Guilherme e Sabrina (II)

Levantei o rosto na direção dele e fiquei a pensar se ele tinha barba ou fazia tão bem-feita que deixava seu rosto completamente liso.

Peguei o caderno dele e comecei a olhar as contas, todas corretas.

- Você é casada? – Ele perguntou.

- Não. – Me ouvi dizendo.

- Não percebi aliança no seu dedo.

- Eu posso ter alguém e não usar uma aliança. Aliás, é uma mera joia, não tem significado algum.

- O que sua filha queria?

- Isso é pessoal.

- Sabe que eu a ajudei agora pouco. Eles não parariam se eu não pedisse.

- A professora aqui sou eu.

- É a professora, mas não a autoridade.

- Estou aqui só para dar a minha aula.

- E eu para terminar esta porra de Ensino Médio.

Olhei na direção dele:

- Não pode falar palavrõ

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