Eugênia estava relutante em voltar para casa, questionando como ele poderia pedir isso a ela. Ela estava preocupada com a segurança deles depois de sua partida. — Tenho muitas perguntas! — Disse ela, com um olhar inquisitivo. Gustave tranquilizou: — Lá fora, responderei a todas. — Ele pegou sua mão e saíram pelo castelo, compartilhando o feitiço que os tornava invisíveis e indetectáveis pelos lobisomens. Caminharam até a saída da cidade, Eugênia, em seu estado, não conseguia escalar os muros. Ficaram esperando pacientemente que alguém entrasse ou saísse da cidade, pois o feitiço enfraquecia a cada segundo. Gustave notou alguns licantropos movendo seus focinhos, como se sentissem suavemente o cheiro deles no ar. Finalmente, os portões se abriram para a entrada de alguns lycans. Gustave e Eugênia saíram o mais rápido que puderam. Assim que adentraram a floresta, o feitiço se dissipou completamente. — Precisamos ir mais rápido! — Gustave puxou Eugênia com pressa. Eugênia estava pre
Gustave esperava que tudo ocorresse de acordo com a visão que tivera. Qualquer falha, por menor que fosse, poderia significar o fracasso de seus planos. Viu Jane saindo da igreja, bela e muito diferente do monstro que passara anos na masmorra e vagava pelas ruas de Sangria.Correu para os braços dela, e entre beijos, sentiu o cheiro dela e seu toque suave depois de tantos anos, reacendendo nele a vontade de viver.— Você estava na igreja? — Ele perguntou.— Sim, Van Marx deu sua palavra de que me vigiaria. As pessoas da vila me hostilizam sempre que uma morte acontece, acham que posso ser a responsável.— Você a trouxe?— Sim, mas estou com medo de que as coisas não saiam como planejado...— Tem que dar certo! — Ele respondeu, e se beijaram novamente.Enquanto isso...Eugênia agora tinha revelado toda a verdade para sua mãe, compartilhando as marcas dos dias em Sangria, tanto em seu corpo quanto em seu coração. Sua mãe ficou mais calma, e Eugênia decidiu sair para procurar seu irmão e
Anthony enfrentava uma noite angustiante naquela cabana. Enquanto perambulava pela casa, seus passos o levaram até o que costumava ser o quarto dele e de Elizabeth. — Dormir nessa cabana depois de tudo, era um tormento. — Murmurou para si mesmo. Ficou parado em frente à porta do quarto, perdido em pensamentos. — Fico a imaginar com qual camisola Elizabeth pode estar vestida. — Suspirou. — As noites de amor que tivemos, mesmo que para ela tenha sido apenas sexo, para mim, foi amor, entrega e paixão. Agora, a presença do padre Van Marx, um homem de fé, estava perturbando seus pensamentos. — Esse homem que se diz de fé não tem o direito de roubar um amor que busco há tantos anos. — Murmurou, irritado consigo mesmo. Então, como se quisesse afastar os pensamentos sobre Elizabeth, deu dois t***s em seu próprio rosto, como se quisesse acordar de um pesadelo. — Boa sorte, Van Marx, você vai precisar. — Sussurrou, quase como um desabafo para o padre. Anthony voltou para sua cama improvi
Pensou ela: Pronto, na cama desse estúpido mais uma vez. Lilith olhava-o dormir, aproveitando-se do fato de que ele não podia ler seus pensamentos, um recurso que o Alfa só conseguia usar contra os humanos. Eugênia adiantara seus planos, planejavam eliminar Eugênia e roubar sua cria, mas sua partida os ajudara.Agora, ela poderia fazê-lo pagar muito caro por tê-la condenado à abstinência. Lilith faria de tudo para que Zayon tomasse o poder, e ela se tornasse sua rainha. Os gritos da estúpida da Sue ecoavam por toda Sangria.Sue estava se consumindo de dor, com uma vontade avassaladora de destroçar Radesh. Sentia que seu ciúme havia sido usado contra ela mesma.— Maldito, ele me usou! Me usou! — Ela gritava, com Hellen tentando acalmá-la, embora suas palavras só aumentassem o sofrimento.Radesh entrou no quarto com um sorriso disfarçado nos lábios.— Veio rir da minha dor, verme imundo? — Sue o acusou, cheia de raiva.— Sacrifícios precisavam ser feitos, o Alfa odeia Eugênia muito mais
