LOUISE ALBUQUERQUE
Por mais que eu não quisesse dar um fim na nossa noite, o Marcelo parecia decidido a se afastar de mim a qualquer custo e não entendeu o motivo da otária da sua oficialmente ex namorada estar parada ao seu lado sem conseguir dizer um simples tchau.Alguém me dá um tiro na testa para eu parar de ser tão estúpida?
— Tá tudo bem aí? – Ele pergunta me encarando com aflição, porém sem tirar as suas mãos do volante como se quisesse fugir de mim o mais rápido possível.
— Por que é tão fácil para você me esquecer? – Indago sentindo um nó na garganta. — Eu não signifiquei nada na sua vida?
— Não é isso, amor. – Sua mão direita desce até a minha coxa esquerda, iniciando um carinho gostoso e meu olhar acompanha o movimento dela. — Eu só não quero forçar a barra contigo, porque sinto que já fiz isso muitas vezes desde que... você sabe.
Sim, eu sei, desde que você beijou a minha melhor amiga no carnaval.
— Algumas vezes eu quero que você lute pela gente, outras vezes penso que o melhor é ficarmos longe um do outro. – Confesso baixinho a minha confusão de sentimentos.
— Eu tentei voltar com você...
— E eu não quis.
Olho para fora do carro através da janela, observo a fachada da minha casa por alguns segundos pensando em como irá ser a minha vida sem ele e logo volto a encarar o Marcelo.
— Não precisa ter medo de experimentar coisas novas e caso queira voltar algum dia, eu vou tá aqui esperando por você. – O mesmo tenta me motivar, entretanto, eu não acredito em nada que sai da sua boca.
— Esperando por mim? Acho difícil, hein! – Debocho.
— Eu te amo pra caralho, minha gostosa. – Sua mão sobe pela lateral do meu corpo, causando arrepios pela minha pele e indo de encontro ao meu cabelo, então ele emaranha seus dedos nos fios castanhos, os puxando delicadamente para trás.
E é isso! Bastou um puxão de cabelo para eu me esquecer os motivos de querer terminar o nosso relacionamento e agora o quero dentro de mim.
— Porra, Marcelo! – Meu protesto soa como um gemido de prazer.
Mais fácil que eu, não tem.
De repente, meus olhos estão fechados, meus lábios levemente afastados um do outro e a minha calcinha está ficando úmida.
— Uma foda de despedida? – Sua voz sai carregada de tesão e eu apenas assinto por não conseguir formular uma única palavra.
Abro meus olhos, encontrando o Marcelo me observando de um jeito provocante e eu não consigo esconder o sorriso malicioso que aparece quando ele volta a acariciar minha coxa, só que dessa vez é com a mão esquerda, já que a outra está ocupada com o meu cabelo preso em um rabo de cavalo mal feito.
— Acho que nunca vou conseguir deixar você ir embora. – Falo, me sentindo idiota por ainda amá-lo.
Tomei a iniciativa de tirar o meu cinto de segurança, o empurrar para trás e saltar para o banco do motorista, sentando no seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo, podendo sentir seu membro já enrijecido.
— Eu não quero ir embora. – Marcelo diz sério, segura meu rosto com as duas mãos e me puxa para um beijo cheio de luxúria.
Meu coração bate descompassadamente no peito enquanto sua língua pede passagem e meu quadril começou a rebolar como se tivesse vontade própria.
A fricção da minha buceta no seu pau é tão gostosa, que só aumenta o meu tesão.
Cada célula do meu corpo o desejava dentro da minha vagina, martelando seu pênis até o fundo e me fazendo explodir em um orgasmo intenso como todas as outras vezes.
Dane-se o amor próprio por alguns minutos, agora eu só preciso gozar deliciosamente no seu pau.
De qualquer forma, já estou com o meu psicológico fodido, por que não aproveitar o momento para foder a pepeca também, não é?
Sinto suas mãos apertando fortemente a minha bunda e puxando meu corpo para baixo, fazendo com que nossas intimidades se pressionem uma na outra, me deixando cada vez mais louca por ele.
— Quer fazer aqui mesmo, delícia?
— Não, meus pais podem ver. Vamos pro quarto?
Sem perder tempo, o Marcelo abre a porta do carro, faz sinal para eu sair primeiro e eu obedeço prontamente, sendo seguida por ele e ignorando os funcionários no caminho até o meu quarto. Quer dizer, eu ignoro como sempre e o homem atrás de mim os cumprimenta sendo educado demais.
Aprendi desde muito cedo a não me misturar com os funcionários para evitar problemas e é algo que o meu ex namorado não aprova, por isso assim que entramos no cômodo e ele tranca a porta, eu já sabia que teria que ouvir um sermão sobre tratar melhor as pessoas que trabalham na minha casa.
