CAPÍTULO 13 Sophia Clark “Caramba, o que eu fiz?“ — fiquei me perguntando milhões de vezes, enquanto mais uma vez estou aqui, quase furando o chão desse quarto. O que ele não deve estar pensando de mim? Isso é uma loucura, estou ficando pior do que ele, aonde estão os meus princípios? Quase me deixei levar pelo desejo, mas esse homem me deixa sem pensar direito, acho que tenho desejos por ele. Já havia passado bastante tempo, então me deitei e me cobri para tentar dormir, e acordei de madrugada e não o vi. Quando fui até a sala, o vi dormindo no sofá. Uma garrafa de vinho branco pela metade na mesinha de centro, e um copo vazio. Ele estava todo torto, então fiz questão de acordá-lo. — Arthur, vem dormir na cama! — chamei. — Hum? — me olhou com os olhos meio perdidos. — Vem deitar na sua cama! Está todo torto aí... — Você vai dormir comigo? — Se prometer se comportar, vou! — Eu sou muito c
CAPÍTULO 14 Sophia Clark — Essa mulher sentou ao meu lado na mesa ontem, e apenas trocamos algumas palavras, nada mais... e ela colocou esse bilhete aí, mas nem liguei... — remedei o mentiroso que pensa que sou boba, enquanto me olhava no espelho do banheiro. “Eu não tô nem aí pra você, senhor Arthur Taylor” — repeti pra mim mesma, lembrando do rosto daquele safado, enquanto pensava na minha vida, e em como ela mudou tanto, aonde foi que eu errei? . Ainda bem que o dia na empresa passou depressa. Pelo menos encontrei um ponto positivo em vir parar aqui na Argentina. Esse trabalho é tudo que eu sempre sonhei para mim, embora de vez em quando eu tenho que aguentar olhar para a mesa do Arthur, e vê-lo me encarando, mas no resto é muito bom... sem contar o excelente salário que eu vou receber. Porque eu não poderia simplesmente estar morando em um apartamento sozinha? Trabalhando? Eu tive que vir parar justo na casa dele? Penso.
CAPÍTULO 15 Sophia Clark/Taylor Os dias foram passando, e algumas situações se repetindo. Hoje a Mayara e o Ricardo voltaram para a fazenda, mas ficaram uns cinco dias aqui. Nesse meio tempo, o Arthur está se comportando muito mais, não sei se é a influência do seu irmão que o ajudou, mas ele parece mais tranquilo. Pude trabalhar na empresa tranquilamente, tirando o fato de que eu ainda seja considerada a esposa do CEO, agora estou curiosa para saber como será o andamento das coisas, já que voltamos a ficar sozinhos naquele apartamento. — Você não quis me contar nada sobre a sua vida... — comentei com o Arthur no jantar. — Eu não gosto de falar sobre isso... — continuou comendo. — Tá bom, a escolha é sua... — O celular dele tocou. Ele olhou a tela e não atendeu. Eu continuei comendo, ele anda calado, não tentou mais nada. — Não vai atender? — pergunto. — Não... — levantou pegar um copo, e tocou de novo, então olhei
CAPÍTULO 16 Arthur Taylor A princípio eu acreditei que aquela moça estava mesmo em perigo. Mas, não demorou muito e eu saquei o jogo deles... aquele típico e antigo assalto, aonde alguém aparentemente está em perigo, e quando você vai ajudar ele te rouba, então depois que ela foi embora as pressas aí eu tive certeza, era realmente isso. Essa situação embaraçosa ativou algo em mim que nem eu sabia que ainda existia. Tive pânico ao perceber que a Sophia estava em perigo, o mesmo sentimento que senti pela minha mãe durante todos aqueles anos que ficamos presos em Roma, naquela máfia do figlio de puttana do Don Pieter. Senti a dor e o desespero que senti quando não consegui tirar a minha mãe de lá e fui preso, e a mesma dor quando aquele filho da mãe queria se aproveitar dela lá dentro. Mesmo sem estar mais participando desses tipos de treinamentos, existem coisas que ficam guardadas para sempre dentro da gente, e não tive dificuldade nenhuma em acaba
