CAPÍTULO 62 Arthur Taylor Assim como combinei com o Yuri, viajei de madrugada bem cedinho, para Buenos Aires. Ele já sabia o local aonde o cara estava, e a ficha já estava completa na sua mão. — É aqui? — Sim, não saiu mais, depois que chegou, está se escondendo! — Yuri comentou. Olhei para aquela casa velha e mal acabada, e não gostei de imaginar o que a minha ruivinha passou ficando naquela outra menor ali do lado. De longe dá para notar a desleixo aos arredores e na área externa, vou precisar ter estômago para entrar naquele lugar. — Vou entrar! — Trouxe a arma? Ele pode estar armado... — Sim, mas não pretendo usar! — arrumei a pistola no bolso, e fui entrando pela parte de trás para causar menos alvoroço. Avistei o infeliz deitado, dormindo num sofá velho, todo rasgado. Aquilo era uma bagunça, e havia resto de comida espalhado por todo lado. Como percebi que a porta estava trancada, com cuidado peguei um pedacinh
CAPÍTULO 63 Sophia Clark Taylor A minha vida mudou com o passar dos dias. Me recuperei rápido, e consegui voltar a trabalhar, dois dias depois do ocorrido. Agora preciso dar uma de durona e me manter firme, se não o Arthur me ataca no escritório, então eu tenho sido mais rápida. Trabalhamos um pouco a mais nessa semana, para deixar a Taylor's em ordem, pois a gente combinou de ir para a fazenda passar o natal com a família dele. A minha irmã Samantha e eu estamos afastadas, mas a minha mãe está na cola dela. Ela me contou que a Samantha foi em três consultas com o Cleiton, e que já está pensando melhor nas coisas, mas eu não acredito muito nessa conversa, é muito pouco tempo para ela já ter mudado, e por enquanto ficarei na minha. Também não conversei com o Cleiton para saber mais sobre isso, não sou ingênua... prefiro ficar na minha por enquanto. Arthur com o passar dos dias, anda engraçado... ele tenta ser carinhoso, mas é atrapalh
CAPÍTULO 64 Cleiton A minha vida certamente nunca mais será a mesma. Depois que perdi a minha família, tenho focado apenas no trabalho, e ver que consigo ajudar tantas pessoas com os meus pontos de vista, ou apenas escutando, já me deixa feliz. Quando conheci a Samantha, não foi como com a Sophia, que levei como uma amizade. Me simpatizei com as duas, mas Samantha está precisando de ajuda psicológica e também de medicamentos. Nas outras consultas ela apenas ficou falando por quase todo o tempo. Me contou muitas coisas da sua infância, da sua adolescência e também da Juventude, e comecei a entender muitas coisas que aconteceram para que ela ficasse tão fechada. Samantha não acredita nas pessoas e nem em sentimentos. Para ela o amor não existe e nem nunca vai existir, mas claramente dá para notar que ela sofre ao dizer isso, e isso significa que no fundo ela queria que existisse. Claro que tudo isso na cabeça dela, aonde isso é algo impossível.
CAPÍTULO 65 Sophia Clark Taylor Como eu não estava com sono e a noite estava calorosa, permaneci conversando com a família dele. Estava achando o máximo ouvir um pouco da história da Louise e do Wesley, primo do Arthur. Quando vi o Arthur furioso voltando do quarto, me olhou torto e indo lá fora na direção do carro, mas como já estou acostumada, ignorei. — Teu marido parece ansioso! — Louise comentou, o olhando sair bravo. — Sim, já estou acostumada com os surtos dele, e como ontem dormi mais cedo ele já começa a ficar meio agitado! — fofoquei no ouvido dela. — Ele tá precisando ser tratado na rédea mais curta, vai por mim! Se ele voltar a te chamar fala que não vai agora, e ignora, vamos ver no que dá... — Ele não vai gostar nada! Acho que vai reclamar! — comentei. — E, se explode? É grosseiro com você? — ela perguntou e eu ri lembrando como o Arthur gosta de acertar as nossas diferenças. — Não... acho que vou irrita-lo só pra ver!
