Catarina é a primeira a terminar, logo ela se levanta e vai tomar um banho e se trocar, quando volta, Aurora está desligando o computador.
“Como está agora depois de um banho?” Aurora pergunta.
“Revigorada”. Diz Catarina, “vá também, assim teremos tempo de descansar antes de sair.”
“Ok, espere que eu não demoro, e já te passo como foi nosso dia,” disse levantando e seguindo para o banheiro.
Catarina, enquanto espera Aurora, liga para sua mãe.
“Olá, minha rainha!” Disse rindo.
“Filha, que bom que ligou, estamos ansiosas aqui, como foi com os críticos?” Perguntou D. Alice.
“Mãe, só saberemos, quando eles enviarem a avaliação, e demora uns dias, vamos ter que esperar um pouco. É melhor não pensar muito no assunto.” Fala transmitindo uma confiança, que não está sentindo.
“Mas demora?” Alice pergunta.
“Realmente não sei, mas conversamos quando eu chegar em casa, estou esperando Aurora e depois vamos para casa, liguei só para avisar que logo estaremos aí.” Fala querendo encerrar as perguntas.
“Tudo bem filha, avisa Aurora que Lena preparou o lanche preferido dela,” disse rindo.
“Hummm, só para a Aurora?” Disse fazendo charme.
“Sabe que não, mas Lena cada dia, procura agradar uma de vocês,” Alice falou achando graça de Catarina.
“Tudo bem, mãe, logo chegaremos em casa, beijos.”
“Beijos filha, e dirija com cuidado,” disse desligando o telefone.
Aurora que está saindo do banho pergunta:
“Que foi que está rindo?” Pergunta curiosa.
“Lena pediu para avisar que preparou seu lanche preferido.”
“Amo essas duas,” Aurora falou, “sabe que todas são uma família para mim,” disse com um toque de melancolia na voz.
“Amiga, sabe que faz parte de nossa família a anos, por isso tire essa tristeza da voz, e enquanto seguimos para casa vai me contando como foi o nosso dia, a casa estava lotada, graças a Deus, e espero que continue assim.” Fala tentando parecer animada.
“Quanto a isso, não se preocupe, independente da opinião dos críticos, sabe que nosso movimento é muito, bom.” Falou pegando o braço de Catarina para saírem.
Após verificarem que trancaram tudo, elas param na calçada e olham o restaurante,
“Nossa! Amo este lugar!” Falou Catarina. Observando tudo com um brilho no olhar.
“Eu também, amiga. Tenho muito orgulho de fazer parte dele e de sua história.” Fala com carinho.
“É, mas não quis ser minha sócia,” disse Catarina.
“Sabe que este é seu sonho, sou feliz sendo sua parceira, mas sociedade não faz parte de mim”. Disse rindo e se desculpando. “Prefiro, assim, ser seu braço direito e ajudar você nas suas conquistas.
“Queria entender isso, Aurora,” Catarina fala, “devo tudo a vocês, que sempre estiveram do meu lado. É justo ter você como sócia no restaurante.
“Amiga, relaxa, acredite, estou feliz em ser sua gerente, não preciso ser sua sócia. Agora vamos, pois sua mãe e Lena já devem estar esperando.” Fala a levando em direção à saída.
Enquanto as duas caminhavam para o carro, eram admiradas pelas pessoas que passavam. Catarina e Aurora tem a mesma altura, mas a beleza das duas são diferentes, Catarina tem longos cabelos ruivos e ondulados, os olhos são de uma cor cinza, em tom claro, seus lábios são sensuais, naturalmente vermelho, ela tem uma pele de pêssego, Aurora tem os olhos verdes e seu cabelo é um contraste de Catarina, pois são castanhos escuros e ela mantém ele na altura dos ombros, seu rosto é marcante pelo brilho de vigor, está sempre sorrindo, Aurora tem uma natureza muito alegre, as duas tem um corpo invejável e perfeito. Logo Catarina segue para sua casa.
