CAPÍTULO 08
Arthur Taylor Que merda de jogo! Eu pensei que as coisas seriam mais fáceis. Qual o problema dessa mulher querer transar comigo, ou não? Claramente estava se oferecendo para mim em Boston, e agora que chegamos aqui fica querendo se pagar de boa moça, como se fosse algo tenebroso passar alguns momentos comigo. O pior é que essa cabelo de fogo, me excita! Até o fato do corno do Hugo ter dado em cima dela na minha cara, me deixou louco por ela. O fato de eu não conseguir tê-la, e ele ela não ter tratado mal, me deixou possessivo. Seria mesmo a cicatriz do meu rosto, que a irrita? Saí de lá, e fui trabalhar da sala do Yuri, pois de vez em quando preciso respirar, e esse foi o momento. — Arthur! Hoje temos um almoço com os clientes da Texas Farm, como vai fazer para controlar a sua esposinha? — Yuri pergunta. — Mais respeito, cara! Eu já tenho tudo planejado, não se preocupe! — falei. — Hum... essa eu quero ver de perto... — E, verá... bom! Vou lá conversar com ela, e fechar um acordo! — disse, ao me levantar. — Correto... Fui caminhando até a minha sala já com tudo planejado e minha mente seria muito mais fácil fazer um acordo do que passar vergonha mais uma vez, já que essa mulher gostou de me provocar. Quando entrei ela estava bem concentrada, e ao seu lado havia uma pilha de documentos em que ela pegava, digitava algo no computador e trocava o lado, deixando o outro lado também bem maior do que o outro. — O que tanto faz, aí? — Estou trabalhando, senhor Taylor! — respondeu, sem me olhar. “Aí como me irrito de ouvir dos lábios dela, palavras tão formais à meu respeito”. Penso. — Está arquivando esses materiais? Entende desses programas novos? — me aproximei. — Estudei pra isso, preciso saber, não é? — respondeu friamente. — Você não vai conseguir nada, se continuar com essas atitudes! Vim em missão de paz, quero te fazer uma proposta! — sentei na beira da mesa. — Que proposta? Já não gostei muito da primeira, e já tem outra? — debochou. — Temos um almoço com clientes importantes. Se você se comportar e não ficar repetindo que não somos casados e demonstrando nada que me prejudique, à noite posso te conceder que converse com a sua mãe via mensagem ou áudio, para tranquilizá-la. Mas é claro que eu ficarei de olho para verificar se você não fala nenhuma besteira! — Me dá a sua palavra? — Sim! Dou a minha palavra... — Ok, então! — deu de ombros. — Posso fazer o sacrifício, mas quero conversar com ela depois, sem chateação... — Desde que não fale bobeira... — Combinado! Segurei na mão dela assim que saímos daquela sala. Ela não estava com o seu melhor sorriso, mas também não estava com a cara tão feia como estava antes. Fomos até o carro que estava no estacionamento e depois nos dirigimos até o restaurante que havíamos combinado com o Yuri, que também iria, mais com o carro dele. — Boa tarde, senhores! Essa é a minha esposa...Sophia! — apresentei. — Olha, até que enfim, está mudando! Mas, não conheço essa bela jovem! — falou um deles, e ela se antecipou em responder: — Eu trabalho na Taylors, auxiliando o meu marido! Passei a manhã toda organizando documentos, é bom mesmo sair para se distrair, não é? — sorriu tanto ao falar, que fiquei feito bobo olhando pra ela, pra tentar entender, porque pra mim nunca sorri? — Pois, então sente-se senhora Taylor! Me conta mais... é verdade que a tecnologia da rede, é a mais avançada? Eu gostaria de adicionar um sistema desses! — Osmar, falou. — Ah, eu super recomendo! Além de todo o marketing que faz, ser maravilhoso, é tudo verídico! E, eu estive analisando os gráficos, e percebi que é muito seguro, tem uma linha tênue... — ela começou a explicar todo o sistema que eles queriam instalar, e com muito domínio, mas como? Se só trabalhou pela parte da manhã? A conversa embalou, e eu logo notei que fui jogado para escanteio. Quase uma hora sentados à mesma mesa, rodeados pelas mesmas pessoas, conversando sobre os mesmos assuntos, e ela conseguiu a imensa proeza