Flor tomou café com a filha e o esposo.Maciel veio vê-la com Dida, avisou que Pietro viria mais tarde juntamente com Bia. Pedro e Rafaela também passaram por lá, foi uma verdadeira bagunça no período da manhã.Luiz e Carmen não ficaram sabendo do episódio. Luiz não poderia passar por emoções e Carmen ficaria uma fera se descobrisse que não tinham ligado para ela também dar uma surra em Carol, por isso decidiram não contar.Dante precisou ir à empresa, tinha uma reunião inadiável, pediu ao sogro que fizesse companhia a Flor, não queria deixá-la sozinha, também fez algumas recomendações tanto a ele quanto a Cida, quanto à babá de Linda, mesmo não gostando de conversar, às vezes era obrigado quando se tratava do bem-estar de sua família.__Jura que não vai ficar chateada?__Eu juro de dedinho, pode ir tranquilo, eu estou bem.__Qualquer coisa me ligue que venho correndo.__Eu sei disso, meu amor, você sempre está quando precisamos, eu e Linda temos sorte.__Sempre, vocês são minha prio
Dante chegou e foi direto para o banho. Não queria que Flor perguntasse o que aconteceu e onde ele esteve, mas também não queria mentir para ela, e caso ela insistisse, ele teria que dizer. Flor estranhou a demora de Dante; a reunião não demoraria tanto, e ela já tinha deixado toda a documentação organizada.Flor estava na cozinha e viu quando Dante correu pelas escadas em direção ao quarto. Ela teve certeza de que ele escondia algo. Pegou a filha nos braços e subiu. As roupas dele já estavam no cesto, e ele já estava embaixo do chuveiro, com a porta aberta, algo costumeiro para eles.— O que estava aprontando, Dante Alcântara?Ele colocou a mão no peito, fingindo que tinha se assustado.— Que susto, meu amor, quase me matou!Flor arqueou as sobrancelhas.— Como pode ser tão fingido assim? Quase te matei... ah, ah! Desça, viu? Quero saber detalhes de onde esteve e o motivo da demora. E não demore, senão eu subo aqui e te arrasto!Dante se segurou para não sorrir.— Já desço. Estou fam
Era manhã, Flor dormia e Dante, como sempre, acordou mais cedo para ficar com a filha antes de ir para a empresa. Flor acordava cedo, e aquele momento era rotina deles dois; ele dava o primeiro banho e a primeira mamadeira.Dante achou estranho quando percebeu a movimentação da babá de Flor pela casa. Não era o horário; ela deveria chegar somente às oito da manhã. Foi uma estratégia de Flor justamente para Dante não ficar inquieto. Ele não gostava de ninguém mais rondando pela casa, tinha se acostumado com Cida, porque a senhora era calada e só falava caso perguntassem. Também era limpa, cuidadosa e discreta.Fiorella dormia, mas não por muito tempo, já estava quase na hora dela acordar. Dante estava indo à cozinha preparar um café forte e sem açúcar, como ele gostava. Era sempre assim.— Bom dia, senhor Dante.Dante se limitou, por educação, a balançar a cabeça somente. Essa era uma das conquistas que Flor tinha conseguido: Carmen ficou admirada, porque ele não era de dar nem mesmo u
Brise tinha sido indicação de uma empresa de empregos, foi selecionada com muita atenção por Dante e Flor. Ela não tinha antecedentes criminais, tinha boas recordações dos últimos empregos, e trabalhava desde os dezessete anos como babá para ajudar a família, que era simples.Mas Brise se encantou não somente pela beleza de Dante, ela ficou fascinada pela forma como ele tratava Flor. Invejou e desejou aquela vida para ela, e, mesmo que ele não quisesse algo sério, um caso seria o necessário. Isso garantiria a ela uma vida melhor e mais confortável. Poderia até dar um golpe da barriga e se garantir. Foram tantas as possibilidades que Brise pensou. Ela só não imaginou que poderia perder seu emprego e ficar com uma ficha suja por assédio ao seu patrão.Dante recebeu um toque de Brise como um soco no estômago. Foi enjoativo, o toque de outra mulher que não fosse sua Flor em uma parte tão íntima, e, mesmo que não fosse uma parte íntima, ele não gostava de toques de outras mulheres. Flor, C
