Eu aceito!

Duas semanas se passaram; silêncio total por parte do Ventura que já tinha em mente que o Klahan não entregaria tão facilmente seu melhor lutador, mesmo tendo uma proposta milionária. Sem os irmãos Sony e Brad na equipe, Klahan dificilmente sustentaria seu negócio por muito mais tempo. Por outro lado, era certo que o lobo ambicioso corresse para alargar suas fronteiras a título de mostrar aos irmãos, que sempre fora o “crânio”,entre eles.

O jantar decisivo

Klahan chega ao restaurante por volta das 20h30, Leoni dez minutos depois. Ventura e sua filha Selena se atrasam, mas chegam em grande estilo. No restaurante eram cumprimentados por algumas pessoas ligadas ao esporte, inclusive alguns rivais de tatame do lobo Selvagem. Leoni não esconde sua surpresa ao ver Selena acompanhada de um homem com cara de executivo, sem contar que além de bonito era o advogado da sua empresa. A bela moça vestia um modelo drapeado roxo no busto; na saia exibia uma fenda discreta mostrando os pelinhos dourados nas coxas volumosas. Ela cumprimenta o lutador com um oi safado, desta vez o piercing na língua é um convite à pensamentos libidinosos.

Ventura pede a melhor carta de vinho. Hoje será dia de comemoração. Finalmente decidiu contratar Leoni por um período determinado até que seu irmão venha juntar-se a equipe. A condição para o pagamento do montante restante seria nestas condições.

Klahan engole em seco. Nunca imaginou que a velha raposa do Ventura fosse esperto a esse nível. Se no prazo de 12 meses Leoni não superasse suas expectativas, ele teria que convencer ao Sony integrar-se ao grupo ou o acordo seria desfeito sem ônus para o espertalhão.

Klahan não via outra alternativa. Leoni estava alheio às condições; para o lobo, o que importava mesmo era acumular carros luxuosos,escunas, mansões e mulheres por todo o lado. Mas a família Ventura usava seu poder monetário e a sedução para garantir as suas conquistas. Selena não era mulher de se apaixonar; era astuta, ambiciosa, letal feito uma naja ao dar o bote. Leoni seria em suas mãos mais um brinquedinho. Só restava saber se ele cairia de cabeça ou se levaria tudo isso na curtição.

-Então Klahan, o que achou da proposta? Nosso advogado foi bastante transparente com as cláusulas?- Ele ri, acendendo um charuto.

-Bem, eu compreendi suas questões, até concordo em parte, mas não posso garantir que o Sony queira vir.-Klahan está visivelmente nervoso.

-Temos um ano pela frente. No pior das hipóteses dele não aceitar lutar com seu irmão, o Leoni terá que se superar.- Ventura olha para o lutador com cara de inquisidor.

-Sr. Ventura, sua proposta é indecente.-Leoni não tem papas na língua.

-Está louco Leoni? -Klahan quase enfarta.-Desculpa Sr. Ventura, ele não quis dizer isso.

-Então meu jovem, foi isso mesmo que ouvi?

-Sim. Exatamente isso: indecente, arbitrária. -Leoni apoia os cotovelos à mesa ficando cara a cara com o patrocinador.

-Papai, escute o que Leoni tem a dizer, sei que ele não falou por mal-Selena se preocupa com atitude do lutador.

-Veja bem. O senhor veio até o ginásio buscar um lutador. Porém, eu e meus irmãos lutamos por anos no mesmo lugar e nunca demonstrou interesse. Qual o motivo agora para trazer Sony dos EUA? Quer a barganha de ter dois lutadores pelo preço de um?

Ventura gosta de pessoas com garra, valentes e corajosos. Leoni tinha sangue nos olhos, era imponente e com certeza não era burro. Trazer Sony, seria o mapa da mina.

-Meu caro Leoni. Sua pergunta faz sentido. Mas não sou um ladrão. Sou um bilionário excêntrico; gosto de colecionar preciosidades como você e seus irmãos. Quero tudo ao meu alcance. Essa era a finalidade. Mas se você não quiser...

-Leoni, pelo amor de Deus! Não se envolva nas minhas decisões contratuais. Deixe que me resolvo com Sr. Ventura e sobre o Sony resolverei mais adiante.

Klahan está nervoso e preocupado. Leoni sai para ir ao banheiro; Ventura dá sinal para sua filha segui-lo.