— Custa zero reais você dizer boa noite para os seguranças, Louise.
— Eu te conheço tão bem que já sabia que você viria com a mesma ladainha de todas as outras vezes.
— Um dia você vai olhar para trás e perceber que esse seu ar de soberba não vai te fazer melhor que ninguém.
Revirei os olhos, cruzando meus braços, me sentindo entediada com esse papinho chato.
— Tivemos criações diferentes, Marcelo. É óbvio que vamos discordar em alguns pontos e está tudo bem, né? Não precisamos transformar nossas pequenas diferenças em brigas. – Dou de ombros.
— Não adianta conversar com você, caralho. – Marcelo faz uma pausa e dá um sorriso triste antes de continuar. — Olha, eu desisto. Sinceramente? Posso ter errado contigo quando te traí e sinto muito, mas o fim desse namoro pode tá sendo um puta livramento para mim.
— Tá se achando muito, meu anjo. – Dou uma risada irônica. — Sou muito areia pro teu caminhãozinho.
Ele ri sem humor, passando a mão na cabeça rapidamente e dá as costas para mim, indo em direção à porta.
— Foi bom enquanto durou, Louise. Boa noite.
— É sério que você vai embora por causa disso?
Não obtenho resposta, o homem apenas destranca a porta e vai embora, me deixando sozinha no quarto com a cabeça a mil por hora.
Alguns minutos depois, a ficha cai e eu começo a chorar desesperadamente ainda em pé, me sentindo uma pessoa horrível e me culpando por ter perdido o Marcelo.
Talvez por isso ele escolheu ficar com a Arlene, eu acho que não mereço ninguém ao meu lado.
Os pensamentos negativos começam a atingir a minha mente e eu procuro a única coisa que me faz sentir um pouco melhor no fundo da gaveta. Quando encontro o objeto cortante, corro para o banheiro, sento no chão com as costas apoiadas na parede e dou início a melhor sessão de terapia que conheço.
FELIPESIMÕESAs aulas foram suspensas por 15 dias na faculdade, podendo ter uma prorrogação de mais 15 dias como uma medida de prevenção contra o coronavírus. O reitor, mesmo achando um exagero como qualquer pessoa que apoie cegamente as falas desonestas do atual presidente, cedeu uma pequena férias para que a comunidade acadêmica pudesse ter uma reclusão social após algumas manifestações de repúdio dos diretórios e centros acadêmicos de cada unidade sobre as aulas continuarem normalmente com uma epidemia rolando pelo mundo a fora.O que os alunos fizeram para comemorar o pequeno recesso forçado? Isso mesmo, a porra de uma festa no estacionamento do Campus de exatas.Mais burros que isso só quem votou em um jumento para presidência, e eu que vim para a muvuca universitária depois que a minha amiga me ligou chorando falando que estava passando mal em um banheiro.
LOUISE ALBUQUERQUEAcordei ouvindo alguém vomitar a alguns metros de distância e permaneci com os olhos fechados tentando entender o que havia acontecido na noite anterior, porque tenho quase certeza que esse não é o meu quarto e eu sei disso por causa do excesso de calor no local.Como nunca vou dormir com o ar condicionado desligado e eu sempre coloco na temperatura de 20ºC para quando eu me despertar do sono me sentir no próprio Polo Norte, fico preocupada imaginando qual foi a asneira que cometi durante a festa da faculdade para me encontrar na cama de um desconhecido.Só falta eu ter praticado sexo casual com algum macho retardado.O ato nada inteligente e muito menos responsável de ir à uma reunião com dezenas de pessoas presentes em meio ao caos que o mundo se encontra atualmente, ocorreu, principalmente, pelo fato de eu precisar espairecer
LOUISE ALBUQUERQUEPassei mais de quatro horas olhando para o teto refletindo se eu deveria arriscar uma fuga desse lugar, ligar para o meu pai vir me buscar ou esperava o Felipe acordar para me levar em casa.Sim, eu sei que para você deve ser fácil levantar dessa cama e sair desse apartamento, mas para mim até mesmo um gesto simples torna-se algo bastante complexo a se fazer, porque eu penso em mil possibilidades ruins que podem acontecer durante o caminho, como por exemplo, eu ser assaltada ou morta. Apesar de não conhecer os donos desse lugar, o Felipe conhece o Marcelo e como ambos são filhos de traficantes, acredito que os dois devem respeitar um ao outro e isso deve incluir não matar as suas exs namoradas.Ou não!Não posso esquecer que o Marcelo citou que os pais dos dois são inimigos, só que não senti ódio entre eles.É, acho
