A noite passou se arrastando, e pela manhã Laila já havia recebido alta. Alexia e Matheo ajudam ela entrar no carro, sua amiga ainda estava em choque com tudo que aconteceu, a ideia de que perdeu seu bebê por que não conseguiu pedir ajuda era o que a atormentava.— Alexia olhou para Laila com o coração apertado, as lágrimas se sua amiga não parava de cair, uma sensação de imponência a abraçava.— Como você está se sentindo, Laila?— Eu estou melhor, Alexia. Obrigada por estar ao meu lado. Eu não sei o que teria feito sem você.— Laila sussurra de cabeça baixa. Ela queria comemorar que a amiga está viva e de volta, mas não conseguia.— Não precisa agradecer, Laila. Agora estou de volta e sempre estarei aqui com você, sempre!Alexia dirige para sua casa, Laila olha para ela e fica sem entender.— Amiga, por que estamos aqui?— Você vai morar comigo apartir de hoje!— Eu não posso, Alexia, eu não quero ser um fardo para você.— Você não é um fardo, Laila. Eu quero que esteja comigo, pois
Alexia não sabia como disfarçar o quanto saber que Benício está mal, a deixou nervosa. Brayan chega para abraçar os meninos onde o ar ficou um pouco mais leve. O jantar da empresa havia sido cancelado, e depois de um mês que Laila estava recuperada, Alexia marcou novamente, estavam todos lá, até mesmo o pessoal da limpeza que fizeram questão de comemorar a volta da Alexia. E ali no meio de todos ela percebeu que seu pai nunca a deixou sozinha realmente. — O jantar foi um sucesso, pessoal, pessoal. Obrigada a todos por virem e por todo o trabalho árduo que vocês sempre colocaram nos seus afazeres. Agora é hora de descansar e aproveitar o resto da noite. — Obrigada por tudo, Alexia. É sempre um prazer estar com você.— Uma das advogadas da empresa fala. — Antes de vocês irem, quero dizer que me arrependo muito não ter visto que estou rodeada de pessoas incríveis. Sei que fui rude com cada um de vocês... mas era o jeito que aprendi a me proteger. Me desculpem por isso. E hoje sei q
Ver Benício ir embora foi umas das piores dores que Alexia já sentiu, dentro dela raiva já havia passado, a dor das mentiras já estavam cicatrizando, porém tinha o medo de tudo voltar a ser como era antes. Ao voltar para casa, ela encontra seus amigos, Alexia para na porta e fica admirando eles, as gargalhadas de Brayan, a conversa alta de Fred e Júlio, a delicadeza de Lorena, o jeito divertido de Laila e as reclamações de Matheo, a fizeram sorri, a muito tempo que a antiga Alexia não presenciava tantos sorrisos, ela vivia num mundo escuro sem permitir ser amada e hoje ela se arrepende de ter criado aquela bolha de solidão. Apesar de somente Matheo ter seu sangue, todos que estavam presentes eram importantes para ela, como uma verdadeira família deve ser. Laila já consegue sorrir como antes, a dor ainda estava lá, mas com a ajuda de um pequeno anjo a dor era consolada todos os dias, Brayan sempre que a via triste corria lhe dar um abraço, isso foi o suficiente para que pouco a pou
No dia seguinte Alexia e Matheo saem em busca de respostas, apesar de parecer tranquila, Alexia esta muito nervosa, ela apertava a mão freneticamente na outra, seus olhos estavam fixamente na estrada e seus pensamentos parecia uma bomba relógio, não parava de martelar na sua cabeça. E também, dpois de tudo que passou, ter que voltar, está mexendo com ela. Ao chegar na pequena cidade, Alexia relembra de tudo que viveu, não era só momentos tristes que ela tinha dali, ela viveu e conheceu pessoas inesquecíveis. Ao descer do carro todos a olham com surpresa, desde que ela abandonou Benício no altar ninguém ficou sabendo mais nada sobre ela. Alexia quando encontra olhares conhecidos, sorri e eles fazem o mesmo. Não demora muito eles chegam na frente do hospital, de longe ela observava um rosto que parece ser conhecido. Era de uma enfermeira, Hellen, a mesma que ajudou no parto e no dia seguinte estava de férias, Alexia nunca mais tinha vista ela, pois logo depois do fim das suas férias f
