Everlly Soares Os dias foram se passando lentamente o que estava me dando agonia, minha pedia para eu manter a calma e não me deixava trabalhar, segundo ela eu precisa focar em minha recuperação em partes ela estava certa, mas eu sabia que precisava me cercar dos meus casos jurídicos para me sentir viva, não que eu não estivesse me sentindo viva, mas é complicado quando você está acostumada a trabalhar vinte quatro horas por dia. Ontem havia ido ao médico e ele disse que eu estava bem, mas ainda não podia me dar certeza da minha cura, mesmo assim agradeci todo esforço que ele e a equipe fizeram pela minha situação. — E aí palhaça Gargalhilda, está pronta para voltar a divertir as crianças? – Meu amigo perguntou. — Claro palhaço pimpão, super animada. — Onde está Jefferson? Já não era pra ele ter chegado aqui? – Meu amigo perguntou e concordei. Meu grupo dividiu os brinquedos e as alas que iríamos visitar e estávamos prestes a entrar no hospital quando Jefferson chegou esbaforido
Bruno DiasCom a situação de Everlly , Magno e eu não estamos em uma tremenda correria, andamos muito cansados e só não estamos em uma situação pior por que David tem nos ajudado bastante. Agora são dez da manhã e eu fiz trocentas e mil coisas, como diria a Everlly, o nosso escritório perde um pouco a graça sem ela aqui, mas sabemos que em breve ela retornará. — Licença, Bruno, trouxe um pouco de café para você. – Põe meio corpo para dentro da sala e peço a ele que entre.— Estava precisando disso, obrigado. — Eu iria trazer um pouco para Magno também, ainda bem que não trouxe. — Magno foi para o fórum logo cedo. – Agradeci a ele mais uma vez e antes que ele saísse lhe entreguei algumas papeladas que eu precisava que fossem entregues. Depois de tomar o café voltei para as minhas tarefas e quando finalizei mais da metade delas já passava da hora do almoço, liguei para Magno que me avisou que iria demorar um pouco mais, então eu disse que tudo bem, me levantei e estalei a coluna.
Everlly Soares Lá estávamos nós, no aeroporto, prontos para embarcar juntos. Minha mãe, com seu jeito superprotetor, fez questão de nos lembrar de todas as recomendações de segurança, como se fôssemos crianças prestes a fazer uma excursão da escola. Mas eu sabia que era apenas o jeito dela de demonstrar preocupação e amor, então apenas sorri e prometi seguir todas as instruções à risca, ainda mais no estado em que me encontrava. — Filha, não esqueça de tomar seus medicamentos e se alimente direitinho. – Minha mãe disse pela milésima vez. — Eu vou seguir tudo à risca. – Minha mãe olhou para mim nada convida. — Palavra, mãe. — Espero mesmo, por que se eu sentir que você não está fazendo as coisas certinhas eu pego um avião e puxo a sua olheira. Todos começaram a rir e eu revirei os olhos, sorri e abracei a minha mãe. Assim que entramos no avião, a atmosfera de animação e expectativa entre nós era palpável. Estávamos todos juntos, prontos para aproveitar cada momento dessa viagem pa
David SantosEstavamos indo embora quando trombamos com João, ele olhou para nós a princípio surpreso. Ele estava acompanhado de sua esposa, Geovanna, que parecia desconfortável e mantinha o olhar fixo no chão.Meu coração afundou no peito ao vê-los, pois sabia que a presença de João nunca significava coisa boa. João começou a lançar comentários maldosos e provocativos, zombando de nós e da nossa relação. Ele fez questão de mencionar o fato de eu estar namorando um homem, algo que, segundo ele, nunca seria aceitável.— Ei, você sabe que o seu namoradinho tem HIV? – João disse, e me senti como se um soco tivesse me atingido em cheio no estômago.Pedro ficou visivelmente desconcertado, sem saber como reagir. Mas antes que pudesse dizer alguma coisa, assumi a liderança da situação, encarando o meu irmão com determinação.— Sim, eu sei. E não apenas isso, ele me ama e eu o amo e isso que importa. Você pode até tentar usar isso contra nós, mas não vai abalar o que temos.Mas João não paro
