Cap. 9: O líder também deve punir.— O grande Líder Alfa... — um deles começou, com um sorriso venenoso nos lábios. — É realmente digno desse título caros ministros? — um deles perguntou.Observei a multidão se entreolhar, a desconfiança crescendo no ar. Mantive minha postura imponente, os olhos frios, sem demonstrar qualquer emoção, aqueles três já deveria saber que não há nada que eles possam fazer para me atingir, eu só me submeto a outras lideranças para não causar problemas no equilíbrio de todo a matilha.— O nosso grande e imaculado líder talvez não tenha o direito de estar em qualquer posição estando nesse mundo onde temos regras rigorosas com escândalos, porque então ele é um dos primeiros a quebrar as regras.— O que estão insinuando? — Minha voz saiu firme, carregada de uma ameaça velada ao mesmo tempo que escondia um sorriso cruel.Os trigêmeos trocaram olhares antes de um deles disparar o golpe final.— Que você traiu sua própria Luna e não faz muito tempo! — eles levanta
Cap. 10: impiedosa como não esperava.O homem ainda estava de joelhos aos meus pés. Parecia que ninguém entendia a proporção do problema em que meus irmãos haviam me enfiado. Encarei o homem com ainda mais raiva. Ninguém deveria ousar tentar me enganar e destruir minha reputação, a não ser eu mesmo.Ergui as mãos. O poder ancestral que corria em minhas veias começou a vibrar no ar. A luz ao meu redor pulsava com energia divina, e os lobos próximos recuaram instintivamente. Sim, todos eles tinham medo de mim.— Todos vocês devem entender — minha voz reverberou como um trovão — por que nunca devem tentar brincar comigo.Um vento forte atravessou o salão quando voltei minha atenção para o serviçal ajoelhado. Com um gesto, envolvi seu corpo com minha magia. Num instante, ele começou a fragmentar-se em pequenos pedaços de luz, desintegrando-se diante dos olhos de todos até que não restasse mais nada.Gritos de horror ecoaram enquanto ele desaparecia, obliterado pelo meu poder. O medo se in
Cap. 11: Ninguém me engana.Fiquei em silêncio por um longo momento. Algo dentro de mim se contorceu. Isso não era certo. Isso não era... Maya.Lembrei-me dela, mesmo de séculos atrás, generosa, justa, alguém que nunca tomaria uma decisão tão cruel, alguém que entrou para a história dos lobos com honra.Mas essa mulher diante de mim não parecia aquela Maya, não ainda. Ela não se lembrava de tudo. Talvez fosse por isso... talvez fosse apenas a confusão de um espírito fragmentado, um instinto de sobrevivência, algo que o tempo corrigiria.— Vou pensar sobre isso. — Respondi, minha voz neutra. — Mas agora não quero falar disso. Quero apenas que você fique ao meu lado a partir de hoje.Ela sorriu, satisfeita. Mas, enquanto a abraçava novamente, senti meu coração pesar ao buscar minha ligação com ela.Algo estava errado. Eu estava buscando nela algo que eu não estava sentindo. Era algo inconfundível: a nossa ligação. Mas ela é a minha Maya... Não é possível que possam ser tão parecidas. Me
Cap. 12 Sem ligação.Samuel Kan observava Maya enquanto ela caminhava ao seu lado em silêncio, saindo do escritório. Seus olhos ainda estavam vermelhos, o rosto delicado marcado por uma tristeza fingida, algo que poderia enganar qualquer um, mas não a ele.Ele a levou até o quarto sem dizer uma palavra, refletindo sobre tudo o que acontecera naquela noite. A festa ainda seguia lá fora, mas a tensão entre eles pairava no ar.— Troque-se, vista outra roupa para que possa ficar confortável na festa. — Ele ordenou, fechando a porta atrás deles.Maya ergueu os olhos para ele, a expressão moldada em uma mistura de surpresa e charme calculado. Ela avançou devagar, os dedos deslizando pelo próprio vestido de maneira propositalmente sedutora.— Preciso mesmo me trocar agora, Kan? — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Depois de tudo o que aconteceu… não prefere ficar aqui comigo?Ela se aproximou mais, os dedos tocando seu peito, o calor da pele dela contrastando com o controle de ferro que
