Julieta falava sem parar, e Mateus a ouviu pacientemente por um bom tempo.Até que Aline apareceu com água de mel, prestes a entrar no quarto.Mateus falou ao telefone:- Vá dormir cedo, se ainda estiver com medo, jogue um pouco.Sua voz era gentil e paciente.Aline parou na porta do quarto, sem entrar.Ele estava falando com Clara?Do outro lado da linha, Julieta relutantemente disse:- Tá bom! Então, senhor, vou desligar, tá? Boa noite!- Boa noite.Depois de se despedirem, Mateus finalmente desligou o telefone.Ele olhou para o registro de chamadas, com um sorriso inconsciente nos lábios.Aquela menininha era realmente destemida.Mas também era muito fofa.Mateus não sabia por quê, mas apesar de não gostar de crianças, ele se dava bem com essa pequena.Aline observou tudo isso.Parecia que Mateus realmente estava apaixonado por Clara.Sorrir para o registro de chamadas era provavelmente o começo de um novo amor.Aline tentou ignorar a sensação de perda em seu coração e entrou no qua
Aline sorriu e disse: - Srta. Sara, se você fosse a noiva do Sr. Mateus, eu não acharia sua pergunta estranha. Mas como você não é, realmente não vejo por que você tem o direito de se preocupar com quem Mateus está ou não. Não é mesmo?Sara ficou constrangida, pois Aline havia tocado em um ponto sensível.Ela respondeu com raiva:- Eu simplesmente não suporto ver você destruindo o amor dos outros sem vergonha!- Então, por que você não aconselha o Mateus a me deixar em paz?Aline disse isso e foi embora para atender clientes, deixando Sara furiosa com sua indiferença.Sara fez uma ligação:- Ei, você já voltou para o país, certo?- Claro, já estou aqui há uma semana. O que você quer, Srta. Sara?- Preciso de um favor!- Que favor? – perguntou a voz descontraída do outro lado.Sara apertou os olhos, com um tom conspiratório:- Você não adora conquistar mulheres? Encontrei uma para você. Vai tentar ou não?- Tem dessas coisas boas?- Chega de papo! Você vai ou não?- Claro que sim! Quem
Gustavo sentiu que algo não estava certo e de repente se deu conta:- Isso não foi um presente da Aline, foi? Agora que me lembro, ontem a Antônia levou a Aline para fazer compras no shopping, comprar charutos para o meu pai. O incenso de agarwood foi comprado por Aline, não foi?Mateus, com uma expressão descontente, negou:- Não foi.- Tudo bem então. Se você diz que não, eu acredito. Mas por que está tão sério? Sabe, a parte mais teimosa de você é a boca. Mas aquela mulher só te comprou um mimo, não deixe isso tocar seu coração. Fumar é um vício, mas o amor, uma vez que se envolve, pode te enlouquecer.Aline era como um veneno para Mateus.Gustavo temia que ele cometesse o mesmo erro e não conseguisse se recuperar.Mateus respondeu friamente, sem mudar a expressão:- Eu não vou cair na mesma armadilha duas vezes. Não sou tão esquecido assim, e Aline não tem tanto charme.Gustavo sorriu com malícia:- Na minha opinião, Aline realmente não tem muito charme, mas se você vai se lembrar
As duas funcionárias perceberam que Sara era uma pessoa difícil e murmuraram entre si enquanto saíam rapidamente.- Ela tomou o remédio errado ou o quê? O que ela tem a ver com isso?- Tão irritada, deve estar na menopausa!Sara, depois de lavar as mãos, ligou para Hélder.- Você já chegou?- Já, estou me preparando para agir. Tchau.Sara olhou para o espelho, um sorriso malicioso nos lábios, e seus olhos brilhavam com malícia.Um amor inesquecível?E se esse amor fosse manchado?...No ponto de venda dos Apartamentos Universal, no salão principal.Aline estava apresentando os modelos de apartamento para Hélder.Hélder, coçando a testa com seus óculos escuros, disse:- Moça, só de você falar, eu não consigo ver nada. Para comprar um apartamento, eu preciso ver a coisa real.Era um pedido razoável.- Então, Sr. Hélder, vou levá-lo para ver nosso apartamento modelo.- Vamos lá!Apartamentos Universal ainda estava em construção. A unidade modelo estava pronta, mas muitas outras ainda esta
