Orson continuava se aproximando, e Zara, pressionada, foi obrigada a recuar.

Logo, suas costas encontraram a porta de vidro da varanda. Não havia mais para onde ir.

— Você está pensando demais. — Respondeu ela. — Eu não disse nada porque achei que isso não tem nada a ver comigo.

Orson finalmente parou.

— Isso é entre vocês. Não cabe a mim julgar ou me meter. — Continuou Zara. — E quanto às pessoas ao seu redor, o que elas querem ou deixam de querer, também não me interessa. Agora, pode sair da minha frente?

Assim que terminou de falar, a expressão de Orson desapareceu completamente. Ele fixou o olhar nela, como se estivesse tentando encontrar alguma rachadura na calma dela, algum traço de emoção escondida.

Mas não encontrou nada. Zara o encarava de volta com tranquilidade, imóvel e sem desviar os olhos.

Orson cerrou os punhos. Quando percebeu que ela não diria mais nada, Zara se virou para passar por ele e voltar para dentro.

No entanto, antes que ela pudesse dar um pas