Paula havia colocado o seu celular à venda e, já no dia seguinte, tinha um rapaz interessado em comprá-lo. Ele foi conversar com ela em sua casa.
— Realmente, ele quase não tem marcas de uso. O rapaz acabou pagando à vista e ela ficou muito feliz, apesar de doer por se desfazer daquele aparelho que havia sido sua primeira aquisição. Ela tinha conseguido comprá-lo depois de trabalhar alguns dias no shopping como vendedora, mas não pôde continuar no emprego devido aos estudos. Paula voltou para casa, mas não quis comentar com o pai que havia feito aquilo por causa da viagem, não querendo que ele se sentisse mal por ela ter se desfeito do seu aparelho. A partir de então, seria mais difícil para ela conversar com Tamara, porém ainda tinha seu notebook e conseguia acessar algumas redes sociais por ele. Para ela, quarta-feira era o pior dia de aula, já que teria três aulas consecutivas com o professor Robson e ela achava muito cansativo. Chegou à faculdade um pouco atrasada por causa do ônibus. — Perdoe-me o atraso, professor! — desculpou-se. Ele apenas indicou que se sentasse no seu lugar. As aulas dele eram sempre excelentes. Diferentemente dos outros professores, ele não fazia uso de livros ou artigos para ensinar. Todo o seu conhecimento estava retido em uma mente extremamente brilhante. Infelizmente, ela não tinha muita aptidão para aquela disciplina, mas reconhecia o eficaz método de ensino dele. Após o intervalo, ainda teriam mais aulas com ele. Paula decidiu ir para a biblioteca naquele momento. Tamara a questionava sobre o porquê de se isolar, mas ela explicou que precisava de um tempo extra para estudar a matéria. Na verdade, esse não era o real motivo. Era apenas mais um momento em que ela se perguntava por que não podia ter tudo que as outras garotas tinham... Odiava ter que se dedicar tanto para mudar de vida, enquanto outras faziam uso de outros métodos para conseguir o que queriam. Lembrou-se de que a chave de casa que pertencia ao seu pai tinha ficado dentro de sua bolsa, o que significava que ele teria que dar um jeito de entrar em casa, possivelmente chamando um chaveiro. — Droga de chave! — resmungou. Paula ia retornar para o pátio do campus, mas acabou esbarrando com o professor Robson em um dos corredores da biblioteca. — Professor, perdoe-me, não o havia visto! — ela se desculpou. — Na verdade, eu havia vindo justamente para falar com você sobre suas notas e trazer uma notícia. — respondeu ele. — Antes de fazer isso, seria possível me emprestar o seu celular para fazer uma ligação urgente? — Claro, é claro que posso! — disse ele, retirando o aparelho do bolso. Ela discou os números... — Papai em uma troca de bolsas acabei ficando com a sua chave, o senhor precisará fazer uma nova cópia, me desculpe! O pai revelou que de qualquer forma chegaria um pouco mais tarde naquela noite, então ela já provavelmente estaria em casa. Robson observava a preocupação da jovem com o pai, cada movimento por mais singelo de seus lábios eram acompanhados por ele, sua graciosidade deixou Robson em transe... — Tudo bem então papai! — agradeceu ela, desligando a ligação e gentilmente entregando o aparelho para o professor. — Posso te fazer uma pergunta Paula? — Sim senhor! — O que houve com o seu celular, sempre te vejo de um lado para o outro com ele e inclusive já chamei sua atenção por causa disso durante as minhas aulas. — Eu tive um problema e precisei me desfazer dele.... — respondeu ela em tom constrangido. Robson pensou em perguntar mais sobre sua vida e ele quis fazer isso, mas não queria parecer ter intenções que não deveria... — Mas o senhor disse que veio até aqui para conversar comigo... — insistiu ela. — Sim claro, é sobre a viagem que faremos para Los Angeles! Assim que ele usou o verbo faremos, a jovem ficou ainda mais curiosa. — Achei que essa viagem seria com a disciplina do professor Eduardo! — E seria, mas eu fiquei incumbido desta missão e já que você está com notas baixas, eu decidi que avaliarei os seus conhecimentos durante nossa permanência e depois, na elaboração de um projeto de pesquisa! Paula Eu não posso acreditar que tenha vendido o meu