Hunter vira o rosto, sentindo os lábios de Audrey tocarem sua bochecha. Ele se afasta com firmeza, obrigando-a a soltar os braços de sua cintura. Audrey senta-se abruptamente, observando-o levantar-se com uma expressão de surpresa.— Volte a dormir. — Instrui Hunter, abrindo a porta e saindo do quarto sem dar espaço para respostas.Audrey se joga na cama e coloca um travesseiro no rosto, apertando-o com força para abafar o grito de raiva e frustração que sente. Na sala, Hunter se depara com a enfermeira de pé em frente ao sofá, segurando sua bolsa.— Bom dia, senhorita Brum. — Cumprimenta Hunter, tentando recompor-se enquanto se aproxima. — Como foi a primeira noite?— Bom dia, senhor Hill. — Responde Penélope, com cortesia. — A noite foi de adaptação. — Admite, um tanto constrangida pelo ocorrido.— Conversarei com a psicóloga da senhorita Stone. Há uma possibilidade de que ela retorne ao hospital, mas o contrato de trabalho será mantido. — Informa, encarando-a com seriedade. — Conco
Hazel puxa seu braço com força, dando um passo para trás, seu coração batendo descontroladamente. Tudo o que planejou dizer a Liam desaparece diante dele, que a encara com um olhar mortal, fazendo o medo percorrer seu corpo como um alerta desesperado, implorando para que se afaste.— Na minha frente, você não é tão corajosa. — Zomba Liam, acariciando o cabelo dela. Hazel reage instintivamente, desferindo um tapa na mão dele, em protesto.— Fique longe de mim, Liam! — Ordena Hazel, recuando mais alguns passos até parar em frente à entrada do prédio, onde poderia ser vista por todos lá dentro.— Está com medo, docinho? — Pergunta, avançando ainda mais, o tom de sua voz baixo e sinistro. — Você não estava esperando-me voltar? O que você queria tanto me dizer? — Indaga, diminuindo o espaço entre eles, cada palavra um sussurro ameaçador.— Nada. — Responde, entrando apressadamente na empresa, não se sentindo pronta para aquele confronto.Liam se aproxima da porta e bate com a ponta do dedo
Hazel observa as mãos dele, firmemente pousadas sobre as suas. Instintivamente, tenta puxar, mas ele a segura com determinação, seus polegares deslizando suavemente, enviando um arrepio pela espinha dela.— O que a assustou, senhorita Lee? — Pergunta Hunter, sua voz baixa e rouca, carregada de uma intensidade que faz seu coração acelerar. — Nada — Sussurra Hazel, sua voz vacilante traindo o nervosismo que a consome. — Acho que foi por ficar sozinha no elevador, combinado com os hormônios da gravidez. Acabei tendo uma pequena crise. — Tenta justificar, mas suas palavras soam frágeis, quase como um pedido de desculpas.— Por que está mentindo? — Questiona, a voz suave. Seus dedos apertam levemente os dela, como se quisessem arrancar a verdade. — Sei que estar sozinha em um elevador não a amedronta. O que realmente aconteceu? — Insiste, sua proximidade criando uma tensão eletrizante no ar.— Mas foi exatamente isso que aconteceu. — Responde, puxando as mãos assim que sente ele afrouxar
Hazel esboça um sorriso constrangido, enquanto tenta controlar seu corpo, que parece não obedecer, como se tentasse impeli-la para os braços dele. Seu coração bate descompassado, e ela sente uma mistura de vergonha e desejo tomando conta de si.— Culpa dos romances. — Sussurra Hazel, seus olhos desviando para o chão enquanto tenta esconder o rubor em suas bochechas.— Disse alguma coisa, senhorita Lee? — Questiona Hunter, sua voz suave, mas carregada de curiosidade, enquanto a observa atentamente.O olhar dele a faz sentir um calor subindo pelo pescoço, e ela luta para manter a compostura. As memórias do fim de semana passado invadem sua mente, fazendo-a sentir-se ainda mais vulnerável.— Até amanhã. — Responde, sua voz ligeiramente trêmula. Ela se vira rapidamente e sai apressada da sala, fechando a porta atrás de si. Seu coração continua a bater freneticamente enquanto ela se afasta, lutando para recuperar o controle sobre suas emoções.— Senhorita Lee? — Chama Georgina, interrompen