Leonardo e Rafael, após chegarem, seguem direto para o hospital, o motorista já estava esperando por eles. Quando Leonardo chega ao departamento de atendimento, ele se encontra com o secretário do pai.
“Alguma notícia que ainda eu não saiba?” Perguntou ríspido.
“Não, senhor”. Respondeu, “ainda não veio nenhum médico dar informação.”
“Mas procurou saber na recepção?” Disse Leonardo irritado.
“Calma Léo”! Falou Rafael, “não adianta ficar nervoso, vamos até a recepção saber notícias.” Fala mostrando, por onde devem ir.
O secretário do Sr. Plínio fica assustado com a forma de agir de Leonardo, "Ainda bem que estou me aposentando, pois trabalhar com este jovem não vai ser fácil. Pensou ele.
Leonardo já tinha se afastado indo procurar notícias, logo ele volta com a fisionomia amarrada, seu amigo está sempre a seu lado.
Impaciente, Leonardo começa a andar de um lado para o outro.
“Leo,” diz Rafael, “sei que está impaciente, mas ficar andando assim não vai ajudar. Senta e tenta se acalmar até alguém vir com a notícia sobre seu pai.”
“Caramba, Rafa, como pode um hospital não ter informação para dar? Já faz horas que eles estão lá dentro, viajamos por 12:00 horas, chego e ainda nada de notícias?” Diz irritado.
“Pelo tempo, creio que não deve demorar alguém aparecer, sabe que a prioridade é cuidar do paciente,” disse Rafael.
Decepcionado, Leonardo se senta. Receoso, o secretário se aproxima e fala,
“Sr Leonardo, não lhe perguntei qual providência deseja que eu faça.”
Leonardo olha frio para ele, o homem se encolhe e suspira para continuar.
“Onde quer se acomodar? Na casa de seu pai?” Falou com a voz baixa.
Leonardo passou a mão pelo cabelo e respondeu com rispidez.
“Não vou ficar lá, arrume dois quartos em um dos hotéis mais próximos, amanhã vejo com calma o que vou fazer.”
“Sim, Senhor!” Fala o homem, que se afasta o mais rápido, para longe dele e pega o telefone para arrumar os quartos.
“Leo, se me permite dizer, o homem não tem culpa, não desconte sua frustração nele, está assustando as pessoas, amigo.”
“Desculpe Rafa, realmente, estou frustrado e decepcionado, mas me conhece, é algo que quando percebo já agi.”
“Eu sei amigo, mas tente se controlar um pouco.” Fala confortando seu amigo, colocando a mão em seu ombro.
“Vou tentar, Rafael,” disse com uma voz cansada.
Quando olha adiante, ele vê um médico caminhando para a sala onde estão.
“Algum parente de Senhor Plínio Vilela?” Leonardo se levanta sentindo um arrepio e diz.
“Eu, sou Leonardo, filho dele.” Leonardo se sentiu estranho ao se apresentar assim.........
Foi uma sensação desconfortável, anos se passaram para ele usar essa frase, seu olhar negro penetra os olhos do médico a sua frente. Sua vontade e dar a volta e sair daquele lugar, mas seus pés estão presos por uma armadilha invisível.
