Anthony respirou fundo e sentiu o ar brincando em seus pulmões, era lindo e gratificante, viver para ele havia se tornado uma conquista.
Quase um mês depois de todo o ocorrido ele seguia tentando perdoar Patty; sinceramente chegou a lamentar que ela tivesse tido aquele trágico fim, e eventualmente se perguntava se poderia ter feito algo para que as coisas pudessem ter sido diferentes, no entanto sempre concluia que sua amiga estava doente a muito tempo; e que nada poderia ter feito.
As vezes alguma lembrança de Patty vinha a sua memória, ele soltava um sorriso e chorava em sequência, agradecia a Deus por ter Daniel sempre perto, pois ele o apoiava e lhe dava força para seguir. O amor realmente era lindo, fazia com que até os momentos difíceis soassem bonitos.
Era bom, estar com Daniel era simplesmente bom, eventualmente brigavam,
Evan ainda estava com seu coração partido, no entanto não doía mais, havia simplesmente se acostumado com o vazio que Anthony lhe deixara. Estava em outro lugar e tocava sua vida em paz, gostava de lecionar naquela escola e da equipe; além de que podia viver perto de sua irmã, Úrsula, sentia tanta dela e de seus sobrinhos, Lucas e Henrique, após a perda de seus pais essa era única família que ele tinha e agradecia a Deus por se amarem tanto. Pode parecer estranho, mas não sentia falta de amor, sentia medo. Após ser abandonado pelo homem que amava não conseguiu sentir raiva ou ódio, apenas se fechara em seu mundo e sofreu, por amar e não ser correspondido. Quando sentiu Anthony se afastando; teve vontade de abraçar o mesmo com todas as suas forças e não deixar que ele desse um passo para longe dele, mas não o fez, seria inútil tentar fazê-lo ficar, pois seu coração já havia partido: o corpo era apenas consequência. &nb
Evan chegou a sentir medo, de estar sendo perseguido por algum maníaco ou coisa do tipo, mas agora ao ver o segundo bombom embrulhado em sua porta com um pequeno bilhete; percebeu que no fim se tratara de um real admirador. Evan gostava da sensação de ser admirado, quem não gosta no fim? Entretanto algo o incomodava, de alguma forma isso despertara nele um repentino desejo de viver um romance, mesmo dizendo a si me que o amor só servia para machucar."Pegue minha mãoTome minha vida inteira tambémPor eu não conseguir evitarMe apaixonar por você." Ele leu ao pequeno bilhete com um sorriso nos lábios, o bombom recheado com cereja tinha um sabor suave; o qual combinava perfeitamente com o tom inocente da canção do Elvis Presley, será que em algum lugar poderia existir um sentimento tão puro? "Bobagem" pensou antes de ser acordado de seus devaneios por
Uma das coisas que Evan e Douglas mais gostavam de fazer juntos era observar as estrelas juntos, Douglas morava numa área mais afastada da cidade e longe de toda agitação e luzes podia observar as estrelas com nitidez. Olhando seu amado de lado, sentiu um desejo de segurar sua mão, porém conteve-se sabendo que não poderia fazê-lo, havia uma barreira que os separava. E por mais que quisesse quebrar isso, sabia que era impossível. Ele estava machucado. Decidira começar com os chocolates e poemas como uma forma estúpida de expressar seu amor, durante o processo nutriu uma esperança para que aquele gesto chegasse ao coração de seu amor; em vão, começava a acreditar que Evan tinha um coração de pedra. Evan olhou a Douglas, e pela primeira vez em um ano conseguiu enxergar com clareza seus sentimentos, estava apaixonado por seu melhor amigo, e queria muito viver aquilo, mas no fim tinha medo de abrir seu coração, e s
Os presentes sumiram! Nenhuma cartinha, chocolate ou ainda um cartão. Evan se perguntara o que acontecera para tal, e mais ainda porquê ainda sentia falta daqueles gestos bobos; notara que coincidentemente Douglas passara a evitá-lo e isso o magoava mais que qualquer outra coisa. Além de ter se tornado o seu melhor amigo, Evan se vira apaixonado por ele e por mais que nunca se permitisse entregar-se aquele sentimento era simplesmente reconfortante tê-lo por perto. De repente tudo ficou claro e Evan se sentira o maior idiota do mundo. Douglas era seu admirador secreto, concluiu com um sorriso nos lábios.
