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Capítulo 08: Opiniões

Enquanto Catarina dirigia para casa, todas estavam curiosas com Aurora. 

“Amiga, conte para gente, o que achou do Rafael?” Aurora fica vermelha e responde. 

“É, parece ser, um rapaz legal. Uma pessoa agradável.” 

“Aurora!” Disse Alice, “todas percebemos uma química entre vocês, não precisa se conter ao conversar com a gente.” Disse com suavidade, “deve esquecer seu passado e dar oportunidade, se dê uma chance. Ele é um rapaz charmoso e bonito e o mais importante, parece que gostou de você.”

“Percebi tia.” Disse com sinceridade, “mas conhecem minha história, não quero me machucar de novo.” Disse com uma tristeza na voz. Madalena, que está sentada do lado de Aurora, pega sua mão e diz.

“Filha, olha para suas mãos, está vendo?” 

“O que Lena?” Pergunta Aurora sem entender. 

Fazendo um carinho ela fala. “Sua mão não tem um dedo parecido com o outro, eles não são iguais. Então não julgue alguém por achar que se parece com outro.” 

Todas ficam caladas diante do que Madalena fala, Aurora olha para fora pela janela e fica pensativa. Alice, para descontrair, olha para Catarina e fala.

“E você mocinha? Vai ficar calada? Gato comeu sua língua? 

“O que tem eu, mãe?” Surpreende Catarina. 

“Acha que não percebi?” Fala com uma risada. 

“Mais do que está falando mãe?” Catarina fica sem entender. 

“Em qual planeta aterrissou quando foi abraçada pelo Deus grego? Não minta, dizendo que não percebeu.” 

“Oi?” Falou surpresa Catarina. 

Aurora volta e fala. 

“Verdade, amiga, eu também percebi que saiu da terra, entrou em um mundo de sonhos, nos braços do bonitão.” Disse rindo. 

“Vocês estão sonhando! Não perceberam que ele parecia uma pedra? Deus grego! Doido! Nem falou nada, nem respondeu meu pedido de desculpas, é um mal-educado, isso, sim,” Falou ficando envergonhada.

“Um mal-educado, que te segurou e não queria soltar”. Falou Aurora rindo de sua amiga. 

“Podem parar, espero não encontrar com ele tão cedo, não gosto de pessoas grosseiras, se achando o dono do mundo”. Disse Catarina nervosa. 

“Calma, Catarina.” falou Madalena, “pelo visto ele mexeu com você, já que ficou nervosa só de falar sobre ele.  

“Fiquei, nada, e chegamos.” Disse rápido. 

Catarina saiu do carro antes que alguém falasse mais alguma coisa. Enquanto elas desciam do carro, Catarina já estava abrindo a porta. 

“Nossa tia, nunca vi a Catarina assim!” Disse Aurora. 

“Acredite, Aurora, o Deus grego mexeu com ela, sim, mas é melhor ir devagar, pois quando ela se esquenta, ninguém segura.” Disse Alice rindo para Madalena. 

“Lembra quando ela tinha 11 anos, Alice?” Falou Madalena. 

“Sobre o que está falando Lena?” Perguntou Alice. 

“Ela estava em uma excursão da escola, era muito criança ainda, ela viu um garoto ser levado pelo policial, fez um escândalo tão grande que tivemos que ir buscá-la na escola. Não acredito que esqueceu!” Madalena arregala os olhos. 

“Verdade! Me lembrei, nossa! Ela ficou brava por vários dias.” disse rindo. “Melhor não ficar irritando Catarina, ela é imprevisível.” falou Alice.

 Aurora se lembrou do acontecido, ela estava junto na excursão. 

“Me lembro deste fato, tia, eu estava junto, realmente, ela fez um escândalo tão grande, que os professores tiveram problemas em segurar Catarina, ela ficou muito irritada, durante muito tempo, toda vez que passava por um policial fazia careta.” Lembrou Aurora dando uma risada. 

Quando Aurora termina de falar, elas já se encontram na sala, 

“O que está tão engraçado para vocês?” Catarina perguntou desconfiada. Aurora pegando ela pelo braço disse.

“Nada, amiga, só estávamos lembrando de nossa infância, demos trabalhos para as tias.” falou rindo. 

“Nem tanto Aurora, éramos boas alunas, nunca faltamos aulas…”

“Sim, mas quando ficávamos bravas ninguém segurava, principalmente você.” Disse balançando catarina. 

“Não acredito que estão falando sobre isso! Já nem me lembrava do assunto.” Disse rindo. 

“Sim, estamos e lembramos que você fazia careta para todos os policiais que via.” Colocando a mão na cabeça, Catarina falou.

“Nem me lembre, vamos subir para descansar, amanhã o dia começa cedo. E mãe, mais uma vez obrigado pelo colar.” Disse passando a mão sobre o pingente. “Não sei quem teve a ideia, mas amo todas vocês.” Disse, dando um beijo em Madalena e na sua mãe. “E quanto a senhorita!” disse olhando Aurora, “vamos subir, amanhã o dia será longo.” Falou subindo as escadas para o quarto.

Aurora foi logo atrás, depois, de beijar Alice e Lena. Colocando a bolsa na mesinha da sala, Alice fala.

“Madalena, me acompanha em um chá?” 

“Claro, assim podemos conversar sobre as garotas.” Falou indo para a cozinha. 

Alice se senta na bancada e fala.

“Às vezes, me pego pensando o que será de nós quando essas duas resolverem se casar. Elas são a alegria da casa.” Disse com um sorriso triste. 

“Deixa disso, Alice, ganharemos netinhos lindos para encher nossa vida de alegria.” Respondeu Madalena. 

“Verdade, mas vou sentir falta delas preenchendo o vazio de todos os dias.” 

Madalena se sentou e disse. “Eu também, mas por enquanto vamos esquecer isso, vamos esperar. Um dia de cada vez, Alice, e elas nem estão namorando!” 

Assim as duas tomam o chá e se despedem para descansar. Madalena tem seu quarto do lado de Catarina, mesmo depois que ela cresceu, o arranjo não mudou. 

Madalena faz parte da família desde que foi morar com elas, após ficar viúva, ainda nova. Como não podia ter filhos, adotou Catarina e depois Aurora como filha. Alice teve em Madalena uma grande amiga para todos os momentos, bons ou ruins, as duas parecem irmãs, uma, sabia que podia contar com a outra. 

O mesmo acontecia entre Catarina e Aurora. 

Alice, antes de dormir, agradece a Deus a família que tem. 

Aurora demora a dormir, ela se lembra de Rafael. Catarina, também, enfrenta o mesmo problema, quando fecha os olhos, vê o rosto do rapaz que a abraçou, evitando que caísse. 

Catarina, evita qualquer tipo de aproximação masculina, primeiro quer fazer uma carreira, construir seu nome na gastronomia. Não tem planos para envolvimento emocional. O restaurante está em primeiro lugar, depois, de sua família. Revirando na cama, ela demora a pegar no sono. Devido a isso, seu sono não é reparador. Ela sonha com o deus grego.

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