Enquanto o carro se movia suavemente pela estrada que levava de volta à casa principal de Forks, Hellen se sentia cada vez mais inquieta. A revelação de Gloria e a aparente rejeição de Edgar não apenas a incomodavam, mas também despertavam um senso de injustiça que não conseguia ignorar. Edgar, em sua dor, havia esquecido a responsabilidade que carregava como líder e como companheiro destinado.Os pensamentos de Hellen eram um turbilhão de emoções conflitantes. Ela não conseguia parar de pensar na expressão de dor no rosto de Gloria quando revelou quem era seu companheiro destinado. A angústia de Gloria ressoava profundamente com Hellen, que sentia cada palavra como um golpe pessoal. Não era apenas uma questão de lealdade; era uma questão de fazer o que era certo."Onde posso encontrar Edgar a essa hora?" Hellen perguntou de repente, sua voz tensa com determinação. Seu olhar era firme, focado, como o de um predador antes do bote.Trevan, sentindo a intensidade da irmã, hesitou por um
Na calada da noite, Forks mantinha seu ritmo tranquilo, mas naquele momento, o ar estava carregado de tensão e urgência. Luke apressou-se para alcançar Edgar, que caminhava rapidamente em direção à casa que servia de alojamento temporário para ele e seus acompanhantes. A silhueta do rei vampiro se destacava contra as luzes fracas que iluminavam o caminho."Edgar, você não pode ir agora, não quando estamos no escuro sobre o retorno de Herlon," chamou Luke, sua voz carregando a gravidade da situação.Edgar parou, seu corpo tenso, e virou-se lentamente para enfrentar Luke. A frustração era evidente em seu semblante:"Eu não posso ficar aqui e aguentar a impulsividade de sua companheira," respondeu ele, a voz baixa mas firme. "Ela ainda vai te levar à destruição. Não vou permitir que minha raça sofra por ela."Luke sentiu o peso das palavras de Edgar. Ele sabia o quanto a situação era delicada, especialmente agora que as tensões entre as raças estavam temporariamente aplacadas e qualquer
Na grande casa que agora servia como centro de operações para a aliança dos lobos e vampiros, um silêncio denso e pesado pairava sobre os corredores, marcado apenas pelos ecos distantes de passos e o ocasional som abafado de vozes. Hellen, situada em uma das amplas janelas do corredor, contemplava o céu de Forks se tingir com os últimos raios do pôr do sol, cada tonalidade de laranja e vermelho pintando uma tapeçaria de beleza e melancolia. Enquanto observava, os pensamentos sobre as repercussões de suas ações recentes pesavam profundamente em sua consciência.Cada momento de reflexão trazia uma nova onda de realidade e culpa, revelando a ela a gravidade das consequências que suas escolhas impetuosas haviam desencadeado. Edgar, o rei vampiro, permanecia uma figura central em seus pensamentos conturbados. A morte de Ravena, uma vida perdida devido a uma cadeia de eventos que ela havia inadvertidamente posto em movimento; a dor e a perda que Edgar sofreu; e agora, Gloria, enredada em um
Depois de revelar as informações sobre Vanessa, Luke observava Hellen processar as implicações. Ela tinha reagido impulsivamente, uma característica que começava a lhe trazer problemas significativos em sua nova posição de liderança."Vanessa já te procurou e pediu desculpas," começou Luke, tentando mediar a situação com calma. "Ela disse que te superou e está focada em ser útil para a aliança. Inclusive, mencionou que tentou cumprimentar você, mas foi ignorada." A voz de Luke era suave, mas carregava uma severidade subjacente, refletindo a seriedade do assunto. "Ela até se ofereceu para deixar o cargo no conselho."Hellen, ainda dominada por um turbilhão de emoções e frustrações, respondeu quase sem pensar:"Ótimo, me sentiria melhor assim." As palavras saíram mais ríspidas do que pretendia, e ela podia sentir o peso de cada uma delas no ar.Luke, contudo, não deixou passar. Com um rosnado baixo, ele retorquiu:"Não é sobre você, Hellen. É sobre todos os que governamos." Sua expressã