LOUISE ALBUQUERQUEO Marcelo está enfurecido e não faz questão nenhuma de disfarçar seu descontentamento comigo por eu ter dormido no apartamento do Felipe, por isso saiu me arrastando pelo corredor e seguiu até o elevador sem falar uma palavra comigo.Ele me soltou assim que entramos e eu massageei meu antebraço que está latejando de dor.Nos encostamos na parede espelhada, olhando para frente e eu fiquei nervosa ao ver o Felipe sair pela porta do seu apartamento e correr na nossa direção.— Quem você pensa que é para entrar na minha casa e agredir a minha convidada, RM? – Ele coloca sua mão na porta metálica, impedindo que o elevador se fechasse.— Eu não agredi ninguém. – Meu ex namorado se defende.— Você puxou o braço de uma garota que tem a metade do teu peso e tamanho. – Felipe aponta para a área que está dolorida e ao olhar para o meu antebraço, noto que a marca da mão
LOUISE ALBUQUERQUENo instante que eu pisei em casa foi dedo no cu e gritaria com os meus pais. Eu nunca os vi tão chateados comigo como naquele momento e apesar de achar exagero, tentei entender o lado dos dois, porque o meu toque de recolher é às 1h da manhã e bem, eu estava doze horas atrasada. Sem contar que não dei notícias e passei a noite com dois desconhecidos. Claro que a última parte foi ocultada e se Deus permitir, eles nunca saberão, pois, para todos os efeitos, eu estava com o Marcelo.Melhor a minha mãe reclamar que eu sou corna mansa do que me esfolar viva por eu ter me colocado em risco durante uma festa da faculdade.— Além de chegar depois do almoço, ainda fica conversando com aquele marginal na porta da mansão. – A mulher reclama sem nem ao menos me olhar enquanto tira os pratos da mesa e segue até a cozinha.— Só estávamos resolvendo alguns p
** Contém maus tratos a animais e zoofilia. Não irei descrever em detalhes, só citar! **LOUISE ALBUQUERQUEEu devo confessar que nunca cogitei sentir tanta falta das minhas aulas presenciais na faculdade e o quanto seria difícil permanecer em casa até ser obrigada a ficar isolada para me proteger. Estava me sentindo sufocada entre as paredes da mansão, os pensamentos negativos tomaram conta da minha mente muito de repente e eu mal conseguia dormir à noite com pesadelos relacionados às ameaças do Barão.Após a invasão do Felipe ao meu quarto, eu percebi que poderia estar correndo risco de morrer e apesar de saber que devo falar para os meus pais, eu tinha medo que eles me proibissem de ver o Marcelo por contas das maluquices do seu pai. É difícil as pessoas enxergarem que o meu ex namorado e o pai dele são pessoas bem diferentes.Enfim, meu dias estão sendo monótonos demai
FELIPE SIMÕESA Louise me mandou mensagem pedindo ajuda e, de todos os crimes que pensei que um dia fosse cometer, nunca cogitei roubar uma cadela e os seus filhotes. Quando ela me contou detalhes do que havia visto, eu fiquei uns 10 minutos vomitando dentro do banheiro de tão enojado que me senti ao saber das atrocidades que esses falsos profetas estavam cometendo com animais indefesos.Tem muitas pessoas que normalizam a prática de zoofilia como um fetiche sexual e acha que tudo bem quem o faz, mas se a gente parar para raciocinar por alguns segundos é possível chegar a conclusão que os bichos são tão incapazes de consentir quanto as crianças ou mulheres bêbadas, portanto é estupro e não sexo. Se não está tudo bem fazer ter relação sexual com menores de 14 anos e garotas alcoolizadas, por que caralhos estaria ok abusar de uma cadela?É nojento c
LOUISE ALBUQUERQUECuidar de oito filhotes de cachorro não é uma tarefa tão fácil quanto cuidar da minha gatinha, que muitas vezes passa o dia dormindo e só lembra de aprontar no meio da madrugada, porque como os cães estão morando temporiamente na minha casa, eu tenho ficado exausta com o trabalho extra durante o meu isolamento social forçado. Nunca vi tanto xixi e cocô como nos últimos dias.Mas obviamente fiquei aliviada quando meus pais aceitaram deixá-los passar o tempo de preparação para a adoção responsável com a gente e feliz por eles não surtarem comigo por ter incentivado o Felipe e a Nathalia irem resgatar a cadela e os seus bebês.Naquela noite, eu convenci os meus pais que eu estava com um encosto demoníaco no meu corpo e implorei para chamarem o pastor para vir orar em mim. Deu certo! As aulas de teatro ajudaram bastante na encenação de contorcer o meu corpo por inteiro e rev