Alexia estava sentindo tantas coisas ao mesmo tempo, ela não conseguia se conformar por ter perdido quatro anos da vida do seu filho. Apesar de estar com uma felicidade imensa por fim ter Louis nos braços, ela queria justiça. — O que pensa em fazer, Alexia?— Benício pergunta desviando o olhar por alguns minutos da direção. Alexia suspira pesadamente e desvia seus olhos que estavam em Louis dormindo no banco de trás, para ele. — Eu preciso acabar com a raiz do problema. — O que quer dizer?— Benício pergunta sem entender. — Lucy Bernard, a mulher que controla minha vida desde que eu era apenas uma criança. Tudo que aconteceu e acontece de errado na minha vida, ela de alguma forma está envolvida. — Mas onde conseguimos encontrar essa mulher? E por que de tudo isso? — Eu realmente não sei...— Alexia sussurrou tristemente.— Mas eu vou descobrir. Benício ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Alexia. Ele sabia que ela estava determinada e que faria de tudo para
Os dias foram passando e Alexia se sentia realizada. As coisas, enfim, começaram a dar certo na vida dela. Seus filhos se tornaram inseparáveis desde o primeiro momento em que se conheceram. A pequena Marcela estava forte e saudável, crescendo em um ambiente seguro e cheio de amor. Apesar do desenvolvimento dela estar um pouco lento, consequência da bactéria que pegou no hospital, Matheo contratou especialistas para ajudar a filha a ter uma vida sem limitações. O processo será lento, mas para ele, sua filha já era um verdadeiro milagre.Lorena havia comentado um tempo atrás com Alexia que queria abrir um pequeno negócio. Porém as coisas se complicaram, fazendo ela esquecer tal sonho, mas Alexia nunca esqueceu. Exagerada, quase nada, realizou um sonho que meses atrás estava longe de se tornar real. Ela comprou um salão de estética completo, inscreveu Lorena em cursos especializados, contratou profissionais na área, fazendo Lorena sentir-se cada vez mais realizada.Matheo, com a chegada
Alexia sente como se o chão se abrisse sob seus pés. Sua mãe, a mesma que ela nunca teve oportunidade de conhecer, estava ali, machucada e praticamente sem vida diante dos seus olhos. — Como vou saber que é você mesmo? Se não é mais uma brincadeira de Lucy?— Alexia sussurra tirando o cabelo sujo de sangue que cobria o rosto de Isabela. As lágrimas escorriam pelo rosto de Alexia enquanto ela tentava desesperadamente chamar por ela, buscando algum sinal de vida.— Fala comigo.— Alexia sussurra tentando encontrar um meio de tocar em Isabela sem machucar. Suas mãos tremiam e suas lágrimas escorriam sem parar. — Mãe... abre os olhos, fala comigo.— Ela implora, Matheo tenta se aproximar, para poder ajudar, mas é impedido por Alexia.— Ninguém toca nela. Não sabemos se tem algum osso quebrado...Alguns seguranças começaram uma incessante perseguição contra o carro, dois deles ficaram para fazer a segurança de Alexia, no mesmo instante chamaram uma ambulância e Alexia ficou ao lado de sua mãe,
No fim da noite Alexia passa no seu escritório assinar uns documentos. Ela passou os três dias seguidos no hospital se revezando em cuidar da mãe e dar atenção ao filhos quando Matheo levava eles para vê-la. Assim que tudo estava revisado e assinado por ela, o detetive entra. — Que bom te ver novamente, Alexia. A última vez você estava na aula de tiro com seu pai. — Sim, senhor Fagundes, já faz tempo. Acho que cresci um pouquinho desde então.— Ela diz cumprimentando o senhor de sorriso amigavel com um abraço, coisa que ele estranhou, mas não disse nada. — Aqui está tudo o que seu pai descobriu sobre Lucy Bernard e algumas coisas que eu investiguei também. Alexia pega a pasta e abre, olhando folha por folha, Alexia se deparou com fotos e documentos que revelavam um passado sombrio de Lucy. Ela vê algumas palavras sublinhadas de vermelho, seus olhos caem na primeira linha e ela se surpreende. — Lucy era uma prostituta? — Sim! Mael quando mais jovem era o típico homem que quase t