de fazer tudo isso sem olhar para mim, sem me dirigir uma palavra, ou me dar um que fosse dos sorrisos que tão facilmente distribui a todos os demais enquanto almoçavam. Dizer que isso está me enlouquecendo seria um imenso eufemismo. Porque, além de sua clara determinação em me ignorar, há a maneira completamente irritante como ela faz isso parecer natural, e a qualquer expectador parece que eu estou sendo incluído em todos os assuntos, mas eu sei que não. Tenho vontade de cortar a distância entre nós, afundar o nariz na pele suada, os dedos nos cabelos desgrenhados. Vontade de descobrir se ela é tão irracionalmente afetada por mim como eu sou por ela. O motivo do meu excesso é o desejo inadmissível que essa mulher desperta em mim, sem fazer qualquer esforço para isso, e talvez sejam eles, o excesso e o descontrole os responsáveis pelas minhas próximas palavras, e o meu apavoro, provavelmente tão evidente. — Caramba, Arthur! A tua esposa entende sobre tudo, parabéns! — Osmar comentou, espantado. — É, né... Eu estou gostando a cada vez menos desse jogo. Ver tantos homens assim olhando para ela, e recebendo sorrisos e respostas enquanto eu estou aqui, precisando fazer um acordo para que ela pelo menos disfarce a sua raiva contra mim, e isso ainda que nem um sexo decente eu consegui fazer. Coloquei a cadeira bem perto da dela, e abracei por trás, tocando nos seus cabelos e os puxando para o lado do pescoço. Enquanto eu disfarçava prestar atenção no assunto, fiquei passando os dedos de forma lenta na sua nuca, fingindo que arrumava cada fio e se aproveitando do momento, vendo-a se arrepiar toda com o meu toque. Quero ver até onde ela vai com essa parede de concreto que ela está criando, não é do meu feitio ficar tocando mulheres, mas essa ruiva cabelo de fogo me instiga, me deixa maluco, me deixa com vontade de fazer coisas extremas que eu nunca fiz só para ver ela sorrir ou até mesmo irritada, que fica completamente sexy. Ela tentou se esquivar virando um pouco o corpo, mas eu fui com a mão por debaixo da mesa e comecei a subir na coxa dela de forma leve e delicada. Enquanto ela conversava com os nossos clientes, eu me aproveitei da situação, se eu tenho que ficar excitado e engolir o meu problema, ela também fará isso. Ergui com cuidado a parte de baixo do vestido e subi a minha mão lentamente até a sua virilha. Com o meu corpo encostado no dela, e o meu rosto bem próximo, eu conseguiria saber quais seriam as reações dela, e neste momento posso afirmar que estava ansiosa, pois percebi exatamente qual foi o momento em que a sua respiração mudou, sendo justamente quando com a ponta do meu dedo ergueu a sua calcinha, que outra vez não me deixou se decepcionar e sentir ser de renda e bem pequena, um arraso, gostaria de ver. Comecei a descer e subir a mão por cima da sua calcinha, e percebi que as palavras dela começaram a sair pausadas e bem lentamente, era muito claro que ela já não estava mais tão focada no assunto, e estava incomodada. Senti um beliscão na minha perna, e sorri olhando para ela que virou de lado para olhar para mim em plena mesa, enquanto lhe roubei um selinho na frente de todos e ela estava de olhos arregalados fazendo movimentos com a boca para que só eu visse: — Para! — movimentou os lábios, e pisquei pra ela. Não sou do tipo que tem medo do perigo, então segurando firme em sua peça íntima coloquei a mão por dentro, e descendo até os meios das pernas dela e então cheguei a respirar pesado quando alcancei o seu ponto sensível e percebi que ela estava molhada. Na mesma hora ela se esquivou de mim empurrando a minha mão e disse: — Eu preciso muito, ir ao banheiro! Com licença! — saiu quase fugida da mesa, e eu ri. — Nós já vamos, senhor Taylor! A sua esposa pode precisar de ajuda, se quiser ir vê-la! — Osmar percebeu algo, mas não me importo. — Sim, parecia com calor, vou atrás dela! E, obrigado pelo apoio senhores... — Nós que agradecemos, a sua esposa vale ouro! Cuide dela... — É, claro! — não