Leoni está frente ao espelho. Sua raiva pelos irmãos o terem abandonado só lhe revolta a cada insinuação onde quer que vá. Ele quer se superar, ser o melhor para provar que sua família em nada lhe impedirá de seguir.

Selena entra discretamente. Ele a vê pelo espelho se aproximando; Leoni a deseja mas não entendi porque ela tem tanto poder sobre suas emoções. A garota com cheiro doce e marcante, o envolve por detrás falando suavemente enquanto o aperta num abraço que somente uma cobra astuta conseguiria. Leoni inspira profundamente tentando desviar sua atenção, ele não quer se deixar levar, mas o roçar de suas mãos sobre seu zíper é um convite ao prazer.

-Leoni...

-Fala, garota- ele se envolve pelo som da sua voz melodiosa.

-Quero você...o desejei desde o primeiro momento que o vi...

-Mentirosa!

-Eu não minto, vêm que te mostro, agora!

Ele a segue até o reservado travando a porta. No silêncio daquele pequeno espaço, só se ouve o som de gemidos reprimidos pelo arfar enquanto se beijam. Ela abre seu zíper apalpando seu volume que visivelmente está alterado. Ela gosta do que sente em suas mãos. Selena levanta seu vestido,não leva nada por baixo, Leoni aprecia essa atitude tocando em sua intimidade num roçar frenético de seus dedos até sentir sua umidade escorrer por entre eles. Selena está excitada virando-se rapidamente de costas apoiando as mãos contra as paredes do cubículo. Ele se posiciona encaixando seu membro inteiro com suaves estocadas que ganham velocidade a medida que ele vê aquele bumbum se mover com fome. Selena levanta uma perna num encaixe mais profundo. Ela sussurra enquanto aperta seus seios pequenos e rijos. Eles tem um orgasmo sincronizado, isso é bom. Leoni não gosta de conversa, aprecia o prazer no silêncio.

Selena ajeita seu vestido, retoca a maquiagem enquanto o lobo observa sua praticidade naquela situação. Ele não esconde sua curiosidade sobre o advogado na mesa e pergunta:

- Aquele cara é seu namorado?

-Que importância tem isso?

-Curiosidade apenas.

-Leoni. Eu só transei com você, foi tesão como disse. Mas é só isso. -Ela dá um selinho com a ponta do dedo e sai.

-Selena, espere!- ele a chama.

-Sim, diga!

-Vou aceitar a proposta do seu pai.

-Garoto esperto. -Ela pisca o olho e volta à mesa.

Klahan está na sua quinta taça de vinho. Leoni percebe que precisa fazer o que se propôs antes que ele diga o contrário.

-Sr. Ventura, eu andei refletindo enquanto saía um pouco para refrescar as idéias. -Ele olha para Selena.

-Pois então diga meu rapaz!

-Bem, acho uma bastante inovador seu patrocínio. Diferente das outras marcas, sua estratégia de marketing é mais interessante abrangendo não só a parte comercial inicial. Gostei da idéia do reality, tendo os fãs acompanhando o dia a dia do lutador. Assinarei o contrato por um ano aceitando todas as cláusulas. Se meu irmão aceitar será melhor ainda.

Klahan não acredita no que houve. Pela primeira vez Leoni toma decisão sem sua ajuda. Mas isso exigirá demais dele.

-Muito bem! Já vi que vamos nos entender. Agora só nos resta saber se seu técnico concorda com essa parceria. -Ventura levanta a taça. – Então Klahan, me cederá seu lutador por um ano? Se não ficar satisfeito, devolverei com a devida substituição pelo Sony.

-O que me resta fazer senão concordar!?- Klahan já está alto pelo efeito da bebida. O advogado entrega os papéis que são assinados alí mesmo. Selena olha para seu pai em sinal de tarefa cumprida. Sua função dalí por diante será alimentar o ego, o desejo, a fome do jogador em conquistar vitórias para garantir seu prêmio, na cama.

[...]

Leoni não consegue tirar da cabeça aquela beldade humana que mexeu com seus hormônios. Ele afirma não se apegar a mulher nenhuma; para o lobo jovem e impetuoso, aventuras não implicam na sua carreira nem no seu coração. Leoni é do tipo que atrai, seduz, usa e se desliga num piscar de olhos. Selena, cresceu em meio às atividades do pai alheia aos princípios por perder sua mãe no parto. Ventura sempre colocou mulheres em sua cama e em sua sua mesa sem vínculo afetivo. Sua filha cresceu com distorção de vida familiar. Para ela uma transa é melhor que acordar todos os dias com a mesma pessoa.

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