Daniel sentia-se corajoso naquela manhã, durante o beijo ele teve certeza que Anthony ainda o amava, ele o havia dito com seus lábios, ainda que sem palavras.
"E se havia amor existia esperança" sussurrava para si mesmo enquanto caminhava até a casa de seu amado, tocou a campainha e esperou a resposta, no entanto tudo o que conseguiu foi o silêncio. Discou o número de Anthony, entretanto o celular do mesmo encontrava-se desligado.
Não havia nada realmente anormal naquela situação, talvez Anthony tivesse ido a um lugar e seu celular havia descarregado, mas havia algo dentro de Daniel dizendo que tinha algo a mais naquela situação, algo estava realmente errado, como um sexto sentido ou alguma certeza que não podemos explicar, mas temos.
Movido a isso Daniel começou a vasculhar as redes sociais de Anthony, proc
"Onde está Anthony?" Essa pergunta assombrava a todos, Su e Daniel ligaram para todos os hospitais e delegacias, Inclusive já haviam registrado uma queixa, e publicado a foto do mesmo nas redes sociais pedindo para caso alguém tivesse informações entrassem em contato. Já estavam a dois dias sem notícias, Elisa chorava desesperada na sala de estar, o arrependimento de ter passado tanto tempo longe de seu filho, julgando-o ao invés de amar, Rodrigo a abraçava e apoiava, perdeu tudo para seu preconceito, até mesmo o homem que amava, sempre se gabara de ser inteligente agora percebeu que agiu como a maior das burras. Todos eles tinham um medo em comum: a homofobia. Anthony havia saído para um dia de aula, deu um beijo na bochecha de Su, e havia combinado de dormir na casa de Daniel assim que a aula acabasse. Entretanto horas depois ning
-Porquê?-Perguntou Anthony com lágrimas nos olhos, e decepção no peito.-Amor.-Disse Patty com naturalidade para o espanto de Anthony.-Há uma linha muito tênue entre o amor e ódio Tini.-Ela puxou uma cadeira, e sentou-se na sua frente, como uma vilã clássica acendeu um cigarro e tragou.-Você ultrapassou essa linha comigo.-Concluiu com uma expressão sombria. Anthony estava ali a alguns dias, mas naquele momento passara a questionar se não estava alucinando. Lembrou-se dos momentos que ele e Patty compartilharam juntos, e se perguntou como havia deixado as coisas chegarem naquele ponto.-Me perdoe se eu fiz você criar expectativas, me perdoe se eu te magoei.-Anthony não tentou resistir quando as lágrimas começaram a sair de seus olhos.-Eu sempre te amei como um irmão, nunca iria querer te ferir.-Aquela frase fi
Anthony respirou fundo e sentiu o ar brincando em seus pulmões, era lindo e gratificante, viver para ele havia se tornado uma conquista. Quase um mês depois de todo o ocorrido ele seguia tentando perdoar Patty; sinceramente chegou a lamentar que ela tivesse tido aquele trágico fim, e eventualmente se perguntava se poderia ter feito algo para que as coisas pudessem ter sido diferentes, no entanto sempre concluia que sua amiga estava doente a muito tempo; e que nada poderia ter feito. As vezes alguma lembrança de Patty vinha a sua memória, ele soltava um sorriso e chorava em sequência, agradecia a Deus por ter Daniel sempre perto, pois ele o apoiava e lhe dava força para seguir. O amor realmente era lindo, fazia com que até os momentos difíceis soassem bonitos. Era bom, estar com Daniel era simplesmente bom, eventualmente brigavam,