No silêncio tenso de seu escritório, após resolver suas prioridades, Hunter finalmente se volta para os e-mails. Seus olhos se fixam no extenso pedido de desculpas do CEO da RenewaTech Solutions.— Idiota! — Murmura Hunter, com desdém, enquanto encaminha o e-mail para Hazel. — Entre. — Ordena, ao ouvir batidas firmes na porta.— Bom dia, chefe. — Cumprimenta Owen, atravessando a sala com uma confiança quase provocativa, e sentando-se diante dele. — Como está a sua crise existencial hoje? — Pergunta, um sorriso sarcástico brincando nos lábios, enquanto recebe um olhar cortante de Hunter.— O que você quer, Owen? — Questiona, cruzando os braços e fixando-o com um olhar severo.— Soube por aí que, além de CEO, você também é médico. — Provoca, segurando o riso, com um brilho malicioso nos olhos.— Me poupe! Se não tem nada importante para falar, se retire e vá fazer o seu trabalho. — Ordena, visivelmente irritado.— Que agressividade. — Reclama, com um tom de falsa surpresa, claramente se
Por um instante, a surpresa se estampa no rosto de Hazel, seus olhos arregalados e a respiração acelerada. Lutando para manter o controle, ela endireita a postura, forçando um sorriso enquanto tenta ocultar os receios que a invadem.— O que faz aqui? — Questiona Hazel, a voz vacilante, seus sentimentos divididos entre um alívio inesperado e uma preocupação crescente.— Está esperando alguém? — Pergunta Hunter, avançando pelo apartamento sem aguardar convite.— Não. — Mente, com um rápido olhar pelo corredor em direção aos elevadores, como se esperasse outra pessoa. — Apenas não esperava ver o senhor aqui. — Declara, fechando a porta com um leve tremor nas mãos e virando-se para ele, tentando recuperar a compostura.— Me chame de Hunter, por favor. Não estamos trabalhando. — Afirma, caminhando com determinação em direção à cozinha.— O que você está fazendo? — Pergunta, seguindo-o com passos hesitantes e observando enquanto ele coloca os pacotes sobre a mesa.— Acredito que você ainda
Hunter observa Hazel dar um leve passo para trás, caminhando lentamente em direção ao sofá, onde o celular continua a tocar incessantemente.— O que mais falta acontecer? — Resmunga Hunter, em um sussurro, incomodado pela quebra de clima.Ele não tira os olhos de Hazel, que encara o visor do celular com um desconforto evidente. Determinado a não deixar a conexão se dissipar, ele se aproxima silenciosamente. Ao ver o nome de Liam piscando na tela, uma decisão repentina o impulsiona. Sem hesitar, ele pega o celular da mão dela, seus dedos roçando suavemente os dela, provocando um arrepio que percorre todo o corpo dela.— Senhor Murray, boa noite — Cumprimenta Hunter, atendendo a ligação com uma voz firme, enquanto seus olhos continuam fixos nos de Hazel.— Embora eu ame ouvir a sua voz, meu caro amigo, não é com você que quero falar nesse momento. — Responde Liam, sua voz tingida de uma raiva mal disfarçada pela interrupção de Hunter.— Querer não é poder, Liam, você já deveria saber di
Hazel pousa os talheres delicadamente ao lado do prato, seus olhos prendendo-se aos dele com uma intensidade silenciosa. Um sorriso tímido brinca em seus lábios enquanto ela se lembra dos filmes de romance que assistiu na noite anterior, sonhando em viver aquelas histórias. — Talvez em outro momento, minha vida está muito conturbada agora. — Responde Hazel, abaixando a cabeça e contemplando sua barriga. — Mas por que está me perguntando isso? — Indaga, levantando o olhar para encontrá-lo.— Para conhecer você melhor. — Responde Hunter, com uma voz baixa e envolvente, enquanto leva o copo aos lábios com uma elegância quase hipnotizante.— Por que está tão interessado na minha vida? — Pergunta, a curiosidade evidente em seus olhos.— Quando eu souber a resposta, responderei. — Afirma, sem hesitar, a voz firme e confiante.— Não conheço teu passado com o Liam, então me responda com sinceridade. — Pede, a voz tremendo levemente, revelando seu nervosismo. — Todo esse interesse é para prov