Cap. 13 : Você não é minha Luna.— Kan? — ela chamou olhando ao redor confusa.Seus olhos varreram o ambiente, buscando por ele, mas não o encontraram, ela não conseguia vê-lo.Maya sempre fora capaz de vê-lo, não importava as barreiras ou feitiços que lançasse, mas aquela mulher… não, então kan teve a certeza a mulher diante dele não era sua verdadeira Luna.Samuel Kan permaneceu imóvel, observando Maya se mover pelo escritório em busca dele. Seu olhar estava confuso, levemente inquieto, como se tentasse entender o que estava acontecendo. Mas a verdade era evidente: ela não conseguia vê-lo.Se fosse a verdadeira Maya, teria percebido sua presença, mesmo sob a barreira.O coração de Kan pulsava com um misto de fúria e frustração. Como aquilo era possível? Quem era essa mulher? Como havia conseguido enganá-lo por tanto tempo?Ele esperou, oculto, enquanto Maya resmungava algo inaudível e saía do escritório com passos apressados. Havia algo suspeito em seu comportamento, algo que não es
Cap. 14 O erro obvio.Lana seguiu de forma sorrateira em direção ao quarto onde seus pais estavam hospedados. Ela podia ouvir as risadas deles antes de entrar, enquanto comemoravam sua nova vida como parte da família Kan.Entrou às pressas, o rosto pálido e os olhos arregalados, mas sua reação foi ignorada por seus pais, ainda em êxtase.O som das taças de cristal tilintando ecoava suavemente. Lana os encarava, sentados ao redor de uma mesa refinada, degustando um vinho caro, sorridentes e relaxados.Eles haviam conseguido. Finalmente eram parte de uma família influente, respeitada e poderosa.— Quem diria que estaríamos aqui, bebendo como nobres? — o pai dela comentou, girando a taça entre os dedos. — Nosso plano está indo perfeitamente.A mãe sorriu, satisfeita.— Assim que sairmos com Maya esta noite, não haverá mais riscos, e todo esse mal-entendido vai desaparecer. — Francely, mãe das gêmeas, suspirou, batendo os pés no chão e encarando o piso, como se quisesse dizer algo.Debaix
Cap1: A menina da adaga no coração.Maya volpynEu tinha doze anos quando acordei de um coma no qual estava submersa desde o meu nascimento incomum. Pode parecer surreal, mas eu nasci com uma adaga cravada dentro do meu peito. Sim, ela atravessava completamente meu coração protegida pela minha caixa torácica ninguém tem ideia de como remover sem me matar.Não me lembro de nada e nem tive uma infância propriamente dita, nada de que eu possa realmente me recordar.Antes de eu despertar, meus pais lutaram incansavelmente para encontrar alguém com uma magia poderosa o suficiente para remover a adaga e me manter viva. No entanto, aparentemente, não há como tirá-la sem por fim a minha existência.Ninguém entende como acordei, mas, quando abri os olhos, parecia que alguém me chamava.A voz de um rapaz parecia algo que já tinha ouvido a algum tempo. Senti uma estranha luz azul emanando do meu peito e, de repente, meus olhos se abriram.Me levantei da cama e tentei andar. Cambaleei e senti um
Cap. 2 Lançada para a morte;Confusa, observei-a se aproximar. Senti suas mãos firmes contra meu tórax e, em um movimento rápido e brutal, meu corpo foi jogado contra a água gelada.Meus pulmões queimavam, implorando por ar que não vinha. O lago me envolvia me puxando para as profundezas. A imagem de Lana, com seu sorriso cruel, pairava em minha, Eu a implorei em silêncio, implorando por ajuda, mas ela apenas me observava, indiferente em seguida indo embora como se fugisse de alguém.Em meio ao desespero, fechei eu nunca tinha aprendido a nadar. Mas, de repente... eu parecia não estar mais ali mas em um campo de guerra, um som metálico ecoou pelo ar. Espadas se chocavam em uma batalha feroz, um espetáculo de violência que mesclava com a quietude do lago. Lobos corriam em todas as direções, seus uivos se misturando aos gritos dos magos e feiticeiros que os enfrentavam.Em minhas mãos, uma espada reluzia com uma luz estranha. Eu a empunhava com força, bloqueando os ataques mágicos que m