Alexia sente como se o chão se abrisse sob seus pés. Sua mãe, a mesma que ela nunca teve oportunidade de conhecer, estava ali, machucada e praticamente sem vida diante dos seus olhos. — Como vou saber que é você mesmo? Se não é mais uma brincadeira de Lucy?— Alexia sussurra tirando o cabelo sujo de sangue que cobria o rosto de Isabela. As lágrimas escorriam pelo rosto de Alexia enquanto ela tentava desesperadamente chamar por ela, buscando algum sinal de vida.— Fala comigo.— Alexia sussurra tentando encontrar um meio de tocar em Isabela sem machucar. Suas mãos tremiam e suas lágrimas escorriam sem parar. — Mãe... abre os olhos, fala comigo.— Ela implora, Matheo tenta se aproximar, para poder ajudar, mas é impedido por Alexia.— Ninguém toca nela. Não sabemos se tem algum osso quebrado...Alguns seguranças começaram uma incessante perseguição contra o carro, dois deles ficaram para fazer a segurança de Alexia, no mesmo instante chamaram uma ambulância e Alexia ficou ao lado de sua mãe,
No fim da noite Alexia passa no seu escritório assinar uns documentos. Ela passou os três dias seguidos no hospital se revezando em cuidar da mãe e dar atenção ao filhos quando Matheo levava eles para vê-la. Assim que tudo estava revisado e assinado por ela, o detetive entra. — Que bom te ver novamente, Alexia. A última vez você estava na aula de tiro com seu pai. — Sim, senhor Fagundes, já faz tempo. Acho que cresci um pouquinho desde então.— Ela diz cumprimentando o senhor de sorriso amigavel com um abraço, coisa que ele estranhou, mas não disse nada. — Aqui está tudo o que seu pai descobriu sobre Lucy Bernard e algumas coisas que eu investiguei também. Alexia pega a pasta e abre, olhando folha por folha, Alexia se deparou com fotos e documentos que revelavam um passado sombrio de Lucy. Ela vê algumas palavras sublinhadas de vermelho, seus olhos caem na primeira linha e ela se surpreende. — Lucy era uma prostituta? — Sim! Mael quando mais jovem era o típico homem que quase t
Alexia levanta esperançosa, depois de tantas descobertas. Ela realmente precisava ver quem ama. O sentimento de acreditar que Benício não desistiu dela fez com que seu coração saltasse de alegria e emoção. Seus olhos, apesar de cansados, se iluminaram e um sorriso se formou em seus lábios.— Meu Deus, ele está aqui?— ela sussurra. — Manda ele entrar, por favor, e pode ir para casa.Lia concorda com a cabeça, sem entender como depois de tudo que seu ex fez, Alexia consegue ficar feliz em recebe-lo.— Tudo bem, senhora. Boa noite.— Ela encara os olhos de Alexia e suspira pesadamente.— Se cuida, Alexia, não deixe ser enganada novamente.Alexia estranha tal conselho, mas está tão feliz que mal dá atenção ao que Lia disse.— Boa noite, Lia! Bom descanso.Lia sai desanimada. Ao chegar na recepção, ela encara o homem encostado na parede mexendo no celular.— A senhora Alexia está te esperando.— Obrigado!Os passos pesados do lado de fora estavam cada vez mais fortes. Alexia passa a mão no c
Lucy apertava as mãos uma na outra tentando se acalmar ao descobrir que sua irmã sobreviveu. Ela realmente acreditou que, com os espancamentos e a falta de alimentação, Isabela não resistiria. Ela até tentou terminar o que começou, mas Alexia tinha contratado mais seguranças para proteger a mãe, alimentando ainda mais a raiva que Lucy tem por ela. Ela estava sentada no seu quarto, Lucy alugou uma aconchegante casa na saída da cidade e acreditou que Alexia jamais acharia o local tão facilmente. Cleber, que está trabalhando diretamente com Lucy, entra e entrega algumas fotos que foram tiradas hoje da frente da empresa da Alexia. — Interessante. Mas o que esse velho estava fazendo no escritório dessa bastarda?— Ela perguntou, sem desviar o olhar da foto. — Ele andou investigando seu passado, descobriu muitas coisas até mesmo que você era uma prostituta. — Garota m*****a! Por que ela teve que mexer com o meu passado?— Ela grita, sentindo o sangue ferver.— Ela quer me investigar? Então
