Eduardo— Léo, você está bem? — Pergunto enquanto saímos de casa.— Sim, por quê? — Ele responde sem entender.— Digo para dirigir? — Falo encarando-o— Não sei, confesso que não peguei em nenhum veículo, desde o atentado.— Tenta dirigir meu carro, se conseguir, vai dirigindo, enquanto resolvo alguns problemas. — Ele me olha surpreso, mas assente com a cabeça.Léo vai dirigindo enquanto ligo para o Michael.— Caralho, Eduardo, onde você está? — Ele diz bravo assim que atende o celular.— Saindo da cidade da Stella, do que precisa? — Pergunto seco.— Do que preciso? Está zoando com a minha cara? Estou tendo uma reunião atrás dá outra, tendo que cumprir a minha agenda e a sua. O que caralho aconteceu para você sumir desse jeito?— Merda! Não estou com cabeça para os negócios agora, vou ligar para o Jurídico e passar vinte porcento das ações para você, não será mais meu braço direito e sim meu sócio, então cuide da nossa empresa. Quanto a minha secretária, acho que consegui uma, só prec
Eduardo— Edu, você vai mesmo confrontar a mulher que tentou atropelar a Stella? — Leo pergunta.— Sim, vamos à delegacia, como foi ontem ela ainda não foi levada para a penitenciaria.O cansaço, a raiva, a tristeza pela minha ninfa estar longe de mim, dominam meu corpo.Cada poro do meu corpo sente sua falta. Eu pensava enquanto caminhava pelo corredor da delegacia. Leonardo está me acompanhando ansioso para confrontá-la também. O barulho das portas de ferro rangendo cria uma sinfonia de desespero. Assim que chegamos o delegado diz:— Apenas um pode entrar.— Vai você Eduardo, ela não me conhece mesmo. — Leo diz desanimado.Afirmo com a cabeça e sigo para a ala seguinte, acompanhando o delegado. Cheguei à cela de visitas, onde Chloe aguardava, algemada e com um sorriso insano no rosto.— Olá, Eduardo, — ela diz, com sua voz melodiosa de sempre, mas que soava estranha naquele ambiente sombrio da delegacia.Eu a olho com um ódio, minha vontade era enforcá-la ali mesmo.— Chloe. — Digo e
Michael Estava tentando acalmar minha mãe, quando meu pai passou pela porta da sala. Eles são como um casal de novela, apaixonados e qualquer um que os vê juntos, sonha em um dia ter um relacionamento como o deles, menos. Não quero me casar! Isso não é para mim.— O que aconteceu, meu amor? — Ele diz abraçando-a.Me afasto um pouco, enquanto ele seca as lágrimas dela com carinho.— Sua filha vai me deixar louca! — Ele olha para mim confuso enquanto nego com a cabeça.— O que Liliane aprontou para deixar sua mãe neste estado? — Papai pergunta irritado.Conto para ele, tudo o que Lily fez até agora.— E por que não me ligaram? Como está o Eduardo? E a garota, já encontraram?— Infelizmente não a encontraram ainda pai, e Edu está doido atrás dela. — Respondo.— Onde está Lily? — Ele pergunta sério.— No quarto dela, deve estar se vitimizando porque dei um tapa nela. — Minha mãe responde chorosa.— Deixa comigo, vou falar com ela. — Meu pai segue para as escadas, eu o sigo, mas tenho em
Eduardo — Quem é, Leonardo? — Encosto o carro com urgência, sentindo meu coração disparado, enquanto olho fixamente para Léo. — Ela não está aqui. — Léo responde cabisbaixo, evitando meu olhar. — Por que está dizendo isso? É ela? Na mensagem? — Pergunto desesperado, minha voz tremendo, enquanto Léo baixa a cabeça, incapaz de falar. Arranco o telefone das mãos de Léo e leio a mensagem repetidamente, sentindo cada palavra pesar como uma pedra em meu coração. Número desconhecido: Oi, maninho. Tenho certeza que Eduardo já passou por aí, mas não quero que fique preocupado, estou bem! Só preciso respirar e pensar no que vou fazer. Nunca se esqueça que te amarei para sempre, meu porqueira preferido! Amo vocês! Beijos no coração! Uma onda esmagadora de dor e desespero me consome. Apoio os cotovelos no volante e choro copiosamente, meu corpo tremendo com os soluços. — Deus, como vou recuperar minha garota? Não faz isso comigo, traz ela para mim! Por favor, traz ela de volta… — sussu