Iluminados pelo luar, Hellen e Luke estavam sentados na beira da cachoeira, o som constante da água caindo criando uma melodia natural e hipnotizante. O brilho suave da lua refletia na superfície da água, lançando um véu prateado sobre o cenário ao redor. As árvores ao redor se inclinavam gentilmente, como se guardassem o segredo daquele encontro apaixonado.Luke e Hellen estavam próximos, tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro. Seus olhos se encontraram, cheios de desejo e emoção. Luke levantou a mão para acariciar o rosto de Hellen, seus dedos roçando suavemente sua pele. Com um movimento lento, ele se inclinou e capturou os lábios dela em um beijo que começou suave, mas rapidamente se tornou mais intenso.Hellen correspondeu ao beijo, suas mãos encontrando o caminho até o pescoço de Luke, puxando-o para mais perto. O calor do beijo deles parecia competir com o frescor da brisa noturna, criando um contraste delicioso. Os lábios de Luke exploravam os dela com uma nec
Na solidão de sua morada temporária em Forks, Edgar, o rei dos vampiros, ficava diante da janela, contemplando a lua cheia que iluminava a paisagem noturna. A luz prateada refletia em seu rosto pálido, destacando a expressão sombria que marcava seus traços normalmente impassíveis. A cena mais cedo com Hellen havia revolvido emoções que Edgar preferia manter enterradas, trazendo à tona a dor e a culpa que tentava esconder até de si mesmo.No fundo, Edgar sabia que a reação explosiva de Hellen era um espelho do sofrimento de Gloria, sua companheira recém-descoberta. Ele não queria que ela sofresse; no entanto, a ideia de aceitá-la como sua nova companheira parecia uma traição à memória de Ravena. A culpa pela morte de Ravena pesava sobre ele — não tinha conseguido protegê-la, e sua decisão de não transformá-la em vampira naquela fatídica noite ainda o assombrava. Tentava transferir a culpa para Hellen, uma tentativa vã de aliviar a própria dor.Agora, porém, a culpa por fazer Gloria sof
Na calada da noite, a floresta sob a lua cheia guardava segredos e sussurros entre suas árvores centenárias. Gloria, transformada em sua forma lupina de pelagem cinza, jazia ao lado de um lago tranquilo, seu olhar perdido nas profundezas prateadas do céu. O uivo que ela soltara era carregado de uma angústia profunda, uma lamentação que se espalhava pela noite, tocando o coração da floresta com sua melodia dolorosa.O lago refletia a luz da lua, criando um cenário quase etéreo, onde a água parecia uma extensão do céu. Gloria estava imersa em seus pensamentos, cada uivo uma liberação de sua dor e solidão. As estrelas acima brilhavam com intensidade, testemunhas silenciosas de sua angústia.Enquanto isso, Edgar, ainda em casa, foi arrebatado pelo som penetrante do uivo de Gloria. A urgência e o desespero naquele chamado o impeliram para fora, fazendo-o correr em direção à fonte, impulsionado por uma força que ele mal compreendia. Descalço e apenas vestido com uma calça de moletom, ele at
Edgar podia sentir o corpo nu de Glória pressionado contra o seu, a pele quente dela contrastando intensamente com a sua pele fria de vampiro. O cheiro dela invadia seus sentidos, uma mistura inebriante de desejo e medo, e a forma como ela o olhava, com olhos ardentes e cheios de expectativa, o enlouquecia. Soltando mais um palavrão, ele não conseguiu se conter e a beijou.No começo, o beijo foi lento, exploratório, como se ele quisesse memorizar cada detalhe dos lábios dela. Seus lábios moviam-se suavemente sobre os dela, saboreando o gosto doce e a textura macia. Mas a intensidade entre eles crescia rapidamente, e em pouco tempo, o beijo tornou-se urgente. Edgar envolveu Glória em seus braços, puxando-a para mais perto, suas mãos percorrendo o corpo dela com uma necessidade crescente.Ele traçou a linha do ombro de Glória, descendo pela curva de suas costas, sentindo cada músculo tenso sob seus dedos. As mãos dela, hesitantes no começo, começaram a se mover pelas costas largas de Ed