Se passaram algumas horas que os homens de Lucy levaram Benício para o local que receberam. Ele lentamente recobrou a consciência. — Hum, onde estou? — Benício sussurra, sentindo uma forte dor na cabeça. Ele tenta se mexer, mas está amarrado em uma cadeira, em um lugar escuro e abandonado. Tentando se acalmar, ele ouviu vozes distantes ao seu redor. Aos poucos, ele foi se dando conta de sua situação. Benício tenta se soltar de todas as maneiras, mas estava completamente imobilizado. Lucy ouviu os barulhos que soaram de dentro do quarto e apareceu diante dele, com um sorriso sarcástico no rosto. — Ola querido. Surpreso em me ver, Benício? — ela disse, caminhando lentamente ao redor dele. Benício olhou para ela, confuso e assustado ele se lembrou da imagem de Lucy no dia do julgamento da Alexia e não entendia do por que ela estava ali. — Quem é você? Por que me trouxe aqui? — Você não sabe? Ah, é verdade, sua querida Alexia não chegou a falar sobre mim para você. Isso prova o quan
Lucy lançou um sorriso perverso para Matheo, que o fez ficar apreensivo, ele segurou mais forte a mão de Alexia que tentava se soltar a todo custo, com medo de que Lucy faça algo contra Benício. — Tem certeza que quer entrar numa briga comigo, Matheo? — Suas maldades vão acabar Lucy, chega de cometer crimes e ficar impune. Não vou descansar enquanto não te ver atrás das grades.— Matheo grita com raiva. — Nossa, estou realmente com medo das suas ameaças. Está com raivinha por que descobriu que eu ajudei sua mamaezinha descansar? Ou é pela queda da sua querida Ana.— Lucy debocha, fazendo Matheo ficar ainda com mais raiva. Matheo sente seu corpo inteiro petrificar, o vídeo dela empurrando Ana da escada, o último suspiro da mãe, passavam como se fosse um longo e interminável filme diante dos seus olhos. — Calma Matheo, por favor.— Alexia implora, vendo o ódio nos olhos do tio. Matheo solta a mão de Alexia e abre a porta do carro, Lucy levanta a cabeça tentando ver o que ele havia pe
Lucy ao olhar pelo reflexo do carro percebe que Cleber estava andando silenciosamente até elas. Benício e Matheo estavam distraídos com os capangas e não viram quando Cleber se aproximou de Alexia, dando lhe um forte golpe na cabeça. — Foge senhora.— Cleber diz entregando a chave do veículo.Com Alexia caindo desmaiada, Lucy e Cleber correm para o carro.— Alexia...— Benício grita.Sem perceber de onde veio, Lucy é acertada por um tiro que Matheo disparou, a pressão da bala entrando em sua perna a fez cambalear, porém mesmo sangrando e com dor, ela entra no carro com ajuda do seu capanga e acelera, fugindo do local. Os policiais que estavam próximo, a perseguem por longos minutos, até que ela para de frente com várias viaturas fazendo uma barreira que impedia de continuar.— Droga!— Lucy grita socando o volante.— Pensa Lucy, pensa.— O que vamos fazer?— Não sei... eu não sei.Lucy observa cada canto e percebe que está completamente cercada por policiais, com suas armas apontadas pa
Benício, emocionado com as palavras de Alexia, sentiu os olhos se encherem de lágrimas, estar com ela era tudo que ele mais queria. Mas antes que pudesse responder, uma voz grave soou atrás deles os interrompeu. — Desculpe interromper, senhora Laurent, mas precisamos pedir que vocês saiam do local. Ele está sendo isolado. — Desculpa senhor. Já estamos saindo.— Alexia diz olhando para o policial. Benício olhou para ele, entristecido por terem sido afastados daquele momento tão significativo para ele. Benício apertou a mão de Alexia, transmitindo seu amor silenciosamente, enquanto se preparavam para deixar o local. Matheo, que observava a cena com um olhar distante, pareceu despertar de seus pensamentos sombrios. — Tudo bem, entendemos. Obrigado por tudo.— Matheo diz entrando no carro. Alexia assentiu, mesmo que relutante, e os três se afastaram do local em um silêncio confortável. Benício voltou seu olhar para Alexia e viu que ela encostou a cabeça no banco, fechando os olho