Stella— Então doutor, tem algum problema?— Não sei se posso classificar como um problema em si, mas… — Interrompo-o, pois estou preocupada e não preciso de meias verdades.— Mas o que doutor? Quero saber a verdade, não me esconda nada.— Então senhorita… — Ele olha ficha, o que me deixa mais nervosa, foi o senhor Yang quem a fez e se o Eduardo procurar por registros médicos, pode me encontrar. — Stella Bonavalle, — Arregalo os olhos para senhor Yang, que me retribui com um sorriso, mas volto rapidamente a atenção ao médico. — Algum problema com o seu nome? — Não, nenhum! Continue falando sobre meus bebês, por favor.— Certo, então, não são dois bebê. — Coloco a mão no meu coração.“Oh, meu Deus, eu perdi um bebê? Nunca vou me perdoar…” — Paro com meus devaneios quando o doutor diz:— São três. — Olho para o Doutor sem acreditar no que ouvia, ele sorri com minha cara surpresa, e com um inglês carregado de sotaque francês ele arrisca em dizer:— Conte comigo, um, dois, três.— Oh, meu
StellaAssim que Matteo desliga, eu preciso correr no banheiro, assim que saiu Monalisa está me aguardando com um copo com água.— Obrigada, acho que vou deitar, tenho que ficar de repouso, e se ficar na sala, vou sempre inventar algo para sair do sofá.— Faz isso, querida, qualquer coisa pode me chamar. — Confirmo com a cabeça, e volto para o quarto.Tiro um cochilo, pois fico muito fraca após vomitar, ao acordar, verifico o celular e tem algumas mensagens do Matteo.Primeira mensagem;“Oi, mana!Por que foi embora assim? Por que não me procurou? Juntos para sempre, lembra? Seu problema é meu problema! Esqueceu nossa promessa, nosso juramento de gêmeos? Estou triste por não confiar em mim!”Segunda mensagem:“Sei que o que está passando não deve ser fácil, ainda mais toda essa confusão que aconteceu. No dia que descobri estar grávida, descobre também que são dois, gêmeos como nós, e no mesmo dia que revelará foi ser surpreendida com uma cena nada inusitada.Mana, acredita em mim, hou
LeonardoEstou na casa do Eduardo, sentado no jardim, em um banco abaixo de uma árvore, ele está fazendo a Bella dormir, a coitadinha ainda estava muito assustada quando chegamos em casa.Me pego pensando, onde está minha irmã, se ela está bem, se está alimentando, cuidando dela e dos bebês… Ainda não consigo entender, como Stella foi capaz de ir embora sem falar comigo.Nós éramos inseparáveis, depois do transplante então, nos unimos mais ainda. Ela sempre foi minha outra metade, e não saber onde ela está, ao mesmo tempo que me sinto traído, me sinto um inútil, um péssimo irmão. Será que ela não confia mais em mim?Minha briga interna é interrompida pelo toque do meu celular, anunciando que chegou uma mensagem. Pego rapidamente, pois Emma ficou de me avisar como foi no trabalho. Ela decidiu trabalhar para o Eduardo, e hoje pediria demissão e entregaria a casa.Moraremos com o Eduardo até arrumarmos uma casa para nós dois. Eu também estou procurando emprego na minha área, mas prometi
Eduardo— Papai, quero a tia Stella, onde ela está? — Bella pergunta entre lágrimas.Respiro fundo sem saber ao certo o que responder.— Minha princesa, a tia Stella precisa de um tempo só dela, ela está passando por um momento de adaptação, e está um pouco nervosa com o papai.— O que aconteceu? Eu quero a tia Stella, liga para ela, papai, liga por favor.— Eu queria muito poder fazer isso princesa, mas infelizmente eu não tenho o número do telefone dela, ela trocou e não passou para o papai.— Ela me prometeu que não ia embora, que não ia me abandonar como a mamãe. — Abraço-a com carinho e choramos juntos pela falta que Stella faz.— Prometo que vou trazer a tia Stella para casa, mas não consigo te dizer quando. E quer saber uma novidade? — Pergunto.Ela me olha com seus olhinhos brilhando pelas lágrimas que ainda descem por sua face. Enxugo-as com carinho, enquanto ela diz que sim com um movimento de cabeça.— Tia Stella está grávida, ela está esperando dois irmãozinhos, ou irmãs,