Evan ainda estava com seu coração partido, no entanto não doía mais, havia simplesmente se acostumado com o vazio que Anthony lhe deixara. Estava em outro lugar e tocava sua vida em paz, gostava de lecionar naquela escola e da equipe; além de que podia viver perto de sua irmã, Úrsula, sentia tanta dela e de seus sobrinhos, Lucas e Henrique, após a perda de seus pais essa era única família que ele tinha e agradecia a Deus por se amarem tanto. Pode parecer estranho, mas não sentia falta de amor, sentia medo. Após ser abandonado pelo homem que amava não conseguiu sentir raiva ou ódio, apenas se fechara em seu mundo e sofreu, por amar e não ser correspondido. Quando sentiu Anthony se afastando; teve vontade de abraçar o mesmo com todas as suas forças e não deixar que ele desse um passo para longe dele, mas não o fez, seria inútil tentar fazê-lo ficar, pois seu coração já havia partido: o corpo era apenas consequência. &nb
Evan chegou a sentir medo, de estar sendo perseguido por algum maníaco ou coisa do tipo, mas agora ao ver o segundo bombom embrulhado em sua porta com um pequeno bilhete; percebeu que no fim se tratara de um real admirador. Evan gostava da sensação de ser admirado, quem não gosta no fim? Entretanto algo o incomodava, de alguma forma isso despertara nele um repentino desejo de viver um romance, mesmo dizendo a si me que o amor só servia para machucar."Pegue minha mãoTome minha vida inteira tambémPor eu não conseguir evitarMe apaixonar por você." Ele leu ao pequeno bilhete com um sorriso nos lábios, o bombom recheado com cereja tinha um sabor suave; o qual combinava perfeitamente com o tom inocente da canção do Elvis Presley, será que em algum lugar poderia existir um sentimento tão puro? "Bobagem" pensou antes de ser acordado de seus devaneios por
Uma das coisas que Evan e Douglas mais gostavam de fazer juntos era observar as estrelas juntos, Douglas morava numa área mais afastada da cidade e longe de toda agitação e luzes podia observar as estrelas com nitidez. Olhando seu amado de lado, sentiu um desejo de segurar sua mão, porém conteve-se sabendo que não poderia fazê-lo, havia uma barreira que os separava. E por mais que quisesse quebrar isso, sabia que era impossível. Ele estava machucado. Decidira começar com os chocolates e poemas como uma forma estúpida de expressar seu amor, durante o processo nutriu uma esperança para que aquele gesto chegasse ao coração de seu amor; em vão, começava a acreditar que Evan tinha um coração de pedra. Evan olhou a Douglas, e pela primeira vez em um ano conseguiu enxergar com clareza seus sentimentos, estava apaixonado por seu melhor amigo, e queria muito viver aquilo, mas no fim tinha medo de abrir seu coração, e s
Os presentes sumiram! Nenhuma cartinha, chocolate ou ainda um cartão. Evan se perguntara o que acontecera para tal, e mais ainda porquê ainda sentia falta daqueles gestos bobos; notara que coincidentemente Douglas passara a evitá-lo e isso o magoava mais que qualquer outra coisa. Além de ter se tornado o seu melhor amigo, Evan se vira apaixonado por ele e por mais que nunca se permitisse entregar-se aquele sentimento era simplesmente reconfortante tê-lo por perto. De repente tudo ficou claro e Evan se sentira o maior idiota do mundo. Douglas era seu admirador secreto, concluiu com um sorriso nos lábios.
Douglas abriu a porta e ao se deparar com a cena a sua frente sentiu o coração acelerar. Evan estava lhe esperando com um terno alinhado, parecendo um príncipe, nas mãos trazia consigo uma das caixinhas de bobo que havia lhe dado. -O que faz aqui?-Perguntou Douglas atônito e confuso.-Abra a caixa.-Disse Evan com um ar brincalhão no rosto, sentindo uma deliciosa euforia ao assistir seu amor abrir o presente. Na caixa havia deliciosos bombons, e um pequeno bilhete, a mensagem lhe marcou mais que qualquer coisa "Namore comigo, eu te amo."-Sim.-Foi tudo o que ele conseguiu responder antes de puxar seu amado para um beijo, o qual estivera esperando por um longo tempo e finalmente chegara.Fim