O olhar de Orson permaneceu na loja de artigos para bebês por mais alguns segundos antes de ele finalmente abrir a porta do carro.

Antes mesmo de Orson entrar no veículo, Zara já havia se afastado para o outro lado, olhando pela janela, claramente tentando manter a maior distância possível entre os dois. Ele percebeu, mas não disse nada.

Enquanto o carro seguia pela estrada, Zara quebrou o silêncio:

— Você poderia parar de me manter trancada? Pode ficar tranquilo, eu não vou mais machucar o bebê. Já pensei melhor sobre isso. Não importa o que aconteça... O bebê não tem culpa de nada. Mas você não pode continuar me prendendo assim. Mesmo que eu esteja sã, você vai acabar me deixando doente.

A voz dela era baixa, como se estivesse tentando conversar de forma racional.

Orson estreitou os olhos e respondeu:

— Se você não quiser ficar em casa, tudo bem. A partir de agora, eu te levo comigo para o trabalho todos os dias.

Zara ficou paralisada por um momento e olhou para ele.