Flor abriu a porta do quarto, o choro de Fiorella voltou a ecoar pela casa. A menina tinha ótimos pulmões, chorava alto e ela era insistente em seu choro. Além do mais, a rotina da menina, que já era estabelecida, havia sido quebrada. Flor voltou a acariciar o rosto de Dante, a dizer que o amava, que Fiorella o esperava. Ele finalmente soltou Brise, que só não se desequilibrou e caiu porque Flor a segurou pelos cabelos.Dante não disse uma única palavra. Foi para o quarto, pegou a filha e a abraçou. Fiorella chorava. Dante deu um banho na menina, que começou a se acalmar. Agora, ela apenas resmungava, talvez estivesse sentindo falta do pai, que sempre a banhava conversando com ela, mas Dante ainda voltava para ele, ainda voltava para a realidade.Flor desceu, Cida ia chegando.— Cida, me faça um favor, peça aos seguranças para não deixarem Brise sair daqui e, por favor, querida, faça a mamadeira de Fiorella.Flor era carinhosa com Cida, ela tinha cheiro de mãe, e Cida entendeu que alg
Brise pegou o envelope do chão; algumas notas tinham sido espalhadas pelo jardim. Cida queria jogá-la na piscina, mas os seguranças não deixaram, a pedido de Flor, porque, no fundo, todos eles desejavam isso.— Você quem pagará caro por essas bofetadas que essa velha me deu.Ela se dirigia a Flor.— Vai me pagar muito caro e não vai demorar muito para que isso aconteça.Brise foi embora.Flor ficou pensativa com a ameaça de Brise e agradeceu a Cida.Cida tinha razão: se Flor tivesse feito com Brise o que tinha vontade, ela teria problemas na justiça. Além disso, os seguranças não apartaram uma briga sem ordem, e ninguém que estivesse em uma briga ganhando daria ordens sensatas.Flor pediu que Cida fosse para casa descansar. Ela tinha levado apenas alguns arranhões, mas se recusou, dizendo que há muito tempo não se sentia tão bem como estava.Flor subiu para ver o marido e a filha. O telefone de Dante tocava sem parar.Dante ainda estava sentado no mesmo lugar com a filha, que dormia e
Era quase treze horas da tarde, Cida ligou para Flor.— Menina Flor, desculpe incomodar, mas o seu esposo ainda não comeu nada desde a hora que você saiu. Eu estou começando a ficar preocupada.Flor também se preocupou. Achou que, ao sair de casa, Dante já estivesse bem, mas se enganou. A reunião foi demorada. Felizmente, Flor tinha ido, porque Pedro não teria conseguido fechar o negócio sem a esperteza da cunhada. A reunião havia acabado naquele exato momento, e eles iam almoçar ali mesmo no coffee bar. Flor avisou ao cunhado Pedro:— Pedro, preciso ir.— Algum problema, Flor?— Talvez. Só preciso ir, ok? Cuide de tudo por aqui.— Me ligue, tá, se precisar.Pedro era cuidadoso com Dante. Ele deu um beijo no rosto da cunhada, que ele considerava como uma irmã, e Flor partiu em direção à sua casa.Quando chegou, aparentemente Dante parecia muito bem. Ele brincava na beira da piscina com a filha, Fiorella. A piscina tinha sido planejada para Flor e Fiorella: Flor não gostava de água fri
Pedro passou a tarde com a família na casa dos pais, brincou com a sobrinha como se fosse outra criança.Rafaela tinha ido visitar a sua mãe na clínica, passaria o dia inteiro por lá. A relação delas duas tinha melhorado, e Rafa estava feliz. A mãe estava se esforçando para sair bem daquele lugar. Antes, a mãe de Rafaela dizia que a odiava; foi uma internação por falta de escolha, mas agora ela percebia que tudo foi por amor.Quando Rafaela saiu da clínica, já era quase noite. Ela percebeu que o pneu do seu carro, estacionado em frente à clínica, estava furado. O estacionamento era isolado, e por isso Pedro já tinha orientado que ela deixasse o carro na frente.Ela retornou para a guarita e ligou para Pedro, que atendeu imediatamente.— Morena, já está vindo? Aconteceu alguma coisa? Está bem?— Está tudo bem comigo, amor, mas o pneu do carro furou e não avistei o segurança.— Onde você está?Ele se preocupou.— Fique calmo, estou na guarita da clínica. Tem dois guardas aqui.— Fique a