menti. Saí pensando comigo que eu iria mesmo cuidar... vou dar um jeitinho naquilo, se ela estava molhadinha, é porque me quer, e então eu vou tê-la naquele banheiro, será uma das minhas melhores diversões!CAPÍTULO 09 Sophia Clark/Taylor Eu não consigo acreditar que isso tudo esteja mesmo acontecendo comigo. Estava parecendo muito bom para ser verdade, uma conversa agradável, um lugar incrível, e uma comida maravilhosa, estaria tudo perfeito se o Arthur não resolvesse tirar o dia para me perturbar. Eu não sabia mais o que fazer, não sabia se eu corria dali, se eu o empurrava... e acabei tomando a pior das decisões, que foi a de não fazer nada, pois até mesmo não fazer nada se torna uma decisão. O problema é que eu não sabia que o filho da mãe sabia tão bem aonde encostava, para que eu ficasse nas condições que fiquei, completamente deploráveis! Mas, cheguei ao meu limite quando senti a mão dele em um lugar que nunca imaginei na vida um homem encostar, e principalmente num local como aquele aonde a gente estava, cheio de pessoas. Senti uma mistura de raiva e desejo, poderia facilmente matá-lo por isso se tivesse oportunidade, pois a briga const
CAPÍTULO 10 Arthur Taylor Eu fiquei atordoado com aquela conversa. No carro foi um silêncio total, ela não dizia nada e eu também não. Quando chegamos na empresa ela voltou rapidamente para a mesa e começou a digitar, e então eu fui para a sala do Yuri. — Problemas, chefe? — ele perguntou. — Digamos que parecia mais simples... — sentei, passando as mãos pelos cabelos. — Você é louco, Arthur! Claro que teria problemas, quero só ver quando a tua família souber dessa confusão toda, não será muito fácil contornar! — Yuri comentou, enquanto organizava as coisas da mesa. — Ela tem um gênio forte, não quer envolvimento nenhum, não sei o que faço, pois, estamos casados, e ela não me quer... — Talvez, porque só você se casou, não é? Ela não casou com ninguém, apenas assinou um contrato de trabalho. — me cortou. — Já está feito, Yuri! Eu não vou desistir. — Então, mude o jogo! Se de um jeito não está dando c
CAPÍTULO 11 Sophia Clark Eu ainda nem sei o que foi que me deu. Não sei se foi a felicidade por poder falar com a minha mãe novamente, que me deixou tão desnorteada a ponto de pular no colo do Arthur, ou o quê... mas quando ele pediu um abraço não pude negar, pois vi nos seus olhos a necessidade de algo, é como se eu pudesse enxergar parte dele, como se eu já o entendesse de algo, e se não fosse tão safado até acreditaria que aquilo foi relacionado a algum sentimento, mas eu devo ter me confundido. Praticamente corri até o quarto para pegar as minhas coisas, porque até essas maquiagens velhas, me fizeram falta, pois vou precisar delas para ir trabalhar todos os dias. Espalhei tudo na cama, e vi que em breve vou precisar comprar mais, assim que receber o primeiro salário, vou mandar cinco mil para a minha irmã, e com o outro mil, eu me organizo. Meu celular estava desligado, então coloquei para carregar, e fui tomar um banho, mas quando fui peg
CAPÍTULO 12 Arthur Taylor Pronto! Um problema a menos pra ser resolvido, agora a família dela já sabe que temos alguma coisa, e esse não vai ser um dos motivos pra ela me rejeitar. Se querem me perguntar se fiz de propósito, a resposta é não! Apenas aproveitei a oportunidade quando vi ela passar, e pelo visto acertei o alvo... só espero que a ruivinha esteja bem com isso.. — ARTHUR!!! — me virei assustado com o grito dela, cheguei a derrubar o chocolate no chão. — Caraca, ruivinha... que isso? — ela me empurrou contra o armário, e estava possessa de brava. Começou a me dar tapas no braço, e nunca imaginei passar por uma cena dessas, fiquei parado sentindo o meu braço arder. — Você é um egoísta, filho da mãe! Não tinha o direito de se meter na minha vida! Aquela é a MINHA FAMÍLIA! — Calma, eu só quis facilitar! Qual o problema? — tentei acalmar ela, mas estava vermelha de raiva. — Eu não sou a vadia que pensa que sou!