Alexia levanta esperançosa, depois de tantas descobertas. Ela realmente precisava ver quem ama. O sentimento de acreditar que Benício não desistiu dela fez com que seu coração saltasse de alegria e emoção. Seus olhos, apesar de cansados, se iluminaram e um sorriso se formou em seus lábios.— Meu Deus, ele está aqui?— ela sussurra. — Manda ele entrar, por favor, e pode ir para casa.Lia concorda com a cabeça, sem entender como depois de tudo que seu ex fez, Alexia consegue ficar feliz em recebe-lo.— Tudo bem, senhora. Boa noite.— Ela encara os olhos de Alexia e suspira pesadamente.— Se cuida, Alexia, não deixe ser enganada novamente.Alexia estranha tal conselho, mas está tão feliz que mal dá atenção ao que Lia disse.— Boa noite, Lia! Bom descanso.Lia sai desanimada. Ao chegar na recepção, ela encara o homem encostado na parede mexendo no celular.— A senhora Alexia está te esperando.— Obrigado!Os passos pesados do lado de fora estavam cada vez mais fortes. Alexia passa a mão no c
Lucy apertava as mãos uma na outra tentando se acalmar ao descobrir que sua irmã sobreviveu. Ela realmente acreditou que, com os espancamentos e a falta de alimentação, Isabela não resistiria. Ela até tentou terminar o que começou, mas Alexia tinha contratado mais seguranças para proteger a mãe, alimentando ainda mais a raiva que Lucy tem por ela. Ela estava sentada no seu quarto, Lucy alugou uma aconchegante casa na saída da cidade e acreditou que Alexia jamais acharia o local tão facilmente. Cleber, que está trabalhando diretamente com Lucy, entra e entrega algumas fotos que foram tiradas hoje da frente da empresa da Alexia. — Interessante. Mas o que esse velho estava fazendo no escritório dessa bastarda?— Ela perguntou, sem desviar o olhar da foto. — Ele andou investigando seu passado, descobriu muitas coisas até mesmo que você era uma prostituta. — Garota m*****a! Por que ela teve que mexer com o meu passado?— Ela grita, sentindo o sangue ferver.— Ela quer me investigar? Então
Se passaram algumas horas que os homens de Lucy levaram Benício para o local que receberam. Ele lentamente recobrou a consciência. — Hum, onde estou? — Benício sussurra, sentindo uma forte dor na cabeça. Ele tenta se mexer, mas está amarrado em uma cadeira, em um lugar escuro e abandonado. Tentando se acalmar, ele ouviu vozes distantes ao seu redor. Aos poucos, ele foi se dando conta de sua situação. Benício tenta se soltar de todas as maneiras, mas estava completamente imobilizado. Lucy ouviu os barulhos que soaram de dentro do quarto e apareceu diante dele, com um sorriso sarcástico no rosto. — Ola querido. Surpreso em me ver, Benício? — ela disse, caminhando lentamente ao redor dele. Benício olhou para ela, confuso e assustado ele se lembrou da imagem de Lucy no dia do julgamento da Alexia e não entendia do por que ela estava ali. — Quem é você? Por que me trouxe aqui? — Você não sabe? Ah, é verdade, sua querida Alexia não chegou a falar sobre mim para você. Isso prova o quan
Lucy lançou um sorriso perverso para Matheo, que o fez ficar apreensivo, ele segurou mais forte a mão de Alexia que tentava se soltar a todo custo, com medo de que Lucy faça algo contra Benício. — Tem certeza que quer entrar numa briga comigo, Matheo? — Suas maldades vão acabar Lucy, chega de cometer crimes e ficar impune. Não vou descansar enquanto não te ver atrás das grades.— Matheo grita com raiva. — Nossa, estou realmente com medo das suas ameaças. Está com raivinha por que descobriu que eu ajudei sua mamaezinha descansar? Ou é pela queda da sua querida Ana.— Lucy debocha, fazendo Matheo ficar ainda com mais raiva. Matheo sente seu corpo inteiro petrificar, o vídeo dela empurrando Ana da escada, o último suspiro da mãe, passavam como se fosse um longo e interminável filme diante dos seus olhos. — Calma Matheo, por favor.— Alexia implora, vendo o ódio nos olhos do tio. Matheo solta a mão de Alexia e abre a porta do carro, Lucy levanta a cabeça tentando ver o que ele havia pe