A verdade dói (II)

- Ele quem? – Olhei na cara do homem, seriamente, só querendo a confirmação do que eu já sabia naquele momento.

A expressão dele foi de pavor. Houve um silêncio breve, mas que pareceu uma eternidade. Sentia meu coração quase saltar pela boca e uma sensação horrível dentro de mim.

- A verdade... Por favor. – Pedi.

Ele balançou a cabeça, em forma de negação.

- Quanto vocês receberam para roubar meu carro? – Perguntei, tentando conter as lágrimas.

- O próprio carro. – A mulher disse.

- Quem foi... Eu já sei... Só me confirmem, por favor.

- Não sabemos. – O homem atropelou a fala dela, antes que entregasse a verdade.

- Como não sabem? Vocês falaram com ele.

- Por telefone. Não sabemos o nome... Nem como ele é.

- Mentira

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