Mesmo um vislumbre de alguém que remotamente lembrasse Aline era suficiente para distrair Mateus completamente....Após a partida de Aline.Na Vila Panorama Real, Julieta sempre estava sentada na entrada da mansão abraçando seu boneco Patrick Estrela, com Batata, o gato, agachado ao seu lado, ambos esperando por Aline voltar.O cozinheiro Sr. Pietro dizia que só com a barriga cheia ela teria energia para esperar pela mãe. Por isso, Julieta comia bem, dormia bem, e era excepcionalmente obediente. Ela temia que, se não se comportasse, sua mãe nunca mais voltaria.Antônia visitava Julieta e trazia muitos brinquedos para ela. Mas Julieta sempre perguntava:- Madrinha Antônia, minha mãe falou com você? Ela era sua melhor amiga.Cada vez que isso acontecia, Antônia sentia uma dor imensa. Ela não tinha coragem de dizer a Julieta que Aline... talvez nunca voltasse.Naquela grande mansão da Vila Panorama Real, pai e filha se enfrentavam, mas nenhum deles mencionava Aline.Julieta sabia que
Câncer de Pulmão?Sr. Marcelo e o Dr. Fábio ficaram surpresos.- Você fez uma biópsia? - perguntou Dr. Fábio.- Não, eu tinha um trauma torácico grave, não podia fazer biópsia, só tirei raios-X. O médico disse que meu pulmão estava muito mal e recomendou que eu ficasse para mais exames e tratamento, mas... eu tinha outras coisas para resolver e saí do hospital. - Aline balançou a cabeça.- Então vamos fazer novos exames de imagem agora, e se necessário, uma biópsia para confirmar o diagnóstico.Aline não respondeu, seu olhar vazio e sem vida era como um abismo tranquilo.Marcelo olhou para Aline:- Aline, não importa o que você tenha, farei tudo para ajudar, mas se você não quer mais viver, se perdeu a vontade de lutar, ninguém pode ajudar. O câncer de pulmão é tratável, mas se você deseja a morte, nem Deus pode intervir.- Sr. Marcelo, obrigada por me salvar, mas não vejo mais razão para viver...- Viver é a razão. Aline, você está apenas perdida agora, você é jovem e sua vida tem inf
Marcelo segurou firme sua bengala, pensativo por alguns segundos, antes de dizer:- Se a Clínica Mayo em País M puder tratá-la, Aline, posso enviá-la para lá.- Sr. Marcelo, eu não tenho nenhum vínculo com você, por que você é tão bom para mim? Eu... - Aline já tinha os olhos marejados.Marcelo sorriu levemente:- Eu não estou sendo bom sem razão. Embora eu goste de fazer boas ações, não é para qualquer um. A primeira vez que te vi, senti uma familiaridade inexplicável, talvez você se pareça com alguém que eu conheci. Além disso, você tem a idade da minha filha que perdi, o que inevitavelmente despertou minha compaixão.Pietro também sorriu, brincando:- Sr. Marcelo, você e Aline têm um destino tão ligado, por que não a adota como sua filha? Afinal, você já tem o hábito de adotar filhos e filhas por onde passa.- Você sabe, eu realmente considerei isso. Já tenho um filho adotivo e uma filha adotiva, por que não mais uma filha? - Marcelo respondeu, meio sério.Pietro sugeriu:- Aline, p
À noite, Marcelo retornou do hospital. Dentro da mansão Lopes, um delicioso aroma de comida se espalhava.- Que pratos Saulo pediu para a cozinha preparar? Está cheirando tão bem? - Marcelo perguntou enquanto entrava.Thaís, ouvindo a voz dele, rapidamente se levantou do sofá e correu para a entrada:- Pai, você voltou!Ela sorriu e enlaçou o braço de Marcelo.- Sr. Saulo disse que você estava de bom humor hoje, então ele mandou a cozinha preparar pratos extras.Marcelo deu um tapinha na mão dela:- Você também não vem para casa há um tempo, e hoje o Ivan também está aqui. Que tal vocês dois me fazerem companhia para beber um pouco?- Claro. Pai, você acha que eu emagreci recentemente?Thaís girou em frente a Marcelo assim que ele se sentou.- Você está se cansando demais com os negócios do grupo? Que tal tirar umas férias e deixar as questões internacionais para o Ivan por um tempo? Você poderia ir viajar, namorar... É culpa minha por te sobrecarregar tanto que você nem tem tempo par
