"Precisamos conversar "
Devia ser a centésima mensagem de Daniel só naquele dia, porém Anthony não queria responder, simplesmente desejava estar só e entender o que havia feito; na verdade o porquê de ter feito.
Lembrava de todo o impulso e fogo que lhe controlava naquele momento, lembrou-se de seu instinto o guiar até Daniel, e de como naturalmente se entregou aos braços dele, a sensação do toque dos seus lábios, e de como era gostoso o calor de seus braços. Contudo se sentia a pior pessoa ao lembrar que ele era namorado de sua amiga.
Isso fazia com que ele chegasse a se odiar, e sobretudo odiar aquele momento, mesmo que tivesse lhe proporcionado muita alegria.
Ela era sua amiga, havia o apoiado desde que chegara ali, e ele havia jogado tudo no lixo, se contasse iria magoá
As mãos de Daniel deslizaram sobre o peito de Anthony, por dentro da camisa de botões, e esse ato o fez estremecer, Anthony usou as mãos, as quais estavam estacionadas na nuca de seu amante para aproximar e lhe entregar um lento beijo, explorando seus lábios, chupando-os e por fim o encontro das línguas. Daniel abraçou a cintura de Anthony e foi guiando-o até a cama "ainda bem que estamos sozinhos" pensou, o deitou e depois foi desabotoando o resto de botões de sua camisa, beijando sua boca, e se colocando sobre ele começou a tocar seus mamilos, Anthony gemia baixo e tímido; e Daniel começara a suspeitar que ele era virgem e se concentrara em ser paciente e passar segurança pra ele. Anthony guiou a cabeça de Daniel e ele foi descendo, e beijando seu pescoço; chupando seu mamilo em seguida e o levando ao delírio c
-Você não devia ir.-Disse Daniel emburrado.-Só temos algumas horas para ficarmos juntos e você vai gastar brigando?-Disse Anthony emburrado.-Não quero brigar; é só que eu não acho uma boa ideia.-Disse Daniel com teimosia.-E o que seria uma boa ideia Daniel? Deixar a Lana ainda mais desconfiada?-Respondeu perdendo a paciência.-Ela não está desconfiando de nada,é você quem está paranóico.-Retrucou Daniel igualmente irritado.-Olha não sei porquê você está tão afetado, afinal quem realmente vai sofrer sou eu.-As mãos dele passearam sob o rosto de Daniel ternamente.-Sou eu quem vai ter que aguentar ver outra pessoa com a pessoa que eu amo, sua namorada.-Disse em um tom triste.-Não é isso, é que...-Só de imaginar Pedro se jogando para seu amado, o cora&cce
Anthony seguiu para o centro da pista de dança, sentiu os olhares sobre ele, mas gostou. Tocava um electropop que o fazia viajar ao passo que dançava de forma livre e provocante, tendo Su o acompanhando.-Meu Deus pra onde foi aquele garoto tímido e fofinho?-Sussurrou no ouvido do amigo enquanto dava umas sarradas no bumbum do mesmo.-Ai migs ele morreu no chão da Variety.-Gritou Anthony rebolando mais.-MEU DEUS EU CRIEI UM MONSTRO.-Bradou enquanto dava tapas na bunda de Anthony. Todos os olhares continuavam naquela dupla, Anthony se desvencilara de Pedro assim que entrou, quem sabe depois daria uma olhada nele, agora era o momento dele, precisava brilhar. Do outro lado, sentado ao lado de Lana, Daniel se tornara um dos admiradores de Anthony, queria muito estar no lugar de Su, contudo não o tocaria de forma amigável e sem mal&iacut
