AVA THOMPSONEmbora aquele homem tivesse despertado um sentimento ruim em meu coração, eu jamais iria desejar a morte de ninguém, pois sempre acreditei que cedo ou tarde a justiça sempre prevalece. No entanto, eu não conseguia entender por que essa notícia mexeu tanto comigo ao ponto de sentir um tremor violento por todo o meu corpo. Sinto minhas pernas bambas, como se a qualquer momento elas fossem perder as forças, porém isso não iria acontecer, já que Vincenzo acabou se levantando e sinto seus braços me envolverem.__ Não posso apagar essa experiência ruim pela qual você passou, mas sempre estarei ao seu lado e não vou permitir que nada venha acontecer novamente.Ficamos por um bom tempo abraçados, meu coração aos poucos foi se aquietando, assim como todo incômodo foi passado. Ali, nos braços dele, eu me sentia protegida e era como se nada pudesse me atingir.Algum tempo mais tarde...Desde o momento em que Clara chegou na casa dos meus sogros, ela não se manteve quieta. Ela está mu
AVA THOMPSONA sensação que eu tinha era como se milhões de fogos de artifício estivessem explodindo dentro de mim, sem um único momento para cessar, e meu peito se encheu de felicidade. Quando passamos pelas portas duplas, dei de cara com a senhora Amber e Clara, e elas só confirmaram que eram aliadas de Vincenzo, já que estavam cientes do que havia acontecido.Minha sogra logo veio me abraçar e lágrimas desciam pelo seu rosto. No entanto, a atenção de todos se voltou para o homem que antes estava em sua cadeira de rodas e se levantou, deixando todos surpresos. Segundo o que Vincenzo havia me relatado, por ter ficado com a saúde bem debilitada e sempre cansado, o senhor Romano passou a se locomover atrás da cadeira motorizada. Meu olhar continuou cravado no homem que caminhou, vindo em minha direção, e ao encurtar a distância, seus olhos arregalados ficaram fixos no anel que estava em um dos meus dedos e, em seguida, levantou a cabeça e nossos olhos se chocaram."Sempre esperei pelo
Na manhã seguinte...AVA THOMPSONDepois de uma última olhada na imagem à minha frente e satisfeita com o resultado, dou um pequeno giro nos calcanhares e caminho para fora do quarto. Uma vez no corredor, sigo em passos largos em direção ao quarto de Clara. Ontem acabamos chegando muito mais tarde do que o horário habitual, pois foi feita uma grande reserva em nome de um grupo francês para daqui a dois dias. Acabamos tendo uma pequena reunião onde foi repassado todo o menu que seria servido.Afasto os pensamentos ao chegar ao meu destino, levo uma das mãos até a maçaneta e, ao girar o objeto, no instante em que a porta é aberta por mim, meus olhos se concentram no corpo esparramado sobre a cama. Depois de algumas passadas, me aproximo de seu leito e, ao sentar na beirada da cama, ela acorda sobressaltada.__ Ava! __ diz assustada e logo volta a se manifestar. __ Por que você não foi para a faculdade?__ Primeiro, você vai levantar e tomar um banho, pois irá para a escola.__ Eu não qu
Dias depois...AVA THOMPSON Vincenzo! Não! Não! Nãooooo... Acordei agoniada, com os pulmões funcionando em espasmos. Meus olhos se abriram imediatamente, meu coração estava agitado, causando-me uma forte inquietação. Desviei o olhar para o lado e ele não estava lá. Senti meus batimentos cardíacos acelerarem, assumindo um ritmo frenético assim que as lembranças do maldito pesadelo começaram a tomar conta da minha mente. Lembro-me de que todo o corpo dele estava banhado em sangue, seu rosto completamente deformado e seus olhos permaneciam abertos, porém sem vida. Respiro fundo, levando o ar para dentro de mim, mas o nó em minha garganta estava me sufocando. Aquela sensação ruim começou a queimar por dentro, minha boca ficou seca, então resolvi me levantar. Com passos largos, me movi até a porta e, instantes depois, já estava no imenso corredor, que se encontrava na penumbra. Dei mais algumas passadas e parei no topo da escada assim que me deparei com ele.— O que aconteceu, meu amor?