...Após o jantar, Thaís levou uma bandeja de frutas para o escritório de Marcelo. Ele estava sentado à mesa, olhando uma antiga foto de sua esposa.- Pai, você está pensando na minha mãe novamente? - perguntou Thaís.- Sua mãe faleceu cedo, ela também tinha problemas pulmonares. Naquela época, a medicina não era tão avançada como hoje. Eu a levei por todo o mundo em busca de médicos famosos, mas nada pôde ser feito. Eventualmente, fiquei obcecado e não queria vê-la morrer, então pedi que o hospital mantivesse seus sinais vitais, o que só prolongou seu sofrimento. Aline me lembra muito sua mãe, e isso desperta meu instinto de compaixão. Thaís, finalmente compreendendo, olhou ao redor e seus olhos pousaram em um contrato sobre a mesa.Trata-se de um contrato de cooperação na cadeia de abastecimento.- Pai, realmente vamos colaborar com o Grupo SY? Alguns dos termos deles são bastante agressivos. Não vamos acabar prejudicados? - ela questionou, referindo-se a um contrato de parceria na
À noite, a cidade de S. Vitor estava em plena efervescência. Aeminium, ao norte, e a cidade de S. Vitor, ao sul, distavam enormemente um do outro, como dois mundos apartados.Aline estava junto à janela do quarto do hospital, abrindo-a para deixar entrar uma brisa noturna. Apenas um mês havia passado. No entanto, os eventos em Aeminium pareciam distantes como se fossem de uma vida passada. Muitas pessoas dizem que, após traumas psicológicos significativos, escolhem esquecer certos eventos. Mas por que ela se lembrava de tudo?Ela olhou para o reflexo de si mesma na janela e lentamente levantou a mão em direção ao seu pescoço vazio. Ali, sempre havia usado um colar de prata, do qual pendia um anel de prata.Ivan entrou no quarto com uma marmita térmica, notando a figura esguia de Aline perdida em pensamentos ao lado da janela. Ele tossiu levemente, cobrindo a boca com o punho para chamar sua atenção:- Srta. Aline, este é o jantar que o Sr. Marcelo me pediu para trazer. Foi prepar
...Na manhã seguinte, Sr. Marcelo chegou ao hospital com Saulo para visitar Aline.- Este é Saulo, o mordomo que tem servido nossa família por muitos anos. Se eu não estiver por perto, você pode pedir ajuda a ele - apresentou Marcelo.- Sr. Saulo, prazer em conhecê-lo - Aline cumprimentou educadamente.Assim que Saulo viu Aline na cama do hospital, ele parou, surpreso:- Senhor, esta jovem realmente se parece com a senhora.Sr. Marcelo sorriu:- É, eu também disse que essa moça e eu temos um destino ligado. Saulo, você trouxe o novo celular que pedi?Saulo entregou um novo celular a Aline:- Senhorita, você está com sorte. Este é o novo celular que o senhor comprou para você, já vem com um cartão SIM.Aline hesitou em aceitar:- Sr. Marcelo, eu...- Aceite, é apenas um celular novo. Ficará mais fácil para nos comunicarmos, especialmente porque você está sozinha no hospital e não é conveniente nós irmos e virmos o tempo todo - insistiu Marcelo.Relutantemente, Aline aceitou o celular.
- O que você disse? O pai quer que a Aline use a identidade da Felícia para tirar o visto? A Aline é o quê? Ela é só um cão vira-lata que o pai recolheu! Luna estava à beira de um ataque de nervos ao saber disso. Anos atrás, quando Sr. Marcelo a tirou do orfanato, também foi ele quem lhe deu o nome: - Luna. Um nome que significa lua clara e brilhante, sugerindo que todos os astros giram ao redor da lua. Naquela época, ela adorava o nome. Depois de se tornar a filha adotiva de Sr. Marcelo, ela não precisou mais suportar o bullying no orfanato ou comer restos de comida. Desde que se tornou Luna, parecia que sua vida tinha entrado em modo cheat. Mas por mais que seu nome fosse celebrado, não se comparava ao de Felícia. Felícia, a filha biológica de Sr. Marcelo. O nome, significando 'alegria', refletia a única esperança do pai: que ela tivesse uma vida de paz, alegria e risadas. Ao telefone, Luna disse para o assistente: - Que história é essa da Aline, hein? O pai d