Hazel toca instintivamente os lábios com a ponta dos dedos, seus olhos fixos nele, perplexa, questionando-se se aquilo realmente aconteceu. Como um simples toque de lábios a deixou tão atordoada?— Às vezes, você age como uma adolescente. — Comenta Hunter, quebrando o silêncio com um sorriso provocador, enquanto mantém sua atenção focada na estrada.— Eu? — responde Hazel, desviando o olhar para as batatas em sua mão. — E você, já se julgou? — Retruca, a indignação mesclada com um brilho nos olhos. — Você é quem parece um adolescente cheio de hormônios, incapaz de se controlar. — Declara, arrancando uma risada profunda dele.— Sou apenas um homem desejando uma mulher. — Afirma, sua voz baixa e rouca, carregada de intensidade, seus olhos percorrendo lentamente cada curva do corpo dela. — Você é quem está complicando tudo com esse discurso repetitivo de que sou seu chefe. — Murmura, inclinando-se mais perto, a tensão sexual palpável no ar enquanto para no semáforo. — Serei processado se
Audrey, ao ouvir aquelas palavras, sente seu sangue ferver, cada fibra de seu ser vibrando com uma raiva avassaladora. Transtornada, ela avança até a mesinha mais próxima, pega um vaso com as mãos trêmulas e o arremessa na direção de Hunter com uma força desmedida. O vaso se espatifa na parede, o som dos cacos caindo no chão reverberando na sala silenciosa. Hunter para instantaneamente, seu corpo rígido, e se vira para ela, seus olhos faiscando de raiva.— Como ousa fazer isso comigo? — Grita Audrey, enquanto seus olhos se fixam em outro vaso. Ela se move em direção ao objeto, sua respiração rápida e irregular.Hunter, dominado por uma raiva descontrolada, avança rapidamente na direção dela. Ele a segura pelo pulso com força, seus dedos afundando na pele, impedindo-a de pegar o vaso. Audrey ofega de dor, seus olhos arregalados e cheios de desespero.— Já chega! — Vocifera Hunter, sua voz grave e ameaçadora. Ele a arrasta pela sala, seus movimentos decididos e impiedosos, enquanto Aud
Hunter vira o rosto, sentindo os lábios de Audrey tocarem sua bochecha. Ele se afasta com firmeza, obrigando-a a soltar os braços de sua cintura. Audrey senta-se abruptamente, observando-o levantar-se com uma expressão de surpresa.— Volte a dormir. — Instrui Hunter, abrindo a porta e saindo do quarto sem dar espaço para respostas.Audrey se joga na cama e coloca um travesseiro no rosto, apertando-o com força para abafar o grito de raiva e frustração que sente. Na sala, Hunter se depara com a enfermeira de pé em frente ao sofá, segurando sua bolsa.— Bom dia, senhorita Brum. — Cumprimenta Hunter, tentando recompor-se enquanto se aproxima. — Como foi a primeira noite?— Bom dia, senhor Hill. — Responde Penélope, com cortesia. — A noite foi de adaptação. — Admite, um tanto constrangida pelo ocorrido.— Conversarei com a psicóloga da senhorita Stone. Há uma possibilidade de que ela retorne ao hospital, mas o contrato de trabalho será mantido. — Informa, encarando-a com seriedade. — Conco
Hazel puxa seu braço com força, dando um passo para trás, seu coração batendo descontroladamente. Tudo o que planejou dizer a Liam desaparece diante dele, que a encara com um olhar mortal, fazendo o medo percorrer seu corpo como um alerta desesperado, implorando para que se afaste.— Na minha frente, você não é tão corajosa. — Zomba Liam, acariciando o cabelo dela. Hazel reage instintivamente, desferindo um tapa na mão dele, em protesto.— Fique longe de mim, Liam! — Ordena Hazel, recuando mais alguns passos até parar em frente à entrada do prédio, onde poderia ser vista por todos lá dentro.— Está com medo, docinho? — Pergunta, avançando ainda mais, o tom de sua voz baixo e sinistro. — Você não estava esperando-me voltar? O que você queria tanto me dizer? — Indaga, diminuindo o espaço entre eles, cada palavra um sussurro ameaçador.— Nada. — Responde, entrando apressadamente na empresa, não se sentindo pronta para aquele confronto.Liam se aproxima da porta e bate com a ponta do dedo
Hazel observa as mãos dele, firmemente pousadas sobre as suas. Instintivamente, tenta puxar, mas ele a segura com determinação, seus polegares deslizando suavemente, enviando um arrepio pela espinha dela.— O que a assustou, senhorita Lee? — Pergunta Hunter, sua voz baixa e rouca, carregada de uma intensidade que faz seu coração acelerar. — Nada — