Zayon imaginava o quão pouco a lealdade de Lilith valia, a achava uma vadia que abrira as pernas para um humano, mas ela o serviria para o que pretendia em breve. Adentraram uma passagem secreta e ele a levou para um local em Sangria onde jamais saberiam que estiveram juntos.Lilith sabia que Zayon era a chave para sua vingança. Era a ele que deveria seguir de agora em diante. Nada a faria mais feliz do que ver o Alfa perder o comando dos lycans para ele. Queria matá-lo com suas próprias mãos. Adentraram os corredores subterrâneos do castelo, e Zayon deu a ela comida. Como forma de gratidão, Lilith se entregou a ele a noite inteira. Pensava: “Alfa não pode e não vai me condenar a uma vida sem luxúria e prazer. Eu nasci para realizar as fantasias dos meus machos. Sinto falta de Thor. Não sei o que há comigo desde o dia em que ele poupou minha vida e copulamos no meio da floresta. Desde então, eu sempre ia lá em busca de mais e mais, até que fomos pegos e condenados.”Ela rejeitava senti
Elizabeth acompanhou Jane até o depósito, movida pelo desejo de assegurar-se de que Anthony a seguiria. Notava a proximidade crescente entre eles, e mesmo que isso causasse uma certa tristeza, ela não podia condenar nem Anthony, nem Jane por isso. Concedeu a ele a liberdade para escolher o próprio caminho, na esperança de que ambos pudessem encontrar a felicidade juntos.Em seguida, percorreu os caminhos da floresta. As lágrimas escorreram por suas bochechas à beira do rio. Era uma manhã quente, e ela se ajoelhou na margem, mergulhando as mãos na água e lançando-a sobre o rosto. Com cuidado, afastou seus longos cabelos negros e deixou a água fresca escorrer pela nuca.— Um vinho de boa safra!Seguindo em direção à vila, Van Marks desmontou do cavalo e afastou-se do grupo para satisfazer suas necessidades na mata. O som do rio chamou sua atenção, indicando a proximidade da vila mencionada pelo grupo. Enquanto se aproximava, vislumbrou uma mulher de beleza marcante, cabelos negros e per
Thor não sabia o quanto Sofie o amava e que daria tudo para poder ser sua esposa e dar a ele o apoio que precisava para superar tudo o que estava acontecendo. Mas ele não parecia a querer, ela sofria por ele preferir se deitar com um monstro que sequer tem um coração a dar uma oportunidade a ela. Parte de Sofie se sentiu vingada por ele estar sofrendo tanto, assim provará do próprio veneno.— Tenho que esquecer esse amor, e até arrancar o meu coração se for preciso! — Resmungou sozinha.Chegou em sua cabana, pegou uma camisa que tinha e pertencia a ele. Guardada há tantos meses, estavam os dois conversando em uma manhã muito fria e sorrindo, ele a ofereceu a peça para aliviar o frio. Nunca mais a devolveu, para poder ao menos sentir o seu cheiro e se consolar.Sofie não quer ser no futuro como Elizabeth, casada há anos com um homem que não ama. Mas também não cogita passar toda a vida esperando por Thor; ela precisa olhar para os lados e encontrar um futuro.Elizabeth olhou para o céu
No castelo em Sangria...Eugênia passou o resto daquele dia tentando disfarçar o quanto desejava entregar a cabeça de Radesh, mas sabia que naquela noite precisaria agir, ou mais uma vida seria ceifada na vila. Ela pediu a uma das criadas que a preparasse um banho de ervas, desejando deixar sua pele mais macia para ele. O quarto foi arrumado com o lençol mais bonito que encontrou, e ela se vestiu com uma bela camisola das que ele havia lhe presenteado, soltando seus cabelos ao vento.Quando Lion (Alfa) bateu à porta, Eugênia a abriu e o puxou para dentro. Por enquanto, ela não permitiu que ele a tocasse, o empurrando suavemente para que se sentasse na cama. Alfa a olhava com total deleite, engolindo em seco diante da visão de Eugênia.— O único ser neste mundo capaz de me deixar com as mãos trêmulas é você, Eugênia.— Se você me quer, tanto, tanto assim. Precisa me dar uma prova de seu bem-querer.— Como? — Ele perguntou, mas sei que sabia. — Isso direi, após te provar que sou a melh
