Ao entrar em casa, fui recebido pelo silêncio, o que era estranho, fui até o quarto de Renata me, sinal dela nem de Liane, então fui para o quarto de Raquel e as encontrei lá, inclusive minha mãe também estava. — Que isso? É uma festa? – Perguntei e Renata se levantou para me abraçar. — Papai, você demorou, Raquel e eu estávamos com saudades. — Eu também estava, minha bonequinha com saudade das duas. — Senhor Jefferson, a Renata insistiu querendo passar o dia com a irmã e eu não pude dizer não. — Não tem problema Liane, Renata ama Raquel e é natural que ela queira ficar no quarto da irmã. Débora a Raquel se mostrou estressada ou algo do tipo? O doutor disse que ela poderia se estressar facilmente. — Não se preocupe, ela está bem e parece que está gostando de ter a atenção da irmã. Agradeci a Debora e ela balançou a cabeça.— Filho, você está bem? – Minha mãe perguntou, seu tom de voz carregado de preocupação maternal.— Estou bem, mãe. Acabei de voltar do hospital. – Respondi e
Everlly SoaresFinalmente, sinto a consciência retornar lentamente, como se emergisse de um profundo sono. Minha mente está turva, e levo um momento para me situar e compreender onde estou. Aos poucos, os sons ao meu redor começam a se filtrar através do nevoeiro, e consigo distinguir vozes sussurrantes e o zumbido dos equipamentos médicos.Abro os olhos com dificuldade, piscando para dissipar a névoa que ainda envolve minha visão. A luz brilhante da sala de UTI me faz franzir a testa, e me esforço para me ajustar a ela.— Ela está acordando! – Ouço a voz de minha mãe, cheia de emoção e alívio.Minha mãe. Reconheço sua voz imediatamente, e isso me traz uma sensação reconfortante de familiaridade. Tento me mover, mas sinto uma fraqueza paralisante em meu corpo, como se cada movimento exigisse um esforço hercúleo.— Everlly, meu amor, você está bem? – A voz preocupada de minha mãe soa ao meu lado, suas mãos segurando as minhas com ternura.Assinto com a cabeça, lutando para articular pa
Meus amigos vieram me visitar, trazendo consigo uma onda de amor e apoio que inundou o quarto do hospital. Paolla, Francine, David, Magno e Bruno entraram, cada um com uma expressão de preocupação misturada com alívio estampada em seus rostos.— Everlly, como você está se sentindo? Estamos tão preocupados com você. – Paolla disse, correndo para me abraçar com ternura.— Eu estou bem, Paolla. Ainda um pouco fraca, mas estou me recuperando. Obrigada por virem me ver. Francine veio até mim com um sorriso caloroso, seus olhos transbordando de emoção.— Você nos deu um susto, Everlly. Mas estou feliz que esteja se recuperando bem. – Ela disse, apertando minha mão com carinho.— Menina, não imaginava que ficaria tantos dias assim, pensei que seria uma cirurgia simples. David e Magno trocaram olhares sombrios, uma nuvem de preocupação pairando sobre eles.— E sobre o seu pai... você está bem? Ele não te trouxe problemas, trouxe? – David perguntou, sua voz carregada de preocupação.— Infeli
Everlly Soares Finalmente chegou o dia em que recebi alta do hospital. Foram dias intensos, cheios de emoções, dor e esperança. Mas agora, finalmente, estava pronta para voltar para casa, para o conforto e a segurança do lar. Assim que saí do hospital, senti um misto de alívio e ansiedade. O sol brilhava no céu azul, uma brisa suave acariciava meu rosto e o cheiro fresco da primavera inundava meus sentidos. Era como se o mundo estivesse celebrando minha recuperação junto comigo. No carro, enquanto Jefferson dirigia cuidadosamente pelas ruas, eu olhava pela janela, observando as paisagens familiares passarem. Cada esquina, cada prédio, cada árvore era um lembrete de que estava voltando para casa, para minha família, para minha mãe. Quando chegamos à casa de minha mãe, meu coração deu um salto de alegria ao ver o que me esperava. Bandeirinhas coloridas enfeitavam a entrada, balões dançavam ao vento e o som de risadas e vozes animadas ecoava pelo ar. Era uma festa, uma festa em minha
