"Ser profundamente amado por alguém nos dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem."
Lao-Tsé.
Fui forçada a abrir os olhos pela cólica que eu sentia.
– Hmmm... – revirei na cama, tentando encontrar a melhor posição para que a dor parasse.
O que eu tinha feito? Consegui estragar tudo. Beijei Gabriel na frente do Daniel e da Marisa. A última coisa que eles deveriam estar querendo no momento era ver a minha cara. Eu estava me sentindo muito mal. Muito mal mesmo.
Percebi que as minhas roupas estavam secas, alguém havia me trocado. Com esforço, levantei e fui até o primeiro andar. Tom estava na sala, vendo jogo de pôquer.
– Onde estão todos? Onde está a Mary?
– Ah, Elisa, que bom que você acordou! – me ajudou para que eu me sentasse. – Eles foram para o hospital.
– Aconteceu alguma coisa? – me contraí de dor. Maldita men
"Jamais deixe partir quem se importa com você, quem te ama, quem te diverte, quem te faz sorrir, porque sem eles você não é feliz. " Autor Desconhecido Depois de toda aquela confusão, passou-se praticamente um mês. Me dediquei totalmente ao meu trabalho, ficando a semana toda no museu. Já estava me tornando peça de exposição. Alice e Victor se divertiam as minhas custas por causa do que eu tinha visto. Eusabia que eles me zoariam eternamente e eu estava certa sobre isso. Sempre jogavam uma piadinha sobre o assunto. Nos finais de semana Mary saía comigo e com Daniel e durante a semana ficava com Marisa, Gabriel ou quem estivesse em casa. Marisa e eu nos resolvemos no dia seguinte em uma choradeira sem fim. Ela me explicou que pensou que fosse brincadeira, mas tinha ficado nervosa e começou a passar mal. Então tentou se afastar de Gabriel o mais rápido possível. Obviamente, eu quase desci a mão na cara dela por
"Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo." Nemo Nox. Acordei com o choro de Nicolas. Olhei no relógio e eram três da manhã. Peguei-o no colo e tentei niná-lo, mas não adiantou. – Você deve estar com fome. - desci com ele até a cozinha e coloquei-o no carrinho que Helen deixava lá. Nicolas tinha um carrinho para o segundo andar e outro para o primeiro. Era complicado subir e descer escada todos os dias segurando um carrinho. Enquanto esquentava a mamadeira, balançava o carrinho pra ver se ele se acalmava e parava de chorar. – Tudo bem por aqui? – Daniel apareceu na cozinha com o cabelo bagunçado e somente de calça, revelando aquele físico incrível. – Parece que a noite foi boa. – falei ao observar as marcas de batom em seu pescoço e alguns possíveis chupões. Torci muito para não encontrar Sara ou as coisas não f
“Proteja aquilo que você ama de todas as maneiras e todas as formas possíveis. O que nos pertence deve ser defendido com unhas e dentes. Até o fim. Para que você não se arrependa depoispor não ter lutado corretamente pelo que era capaz de verdadeiramente fazê-lo feliz.” Sara Aster. - Mamãe, quem é ele? – Mary perguntou, se escondendo atrás de mim. – Ele é o pai do papai. – ou seja, o vovô. Mesmo só tendo o visto uma vez de relance, era impossível esquecer um homem como ele. Principalmente depois de tudo o que ele fez. – O que faz aqui, Jonathan? Pensei que soubesse que sua presença não é bem vinda aqui. – Helen estava agressiva. – Então essa é a nova prole da família? – se aproximou de Nicolas. – Se eu fosse você não faria isso. – Tom ficou no meio, impedindo-o. – E você deve ser o otário que ela está enganando. Daniel veio para perto de mim e sussurrou no meu ouvido:
"Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros." Caio Fernando Abreu. – Me solta! – chutei sua parte genital como podia e corri até a estante onde deixávamos as espadas, floretes e sabres. Peguei uma espada. – Não se aproxime de mim! – era notável que eu mal conseguia segurar firmemente no cabo. – O que vai fazer agora que seu querido irmão não está aqui para protege-la? – a cada palavra dava um passo em minha direção. – Eu não preciso dele para me proteger. – fiz um corte em seu braço. – Não foi o que pareceu esta manhã. – ele diminuiu mais a distância entre nós, e fiz outro corte, dessa vez em seu rosto. – Elisa, você está realmente conseguindo me tirar do sério, e isso não é legal. – Se você se afastar, não terá problema. – Não pensei que houvesse problema par
“E eu só tenho a mim, eu só tenho a mim, repetiu, voltando a cair sobre a cama. Não posso sentir medo, não devo sentir medo, não quero sentir medo.”Caio Fernando Abreu.Acordei com os raios de sol iluminando meu rosto. Mary estava em meus braços e Daniel brincava com meus cabelos.– Bom dia. – sorriu pra mim.– Não conseguiu dormir? – meus movimentos eram limitados para não acordar Mary.– Acabei de acordar. – colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.– Sara não vai gostar disso.– Deixa ela. Eu estou bem com as minhas duas princesas.– Por que você ainda está com ela? – por que eu perguntei aquilo?– Elisa, você fala mais da Sara do que eu mesmo. – o pior é que ele tinha razão.&n
"Nossas vidas são definidas por momentos. Principalmente aqueles que nos pegam de surpresa." Bob Marley. Flash back on – casa da Elisa e Gabriel – Será que deu certo nosso plano? – perguntei a Daniel. Tínhamos planejado juntar os dois pombinhos tapados. Eu encorajei Gabriel e Daniel, Marisa. Saímos e os deixamos sozinhos, trancados. Agora era hora de ver o resultado. – Espero que sim, aí a gente expulsa eles do apartamento enquanto eu estiver aqui. – me abraçou por trás e depositou um beijo em meu pescoço. – Vai pensando que vai ser assim, bonito. – me virei e o beijei. Daniel já me prensava contra a parede e colocava a mão por dentro da minha blusa, quando alguém pigarreou. – Scusa me. – Daniel se desculpou. A senhora nos olhava com cara de desaprovação enquanto eu escondia o rosto e segurava o ris
“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos.” Albert Einstein. A semana passou voando. A cada dia meus enjoos aumentavam e eu me sentia mais sentimental e estressada. Não como antes, é claro. Eu não estava mais chorando pelos cantos, até porque, os preparativos para a festa da Mary me deixavam louca. No dia da festa, estávamos desesperados. Quer dizer, eu e Marisa. Corríamos de um lado para o outro. Acordamos às cinco da manhã, isso pra não dizer que não dormimos. Cochilamos na sala de jogos às três e meia da manhã enquanto decorávamos e conferíamos os brinquedos. Ainda não tinha contado do teste de gravidez para Marisa. E não precisava. Ela já tinha a completa convicção de que eu estava grávida e que seria a madrinha. Também dizia que seria uma menina. – Cuida bem da minha afilhada! – era o que ela sempre dizia.
"Saber o que é correto e não o fazer é falta de coragem." Confúcio. Elisa Qual é a probabilidade de eu ter tendência a abrir portas no momento errado? Só pode! Depois que comecei a sentir uma leve tontura, decidi entrar no primeiro quarto aberto e deitar. E por uma sorte, ou azar incrível, como preferirem chamar, encontrei Marisa e Gabriel se pegando. Dá pra acreditar? Depois de tanto tempo achando que eles iriam morrer sozinhos, acabo descobrindo que já estão juntos. Ainda estava meio chocada. Quer dizer, muito chocada. – Elisa? – ouvi Daniel chamar. – Oi. – minha voz era fraca. Percebi que ele estava saindo do quarto de Sara. – O que você estava fazendo no quarto daquela brua...ca... – senti minhas forças se perderem tão rapidamente que só pude torcer pra que Daniel me segurasse. - Se você continuar assim vo