Jefferson AlbuquerqueEstava concentrado em meu trabalho quando, de repente, a porta da minha sala se abre e meus amigos entram, com sorrisos maliciosos estampados em seus rostos. Rafael e Júlio se sentam, e eu os encaro com curiosidade.— O que vocês estão fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa? – Pergunto, franzindo o cenho diante da expressão divertida dos dois.Rafael solta uma risada alta, enquanto Júlio apenas balança a cabeça com um sorriso travesso.— Não aconteceu nada, Jeff. Só queríamos ver a cara de bobo que você faz quando é pego de surpresa. – Rafael responde, provocando-me com um olhar divertido.Reviro os olhos, sabendo que não adiantaria discutir com eles. Sempre gostaram de me tirar do sério com suas brincadeiras.Mas a atmosfera logo se torna séria quando eles mudam de assunto e perguntam sobre Everlly. Sinto meu coração apertar ao pensar na cirurgia que ela enfrentaria na próxima semana.— Ela está tranquila, mas eu… eu estou com medo. – Confesso, sentindo-me vulnerá
Everlly SoaresAo entrar na cozinha, fui recebida por uma cena que me pegou de surpresa. Liane e Jefferson estavam próximos, e uma troca de olhares intensa revelava uma atmosfera carregada de emoções. O beijo repentino de Liane em Jefferson me deixou perplexa, e meu coração afundou em confusão e descrença.— O que está acontecendo aqui? – Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, enquanto eu buscava entender a situação diante de mim.Liane sorriu, mas suas palavras cortaram como facas afiadas.— Jefferson, você não pode se casar com uma pessoa doente que pode morrer a qualquer momento. – Ela disse, sua voz calma e segura de si.Um arrepio percorreu minha espinha, e senti uma raiva ardente surgir dentro de mim, mas eu sabia que precisava manter a calma.Jefferson ficou visivelmente nervoso com as palavras de Liane, e em um ato impulsivo, ele a demitiu ali mesmo. Vi o choque nos olhos de Liane, mas antes que ela pudesse reagir, tomei a frente da situação.— A pior coisa que existe é
Jefferson AlbuquerqueEnquanto estava sentado naquela sala de reuniões, minha mente estava longe, preocupado com Everlly e sua cirurgia iminente. Cada segundo que passava era uma agonia, pois eu desejava ardentemente estar ao lado dela, segurando sua mão e oferecendo-lhe todo o apoio e amor que ela precisava naquele momento.O cliente, Sr. Mendes, estava falando sobre os detalhes do novo projeto de investimentos, mas eu mal conseguia me concentrar em suas palavras. Meus pensamentos estavam totalmente voltados para Everlly, e eu me sentia impotente por não poder estar ao seu lado.De repente, uma de suas observações chamou minha atenção, e eu me forcei a me concentrar novamente na reunião. Agradeço mentalmente por sua paciência e peço desculpas por minha distração, explicando que havia um assunto pessoal que estava me deixando preocupado.Quando finalmente terminamos a reunião, Sr. Mendes percebeu minha agitação e perguntou o que estava acontecendo. Respirei fundo e compartilhei com el
Ao entrar em casa, fui recebido pelo silêncio, o que era estranho, fui até o quarto de Renata me, sinal dela nem de Liane, então fui para o quarto de Raquel e as encontrei lá, inclusive minha mãe também estava. — Que isso? É uma festa? – Perguntei e Renata se levantou para me abraçar. — Papai, você demorou, Raquel e eu estávamos com saudades. — Eu também estava, minha bonequinha com saudade das duas. — Senhor Jefferson, a Renata insistiu querendo passar o dia com a irmã e eu não pude dizer não. — Não tem problema Liane, Renata ama Raquel e é natural que ela queira ficar no quarto da irmã. Débora a Raquel se mostrou estressada ou algo do tipo? O doutor disse que ela poderia se estressar facilmente. — Não se preocupe, ela está bem e parece que está gostando de ter a atenção da irmã. Agradeci a Debora e ela balançou a cabeça.— Filho, você está bem? – Minha mãe perguntou, seu tom de voz carregado de preocupação maternal.— Estou bem, mãe. Acabei de voltar do hospital. – Respondi e
