Antes de iniciar o capítulo, gostaria de falar umas palavrinhas: Este livros está em andamento, eu escrevo ele diariamente, mas eu trabalho, tenho filha, marido e casa para cuidar, então escrevo em minhas horas vagas. Peço paciência e compreensão para quem está acompanhando a história diariamente. Quando dá posto dois, mas não é uma regra. Mas tenham a certeza que um por dia terão.Obrigada.................................................................................StellaDesligo a ligação e abro o aplicativo do banco. Quase caio para trás ao ver o saldo da minha conta. Olho o extrato e descubro que o Edu está depositando vinte mil dólares por mês. Meus olhos se arregalam, e Paloma percebe minha reação.— Está tudo bem? — ela pergunta.— Amiga, o Edu é doido! Preciso ir para casa. Ele não pode continuar depositando tanto dinheiro assim na minha conta, ainda mais todo mês. Na semana passada, ele ainda dobrou o valor. O que ele pensou? Que eu compraria uma casa na Itália?— Descul
Eduardo — Você está se ouvindo? Diga para mim que o que falou, foi uma brincadeira de muito mal gosto.— Não posso retirar, é o que sinto. — Ela diz me encarando, sustentando a verdade de sus palavras.Não consigo me controlar e a pego pelo pescoço, meu corpo treme de raiva, ela está quase sem ar, a jogo no chão. Ela começa a tossir, com os olhos vermelhos e o rosto banhado de lágrimas.Começo a andar de um lado para o outro, tentando controlar a minha raiva, para não a matar ali mesmo. Nego com a cabeça e digo com a voz embargada de ódio, tristeza, decepção:— Eu não conheço você! — Ando até meu bar, me sirvo de três doses de whisky, bebo de uma vez, sito o líquido âmbar descer queimando em minha garganta e nem isso consegue diminuir a vontade que estou de matar aquela garota. — Eu tenho nojo de você! Como pode ser tão cruel.Ela levanta com dificuldade.— Sempre amei você, Eduardo, mas você nunca me enxergou, sempre fui a irmãzinha que nunca teve. E quando achei que me enxergaria
Vejo o carro se distanciando, e grito:— O que estão fazendo parados aí, porra! Vão atrás dela.Volto para dentro de casa com muita raiva.— Viu o que você fez! Ela não deve ter ouvido toda a nossa conversa e entendeu tudo errado. — Pego Lily pelos ombros e a chacoalho no ar como uma boneca de pano, a jogo no sofá.Ela está segurando um papel, amassando-o com muita força, eu tiro o papel da sua mão, quase o rasgando.Preciso ler mais que uma vez, está escrito bem grande “POSITIVO”.— Que porra é essa? — Pergunto para mim mesmo.— Eu avisei, que era golpe da barriga, ela só quer seu dinheiro…Lily continua a tagarelar na minha orelha e a única coisa que consigo pensar é que “minha namorada está grávida, que a mulher que amo está carregando um filho meu… não tem como amá-la mais, preciso encontrá-la.”— Cala a porra da boca e suma da minha frente, não apareça nunca mais!— Mas Edu, ela quer…— Me amar, aumentar minha família, ser minha mulher! E me tornar o homem mais feliz do mundo int
StellaAcordo assustada em uma maca de hospital, imediatamente coloco a mão na barriga. Lembro que estava atravessando a rua, e depois não lembro mais nada. Tento lembrar como cheguei aqui, olho para os lados e vejo Matteo.Ele está sentado numa cadeira ao lado da cama, com os olhos cheios de preocupação. Quando percebe que estou acordada, levanta-se rapidamente e aproxima-se da maca.— Fica tranquila, está tudo bem com você e com os gêmeos. Sério que engravidou daquele babaca? — Sorrio, um sorriso sem humor, mas ainda assim, é um sorriso.— O que aconteceu, como me encontrou, Matteo?— Na verdade, te vi quando você estava atravessando a rua, e aquela louca jogou o carro em cima de você. Não me pergunte como, mas consegui te puxar segundos antes dela te atingir, fazendo-a colidir com um poste mais à frente. Chamaram o resgate e nos trouxeram para cá, mas deixei um dos meus homens no local do acidente. Acabei de saber que ela foi…Ele faz uma pausa, hesitando, como se ponderasse o que
