixo, o mago não havia tido o menor trabalho para iludi-lo a um ponto que o levou a vender a vida da própria filha, Anothron conhecia a reputação de Gregory Arion o antigo monarca, homem justo, honesto e corajoso, pensou intrigado, como este imperador podia s
Tarcilio acabava de se comunicar com Ábánigbéro, o sacerdote de Algron que representava as terras negras, muitos vivendo em seu estreito mundo constituído de quatro impérios desconheciam a existência de outros povos e terras, pouquíssimas era as pessoas que tinham contato com outras localidades do mundo, ou se quer imaginavam que em outras partes alem do mar existiam muitos outros reinos e impérios, os lideres da sua parte do mundo tinham visão estreita e acreditavam que aqueles dois continentes eram tudo o que existia neste mundo, e isto por um lado era bom, e este equilíbrio era a grande missão da sociedade secreta a qual Tarcilio fazia parte, através de magia e influencia os maiores sacerdotes e magos de cada canto do mundo mantinham seus territórios separados, mas freqüentemente se relacionavam para ajuda mutua trocar conhecimento, dividir descobertas
Eliel estava distraído recostado à amurada do navio observando o sol se por, desde o começo da tarde as imagens dos dragões reapareceram no horizonte e pareciam ficar cada vez mais próximas moviam-se mais rápido, muitos outros navios já podiam ser notados por suas velas, estavam chegando cada vez mais para dar suporte as feras, Morghot era conhecida por entre seus feitos os maiores e mais resistentes navios para carga, foi uma grande conquista para Anothron, mas apesar desta grande preocupação o que tomava a sua mente neste momento, era o chamado na sua cabeça cada vez mais forte, uma poderosa voz que lhe assaltava a todo o momento, em algum lugar Calmon o príncipe dragão do fogo o chamava, bem que ele próprio poderia vir por si só, não entendia por que criatura tão poderosa precisava de ajuda ser liberto, ignorava que Algron fizera isto e
Daholk estava na sua cabine no Orca, conseguira com Arkady uma bandeja para criar o fogo místico por onde poderia entrar em contato com seus irmãos, Etriel conseguira entrar em contato com ele mesmo sem o uso desta ferramenta, não era por acaso que ele era um dos quatro maiores da ordem, mas ele não conseguia entrar em contato com o mago de Huiswart, porem agora tinha a ferramenta para enviar pelo menos uma mensagem avisando que entrariam em sua terras para apoiar na guerra que se seguiria, afinal estando ele dado como morto um aviso seria necessário, precisava saber o que o mestre Ábánigbéro poderia ter como plano, é certo que Etriel já o avisara da presença dele mas tinha que avisar o quanto estavam próximos! O fogo acendeu-se na bandeja de prata suja emprestada de Arkady, escreveu a missiva curta e rápida e a queimou, quando Etriel o contatou avisando
El-Don estava orgulhoso de sua missão, antes vivia uma vida abastada na corte e pode estudar magia logo cedo, pois seu pai um rico administrador da coroa também era amigo do mago conselheiro do rei, mas a vida como um mago menor na corte de um pequeno reino não era o que lhe aguardava, tinha vontade de sair ir para os grandes impérios e conhecer magos mais poderosos para aprender e aperfeiçoar seus poderes porem estava preso ao juramento feito ao mago real de que seria seu sucessor e que não teria outro mestre, isto foi até Anothron invadir e dominar seu reino um dos dezessete que constituía o império de Hagardia, ele e o mago da corte lutaram contra a dominação uma luta vã mesmo assim deu o melhor de si, Anothron reconheceu seu moderado poder e lhe propôs clemência em troca de lealdade, e como recompensa pela lealdade lhe ensinaria o real potencial da ma
Karcid: Etriel acabara de ler a mensagem de Daholk e pensava em algum plano que os ajudasse quando sua atenção foi desviada por um aviso que explodiu na sua cabeça na forma de um zumbido e uma dor moderada na têmpora, alguém acabara de invocar um feitiço milenar contra seu protegido, este tipo de magia era muito rara de ser usada, somente um mago muito poderoso conseguiria acessar este tipo de poder e os que ele sabia da existência não atacariam Eliel ou estavam mortos, Anothron poderia fazer isto, mas não havia o bruxo, quando Eliel desistiu de tudo e saiu pelo mundo ele em segredo lançara este feitiço para poder protegê-lo deste tipo de poder, e só havia duas formas de alguém usar este tipo de magia contra o Décimo, ou um mago poderoso o fez ou alguém usou um amuleto onde o feitiço estava guardado já invocado, n&atil
A sacerdotisa de Arcádia dirigiu-se até uma prateleira cheia de livros antigos e pegou três velhos pergaminhos empoeirados, voltou à mesa e sentou na frente de Leal que já estava impaciente esperando a explicação sobre o por que dele estar ali, ela então falou: --Leal, eu sei que anseia para saber sobre si, peço que tenha calma e te garanto que você saberá, mas tudo ao seu tempo preciso que você conheça toda a historia você terá conhecimento que apenas alguns poucos homens muito sábios detém! Ele assentiu com a cabeça e ela começou a narrativa: -- Como você sabe ouve uma grande batalha entre os filhos de Algron os príncipes dragões, Diamond o poderoso príncipe do fogo traiu seus irm&ati