Anthony colocou um perfume forte, havia momentos em que se permitia ser marcante, e que melhor momento para isso se não num primeiro encontro? Pedro havia insistido durante mais de três meses por um sim, merecia sua dedicação. Colocou uma bermuda jeans, uma blusa de botões com estampa floral, tênis preto, e deixou que seus longos cabelos crespos caíssem livres sobre seus ombros, após aplicar um pouco de creme para definir seus cachos, saiu serelepe passando pela sala.-Aonde vai?-Disse Elisa em um tom sério.-Vou sair.-Disse vago.-Já está na hora de você trazer uma namorada para casa.-As palavras soaram acusadoras e tinham tom de ordem.-Isso não vai acontecer.-Disse Anthony com naturalidade.-Porquê?-Perguntou Elisa surpresa com a coragem de seu filho.-Porquê eu sou gay.-As palavras de Anthony
Daniel esperava ansioso por seu encontro com Lana como quem estava apaixonado, no entanto se sentia ansioso, havia esperado muito tempo até ter coragem de tomar aquela decisão, enfim encontrara a força necessária, e a saudade que sentia de Anthony chegara a seu auge; hoje iria consertar tudo. Era naquela noite que tudo iria se resolver, terminaria seu namoro com Lana e depois seguiria na missão de reconquistar Anthony, antes que Pedro o encantasse, e o perdesse pra sempre. A campainha tocou, e Daniel hesitou durante alguns minutos e após conseguir a coragem necessária. Daniel abriu a porta e Lana já se impulsionara para o beijar, contudo o mesmo se esquivara.-Eu tenho algo de errado? Eu te magoei de alguma forma?-Disse Lana sentindo as lágrimas saltarem de seus olhos.-Você não fez nada de errado.-Daniel d
O tapa atingiu ao rosto de Anthony e o fez cambalear, contudo ele nem teve impulso de reagir, nada externo podia o atingir, estava machucado demais por dentro para sentir qualquer dor.-Você é uma vergonha.-Disse Elisa após esbofetear o filho.-Se eu soubesse teria te deixado você com sua avó.-Eu sinto muito.-Disse Anthony chorando no corredor do hospital, sua voz soara fraca e sem força.-Eu não sei como fui trazer ao mundo um lixo como você.-Cuspiu no rosto do filho.-Não bastava a decepção de ser gay, você teve que se envolver com o meu enteado, isso é quase um incesto.- Ele não é meu irmão, não seja ridícula.-Disse sentindo uma revolta nascer.-Você também não é a mãe que eu gostaria de ter.-Você ainda responde?- Disse Elisa com rep
-Você não pode concordar com isso!-Gritou Elisa em um tom histérico. Rodrigo a observou em silêncio, assustado era a palavra que descrevia seu estado de espírito, nunca imaginou se decepcionar tanto com a mulher que amava, muito menos sentir que a desconhecia.-E o que tem Demais? É amor, assim como o meu e o seu.-Respondeu firme, ela o encarava com descrença, contudo ele não se importara.-Você está falando sério?-Elisa respirou fundo e tentou processar a situação que se desenrolava, seu namorado estava contra ela, e apoiando o erro do seu filho.-Não te incomoda saber que seu filho é um...-Não conseguiu pronunciar a palavra, soava como um palavrão para ela, pior uma maldição.-Gay?-Ele disse de forma natural e isso a deixou abismada.-Primeiro que é algo natural, é a
Após tantos meses longe, e toda tristeza que passou, o abraço de sua avó ainda era capaz de fazer Anthony se sentir subitamente feliz. Ela afagou seus cabelos, e deu-lhe um beijo na resta; isso fez com que Anthony se sentisse com sete anos de idade de novo, ali naquela rodoviária, em casa; com as pessoas que o amava sentia-se protegido, algo bom no meio de tudo de ruim, no entanto acabou se perguntando como seria quando contasse que era gay, e temeu que agissem como sua mãe.-Você está tão lindo, cresceu bastante.-Disse sua avó após o soltar de seu abraço.-Vó; eu parei de crescer; Eu tenho 18 anos.- Disse rindo.-Mas então você é a exceção a essa regra querido.-Disse apertando a bochecha de seu neto.-Você realmente mudou.-Disse sua tia Gabriela vindo pra lhe dar um abra&