Aline não queria ofender um cliente, mas as palavras de Hélder estavam se tornando cada vez mais inapropriadas.Ela curvou os lábios vermelhos e falou de maneira firme e equilibrada:- Sr. Hélder, se você veio aqui procurando por prostitutas, então está no lugar errado. Isso aqui é um escritório de vendas, não um bordel. A única coisa que vendemos aqui são apartamentos.Hélder, achando que Aline estava se fazendo de difícil, respondeu com descaramento:- Então, Srta. Aline é um apartamento novo ou usado? Claro, não me importo com apartamentos usados, alguns até são mais interessantes que os novos.Aline sorriu friamente.- Parece que o Sr. Hélder entende bem a diferença entre apartamentos novos e usados. Mas me pergunto, Sr. Hélder, sua chave é nova ou velha?Antes que Hélder pudesse responder, Aline subitamente dobrou o joelho e o empurrou para cima com força!Acertando a área privada de Hélder!- Ah... droga!Hélder segurou sua virilha, com o rosto vermelho de dor.- Sr. Hélder, melh
- É verdade, eu prefiro ficar só com o salário base do que me rebaixar a fazer algo tão sórdido!Aline, mantendo sua expressão habitual, passou pelos colegas que sussurravam e falavam sobre ela.Ela não tinha feito o que estavam dizendo e não se importava em explicar.Mas Aline logo percebeu que a situação não era tão simples.Ela começou a ser isolada no departamento de vendas.Sua cadeira de trabalho de repente aparecia coberta de cola.Sua tela de computador estava suja com a palavra "Bitch" escrita de batom.Seus sapatos de salto alto, guardados embaixo da mesa para encontros com clientes, estavam cheios de água.Até mesmo em questões de trabalho, seus colegas deliberadamente não a informavam, fazendo com que ela sempre chegasse atrasada nas reuniões.As táticas eram infantis, mas eficazes, deixando Aline isolada e sem apoio....No prédio número um, no escritório do presidente.Pedro relatou a Mateus:- Sr. Mateus, eu investiguei e descobri que foi o cliente Hélder quem assediou A
Pedro estava prestes a sair para executar a tarefa.Quando chegou à porta, Mateus falou com um ar de arrogância:- No futuro, se ela for intimidada na empresa, não precisa me informar. Não me interessa.- Entendido! - respondeu Pedro.Ele entendeu mesmo ou só estava fingindo?Após Pedro sair do escritório, Mateus jogou o contrato que estava lendo sobre a mesa, sem vontade de continuar. Um sentimento de inquietação tomava conta do seu peito. Ele olhou para as cicatrizes de queimadura de cigarro em seus dedos, franzindo a testa. Nos últimos dias, essas cicatrizes se acumularam, camada após camada. Até ele mesmo perdeu a conta de quantas vezes ele havia sido indulgente com aquela mulher....No campus do Grupo SY, o décimo andar do prédio número 10 abrigava um café público, e um pequeno terraço era acessível por uma escada de madeira no canto do café.Era um lugar tranquilo e pouco frequentado.Aline comprou um café e subiu para o terraço para tomar um ar.Nos últimos dias, ela estava
- Você acha que isso prejudicaria minha reputação, ou tem medo que Mateus descubra que estou te ajudando?Aline, falando a verdade, disse:- São os dois motivos. Ele me odeia, e você é o melhor amigo dele. Se você me ajudar, ele pode ficar bravo com você por minha causa. Sr. Francisco, não vale a pena por alguém como eu.Francisco, com compaixão, respondeu:- Aqui só estamos nós dois, você não precisa ser tão formal comigo. Para ser honesto, prefiro que você me chame de Francisco. Chamar-me de Sr. Francisco sempre soa muito distante.Aline não respondeu, apenas sorriu sem jeito.Ela sempre sentiu que manter distância das pessoas próximas a Mateus era uma boa ideia.- Aline, você não precisa se culpar tanto. Seis anos atrás, quando você traiu Mateus, todos nós depois soubemos que foi por causa da sua mãe. Entre um ente querido e um amor verdadeiro, se fosse eu no seu lugar, talvez não tivesse feito melhor do que você. Você não tem culpa.- Talvez eu só possa me consolar dessa maneira, p