Everlly SoaresFinalmente, sinto a consciência retornar lentamente, como se emergisse de um profundo sono. Minha mente está turva, e levo um momento para me situar e compreender onde estou. Aos poucos, os sons ao meu redor começam a se filtrar através do nevoeiro, e consigo distinguir vozes sussurrantes e o zumbido dos equipamentos médicos.Abro os olhos com dificuldade, piscando para dissipar a névoa que ainda envolve minha visão. A luz brilhante da sala de UTI me faz franzir a testa, e me esforço para me ajustar a ela.— Ela está acordando! – Ouço a voz de minha mãe, cheia de emoção e alívio.Minha mãe. Reconheço sua voz imediatamente, e isso me traz uma sensação reconfortante de familiaridade. Tento me mover, mas sinto uma fraqueza paralisante em meu corpo, como se cada movimento exigisse um esforço hercúleo.— Everlly, meu amor, você está bem? – A voz preocupada de minha mãe soa ao meu lado, suas mãos segurando as minhas com ternura.Assinto com a cabeça, lutando para articular pa
Meus amigos vieram me visitar, trazendo consigo uma onda de amor e apoio que inundou o quarto do hospital. Paolla, Francine, David, Magno e Bruno entraram, cada um com uma expressão de preocupação misturada com alívio estampada em seus rostos.— Everlly, como você está se sentindo? Estamos tão preocupados com você. – Paolla disse, correndo para me abraçar com ternura.— Eu estou bem, Paolla. Ainda um pouco fraca, mas estou me recuperando. Obrigada por virem me ver. Francine veio até mim com um sorriso caloroso, seus olhos transbordando de emoção.— Você nos deu um susto, Everlly. Mas estou feliz que esteja se recuperando bem. – Ela disse, apertando minha mão com carinho.— Menina, não imaginava que ficaria tantos dias assim, pensei que seria uma cirurgia simples. David e Magno trocaram olhares sombrios, uma nuvem de preocupação pairando sobre eles.— E sobre o seu pai... você está bem? Ele não te trouxe problemas, trouxe? – David perguntou, sua voz carregada de preocupação.— Infeli
Everlly Soares Finalmente chegou o dia em que recebi alta do hospital. Foram dias intensos, cheios de emoções, dor e esperança. Mas agora, finalmente, estava pronta para voltar para casa, para o conforto e a segurança do lar. Assim que saí do hospital, senti um misto de alívio e ansiedade. O sol brilhava no céu azul, uma brisa suave acariciava meu rosto e o cheiro fresco da primavera inundava meus sentidos. Era como se o mundo estivesse celebrando minha recuperação junto comigo. No carro, enquanto Jefferson dirigia cuidadosamente pelas ruas, eu olhava pela janela, observando as paisagens familiares passarem. Cada esquina, cada prédio, cada árvore era um lembrete de que estava voltando para casa, para minha família, para minha mãe. Quando chegamos à casa de minha mãe, meu coração deu um salto de alegria ao ver o que me esperava. Bandeirinhas coloridas enfeitavam a entrada, balões dançavam ao vento e o som de risadas e vozes animadas ecoava pelo ar. Era uma festa, uma festa em minha
Jefferson AlbuquerqueNo dia seguinte fiz o trajeto até o hospital, ao chegar lá, fui direto para o quarto onde Júnior estava. O ambiente estava tranquilo, mas havia uma aura de melancolia pairando no ar. Quando entrei, vi meu irmão deitado na cama, encarando o teto com uma expressão distante no rosto.— Ei, mano. Como você está se sentindo? – Perguntei, tentando soar o mais animado possível, apesar da preocupação que me consumia por dentro.Junior virou o rosto para me encarar, seus olhos cansados refletindo uma mistura de emoções.— E aí, Jeff. Estou bem, considerando as circunstâncias. – Ele respondeu, sua voz soando fraca e desanimada.Me aproximei da cama, sentando-me ao seu lado. Olhei para ele, vendo os sinais evidentes de cansaço e dor em seu rosto. Queria poder fazer algo para aliviar seu sofrimento, mas me sentia impotente diante da gravidade da situação. O que aconteceu, mano? Como você se machucou? – Perguntei, querendo entender melhor o que havia acontecido.Junior suspi