CAPÍTULO 13 Sophia Clark “Caramba, o que eu fiz?“ — fiquei me perguntando milhões de vezes, enquanto mais uma vez estou aqui, quase furando o chão desse quarto. O que ele não deve estar pensando de mim? Isso é uma loucura, estou ficando pior do que ele, aonde estão os meus princípios? Quase me deixei levar pelo desejo, mas esse homem me deixa sem pensar direito, acho que tenho desejos por ele. Já havia passado bastante tempo, então me deitei e me cobri para tentar dormir, e acordei de madrugada e não o vi. Quando fui até a sala, o vi dormindo no sofá. Uma garrafa de vinho branco pela metade na mesinha de centro, e um copo vazio. Ele estava todo torto, então fiz questão de acordá-lo. — Arthur, vem dormir na cama! — chamei. — Hum? — me olhou com os olhos meio perdidos. — Vem deitar na sua cama! Está todo torto aí... — Você vai dormir comigo? — Se prometer se comportar, vou! — Eu sou muito c
CAPÍTULO 14 Sophia Clark — Essa mulher sentou ao meu lado na mesa ontem, e apenas trocamos algumas palavras, nada mais... e ela colocou esse bilhete aí, mas nem liguei... — remedei o mentiroso que pensa que sou boba, enquanto me olhava no espelho do banheiro. “Eu não tô nem aí pra você, senhor Arthur Taylor” — repeti pra mim mesma, lembrando do rosto daquele safado, enquanto pensava na minha vida, e em como ela mudou tanto, aonde foi que eu errei? . Ainda bem que o dia na empresa passou depressa. Pelo menos encontrei um ponto positivo em vir parar aqui na Argentina. Esse trabalho é tudo que eu sempre sonhei para mim, embora de vez em quando eu tenho que aguentar olhar para a mesa do Arthur, e vê-lo me encarando, mas no resto é muito bom... sem contar o excelente salário que eu vou receber. Porque eu não poderia simplesmente estar morando em um apartamento sozinha? Trabalhando? Eu tive que vir parar justo na casa dele? Penso.
CAPÍTULO 15 Sophia Clark/Taylor Os dias foram passando, e algumas situações se repetindo. Hoje a Mayara e o Ricardo voltaram para a fazenda, mas ficaram uns cinco dias aqui. Nesse meio tempo, o Arthur está se comportando muito mais, não sei se é a influência do seu irmão que o ajudou, mas ele parece mais tranquilo. Pude trabalhar na empresa tranquilamente, tirando o fato de que eu ainda seja considerada a esposa do CEO, agora estou curiosa para saber como será o andamento das coisas, já que voltamos a ficar sozinhos naquele apartamento. — Você não quis me contar nada sobre a sua vida... — comentei com o Arthur no jantar. — Eu não gosto de falar sobre isso... — continuou comendo. — Tá bom, a escolha é sua... — O celular dele tocou. Ele olhou a tela e não atendeu. Eu continuei comendo, ele anda calado, não tentou mais nada. — Não vai atender? — pergunto. — Não... — levantou pegar um copo, e tocou de novo, então olhei
CAPÍTULO 16 Arthur Taylor A princípio eu acreditei que aquela moça estava mesmo em perigo. Mas, não demorou muito e eu saquei o jogo deles... aquele típico e antigo assalto, aonde alguém aparentemente está em perigo, e quando você vai ajudar ele te rouba, então depois que ela foi embora as pressas aí eu tive certeza, era realmente isso. Essa situação embaraçosa ativou algo em mim que nem eu sabia que ainda existia. Tive pânico ao perceber que a Sophia estava em perigo, o mesmo sentimento que senti pela minha mãe durante todos aqueles anos que ficamos presos em Roma, naquela máfia do figlio de puttana do Don Pieter. Senti a dor e o desespero que senti quando não consegui tirar a minha mãe de lá e fui preso, e a mesma dor quando aquele filho da mãe queria se aproveitar dela lá dentro. Mesmo sem estar mais participando desses tipos de treinamentos, existem coisas que ficam guardadas para sempre dentro da gente, e não tive dificuldade nenhuma em acaba