CAPÍTULO 17 Sophia Clark/Taylor Acordei abraçada com o Arthur, e foi estranho. Percebi um clima diferente, já não estou me sentindo uma prisioneira, ele tem me tratado bem, e no trabalho fico mais a vontade. Agora tenho caminhado pela empresa sozinha, sei que tem um segurança na portaria, lá perto da Mônica que fica de olho, mas finjo não saber disso, e fica melhor. O Hugo passa por mim, e nunca mais falou nada comprometedor, ele parece temer o Arthur. Mandei documentos para a impressora geral, só pra dar uma volta extra e ver mais gente. O problema é que tinha fila, e acabei ficando mais do que deveria lá, e demorou um tanto. Arrumei todos na ordem, e fui voltando para a nossa sala. Estava entreaberta, e quase caí pra trás quando vi uma mulher sentada em cima da mesa dele, com um vestido curto na cor rosa completamente erguido, e os seios de fora, completamente pra baixo. Olhei para o Arthur que estava bem perto com a mão na c
CAPÍTULO 18 Arthur Taylor Foi só a Sophia sair, e a Joana apareceu. — Me esqueceu, gato? — empurrou a minha cadeira pra trás, e ficou na minha frente. Puxou o seu vestido pra cima, e desviei os olhos. Joana é uma mulher linda, desimpedida, e sem problemas de ciúmes, só vem quando quer sexo, já conhece as regras, não encosta aonde não pode, e tudo certo... só que não... — Joana, você não me leve a mal, mas já deve ter notado que eu casei! Os boatos correm soltos por aqui... — movi a sobrancelha de um modo mais sério. — E, daí? Não sei porquê foi se amarrar, se aqui sempre teve todas... — veio com a mão na minha gravata, e não vou negar que ando precisando de sexo, aquela ruiva quer me matar engasgado com o próprio esperma. — Eu não quero, tá? Vou respeitar ela, como falei que iria... — a louca sentou na minha mesa, abriu as pernas, e não tive como não olhar para os seios dela expostos. — Tem certeza? Na mesma ho
CAPÍTULO 19 Sophia Clark/Taylor Senti uma adrenalina total no meu sangue quando desci por aquele elevador do prédio sozinha. Não imaginei que eu conseguiria sair dali, mas eu consegui. Me arrumei toda, e iria sair pra algum lugar, beber um pouco, relaxar a cabeça... mas pensando bem, tenho um cartão Black, sem senha, basta aproximar e pronto, então... posso voltar pra casa. Quando cheguei na recepção do prédio, avistei o armário grandalhão do Mauro, olhei para o chocolate que estava na minha bolsa preta, e vi que precisaria me desprender dele. Tinha um garotinho de aproximadamente uns seis anos próximo dos pais, e eu me abaixei conversando com ele. — Ei, garoto bonito! Aposto que você não tem coragem de pedir para aquele grandalhão ali abrir esse chocolate! Se conseguir é seu, mas não sei se consegue! — O intimei no seu ouvido, abaixada perto da última escada, e ele me olhou feio. — Eu sei abrir, já sou grande! Mas vou lá só p
CAPÍTULO 20 Arthur Taylor Demorei tempo demais para conseguir sair daquele lugar, e agora estava puto com aquela vizinha doida, que nem ouve as coisas direito, e faz confusão. Enquanto esperava a boa vontade da segurança do prédio, usei o localizador que tem no celular que dei pra ela, porém quando estava ativando, chegou notificação de pagamento de carro de aplicativo, e logo em seguida de um bar. Acho que nunca dirigi tão rápido na vida, e quando vi ela beijando outro, fiquei enfurecido. A minha vontade era mandá-la de volta, mas quem disse que consigo... parece que quanto mais ela me irrita, mais quero ser irritado. Decidi ignorar tudo, passar por cima do meu orgulho, e investir nessa mulher... ignorei o cara que estava com ela, ignorei o pau de borracha constrangedor, a fuga... nada me importa hoje, quero ela pra mim... A volta no carro foi divertida. Ela bêbada é um arraso, fica desinibida, alegre, de bem com vida, colocava