— Posso falar com você? — Xavier disse a Thea.— O que você quiser dizer, diga aqui. — Disse Alaric. — Ela não vai a lugar nenhum com você.O olho de Xavier tremeu. — Eu queria dizer que sinto muito. — Disse ele. — Não tem desculpa. Eu fui um idiota.— Entendi. — Disse Conri.Xavier respirou fundo, tentando se acalmar. Algo parecia estranho para Thea. Ela não tinha certeza do que era, mas não acreditou em seu pedido de desculpas.— Acha que poderia me perdoar? — Xavier disse. — Há algo que eu possa fazer para que você me perdoe?Podia-se ouvir um alfinete cair no chão. Rumores do que acontecera entre eles se espalharam pela escola. Todos os alunos no refeitório estavam na ponta dos assentos, ouvindo.— Não se trata de perdão, Xavier. — Disse Thea. — Você é o tipo de pessoa que pode fazer o que fez, ou não é. Você mostrou quem você é. Eu não guardo ressentimentos de você porque isso só me machucaria. Se você quer levar isso como perdão, vá em frente, mas eu não acredito que você mudou
Thea não vacilou durante toda o acontecido.— Eu te venceria a qualquer hora, em qualquer lugar. — Disse Thea. — Mas não tenho nada a provar aqui, e meus companheiros não querem que eu toque em você. Vou esperar para desafiá-lo até que você assuma o comando como Alfa. Dessa forma, vou tirar algo da luta. Sua matilha.Todos no refeitório engasgaram. Desafiar um Alfa por sua matilha era a pior ameaça na comunidade de lobisomens. Era uma luta até a morte, e um Alfa não podia recuar. Se recuasse, significava que não achava que venceria, e ele tinha que entregar sua matilha ao desafiante. Mesmo que lutassem e o Alfa vencesse, outras pessoas o veriam como fraco, vulnerável ou incompetente. Um desafio levaria a outros mais. Thea estava ameaçando matar Xavier e manchar sua memória para sempre com vergonha, ou, na melhor das hipóteses, ela o estava preparando para uma vida inteira de desafios e insubordinação.Era principalmente uma ameaça vazia porque Thea não acreditava que Xavier seria feito
— Vamos para algum lugar conversar. — Disse Thea.A garota aterrorizada assentiu. Ela estava tremendo, esquelética. Thea colocou a mão em volta dos ombros ossudos e a guiou para fora do refeitório. Outras garotas viram, levantaram-se e correram atrás delas. Thea cantou aos trigêmeos em suas mentes para onde ela estava indo. Ela manteve seus pensamentos abertos para elas.Uma vez que estavam do lado de fora e fora do alcance da voz, Thea se virou para as garotas.— Acho que sei sobre o que vocês querem falar. — Disse Thea. — Xavier usou seu tom de comando Alfa para mantê-las em silêncio?Os rostos das garotas disseram que sim.— Tudo bem. Vocês não podem dizer nada, mas eu posso falar, e vocês podem acenar ou balançar a cabeça.Elas assentiram. Outras garotas encontraram seu caminho enquanto ela falava. Ela percebeu que eram todas Ômegas de outras matilhas. Ninguém de sua matilha estava no grupo.Por fim, Thea obteve a informação de que precisava. Xavier estava usando seu tom de comando
— Minha irmã mais velha deixou nossa matilha e se tornou uma desgarrada para fugir do abuso. — Disse uma garota chamada Jessica. — Não sei onde ela está ou se ela está viva. Muitas pessoas partiram dessa forma.Thea colocou a mão em seu ombro e apertou enquanto a garota chorava. — Se você puder enviar uma mensagem para ela, para qualquer desgarrada, diga a eles para virem para Nova Aurora. Para os portões. Peça asilo sob a futura Luna. Eles não precisam mais ser renegados.A garota fungou e assentiu.— O grupo de caras que atacou você costumava fazer coisas. — Disse Alessia. — Eles também atacavam os fracos ou desprotegidos. Eles não tinham o tom Alfa, mas não havia sentido em denunciá-los. O Alfa não os puniria. Teria piorado tudo. Mas aqueles garotos não fizeram nada desde o dia em que atacaram você, e você os colocou todos no chão. Mesmo quando você não estava na escola.— Isso é alguma coisa. — Disse Thea. — Se alguém estiver em qualquer uma de suas matilhas e não quiser estar, a m