Enquanto Alexia, Benício e Matheo se aproximavam do endereço que Hellen havia passado, eles pararam na frente de um luxuoso condômino, era um pouco afastado da vila que Benício morava, foram 3 horas de carro até chegar na residência do doutor. Eles desceram do carro e começaram a caminhar, Alexia ficava olhando em cada canto, como se em qualquer momento pudesse avistar seu filho. Derrepente Alexia avistou de longe um menino que aparentava ter 4 anos, brincando com sua babá no jardim. Seu coração apertou e o desespero tomou conta dela, Matheo segurou na mão dela com a mesma ansiedade que Alexia estava, ela estava como se todas as crianças que aparecesse na sua frente fosse seu filho.Benício observou aquele contato entre os dois, não sabendo a ligação que um tinha com o outro, Benício sentia -se rejeitado e o ciúmes invadindo seu ser.Sem muita demora eles correm em direção ao portão, um dos seguranças se aproxima achando aquelas pessoas um pouco suspeitos.— Por favor, o doutor João
"Anos atrás"Assim que Cleber segurou o filho de Alexia nos braços o arrependimento o atingiu, porém ele sabia que era tarde de mais para voltar atrás. Tem anos que ele faz o trabalho sujo para várias pessoas, e nesse ramo ele conheceu pessoas de todos os tipos, e algumas delas comentavam sobre quem era Lucy Bernard, e o que era capaz de fazer com quem entra no seu caminho. A ideia que ele poderia falhar com ela o assustava ainda mais.Caminhando pelo corredor do hospital com passos apressados, seus pensamentos insistiam em o condenar sem parar. Ele já havia feito coisas horríveis, mas nenhuma contra a vida de uma criança. Ele anda sem rumo pela pequena cidade, o local não tinha muitas pessoas na rua, onde facilitou seu ato. A ordem era clara, eliminar qualquer vestígio daquele inocente bebê. Porém naquele momento lhe faltou coragem. Cleber aproveitou o telefonema de Lucy e abandonou a criança na lixeira. Acreditando que uma pessoa qualquer o salvaria.Cleber só não esperava que Joã
João fica paralisado ao ouvir as palavras de Haydée. Sua expressão se suaviza por um momento, mas logo volta a se endurecer.— Eu não posso fazer isso, Haydée. Não posso simplesmente deixá-la entrar nas nossas vidas assim, você sabe o que eu fiz é um crime.— Mas ela é a mãe dele, João. Ela merece pelo menos uma chance de ficar com seu filho. Sempre disse para ir atrás dela, mas você nunca me deu ouvidos.João suspira e olha para Louis, que ainda está na janela, clamando pela sua mãe.— Tudo bem. Eu vou falar com ela. Mas fique ciente de que isso poderá ser o meu fim. — Ela só quer saber do seu filho, João! — Você não sabe quem é essa mulher, o pai dela era um homem que não se brinca em serviço. E pelo que eu pesquisei, essa mulher tem o mesmo sangue ruim do pai.— Isso já não é problema meu! A mesma coragem que teve para receber o dinheiro para dar a criança como morta, tenha para enfrentar as consequências. João encara a esposa com descrença, ela nunca falou com ele desse.— Tudo
Alexia estava sentindo tantas coisas ao mesmo tempo, ela não conseguia se conformar por ter perdido quatro anos da vida do seu filho. Apesar de estar com uma felicidade imensa por fim ter Louis nos braços, ela queria justiça. — O que pensa em fazer, Alexia?— Benício pergunta desviando o olhar por alguns minutos da direção. Alexia suspira pesadamente e desvia seus olhos que estavam em Louis dormindo no banco de trás, para ele. — Eu preciso acabar com a raiz do problema. — O que quer dizer?— Benício pergunta sem entender. — Lucy Bernard, a mulher que controla minha vida desde que eu era apenas uma criança. Tudo que aconteceu e acontece de errado na minha vida, ela de alguma forma está envolvida. — Mas onde conseguimos encontrar essa mulher? E por que de tudo isso? — Eu realmente não sei...— Alexia sussurrou tristemente.— Mas eu vou descobrir. Benício ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Alexia. Ele sabia que ela estava determinada e que faria de tudo para