Se passaram algumas horas que os homens de Lucy levaram Benício para o local que receberam. Ele lentamente recobrou a consciência. — Hum, onde estou? — Benício sussurra, sentindo uma forte dor na cabeça. Ele tenta se mexer, mas está amarrado em uma cadeira, em um lugar escuro e abandonado. Tentando se acalmar, ele ouviu vozes distantes ao seu redor. Aos poucos, ele foi se dando conta de sua situação. Benício tenta se soltar de todas as maneiras, mas estava completamente imobilizado. Lucy ouviu os barulhos que soaram de dentro do quarto e apareceu diante dele, com um sorriso sarcástico no rosto. — Ola querido. Surpreso em me ver, Benício? — ela disse, caminhando lentamente ao redor dele. Benício olhou para ela, confuso e assustado ele se lembrou da imagem de Lucy no dia do julgamento da Alexia e não entendia do por que ela estava ali. — Quem é você? Por que me trouxe aqui? — Você não sabe? Ah, é verdade, sua querida Alexia não chegou a falar sobre mim para você. Isso prova o quan
Lucy lançou um sorriso perverso para Matheo, que o fez ficar apreensivo, ele segurou mais forte a mão de Alexia que tentava se soltar a todo custo, com medo de que Lucy faça algo contra Benício. — Tem certeza que quer entrar numa briga comigo, Matheo? — Suas maldades vão acabar Lucy, chega de cometer crimes e ficar impune. Não vou descansar enquanto não te ver atrás das grades.— Matheo grita com raiva. — Nossa, estou realmente com medo das suas ameaças. Está com raivinha por que descobriu que eu ajudei sua mamaezinha descansar? Ou é pela queda da sua querida Ana.— Lucy debocha, fazendo Matheo ficar ainda com mais raiva. Matheo sente seu corpo inteiro petrificar, o vídeo dela empurrando Ana da escada, o último suspiro da mãe, passavam como se fosse um longo e interminável filme diante dos seus olhos. — Calma Matheo, por favor.— Alexia implora, vendo o ódio nos olhos do tio. Matheo solta a mão de Alexia e abre a porta do carro, Lucy levanta a cabeça tentando ver o que ele havia pe
Lucy ao olhar pelo reflexo do carro percebe que Cleber estava andando silenciosamente até elas. Benício e Matheo estavam distraídos com os capangas e não viram quando Cleber se aproximou de Alexia, dando lhe um forte golpe na cabeça. — Foge senhora.— Cleber diz entregando a chave do veículo.Com Alexia caindo desmaiada, Lucy e Cleber correm para o carro.— Alexia...— Benício grita.Sem perceber de onde veio, Lucy é acertada por um tiro que Matheo disparou, a pressão da bala entrando em sua perna a fez cambalear, porém mesmo sangrando e com dor, ela entra no carro com ajuda do seu capanga e acelera, fugindo do local. Os policiais que estavam próximo, a perseguem por longos minutos, até que ela para de frente com várias viaturas fazendo uma barreira que impedia de continuar.— Droga!— Lucy grita socando o volante.— Pensa Lucy, pensa.— O que vamos fazer?— Não sei... eu não sei.Lucy observa cada canto e percebe que está completamente cercada por policiais, com suas armas apontadas pa
Benício, emocionado com as palavras de Alexia, sentiu os olhos se encherem de lágrimas, estar com ela era tudo que ele mais queria. Mas antes que pudesse responder, uma voz grave soou atrás deles os interrompeu. — Desculpe interromper, senhora Laurent, mas precisamos pedir que vocês saiam do local. Ele está sendo isolado. — Desculpa senhor. Já estamos saindo.— Alexia diz olhando para o policial. Benício olhou para ele, entristecido por terem sido afastados daquele momento tão significativo para ele. Benício apertou a mão de Alexia, transmitindo seu amor silenciosamente, enquanto se preparavam para deixar o local. Matheo, que observava a cena com um olhar distante, pareceu despertar de seus pensamentos sombrios. — Tudo bem, entendemos. Obrigado por tudo.— Matheo diz entrando no carro. Alexia assentiu, mesmo que relutante, e os três se afastaram do local em um silêncio confortável. Benício voltou seu olhar para Alexia e viu que ela encostou a cabeça no banco, fechando os olho