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Os raios do sol filtravam-se pelas árvores altas, criando sombras suaves sobre o grande jardim florido onde a alcatéia estava reunida. A brisa fresca da primavera acariciava os rostos, e o som de risadas e gritos de alegria preenchia o ar. Era um dia de celebração, mas mais importante do que o evento em si era a sensação de unidade e felicidade que emanava de todos ali. Eles estavam juntos, como sempre estiveram, com seus filhos correndo ao redor, fazendo bagunça e criando novas memórias.Damian estava sentado à mesa com Emma, sua esposa, que estava visivelmente grávida de novo, seu ventre já crescendo, sinal de que mais um pequeno Lancaster estava prestes a chegar ao mundo. Ao redor da mesa, estavam todos os amigos e familiares que haviam feito parte dessa história: Luna e Elias, com sua filha, agora uma adorável menina de cinco anos; Sophia e Alexandre, com seus filhos, que eram um verdadeiro bando de travessos; Mia e Derek, que se divertiam com a situação, trocando olhares cúmplice
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O auditório da universidade estava lotado, repleto de vozes animadas e risadas que ecoavam pelo grande salão iluminado. Emma Oliveira deveria estar feliz. Vinte anos, formada em Direito, cercada pela família e amigos. Mas, em vez da excitação comum àquela noite, uma sensação diferente tomava conta de seu peito.Um incômodo. Algo estava errado.— Emma, você está bem? — Luna, sua melhor amiga, puxou seu braço suavemente, chamando sua atenção.Emma piscou algumas vezes antes de focar nela.— Sim… só estou um pouco cansada.Luna arqueou a sobrancelha, desconfiada.— Sério? Você nem parece animada. Você se formou! Isso não era o seu sonho?Emma hesitou. Era um sonho, não era? Ela estudou por anos para chegar ali, se dedicou, passou noites em claro lendo livros e escrevendo trabalhos. Então por que, agora, parecia que aquele diploma não significava nada?Seu olhar vagou pelo salão. Colegas tiravam fotos, abraçavam familiares, celebravam. Seus pais estavam na plateia, orgulhosos. Ela deveria
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A brisa fria da noite acariciava a pele de Emma, mas o calor que corria por suas veias tornava impossível sentir qualquer frio. O cheiro amadeirado ainda estava no ar, intenso, viciante, como uma promessa sussurrada ao seu instinto."Ele está perto."A voz de Selene rugiu em sua mente, cheia de excitação e urgência.Emma virou a esquina do corredor da universidade, o eco de seus passos soando alto no silêncio. E então ela o viu.Damian.Alto. Forte. Perigosamente atraente.Ele estava encostado na parede, os braços cruzados sobre o peito largo. Os olhos azuis eram tão intensos que pareciam queimá-la de dentro para fora.Emma parou abruptamente, o coração martelando. Era ele.Lilith sussurrou. Selene rosnou. Algo dentro dela se agitou violentamente.— Finalmente nos encontramos. — Damian disse, e a profundidade rouca de sua voz a fez prender a respiração.Emma sentiu sua pele arrepiar dos pés à cabeça.— Quem é você? — Ela forçou sua voz a sair firme, mas sentiu o corpo tremer levemente
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O destino estava chamando.Emma sabia que não poderia ignorá-lo por muito tempo. Desde que conheceu Damian, uma sensação estranha se apossou dela, algo que ela nunca experimentara antes. Era como se sua alma, seu ser mais profundo, estivesse reconhecendo algo que ela não conseguia entender completamente. Algo estava despertando dentro dela.Quando Damian falou sobre ela ser única, sobre seus poderes e seu destino, algo dentro de Emma se agitou, como uma força primordial querendo se libertar. Ela sempre soubera que era diferente, mas agora sabia que o que estava por vir era algo muito maior do que ela imaginava.Apesar de tudo, havia algo em Emma que ainda tentava resistir. Sua parte humana — a que não conhecia esse mundo sobrenatural, a que não estava disposta a aceitar tudo isso de imediato. Ela era uma mulher forte, com uma vida organizada e planos para o futuro. Ela não podia simplesmente jogar tudo isso para o alto.Mas havia algo sobre Damian que a atraía irresistivelmente. Ele e