Douglas abriu a porta e ao se deparar com a cena a sua frente sentiu o coração acelerar. Evan estava lhe esperando com um terno alinhado, parecendo um príncipe, nas mãos trazia consigo uma das caixinhas de bobo que havia lhe dado. -O que faz aqui?-Perguntou Douglas atônito e confuso.-Abra a caixa.-Disse Evan com um ar brincalhão no rosto, sentindo uma deliciosa euforia ao assistir seu amor abrir o presente. Na caixa havia deliciosos bombons, e um pequeno bilhete, a mensagem lhe marcou mais que qualquer coisa "Namore comigo, eu te amo."-Sim.-Foi tudo o que ele conseguiu responder antes de puxar seu amado para um beijo, o qual estivera esperando por um longo tempo e finalmente chegara.Fim
Anthony; ou simplesmente Tini, tentava enxergar algo que o animasse em ir viver com sua mãe, mas até agora não encontrara nada que o animasse.Não é como se ele tivesse algum tipo de mágoa, ele entendeu que o motivo pelo qual ela o deixou vivendo com sua avó foi pura necessidade, entendeu até mesmo as poucas visitas que lhe fazia durante o ano, primeiro por estar estudando direito, depois por ter começado a trabalhar em um escritório importante, Ferreira leite, o mais importante do país na verdade, de alguma forma havia se acostumado a tê-la distante; e mais ainda era feliz vivendo no interior, de um jeito simples e tranquilo.No entanto durante seu aniversário de 18 anos tudo mudou, sua mãe chegara de surpresa e anunciou a sua mudança para viver com ela na capital, naquele momento seu mundo desabou, de repente sua mãe aparece e decide mudar toda sua vida, lhe arrancando de seu lar sem se importar com o que ele estava sentindo.Ele manteve as aparências durante toda festa, porém Patty,
O coração de Anthony parecia prestes a explodir, e seu rosto queimava de tanta vergonha, queria voltar ao banheiro e se esconder, no entanto suas pernas não queriam lhe obedecer, o rapaz a sua frente o olhava com um ar de interrogação, cobrindo seu sexo com as mãos, respirou fundo e disse: -O que você esta fazendo no meu quarto?-Sua voz soara um pouco mais exaltada do que planejara. -Eu estava prestes a te perguntar isso, isso é algum tipo de pegadinha? Tem alguma câmera escondida?- Ele soltou uma risada eufórica, e começou a tirar o celular do bolso, e se preparando pra uma selfie.-Meus seguidores vão amar isso, imagina! -Você está louco? Pare já com isso!-Anthony gritou fazendo sua voz soar estridente. -Qual foi ator? Me deixa registrar um momento desse.- Disse tirando a primeira selfie.-Nem vou mostrar suas intimidades. -Apaga essa droga de foto.-Quando percebeu já havia partido pra cima do desconhecido, o mesmo saiu correndo pra fora do quarto deixando aquela risada irritante
Daniel tentava tirar a arrogância de Anthony da cabeça e focar em seu encontro, no entanto tudo o que ele conseguia pensar era em como ele tinha a capacidade de irritá-lo. Para ser honesto ele só o atingira com a última conversa, não havia nada que o atingia mais do que ingratidão, Elisa havia preparado um belo jantar, e ele junto de seu pai deram o seu melhor para fazer com que ele se sentisse a vontade, ele mesmo havia adiado um encontro com Lana, sua namorada, porém o que mais o irritava era que agora que enfim estava com quem queria, não conseguia se concentrar e tirar aquele cara de sua cabeça. Planejara aquele jantar romântico a semanas atrás, escolhera o prato favorito dela, macarrão à bolonhesa, organizou o ambiente perfeito pro jantar a luz de velas, pra no fim aquele idiota estragar tudo. -Bom a melhor parte é que se tudo correr bem, eu terei a próxima sexta-feira pra descansar.- Disse Lana sobre a hora extra que iria fazer na noite seguinte. -Que bom querida.-Disse lib