“Pode me acompanhar até o consultório?” Leonardo olha para Rafael e o secretário e diz. “Venham também, posso precisar de vocês.” O médico os leva a um consultório que fica no final do corredor. “Entrem por favor!” Sentando em sua mesa, ele é direto com Leonardo. “Sentem-se, seu pai teve um derrame, foi muita sorte ter sido socorrido rápido.” “Como assim?” Leonardo pergunta surpreso. “Nestes casos, quando mais rápido é socorrido, mais podemos fazer pelo paciente,” explicou o médico. “Fizemos tudo que foi possível para salvar a vida do paciente, agora teremos que esperar para saber se terá algum tipo de sequelas. “Mas que tipo de sequela, pode acontecer?” Pergunta Leonardo apreensivo. “Infelizmente não sabemos senhor, teremos que aguardar ele acordar, para uma avaliação completa, no momento ele se encontra em coma induzido, pois precisamos de tempo para a recuperação dele, ao passar por uma cirurgia na cabeça, o coma induzido, ajuda a deixar o paciente a se recuperar melhor
Rafael é o primeiro a descer, ele busca informação sobre onde fica o restaurante. Consequentemente, informação sobre o lugar. O recepcionista o atende prontamente.Após obter as informações, fica observando o lugar, eles estão em um dos hotéis, do pai de Leonardo. De repente ouve uma risada suave como uma nota musical, ele olha na direção de onde veio e seus olhos se fixam em uma linda moça, em um grupo de quatro mulheres, ele não consegue desviar o olhar, Rafael, observa ela inteira, analisando tudo, até o que ela veste. Uma blusa verde, deixando seus ombros descobertos, marcando seu corpo como uma segunda pele, a calça branca colada no quadril, moldando o corpo perfeito. Ele, olha tão fixo que ela percebe que está sendo observada. Quando procura pelo lugar, o olhar dos dois se encontram, Rafael se perde naquele olhar verde e brilhante, Aurora fica sem graça e sendo a primeira a desviar o rosto e segue em direção às outras, Rafael sai do transe, quando Leonardo toca seu ombro lhe c
“Desculpe a intromissão!” Fala chamando atenção de todas. Aurora neste momento fica vermelha, igual a um pimentão. “Permita que me apresente, sou Rafael, o rapaz, que a senhorita se chocou, é meu amigo, peço desculpas pelo jeito dele, mas hoje, literalmente, não foi um bom recomeço. Chegamos hoje e não foi fácil o dia. Peço desculpas, mais uma vez.” Rafael é claro nas suas palavras. Catarina logo se recompõe. “Prazer, Rafael, tudo bem, eu fui desastrada, levantei apressada”. Percebendo o olhar de Aurora, Catarina faz as apresentações. “Esta é minha mãe, Alice, essa, é Madalena, mas chamamos de Lena, pois é nosso anjinho, que cuida de nós!” E olhando para a amiga diz. “Esta é minha amiga e irmã Aurora!” Rafael cumprimenta todas, mas segura as mãos de Aurora mais um pouco, todas percebem que está criando um clima entre os dois. Alice sorri para Madalena. “Quer se juntar a nós um pouco?” Pergunta Alice sorrindo. Madalena, olha para ela e entende o que ela está fazendo. “S
Enquanto Catarina dirigia para casa, todas estavam curiosas com Aurora. “Amiga, conte para gente, o que achou do Rafael?” Aurora fica vermelha e responde. “É, parece ser, um rapaz legal. Uma pessoa agradável.” “Aurora!” Disse Alice, “todas percebemos uma química entre vocês, não precisa se conter ao conversar com a gente.” Disse com suavidade, “deve esquecer seu passado e dar oportunidade, se dê uma chance. Ele é um rapaz charmoso e bonito e o mais importante, parece que gostou de você.”“Percebi tia.” Disse com sinceridade, “mas conhecem minha história, não quero me machucar de novo.” Disse com uma tristeza na voz. Madalena, que está sentada do lado de Aurora, pega sua mão e diz.“Filha, olha para suas mãos, está vendo?” “O que Lena?” Pergunta Aurora sem entender. Fazendo um carinho ela fala. “Sua mão não tem um dedo parecido com o outro, eles não são iguais. Então não julgue alguém por achar que se parece com outro.” Todas ficam caladas diante do que Madalena fala, Aurora olha