CAPÍTULO 66 Arthur Taylor A minha cabelo de fogo ficou brava, mas além de me provocar, eu sei que ela adora essas coisas, conheço o corpo de uma mulher quando está excitada, e ela estava muito. O importante é que dormiu agarrada em mim, e não me largou mais, então está tudo bem. Quando o dia amanheceu percebi que ela estava diferente. O olhar dela dizia muita coisa sobre ela, pelo que entendo das mulheres e das estratégias de um ser humano posso jurar que ela vai aprontar alguma. Durante o dia todo foi assim, no café ela me olhava longe... por baixo, claramente estava me olhando e programando o que iria fazer. Eu me mantive na minha Estou levando o jogo como deve ser levado, pois quem me conhece sabe o quanto gosto de jogar. Embora ela não estivesse jogando lá no início, e fossem duas mulheres ao invés de uma, agora sei que é ela que apronta, e algo está vindo aí... e o pior é que estou louco para saber do que se trata. — Tá tudo bem, ruiv
CAPÍTULO 67 Samantha Clark Taylor Acordei com uma dor de cabeça terrível. Acho que ontem assustei o terapeuta, será que terei problemas? Me viro na cama ainda sonolenta, e a minha mãe estava sentada nela, perto de mim. — Não vai levantar, Samantha? Hoje é natal! Pensei que o terapeuta ficaria por aqui. — comentou. — Eu tentei beijá-lo, acho que nem vai me atender vai mais! — puxei o outro travesseiro e escondi o meu rosto com ele, ainda estava com sono, e envergonhada. — Nossa, se precipitou, aposto que nem gosta dele, porquê fez isso? — Me deu vontade... ele parece diferente, me tratou bem, foi respeitoso... eu nem sei mãe... — puxou o travesseiro. — Ligue pra ele e peça desculpas! Você agiu errado, no mínimo o convença a vir almoçar com a gente! Você é linda Samantha, só precisa se dar o respeito, que vai encontrar um homem correto, e não um merda que só queira se aproveitar com o Alex! — falou do meu ex... — Não fale ma
CAPÍTULO 68 Arthur Taylor Eu não acreditei quando vi que ela estava falando sério. Fiquei parado por um tempo, mas, precisei sair de lá quando percebi os primeiros pingos de chuva caindo sobre nós. — Arthur, vai querer se molhar? — quase gritou sorrindo, mas acho que mudei de ideia. — Tem sorte que hoje estou de bom humor, e não vou me estressar, mas, vai ter que aguentar a chuva, porquê preciso acalmar os ânimos! — parei em frente ao cavalo, e deixei a chuva molhar um pouco. A danada veio me beijar, mas precisei evitar, e tirar ela dali. — Nem vem! Preciso me acalmar! — ela sorriu. Montamos no cavalo e voltamos para a casa do Ricardo, mas chegamos encharcados. A minha mãe percebeu e logo veio com duas toalhas grandes na mão para nos ajudar, mas fiquei olhando o jeito dela que me entregou a toalha e estava ajudando a Sophia e não a mim. Qualquer filho que vê se isso poderia ter ficado com ciúme, mas eu não... fico feliz em ver
CAPÍTULO 69 Samantha Clark — Fica à vontade, me conta o que deseja contar, estou aqui só para te ouvir! — Cleiton estava outra vez sentado na sua belíssima cadeira daquela sala que nem parecia um consultório, e eu estava me concentrando para colocar na minha cabeça que ele não é um amigo, é o terapeuta. Ele já deixou bem claro sobre isso, mas o acho tão charmoso sentado ali, e pronto para me ouvir, quem me ouve além dele é só a minha mãe e a minha irmã, e eu consegui estragar tudo. — Eu... não acordei muito bem, hoje! — Conta mais... porquê não acordou bem? — Pensamentos que me atormentam... sabe quando a gente começa a pensar demais sobre as coisas, e parece que vamos ficar malucos? — Tem coisas que precisamos pensar, e outras não há necessidade! Pense em coisas que possam melhorar o seu futuro, e não no que já passou e só te trás dor... — Eu praticamente me vendi para a agência quando comecei. Eu juro que não queria, mas eu