O tempo parecia ter parado para eles naquele momento. Após matarem a saudade de se amarem, eles finalizam o banho. Enquanto se vestiam, Benício e Alexia continuavam trocando carinhos e palavras de amor, sentindo a felicidade transbordar em seus corações. Ele ajudava a ajustar a roupa dela, enquanto ela arrumava o cabelo dele com cuidado. — Como sou um homem de sorte. Tenho a mulher mais linda do mundo, inteirinha só para mim. — Hum, acho que posso dizer o mesmo, senhor Nicolai, vocês é de dar inveja.— Ela diz beijando seus lábios.— Me diz, onde vamos? — Vamos ao parque, você, as crianças e eu. Preciso fazer algo que faltou para nós dois. — Hum?— Ela estreita os olhos tentando saber o que ele está falando. — Vamos fazer o café da manhã do pessoal?— Ele diz puxando ela pelas mãos para mudar de assunto. — Liso igual sabão.— Ela resmunga e ele sorri. Entrelaçando os dedos nos dela desceram para a cozinha juntos. Era oito horas da manhã e todos já estavam começando a desperta
Após o pedido de casamento, eles se abraçam. Benício sorria como se tivesse ganhado na mega-sena. As crianças comemoravam animadas por saber que a mãe, enfim, será feliz ao lado do homem que ama. Alexia e Benício ficam mais um pouco no parque, conversam, brincam com as crianças e com seus amigos. No final da tarde, levam Brayan e Louis para casa. Ajudam as crianças a tomar banho, as alimentam e vão para o hospital dar a notícia para Isabela, que lutava fortemente para se recuperar. Apesar de sua determinação, sua melhora estava sendo lenta. Foram anos presa num cativeiro, sendo maltratada. Por isso, alguns dias as crises de pânico consumiam sua alma, fazendo com que intensificassem as sessões de terapia. Isabela já consegue andar e comer sem ajuda. Ela ficou tanto tempo presa num quarto escuro, que às vezes até mesmo a claridade que b**e na janela incomoda seus olhos. Por esse motivo, seu quarto vive com as cortinas fechadas. Alexia entra e fica alguns minutos em silêncio. Seus olho
Alexia estreita os olhos, pensando em como ele sabe que não devolveu a jaqueta.— Sim. Como sabe que ela está comigo? — Ela pergunta, e Benício sorri. — Não vai me dizer que você é esse garoto?— Sim! Nos dias seguintes, voltei aqui para ver se eu via a garota dos olhos assustados, mas nunca mais a encontrei, pois fui embora estudar em Barcelona e só voltei quando esbarrei em você pela primeira vez.Alexia envolve seus braços em torno do pescoço de Benício e repousa sua cabeça em seu ombro.— Acho que estávamos destinados a nos amar.— Eu não acho, tenho certeza. Como não te reconheci?— Naquele tempo não dávamos atenção para o que realmente importava. Eu era uma criança e tudo que eu queria era ser livre das torturas que eu sofria no colégio. Apesar de não ter mudado muito minha aparência, você mudou.— Sim, um pouco. Eu tinha 18 anos, meu rosto era cheio de espinhas, usava aparelho nos dentes, fora que era magro de dar dó.Alexia sorriu, formando a imagem que ele descreveu.— Seu so
Naquela noite, Alexia e Benício, junto com as crianças, vão para a pequena cidade onde tudo começou. Alexia queria fazer seu casamento na igreja onde iam se casar, mas ao chegar lá, eles veem uma movimentação estranha acontecendo.— Benício, o que será que está acontecendo ali na frente do prédio onde a Dafne mora?— Não faço ideia, vamos dar uma olhada.Preocupados, eles descem do carro e vão verificar o que estava acontecendo. Várias viaturas da polícia estavam paradas na frente do prédio, várias pessoas falando ao mesmo tempo e gritando ofensas.— Aquele não é seu ex-amigo Pedro? — Alexia pergunta, olhando em direção ao rosto conhecido no meio da multidão de curiosos.Pedro estava com a menina que Dafne dizia ser filha de Benício. O pequeno corpo da menina estava coberto de hematomas e marcas de agressão, deixando Alexia e Benício chocados.— Mamãe, o que aconteceu com ela? Ela parece tão magra e machucada. — Louis pergunta, com os olhos tristes.— Não sei, meu filho. Pobrezinha.—