Está esquentando!
Algumas semanas se passaram desde que Paula e Robson haviam começado uma nova vida de volta a sua cidade. Jonas estava adaptado à nova escola e parecia feliz. Durante esse tempo, Sheila apenas os observava de longe, sem coragem de se aproximar depois daquela visita indesejável. Certo dia, ela decidiu ir até uma pracinha próxima quando teve a oportunidade e se aproximou de Jonas enquanto ele estava sozinho.— Oi, meu amor. Como você está? — disse Sheila, tentando soar amigável.Jonas olhou para ela com cautela, se lembrando das tantas vezes em que sua mãe havia sido fria e distante.— Oi, mamãe. Eu estou bem. O que você quer? — perguntou ele, olhando-a com curiosidade.Sheila sentiu que não conseguiria manipular o menino como gostaria, mas ainda assim tentou.— Senti sua falta. Mesmo que o papai diga o contrário, eu gosto de você e de sua nova madrasta. Tanto que quero dar um presente para o bebê deles.— Sério? — perguntou ele.— Só preciso que me prometa duas coisas: que nunca dirá
No dia seguinte, Paula e Cristina receberam alta do hospital e chegaram em casa cercadas pelo amor de Robson, Vera, Jonas e Tamara, que vieram visitar as duas. A cada dia o desafio era maior para Paula, cuidar de uma nova vida era muito complicado e ela é apenas uma jovem no auge da vida e agora com milhares de responsabilidades.Ela estava conseguindo fazer bem seu papel de mãe, era cuidadosa e adorava amamentar. Vera entrou no quarto onde ela trocava a fralda de Cristina.— Robson já foi para o trabalho, pensei em levar Jonas para comprar uns presentes. Hoje ele não teve aula...— Claro, dona Vera, ele vai adorar. Agora estamos meio sem tempo para dar toda a atenção que ele merece! — respondeu a jovem, após trocar a bebê.Vera saiu com Jonas no carro de Robson, ele havia ido para o trabalho de carona com um amigo. Agora com um bebê recém-nascido, era conveniente terem o automóvel para qualquer emergência em casa.— Estamos indo à minha antiga casa? — perguntou Jonas, ao reconhecer a
Dois meses se passaram desde o nascimento de Cristina, e Paula foi convocada para assumir sua vaga na faculdade. Se preparava para o seu primeiro dia de trabalho, e ao chegar ao lado de Robson, estava muito diferente da última vez que saíra daquele lugar desesperada e aos prantos. Agora, todos a viam deslumbrante, como uma mãe de família, e estava ali para trabalhar.Tamara, ao ver a amiga, estava radiante, feliz em ver Paula vencer depois de tanto sofrimento. Após o primeiro dia de Paula, os três saíram para jantar e comemorar o triunfo da jovem.— Paula, você está deslumbrante, todos comentaram como você está mais bonita... eu não ouvi nada sobre aquele dia! Aliás, cmo foi seu primeiro dia? — perguntou Tamara.— Foi ótimo.. Só estou um pouco cansada, mas animada. Senti que foi um bom começo.— Não poderia estar melhor. Você se saiu muito bem. A equipe adorou você e Orestes também! — respondeu Robson.— Estou tão feliz por você, amiga. É maravilhoso ver você triunfar depois de tudo o
Paula uma garota sexy de dezoito anos, que sempre quis estudar fisioterapia e tornar-se uma das melhores em sua área, ela estava no segundo semestre do curso e estava adorando. Sentia que aquela era a sua vocação na vida, ao qual ela daria tudo para se tornar a melhor profissional da área no país.Ela era uma das alunas bolsistas, então precisava envolver-se nos projetos para receber os auxílios direcionados aos alunos, que não tinham uma renda ou alto padrão de vida como os outros discentes da faculdade que era particular.Ela mora apenas com o pai que se chama Carlos e ele trabalha como carteiro há muitos anos, sua mãe faleceu quando ela ainda era muito jovem. Paula ainda sofria para se enturmar com as outras alunas do curso, pois como eram pessoas muito mais abastadas financeiramente e ela não tinha as mesmas roupas e condições para se arrumar com as demais, geralmente era preterida por elas.Ela sempre gostou de namorar muito e desde bastante jovem, embora o pai fosse muito conser