Eugênia temia pelas pessoas que decidiram deixar a vila, famílias inteiras partiram. Cerca de vinte pessoas optaram por não permanecer próximas a ela, e isso a fazia sentir-se mal.— Eu não deveria ter voltado! — disse ela enquanto sua mãe a abraçava.— Aqui é o seu lar, não diga isso.— Sua mãe está certa, eu te trouxe para cá porque sei que juntos poderemos nos cuidar. E você precisa estar segura. — afirmou Gustave, uma das poucas pessoas que sabiam do seu estado.Eugênia ponderava sobre o que Alfa poderia estar sentindo ou planejando, todo o ódio que existia. Ou, talvez, ao contrário, quem sabe ele já tivesse se esquecido dela e estivesse feliz ao lado dos seus semelhantes.Alfa dormiu ao lado de Lilith e, ao despertar, dirigiu seu olhar para a janela. Pensou na possibilidade de ir até a vila, aniquilar todos com suas próprias garras e arrastar Eugênia de volta para o seu domínio, usando a situação como uma lição para os demais. No entanto, ele reconheceu que ela era uma humana, e
Zayon mal podia esperar pela próxima lua cheia. Ele desejaria ter o dom de Alfa, que podia se transformar a seu bel-prazer. Preparou os caçadores e sabia que em poucos dias, os sinos da morte tocariam para a vila da mata fechada. Até lá, ele tinha uma mensagem a entregar em nome de um monstro apaixonado. Montou em um dos cavalos mais rápidos, envolto em sua longa capa negra e segurando uma carta lacrada de forma inviolável. Cavalgou pelo bosque e notou que alguns dos poucos cavalos da vila não estavam mais lá. Além disso, percebeu que havia menos pessoas. Quando finalmente avistou as cabanas, ouviu uma arma sendo engatilhada. — Os anos passam, e sua estupidez segue intacta, pobre Anthony! — Zayon sorriu sem olhar para trás. — Para trás, não me lembro de ter lhe enviado um convite, Zayon. Zayon fez seu cavalo virar, e os dois ficaram frente a frente. Zayon olhou para Anthony com desdém e disse: — Infelizmente, suas balas comuns não podem me ferir. E, como sei que a prata anda cada
Thor esperou até a hora do jantar para tocar no assunto que o atormentava. Ele se dirigiu a sua mãe com determinação.— Anthony está vivendo de novo aqui, e eu preciso que me diga, mamãe, quem é o meu pai? Quem é de verdade. Suas histórias de que ele morreu e apenas isso não me satisfazem. Eu quero saber de tudo!Sua mãe paralisou antes de levar a colher até a boca e olhou para ele e depois para Anthony.— Por que essas perguntas agora, Thor? — Anthony questionou.— Tenho o direito de saber sobre a minha vida!— Sim, eu sei, mas esse não é o melhor momento — respondeu sua mãe.— A senhora não pode mais adiar. Estamos falando sobre a minha origem. Preciso, mamãe, que diga a verdade e agora!Anthony parecia saber menos do que Thor sobre o assunto e admitiu sua ignorância.A mãe de Thor engoliu em seco, claramente aflita com o assunto.— Conheci o seu pai em uma noite que parecia ter sido predestinada. Eu raramente saía porque minha mãe era muito rígida. Elise insistiu até que eu concord
Acordei decidida a encontrar uma saída para a situação de Eugênia. Ela não queria que Elizabeth contasse ao pai dela sobre a gravidez, mas Anthony iria odiá-la para sempre se ela escondesse algo assim dele e ainda mais, que em poucos meses seria impossível ocultar isso de todos. Eugênia se levantou para dar aulas para as crianças e Elizabeth aproveitou para ter uma conversa séria e decisiva com Anthony.Ele já estava se aprontando para sair, mas Elizabeth o impediu aproveitando que Thor também já havia saído.— Preciso da sua ajuda, eu tentei me convencer de que isso não é verdade, mas negar não irá fazer com que essa situação desapareça.— Fale então, tenho te percebido angustiada mesmo depois da volta da nossa filha.— Eugênia está esperando um filho do Alfa.Anthony se sentou, com a mente perdida, e Elizabeth podia imaginar todas as coisas que passavam por sua mente, pois aconteceu o mesmo com ela.— Não podemos permitir que ela…— Não continue, isso é blasfêmia. Tirar a vida do no