Rafael, assim que chega no quarto, pega o papel onde está o telefone de Aurora. "Meu Deus, que mulher linda, tomara que não tenha namorado". Pensa ele, "Aurora, minha Deusa", ainda sorrindo de felicidade, se ajeita para tomar banho. Quando deita, ele volta a pensar em Leonardo. "Existem fatos que desconheço sobre a vida de Leo, acho melhor não falar sobre Aurora por enquanto, só espero que ele permita minha ajuda, temos um longo caminho." Assim, entre uma felicidade e um problema, Rafael adormece logo, o cansaço da viagem e a diferença do fuso horário contribui para Rafael não demore a adormecer.Quando Leonardo desce para tomar café, Rafael já se encontra esperando. “Bom dia, Leo, dormiu bem?” Pergunta ao sentar-se.“Nada, demorei muito a dormir, fiquei pensando em tudo que aconteceu, até tarde, mas e você? Como foi sua primeira noite aqui?” “Tranquilo, fiquei mais um pouco e depois subi, estava tão cansado que dormi rápido.” Falou Rafael. “Queria ter sido assim, vou demorar a m
“Foi uma decisão de seu pai, eu cheguei a pedir para sair, mas ele pediu para ficar um pouco e que me daria uma aposentadoria. Perdi toda minha família recentemente, então decidi voltar para o interior.” Respirando continua. “Por isso não me sinto no direito de falar, mas tudo será esclarecido ao senhor ainda hoje.” Disse Carlos de uma vez. Depois que terminou, deu um suspiro profundo e continuou. “Só me diga que horas quer que eu marque, para que o senhor vá ao escritório.” Leonardo olha para Rafael e pergunta.“Pode ir comigo ou pretende fazer alguma coisa hoje?” “Posso, sim, não vou fazer nada.” Virando para Carlos, Leonardo diz. “Marque para as 14:00 horas, estamos perto da hora de almoçar, podemos ir depois.” “Certo, senhor. Deseja mais alguma coisa?” Perguntou Carlos. “Até quando vai ficar no escritório?” “Vai depender do senhor. Quando não precisar mais do meu serviço, posso deixar a empresa, tranquilo. Na segunda-feira, decidimos o que pretende fazer, se me der licença
Leonardo anda por um tempo, sem perceber, por onde está indo. Após andar sem atenção, percebe está na porta do hospital. Ele fica parado por um tempo e depois entra, seguindo para a sala de espera, que fica perto da UTI e senta com a carta nas mãos. Leonardo, decide ler a carta ali mesmo. Um pouco nervoso, ele rasga o envelope e começa a ler."Querido filho, não sei se conseguirei escrever as palavras certas, não sou bom em palavras, assim como em demonstrar sentimentos. Acredito que neste exato instante, esteja sentindo muita raiva e deve estar cheio de perguntas. Há muitos anos, prometi cuidar e amar sua mãe, assim, consequentemente você. Mas falhei, eu não fui capaz de cumprir minha promessa, Por ambição e querer dar uma vida melhor a todos, me dediquei ao trabalho e não percebi que precisavam de mim, sua mãe principalmente. Fui negligente com a gravidez dela, não fui capaz de perceber que ela precisava de mim. Quando nasceu, cometi o mesmo erro com você, por isso, você foi leva
Logo depois, elas saem despreocupadas, mesmo vestindo roupas discretas, chamam atenção pela beleza e graciosidade, mas como já se acostumaram, elas andam à vontade pelos corredores do shopping, olhando as vitrines. Aurora decide comprar uma roupa para sair com Rafael. “Me ajude a escolher Catarina?” “Claro, o que quer comprar?” “Como não sei onde vamos almoçar, creio que é melhor, escolher uma roupa que sirva para entrar em qualquer lugar, o que acha?” Disse sorrindo. “Já sei, conheço uma loja que tem roupas lindas, acredito que vai gostar.” Catarina pega Aurora e a leva a uma loja que vende roupas finas. A vendedora quando vê as duas entrarem se aproxima imediatamente.“Em que posso ajudar?” Pergunta com um sorriso. “Vamos olhar primeiro, depois, quando decidirmos, chamaremos por você.” Disse Catarina sorrindo. “Estou à disposição, só me chamar e se precisarem de uma ajuda, não hesite, estarei por perto. Fiquem a vontade.” A vendedora disse, dando espaço para que elas escolhess