Paula acordou bem cedo para preparar o café da manhã para que o pai pudesse ir para o trabalho. No sábado, haveria uma festa da turma de veteranos que iriam se formar no final do semestre, mas ela não poderia ir porque não tinha dinheiro para as entradas e nem para comprar uma roupa para o evento.A sua situação econômica a deixava muito triste. Queria poder participar de todos os eventos junto às suas amigas, mas quase nunca podia.— Vá com Deus, papai. Deixarei o almoço pronto apenas para que o senhor o esquente antes de voltar à tarde para o trabalho.— Está bem, minha princesa. Estude e volte para sua aula, mas não se preocupe comigo... vou me virar!Paula telefonou para Tamara.— Você pode verificar a minha nota da disciplina de Psicologia aplicada à saúde?— Claro, amiga. O professor Robson postou a nossa primeira nota agora há pouco!Tamara sabia que Paula estava sem internet em casa, então seria muito mais difícil para ela acessar ao portal da faculdade via dados móveis. Ela v
Paula havia colocado o seu celular à venda e, já no dia seguinte, tinha um rapaz interessado em comprá-lo. Ele foi conversar com ela em sua casa.— Realmente, ele quase não tem marcas de uso.O rapaz acabou pagando à vista e ela ficou muito feliz, apesar de doer por se desfazer daquele aparelho que havia sido sua primeira aquisição. Ela tinha conseguido comprá-lo depois de trabalhar alguns dias no shopping como vendedora, mas não pôde continuar no emprego devido aos estudos.Paula voltou para casa, mas não quis comentar com o pai que havia feito aquilo por causa da viagem, não querendo que ele se sentisse mal por ela ter se desfeito do seu aparelho.A partir de então, seria mais difícil para ela conversar com Tamara, porém ainda tinha seu notebook e conseguia acessar algumas redes sociais por ele.Para ela, quarta-feira era o pior dia de aula, já que teria três aulas consecutivas com o professor Robson e ela achava muito cansativo. Chegou à faculdade um pouco atrasada por causa do ôni
Saiu da loja e agora precisava pensar em um modo de entregar isso a ela, sem levantar suspeitas sobre quem teria dado este presente. Refletiu e a melhor alternativa, seria um pedido de entrega na casa de Paula. Não foi nada difícil para ele conseguir o endereço, pois isso estava na ficha de todos os alunos da instituição.— Quero que entregue para Paula Gonçalves, neste endereço, e nada de dizer a ela quem mandou!Ele entregou a caixa e deu a gorjeta para o entregador.Sheila estava em casa, ela era professora, porém estava afastada de suas funções devido a uma bursite no ombro direito... Recebeu uma ligação no telefone da casa e antes mesmo de dizer alô:— Bom dia, desculpe por telefonar, é que tivemos um problema com a impressora e a nota fiscal do aparelho de celular que o senhor acabou de adquirir... Ela será enviada para o e-mail que está cadastrado na loja em seu nome e se precisar do documento impresso, poderá buscá-lo aqui amanhã!— De quem está falando? — questionou Sheila.—
[...]Até que o homem chegou e Robson entregou a chave para ele levar o carro de volta para casa e se despediu, os três caminharam pelo saguão do aeroporto para fazer o check-in.Aguardaram por apenas vinte e cinco minutos e logo foram comunicados de que seu voo já estava lá. Tamara e Paula andavam de braço dado, distribuindo sorrisos por todo o aeroporto. Robson estava encantado pela beleza daquela jovem de olhos escuros. Paula usava uma saia de cor preta rodada e uma meia calça fina que a deixava ainda mais sensual, ao mesmo tempo em que mantinha sua inocência... Mesclando doçura e puro desejo.— Acho que já está na hora de partirmos, professor. — Avisou ela, despertando daquele sonho.Eles entraram no avião. As duas amigas pensaram que seus assentos eram juntos, mas não. Os números indicavam que Paula e o professor fariam aquela viagem lado a lado, e nenhuma delas seria tão inconveniente de pedir que ele mudasse de lugar.— O senhor pode me deixar ficar do lado da janela?Ele olhou