Jefferson AlbuquerqueNo dia seguinte fiz o trajeto até o hospital, ao chegar lá, fui direto para o quarto onde Júnior estava. O ambiente estava tranquilo, mas havia uma aura de melancolia pairando no ar. Quando entrei, vi meu irmão deitado na cama, encarando o teto com uma expressão distante no rosto.— Ei, mano. Como você está se sentindo? – Perguntei, tentando soar o mais animado possível, apesar da preocupação que me consumia por dentro.Junior virou o rosto para me encarar, seus olhos cansados refletindo uma mistura de emoções.— E aí, Jeff. Estou bem, considerando as circunstâncias. – Ele respondeu, sua voz soando fraca e desanimada.Me aproximei da cama, sentando-me ao seu lado. Olhei para ele, vendo os sinais evidentes de cansaço e dor em seu rosto. Queria poder fazer algo para aliviar seu sofrimento, mas me sentia impotente diante da gravidade da situação. O que aconteceu, mano? Como você se machucou? – Perguntei, querendo entender melhor o que havia acontecido.Junior suspi
Rebecca SoaresÉ muito bom ter a minha filha em casa e bem, agora estou torcendo para a sua recuperação total, pois se alguém merece ser feliz é a minha lutadora. Minha campainha tocou e me perguntei quem seria a essa hora da manhã. Ao abrir a porta dei de cara com Glauber e perguntei o que ele estava fazendo ali. — Ué! Vim ver a minha namorada, algum problema nisso? – Ele perguntou franzindo o cenho.— Ficou doido homem, já pensou o que a Everlly irá pensar se descer aqui e nos pegar nessa intimidade. – Digo a ele, mas parece que ele não se importou muito por que se aproximou de mim e me beijou.— Por que você quer esconder da Cat? Ela com certeza irá nos apoiar. — Será? Você é irmão do pai dela, acha mesmo que minha filha irá gostar de saber sobre a nossa intimidade? Antes que ele pudesse responder ouço um barulho vindo da escada e o afastei para longe, essa foi por pouco, pois ainda não estou preparada para revelar isso a ela. Quando ela vê Glauber sentado, se surpreende e p
Everlly Soares Os dias foram se passando lentamente o que estava me dando agonia, minha pedia para eu manter a calma e não me deixava trabalhar, segundo ela eu precisa focar em minha recuperação em partes ela estava certa, mas eu sabia que precisava me cercar dos meus casos jurídicos para me sentir viva, não que eu não estivesse me sentindo viva, mas é complicado quando você está acostumada a trabalhar vinte quatro horas por dia. Ontem havia ido ao médico e ele disse que eu estava bem, mas ainda não podia me dar certeza da minha cura, mesmo assim agradeci todo esforço que ele e a equipe fizeram pela minha situação. — E aí palhaça Gargalhilda, está pronta para voltar a divertir as crianças? – Meu amigo perguntou. — Claro palhaço pimpão, super animada. — Onde está Jefferson? Já não era pra ele ter chegado aqui? – Meu amigo perguntou e concordei. Meu grupo dividiu os brinquedos e as alas que iríamos visitar e estávamos prestes a entrar no hospital quando Jefferson chegou esbaforido
Bruno DiasCom a situação de Everlly , Magno e eu não estamos em uma tremenda correria, andamos muito cansados e só não estamos em uma situação pior por que David tem nos ajudado bastante. Agora são dez da manhã e eu fiz trocentas e mil coisas, como diria a Everlly, o nosso escritório perde um pouco a graça sem ela aqui, mas sabemos que em breve ela retornará. — Licença, Bruno, trouxe um pouco de café para você. – Põe meio corpo para dentro da sala e peço a ele que entre.— Estava precisando disso, obrigado. — Eu iria trazer um pouco para Magno também, ainda bem que não trouxe. — Magno foi para o fórum logo cedo. – Agradeci a ele mais uma vez e antes que ele saísse lhe entreguei algumas papeladas que eu precisava que fossem entregues. Depois de tomar o café voltei para as minhas tarefas e quando finalizei mais da metade delas já passava da hora do almoço, liguei para Magno que me avisou que iria demorar um pouco mais, então eu disse que tudo bem, me levantei e estalei a coluna.