Matteo Fico observando o avião decolar e meu coração aperta, não sei o motivo para ela estar indo embora, mas jamais a deixaria aqui, sabendo que ela poderia sofrer.Quando não vejo mais o avião, pego meu celular e faço uma ligação:— Oi, ela já está a caminho.— Acha que ela está preparada psicologicamente para me ver?— Sinceramente, não está. — Digo sincero e preocupado com Stella e os bebês.— Ela está grávida, de gêmeos, acabou de sofrer um acidente, mesmo que esteja fisicamente bem, seu psicológico está abalado.— Mas o que aconteceu? Ela não está feliz com o tal do Eduardo? — Sim, mas alguma coisa aconteceu. E graças a Deus eu estava na rua naquele momento, se não fosse eu, talvez ela estaria morta agora. — Digo sentindo um arrepio na espinha.— A desgraçada que provocou o acidente está morta? — Sinto um medo me corroer, nunca escutei sua voz tão dura.— Estou cuidando disso, eu prometi que cuidaria dela e do irmão. — Não está fazendo seu trabalho direito, já que ela quase s
StellaPassei boa parte do voo chorando e a outra parte dormindo ou deprimida.A aeromoça do jato foi muito solícita, me deu muito chocolate, para tentar me acalmar.Quando desembarco sinto o friozinho de outono, ajeito o casaco, respiro fundo, sem saber ao certo o que fazer agora.Matteo está sendo muito gentil, me ajudando, mas o que ele me disse não sai da cabeça.“Descobrirá em breve, e eu te amo muito, não como mulher, mas como família”O que ele quis dizer com “Descobrirá”, “Te amo não como mulher”?— Senhorita Melfi?Olho para o senhor robusto, com seus olhinhos puxados e um sorriso gentil.— Me chamo Yang Kanji, sou o motorista da família Bonavalle.— Oh! Sim. Eu não sabia que Matteo havia solicitado.— Não, não, foi a senhora Bonavalle.Arregalo os olhos surpresa! “Caramba, será que ele falou para a mãe dele que eu iria vir? Mas a família dele não é da Itália?”— A senhorita está pronta? — Ele pergunta me trazendo de volta.— Sim, vamos! — Digo sorrindo, tentando ser simpáti
StellaCanso de encarar o aparelho e envio uma mensagem para o Matteo, assim ele anota meu novo número. “Oi, sou eu. A Stella. Chegamos bem, senhor Yang é um amor, vou roubá-lo de você! (Risos) A Monalisa então nem se fala, é um amor de pessoa! Obrigada Matteo, eu não tenho palavras para agradecer o que fez por mim!” Aguardo alguns minutos então chega à resposta.“Finalmente resolveu dizer que está viva! Estava quase pegando um avião e indo pessoalmente ver se estava bem! Fico feliz que tenha gostado deles, e não dou o senhor Yang não, ele é meu companheiro desde que era criança. Já o deixei avisado que você precisa ir a uma clínica hoje, se estiver disposta ele já a espera.” Sorrio com a preocupação e carinho, de Matteo, e respondo:“Certo senhor, vou me arrumar e já vou à clínica. Risos”.Não demora para vir a resposta dele:“Estou falando sério Stella. Vai ver se os bebês e você estão bem! Ainda estou me sentindo culpado em ser seu cúmplice nessa loucura, deveria ter colocado se
EduardoAcordo assustado, dando um pulo do sofá.— Ei, calma aí cara, vai tomar um banho, separei essas roupas para você.— Tiveram notícias da Stella? — Pergunto ainda acordando.— Infelizmente não, tentei com outros amigos e nada — Léo responde cabisbaixo.— Ela costuma fugir assim? — Pergunto olhando para os dois, já que Stella tem Emma como irmã.— Na real, ela nunca fez isso. Acredito que o problema maior nesta história não foi você estar com a tal da Lily, e sim escutar o “eu te amo”, como você contou. Mais cedo ela havia me confidenciado estar com medo de não aceitar os bebês, pois ainda não havia falado que a amava, então como poderia amar os bebês? — Emma diz, e sinto um ódio estrondoso de mim mesmo, como posso ter sido tão idiota, burro, um verdadeiro filho da puta.— Eu amo aquela mulher mais que a mim mesmo, mais até do que um dia amei Savanna! Stella entrou na minha vida como um furacão, ela literalmente mudou tudo na casa com seu jeitinho inocente, suas brincadeiras, sua