celular e feito tantos planos para uma viagem com Eduardo e agora tudo isso foi em vão, tentei não demonstrar descontentamento, mas lamentavelmente não era o que eu esperava... Ter que viajar com ele! — E não há outra forma de me avaliar? — perguntei. — Se você prefere fazer uma prova, por mim tudo bem e posso colocar outra pessoa em seu lugar, mas não se esqueça de que você não foi bem em nenhuma das minhas avaliações anteriores. Vim apenas te comunicar do fato, você tem vinte e quatro horas para decidir se vai ou não... Robson saiu me deixando pensativa, já que ele queria me avaliar assim, eu terei que aproveitar e tentar melhorar as minhas malditas notas. Agora já está feito e não dá mais para voltar atrás, eu terei que ir a essa viagem estúpida. Voltei para sala e assisti o restante da aula, depois Tamara me chamou para tomar um sorvete e eu contei a ela o que havia acontecido: — Então quer dizer que o professor Robson, irá nos acompanhar nessa visita técnica? Logo ele, que nunca aceita fazer esse tipo de viagem por causa da esposa chata e o filho? — Mas dessa vez ele vai e ainda disse que irá me avaliar desta forma, porque eu preciso de nota. — Joguei a colher dentro do copo de sorvete e cruzei os braços. — Então é melhor que você se conforme e já comece a preparar as suas malas. Cheguei em casa e realmente papai ainda não tinha voltado, eu sei que ele precisa conhecer alguém e se envolver de novo. Se tornou um grande solitário após a morte da minha mãe, eu gostaria que ele encontrasse alguém de bem para voltar a ser feliz. Era tão estranho para mim, ficar sem celular e sem poder olhar as minhas redes sociais a todo momento, mas já que aquela era a minha realidade... Eu abri o notebook para verificar tudo o que havia de notificações naquele dia e para a minha surpresa, havia uma mensagem no b**e-papo do Direct. O coração vibrou ao ver que era do professor Eduardo, apenas havia mandado um bom dia e eu respondi com um: “boa noite, vi apenas a sua mensagem agora.” Fiquei toda feliz pensando que talvez ele pudesse me dizer que iria nessa viagem, mesmo que o professor Robson tenha dito o contrário. [...] No dia seguinte, Paula resolveu sair de manhã para comprar algumas coisas que precisaria levar para a viagem como roupas de frio, experimentou algumas peças e realizou o pagamento saindo de lá logo em seguida. Robson permaneceu pensando na situação econômica de sua aluna e se compadeceu, sempre havia muito envolvida com o celular e estar sem ele para uma jovem, certamente era terrível. Como todos os dias, ele que levou o filho até a escola e se despediu dele com um beijo no rosto. — Até mais tarde campeão! Jonas entrou correndo na escola. Sheila e Robson divergiam em relação ao que achavam melhor para a educação do filho. Ele achava que o menino deveria estudar em uma escola especializada no atendimento de crianças com Síndrome de Down, enquanto ela acreditava que ele deveria estar em uma escola convencional, onde pudesse ter o mesmo tratamento que os outros meninos da sua idade. A escola em que ele estudava era padrão. Antes de ir para a faculdade e realizar os preparativos para a viagem e o novo formato que deveria atribuir para aquela visita técnica, ele passou no shopping e permaneceu parado olhando para lá... Até que não resistiu e entrou, conversou com uma atendente em uma das lojas de celulares: — Bom dia, senhor, em que posso ajudá-lo? — Preciso de um bom aparelho celular, que possua uma memória de armazenamento para vários aplicativos e que tenha uma boa câmera! Ele sabia que para as jovens de hoje em dia, tudo o que importava era que o celular pudesse registrar boas fotos e ter espaço de armazenamento. — Certo! — respondeu ela, tirando alguns iPhones da prateleira. — Vamos simplificar as coisas, se você fosse uma garota de dezoito anos, qual celular gostaria de ter? — Certamente o iPhone 15 é um dos modelos atuais e dos melhores. — Certo então, eu vou levar. — A atendente então, o encaminhou até o caixa onde ele realizaria o pagamento. Ele pediu que fizessem um embrulho para presente. Robson pensou sobre a maneira mais discreta de efetuar o