— A Lua Crescente é pequena. Muitos Ômegas e servos. Fica bem ao lado da minha matilha. — Disse Misty. — Meu pai odeia o Alfa deles. Não temos um relacionamento amigável com eles.— O garoto que te atacou era da Lua Crescente, não era? — Conri disse.— É, aquele que agarrou seu peito. — Disse Lizzy.Thea olhou para Misty, e ela assentiu:— É, eu lembro. Foi Markus da Lua Crescente que te agarrou. — Disse Misty.— Eu disse às meninas que se não conseguíssemos consertar as coisas, elas poderiam se juntar à nossa matilha. — Disse Thea.— Claro. — Disse Alaric, orgulhoso dela.— Se alguém disser “vamos ao bar” para você, eles estão pedindo asilo. Ajude-as. Elas estão sendo abusadas. Provavelmente, elas estão dizendo isso para contornar um tom de comando Alfa porque elas não podem te dizer diretamente que estão em apuros.— Entendido. — Disseram os trigêmeos juntos.— Vocês podem dizer a elas que eles podem vir até mim também. — Disse Lizzy. — Talvez eu faça o treinamento Delta do meu pai,
Quando chegaram em casa, Thea disse aos guerreiros que trabalhavam nos portões para tomarem cuidado com qualquer lobo que procurasse asilo. Mesmo aqueles que pareciam desgarradas.— Houve lobas deixando suas matilhas por causa de abusos. Elas não teriam se tornado desonestas de outra forma. Se alguém disser “vamos para o bar”, avise-me imediatamente.— Sim, Luna.— Por favor, informe todos os guardas que trabalham nos portões. — Disse Thea.— Sim, Luna.— Obrigada. — Disse Thea.Os trigêmeos e Thea foram ao escritório do Alfa em seguida e contaram a ele tudo o que aconteceu na escola.— Nós acolheremos qualquer um que deixar sua matilha. — Disse Alfa Ulric. — Você entende que seus Alfas podem querer o que eles veem como sua propriedade de volta?— Sim, senhor. — Todos disseram juntos.— O que você está disposto a fazer para proteger esses lobos e lobas?— Acho que pode ser hora de convocar uma reunião entre Alfas com ideias semelhantes. — Disse Thea. — Veja quem está disposto a ser um
— Adoro esse seu cérebro. — Disse Kai. — Ele beijou o topo da cabeça dela.— Talvez todos devessem ter spray de pimenta. — Disse Thea, pensando alto.Alaric foi proteger os quartos, Kai foi falar com os guerreiros da patrulha, Conri foi para o treinamento da tarde para falar com os membros da matilha sobre o que esperar e como interagir com novos membros, e Thea foi até o boticário, seguida por quatro guardas da equipe Delta.— Sr. Garrity. — Disse Thea quando entrou na botica.— Luna, é um prazer vê-la. — Disse ele com uma reverência.— Igualmente.— Em posso ser útil?— Nada agora. — Disse Thea. — Quero falar com você sobre fazer algo. Lembro que você fez uma mistura para mascarar o cheiro. Eu estava pensando se você poderia fazer algo como spray de pimenta para lobisomens. Talvez para bruxas e vampiros também, mas primeiro, vamos nos concentrar nos lobisomens. Gostaria de dar aos nossos guerreiros armas não letais para controle de multidões. Você tem alguma ideia sobre isso?O Sr. G
Kai e Alaric saíram correndo pelas portas da frente da casa da matilha momentos depois.— Está tudo resolvido por enquanto? — Thea disse.— Sim. Maggie está preparando um bloco de quartos, um quarto de roupas, e ela vai contratar ajuda adicional nas cozinhas e lavanderia. — Disse Alaric. Maggie era a gerente da casa da matilha. — O médico também está cuidando disso.Thea passou as mãos pelo abdômen duro dele, por trás da cabeça, para puxá-lo para um beijo. — Obrigada. — Disse ela.Ela se virou para Kai e estendeu a mão. — Tem algo para mim?Kai enfiou a mão no bolso e entregou a ela três preservativos. Ela os colocou no bolso.— Bem, meus gogo boys, vamos ao que interessa. — Disse ela.— Aqui? — Alaric disse.— Você não quer rasgar suas roupas quando se transformar, quer?— Certo.Os garotos se despiram, deixando suas roupas em uma pilha ao lado, e se transformaram em seus lobos. Todos eles vieram e a acariciaram, lamberam seu rosto, cheiraram seu cabelo e suas marcas.— Eu também sent