(Um ano depois)Everlly SoaresO sol brilhava suavemente através da janela do meu escritório quando peguei a caneta para começar a escrever. Olhei para o calendário na parede, marcando o início de um novo ano. Era um momento de reflexão e gratidão, um momento para renovar os compromissos comigo mesma e com aqueles que amo.Olhei para o papel em branco diante de mim e comecei a escrever sobre as novas esperanças que o novo ano trouxe. Escrevi sobre como me sentia grata por ter superado o câncer que ameaçava minha vida, como cada dia era agora uma dádiva que eu valorizava ainda mais. Mas, mesmo com toda a minha gratidão, meu coração ainda carregava um peso. Eu não podia deixar de pensar no Brayan, o menino do hospital onde eu era voluntária, aquele doce garoto que havia perdido a visão devido ao câncer. Eu o visitei tantas vezes, ele tinha um espírito tão forte, mesmo diante de tanta adversidade.Suspirei profundamente e olhei para a fotografia dele que estava sobre a minha mesa. Era d
Dois meses passaram voando, entre os preparativos para o casamento, meu trabalho e o voluntariado. Mas mesmo com toda a correria, eu me sentia radiante, ansiosa para dar esse próximo passo ao lado de Jefferson. No entanto, uma coisa estava me tirando do sério: a loucura das nossas mães.Minha mãe e a mãe de Jefferson pareciam estar competindo para ver quem conseguia ser mais controladora e intrometida. Elas tinham uma opinião sobre cada detalhe do casamento, desde as flores até o sabor do bolo. Não importava o quanto eu tentasse explicar que já tínhamos tudo sob controle, elas simplesmente não conseguiam se conter.— Esse guardanapo que você escolheu acho tão simplório, por que não pega esse aqui que é todo rendado? – Dona Fernanda disse e minha mãe concordou. — Eu disse que gostaria de algo simples, vocês já deram pitaco demais, alteraram até o tamanho do bolo sem a nossa permissão. – Digo a elas que me encaram como se eu as tivesse xingado. — Não é todo dia que se casa um filho o
O dia havia finalmente chegado. Depois de meses de planejamento e expectativa, era hora de celebrar o amor que Jefferson e eu compartilhávamos diante de nossos amigos e familiares. Meu coração estava transbordando de emoção enquanto me preparava para o que seria o dia mais importante da minha vida.Enquanto me arrumava, senti uma mistura de nervosismo e alegria inundando meu ser. Olhei para o vestido de noiva pendurado na porta do armário, uma obra-prima de renda e seda que parecia ter sido feita especialmente para mim. Cada detalhe, cada costura, era um lembrete do amor e dedicação que foram colocados em cada aspecto deste dia especial.Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a voz do meu tio Glaubber me chamando. Ele entrou no quarto com um sorriso gentil no rosto, seus olhos brilhando com orgulho.— Está pronta, minha querida? – Ele perguntou, oferecendo-me o braço. — Sua mãe está nervosa.— Ela já entrou aqui umas seis vezes para se certificar de que estou bem.— Becca s
Gisele Almeida Eu observei de longe a alegria estampada nos rostos de Jefferson e Everlly enquanto eles celebravam o início de suas vidas juntos. O sorriso deles era como um punhal em meu coração, uma lembrança constante de tudo o que eu havia perdido.Enquanto todos estavam distraídos com a festa, eu aproveitei o momento para colocar meu plano em prática. Mesmo com a medida protetiva que me impedia de me aproximar de Renata, minha filha, eu estava determinada a levá-la comigo, custasse o que custasse.Vi a cuidadora se afastar por um momento, e foi o suficiente para agir. Com rapidez e determinação, me aproximei dela e a atingi com um golpe certeiro, fazendo-a desmaiar. Em seguida, peguei Renata nos braços ela se debateu, mas coloquei o líquido em seu nariz e quando ela desmaiou saí correndo dali o mais rápido que pude.Eu sabia que a polícia seria chamada em breve, então não tive tempo a perder. Meu único objetivo era tirar Renata dali e mantê-la comigo, longe de Jefferson e Everll