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A manhã estava silenciosa, o vento suave acariciando as árvores ao redor da casa de Emma. Era hora de partir. O destino, impiedoso e inevitável, chamava por ela, e ela sabia que não podia ignorá-lo. Ao lado de Damian, o Supremo Alfa, ela tinha uma nova vida pela frente, um papel de responsabilidade e poder que ela nunca imaginou que teria. Mas antes de seguir, havia algo muito importante a fazer: despedir-se de sua família e amigos.Dentro da casa, seus pais a aguardavam na sala, silenciosos, mas com um olhar que misturava orgulho e preocupação. Eles sabiam do que se tratava, sabiam o que estava acontecendo com a filha deles, e, apesar de tudo, estavam prontos para apoiá-la.Emma olhou para sua mãe, que estava sentada no sofá, os olhos marejados. A mulher, com o cabelo castanho preso em um coque desarrumado, parecia mais velha do que Emma jamais imaginou que ela ficaria. Ela sempre foi uma loba forte, mas neste momento, ela parecia frágil. Emma foi até ela e se agachou, segurando suas
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Emma nunca imaginou que a vida a levaria até aquele ponto, e ainda assim, ali estava ela. Sentada no centro da clareira iluminada pela luz suave das velas, respirando profundamente enquanto sentia o peso de sua nova realidade. Ela era uma vampira e loba, um ser híbrido que até pouco tempo atrás não sabia sequer que existia. E agora, ela começava a compreender o tamanho do poder que corria em suas veias.Ao seu lado estava Luna, sua melhor amiga, que havia se tornado uma bruxa recentemente. Luna, embora não fosse uma vampira, era igualmente forte, e sua magia antiga e poderosa agora a ligava ainda mais a Emma. Luna estava ali para ajudar Emma a controlar seus novos poderes, para guiá-la em um ritual que, Emma esperava, a faria entender melhor sua nova identidade.A energia da floresta parecia viva. O vento sussurrava entre as árvores e as chamas das velas dançavam suavemente, criando um cenário ao mesmo tempo mágico e imponente. Emma sentia o toque frio do ritual sobre sua pele e o pes
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Emma não sabia dizer quando a dinâmica entre ela e Damian havia mudado. Não que ele tivesse sido diferente antes – sempre intenso, dominante, perigoso – mas, desde que despertou, tudo parecia ainda mais brutal. Mais instintivo. Mais inevitável.A conexão entre eles pulsava como um laço invisível, algo que a prendia sem que ela tivesse qualquer chance de escapar. Ela sentia Damian em cada célula do seu corpo. E o mais assustador era perceber que, por mais que sua mente tentasse resistir, seu corpo já havia se rendido.Naquela noite, após o ritual, Emma tentou se afastar. Precisava de espaço. De tempo para entender tudo o que estava acontecendo dentro dela. Mas Damian não era do tipo que dava tempo ou espaço. Ele caçava.E ela era sua presa.☆Emma andava rápido pelo corredor de pedra da fortaleza, tentando ignorar o arrepio que subia por sua espinha. Ela sabia que ele estava vindo. Sentia seu poder como uma tempestade se aproximando, consumindo tudo ao redor.Ela aumentou os passos, ma
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Emma mal teve tempo de recuperar o fôlego antes que Damian se afastasse o suficiente para encará-la. Seu olhar ainda estava ardente, carregado de posse e algo mais profundo, algo que ela temia nomear.Ela precisava sair dali. Precisava recuperar o controle sobre si mesma. Mas antes que pudesse dar um passo, Damian segurou seu queixo entre os dedos, forçando-a a encará-lo.— Você está fugindo porque tem medo de mim — ele murmurou, a voz rouca.Ela piscou, tentando afastar o efeito que ele tinha sobre seu corpo.— Não — respondeu, firme. — Eu tenho medo de mim mesma quando estou perto de você.Um brilho satisfeito passou pelos olhos dele, como se suas palavras apenas reforçassem algo que ele já sabia.— Então pare de fugir — ele ordenou. — Pare de lutar contra o que já é inevitável.Emma puxou o ar com força, sentindo seu peito subir e descer descompassado. Seus instintos gritavam para que cedesse. Selene uivava dentro dela. Lilith sussurrava promessas de prazer. Mas sua mente ainda lut
Último capítulo