Anthony não conseguia confiar ou admirar a coragem do novo padre, o modo como ele olhava para Elizabeth. Considerava que Van Marks havia se oferecido para cuidar de Jane para agradar Elizabeth, pois sequer conheceu Eugênia. Levaram os restos mortais de Kennedy e Lisandra para que pudessem ser sepultados no cemitério da vila.Enquanto o novo padre celebrava a missa e a vila chorava suas perdas, Anthony se perguntava até quando essas tragédias continuariam a assombrar a comunidade. Sofie estava inconsolável abraçada a Thor. Eugênia despertou dando vários beijos no Alfa e tomaram banho juntos, desceram para o desjejum.— Quero anunciar minha união com Eugênia.— União? — Perguntou Eugênia, Dana, Hellen e Sue ficaram talvez mais surpresas do que a possível noiva.— Tornarei Eugênia oficialmente minha fêmea. — Ela sabia que Radesh amaldiçoava cada palavra que ouvia do Alfa.— Não antes de libertá-las! — Eugênia expressou claramente sua vontade de se ver livre das demais fêmeas.— Não esta
Eugênia estava relutante em voltar para casa, questionando como ele poderia pedir isso a ela. Ela estava preocupada com a segurança deles depois de sua partida. — Tenho muitas perguntas! — Disse ela, com um olhar inquisitivo. Gustave tranquilizou: — Lá fora, responderei a todas. — Ele pegou sua mão e saíram pelo castelo, compartilhando o feitiço que os tornava invisíveis e indetectáveis pelos lobisomens. Caminharam até a saída da cidade, Eugênia, em seu estado, não conseguia escalar os muros. Ficaram esperando pacientemente que alguém entrasse ou saísse da cidade, pois o feitiço enfraquecia a cada segundo. Gustave notou alguns licantropos movendo seus focinhos, como se sentissem suavemente o cheiro deles no ar. Finalmente, os portões se abriram para a entrada de alguns lycans. Gustave e Eugênia saíram o mais rápido que puderam. Assim que adentraram a floresta, o feitiço se dissipou completamente. — Precisamos ir mais rápido! — Gustave puxou Eugênia com pressa. Eugênia estava pre
Gustave esperava que tudo ocorresse de acordo com a visão que tivera. Qualquer falha, por menor que fosse, poderia significar o fracasso de seus planos. Viu Jane saindo da igreja, bela e muito diferente do monstro que passara anos na masmorra e vagava pelas ruas de Sangria.Correu para os braços dela, e entre beijos, sentiu o cheiro dela e seu toque suave depois de tantos anos, reacendendo nele a vontade de viver.— Você estava na igreja? — Ele perguntou.— Sim, Van Marx deu sua palavra de que me vigiaria. As pessoas da vila me hostilizam sempre que uma morte acontece, acham que posso ser a responsável.— Você a trouxe?— Sim, mas estou com medo de que as coisas não saiam como planejado...— Tem que dar certo! — Ele respondeu, e se beijaram novamente.Enquanto isso...Eugênia agora tinha revelado toda a verdade para sua mãe, compartilhando as marcas dos dias em Sangria, tanto em seu corpo quanto em seu coração. Sua mãe ficou mais calma, e Eugênia decidiu sair para procurar seu irmão e
Anthony enfrentava uma noite angustiante naquela cabana. Enquanto perambulava pela casa, seus passos o levaram até o que costumava ser o quarto dele e de Elizabeth. — Dormir nessa cabana depois de tudo, era um tormento. — Murmurou para si mesmo. Ficou parado em frente à porta do quarto, perdido em pensamentos. — Fico a imaginar com qual camisola Elizabeth pode estar vestida. — Suspirou. — As noites de amor que tivemos, mesmo que para ela tenha sido apenas sexo, para mim, foi amor, entrega e paixão. Agora, a presença do padre Van Marx, um homem de fé, estava perturbando seus pensamentos. — Esse homem que se diz de fé não tem o direito de roubar um amor que busco há tantos anos. — Murmurou, irritado consigo mesmo. Então, como se quisesse afastar os pensamentos sobre Elizabeth, deu dois t***s em seu próprio rosto, como se quisesse acordar de um pesadelo. — Boa sorte, Van Marx, você vai precisar. — Sussurrou, quase como um desabafo para o padre. Anthony voltou para sua cama improvi