pagamento. Considerando que ele e Sheila possuem uma conta conjunta, qualquer movimentação superior a R$ 15.000, ele sabia que não passaria despercebido por ela. — Qual será a forma de pagamento? — Cartão de crédito! — recordou que o cartão de crédito poderia ser mais discreto, já que apenas ele tinha acesso às faturas.Saiu da loja e agora precisava pensar em um modo de entregar isso a ela, sem levantar suspeitas sobre quem teria dado este presente. Refletiu e a melhor alternativa, seria um pedido de entrega na casa de Paula. Não foi nada difícil para ele conseguir o endereço, pois isso estava na ficha de todos os alunos da instituição.— Quero que entregue para Paula Gonçalves, neste endereço, e nada de dizer a ela quem mandou!Ele entregou a caixa e deu a gorjeta para o entregador.Sheila estava em casa, ela era professora, porém estava afastada de suas funções devido a uma bursite no ombro direito... Recebeu uma ligação no telefone da casa e antes mesmo de dizer alô:— Bom dia, desculpe por telefonar, é que tivemos um problema com a impressora e a nota fiscal do aparelho de celular que o senhor acabou de adquirir... Ela será enviada para o e-mail que está cadastrado na loja em seu nome e se precisar do documento impresso, poderá buscá-lo aqui amanhã!— De quem está falando? — questionou Sheila.—
[...]Até que o homem chegou e Robson entregou a chave para ele levar o carro de volta para casa e se despediu, os três caminharam pelo saguão do aeroporto para fazer o check-in.Aguardaram por apenas vinte e cinco minutos e logo foram comunicados de que seu voo já estava lá. Tamara e Paula andavam de braço dado, distribuindo sorrisos por todo o aeroporto. Robson estava encantado pela beleza daquela jovem de olhos escuros. Paula usava uma saia de cor preta rodada e uma meia calça fina que a deixava ainda mais sensual, ao mesmo tempo em que mantinha sua inocência... Mesclando doçura e puro desejo.— Acho que já está na hora de partirmos, professor. — Avisou ela, despertando daquele sonho.Eles entraram no avião. As duas amigas pensaram que seus assentos eram juntos, mas não. Os números indicavam que Paula e o professor fariam aquela viagem lado a lado, e nenhuma delas seria tão inconveniente de pedir que ele mudasse de lugar.— O senhor pode me deixar ficar do lado da janela?Ele olhou
Tamara nunca foi de acordar cedo tinha sempre tudo nas mãos, acostumada a dormir até tarde e Paula teve que chama-la em seu quarto.— Anda, temos que ir depressa o professor Robson nos mandou que estivéssemos esperando por ele às 7:00 da manhã!Tamara saiu da cama como um raio e foi tomar um banho rapidamente para se arrumar e não chegarem atrasadas.As duas passaram pelo salão do hotel e foram em direção ao restaurante, os gastos com alimentação de ambos eram custeados pela instituição. Robson já estava em uma das mesas e acenou para elas:— Olhe, ele já está ali. — disse Tamara, puxando Paula pela mão.Ele se levantou e educadamente puxou a cadeira para uma e depois para a outra.— O senhor é muito gentil professor. — Exclamou Tamara, sorrindo para a amiga que não manifestou muita empolgação.— Isso não é mais do que a obrigação de qualquer homem, talvez vocês não estejam acostumadas a esse tipo de tratamento, já que eu suponho que estejam habituadas a lidar com homens, aliás garoto
Paula não conseguiu dormir nada pensando na grande dura que levaria do professor no dia seguinte, ela olhou pela janela e viu que Tamara havia acabado de entrar e se despedir do cantor com quem havia trocado beijos.— Tomara que sobre bronca também para ela! — resmungou.Robson entrou em seu quarto e manteve-se pensativo sobre sua própria atitude, mas ele não poderia permitir que Paula e Tamara se dispersassem daquilo que estavam ali para executar. Havia salvo os contatos de ambas em seu WhatsApp, então ele passou a visualizar seus status e viu as belas fotos de Paula feliz curtindo aquela noite com a amiga. Depois de amargar os ciúmes, ele conseguiu dormir. Pontualmente às 7:00 da manhã, Tamara estava esperando por ele na mesa para o café da manhã e já sabia que muito provavelmente ganharia uma bronca por causa da noite passada, especialmente porque Paula tinha dito que já havia tido uma prévia do que as esperava.— Onde está Paula, porque não desceu ainda? — perguntou ele, olhando p