Na manhã seguinte...ALEX CARTEREu jurei perante o caixão do meu pai que aqueles dois pagariam por toda desgraça que caiu sobre nós e que não iria descansar até que a morte de Bernardo Carter fosse vingada. Chorei, entrei em desespero, mas com o apoio da minha irmã, mantive-me forte para dar continuidade aos meus planos. E para isso acontecer, nem que eu tivesse que entregar a minha alma ao diabo, conseguiria aliados que pudessem me ajudar a destruir esse infeliz chamado Vincenzo Romano.Uma enorme luz apareceu no fim do túnel e com ela, "Anastácia", que propôs uma aliança comigo para que, juntos, destruíssemos Ava. Porém, ela não tem noção de que meu maior alvo é aquele com quem a maldita deseja se unir em matrimônio. Com as informações repassadas por ela, foi fácil bolarmos um plano diabólico, não contra sua rival, mas sim para acabar de vez com o herdeiro do império Romano.A ansiedade me dominava, de forma que não consegui dormir na noite anterior. Desde que me levantei, meus olh
AVA THOMPSONEu estava tão inquieta que tudo o que vinha à minha mente eram as lembranças torturantes daquele maldito pesadelo. Apesar de tentar afastar os pensamentos ruins de lado, não consegui e acabei ligando várias vezes para Vincenzo. Como ele não atendeu, supus que estava em reunião. Clara acabou me convencendo a assistir com ela seu programa favorito e agora me encontro sentada no estofado luxuoso com os olhos cravados no telão à minha frente.- Eu amo Simon - disse ela, sem desviar os olhos do homem à sua frente. Simon Cowell era o criador e um dos jurados do America's Got Talent. A cada atração que se apresentava, Clara ficava eufórica. Continuo com os olhos fixos em cada imagem quando, de repente, senti um calafrio envolver todo o meu corpo no mesmo instante em que meu celular começou a vibrar. O peguei imediatamente, achando que era Vincenzo.- Ava!Ao ouvir a voz aflita da minha sogra, senti um forte desconforto no meu peito. Meu coração começou a bater num ritmo frenétic
VINCENZO ROMANODor! Dor!Tudo começou a escurecer, meus órgãos internos começaram a funcionar em espasmos e minhas forças se esvaíram, os sussurros se tornaram cada vez mais fracos, assim como os batimentos do meu coração iam perdendo sua velocidade. Meus pulmões estavam ardendo e, consequentemente, o ar se esvaindo deles. Eu me encontrava incapacitado e não conseguia reagir, acabei deixando que aquela escuridão viesse me envolver novamente.Meus pulmões, que antes estavam quase estourando, pararam de se contrair e meu coração agora batia no ritmo normal.Havia uma grande paz ao meu redor e, por mais que quisesse despertar, parte de mim queria permanecer naquela calmaria. De repente, uma forte claridade surgiu em minha frente e, com ela, a imagem de um par de olhos gigantes, como se fossem duas safiras, ficaram fixos em minha mente. Pude sentir algo segurando uma de minhas mãos, um toque suave, e, por mais que a escuridão me puxasse, algo naquela luz me dizia que deveria resistir. Qu
AVA THOMPSONDesde o acidente, voltei a dormir no quarto que ocupava antes. Me levanto e meus olhos circulam por todo lugar e se detêm na mala que está em cima da cama. Desvio o olhar e, com passadas trêmulas, caminho até o criado-mudo. Meu olhar fica direcionado para a minha mão esquerda, mais precisamente para o meu dedo anelar, que ostenta a joia mais preciosa que já havia ganhado. O anel que ainda está no meu dedo, embora seja algo muito caro, tem um significado ainda maior, pois foi parte de um sonho onde representava a união entre duas pessoas que decidiram se comprometer em um relacionamento sério e duradouro. Mas, como um simples estalar de dedos, tudo se transformou em um pesadelo.– Eu sinto tanto a sua falta. Eu... Digo e sinto lágrimas descendo, embaçando minha visão. Levo a mão esquerda em direção ao meu dedo, retirando o objeto e o colocando em cima do móvel.Meu coração está doendo muito e tudo que vivi aqui, cada segundo, minuto e hora que passei ao lado de Vincenzo f