PaulaNo dia seguinte, o professor Robson resolveu telefonar para o campus e agendar uma visita à instituição para nós duas durante o período vespertino, ou seja, não teríamos mais aquele horário para nos dedicarmos a fazer os relatórios diários.— Hoje teremos um dia cheio. — Disse ele, enquanto tomávamos café da manhã.— O senhor já deu uma olhada no relatório que fizemos ontem professor? — Já que ele havia usado aquele trabalho para nos punir, então que pelo menos o avaliasse dando um parecer sobre o desempenho da pesquisa.— Farei isso hoje à noite, Paula, não se preocupe.Ele mantinha sua raiva pelo ocorrido, e não tenho ideia de quanto tempo essa birra irá durar. Torço para que não transforme essa frustração em uma cascata de trabalhos intermináveis, nos afogando e deixando sem tempo para absolutamente nada.Tamara se juntou a nós é assim que terminamos o café da manhã, fomos para a fundação. Havia um dos pacientes, chamado Heitor, um menino muito especial que nasceu com uma gra
Como Laura fazia parte do corpo de funcionários da instituição, logo ficou sabendo que Tamara havia sido forçada a abandonar aquela viagem para cuidar de problemas pessoais, depois da ligação que Sheila havia feito para ela relatando que estava incomodada com a situação do marido ter ido viajar com duas belas jovens, seria uma grande sacanagem se ela não abrisse o jogo e dissesse para aquela mulher que seu marido estava junto com apenas uma das alunas e justamente a mais safada delas.Ela então não resistiu a telefonar, mas marcaria algum lugar para se encontrarem pessoalmente, pois aquele assunto não deveria ser tratado apenas por celular. De dentro da sala de psicologia da instituição, ela prontamente telefonou para Sheila aguardou quatro chamadas e então conseguiu conversar com ela.— Alô, perdoe-me por ter demorado tanto a atender é que eu estava arrumando algumas coisas e acabei não ouvindo o celular.— Eu compreendo, sou eu Laura e nós nos falamos há alguns dias atrás por tele
Robson já não tinha mais dúvidas do que sentia por Paula, aquele desejo estava tomando conta de seu corpo e sua mente já não estava conseguindo mais manter foco naquilo que precisava. A ligação de Sheila para ele o fez se sentir culpado duplamente, por estar traindo sua família e por desejar aquela garota. Naquela noite, caiu uma forte chuva e a previsão do tempo prometia uma queda brusca de temperatura. Robson não conseguiu dormir, ficou apenas sentado próximo à janela vendo amanhecer. Tinha que decidir, definitiva, colocou em uma balança todas as situações que haviam acontecido até o momento. Robson sabia que Paula nunca demonstrara nenhum tipo de interesse por ele, sentia estar vendo coisas que não existem. "É inútil jogar minha família para o ar e apostar em uma relação que parece estar baseada apenas no imenso tesão que sinto por ela", pensou ele. Ele ainda não havia dormido nada naquela noite, então apenas se levantou da cadeira e foi tomar um banho e desde que chegaram a ess
RobsonNão havia mais forma de me livrar de todo o desejo que tenho de estar com ela, seu olhar doce foi se aproximando do meu e eu então a beijei loucamente de novo. Seu cheiro suave de juventude fazia todos os meus poros dilatarem, meu sangue foi parar completamente em meu pênis em questão de segundos. Eu sentia como se fosse estourar dentro da própria roupa de vontade de experimentar o calor de prová-la por dentro.Precisava me controlar, pois não sabia até onde ela queria chegar comigo e nem sei sela já havia tido algum tipo de experiência sexual, sabia que era muito safadinha no trato que tinha com os outros professores, mas algumas dessas garotas apenas gostam de se vangloriar sem ter na realidade um currículo tão extenso sexualmente para contar vantagem… não muito diferente dos rapazes de sua idade.Estávamos quase congelando de frio, mas no momento em que nos tocamos e começamos aquele beijo tórrido o calor tomou conta de nós dois, em um gesto totalmente inesperado ela montou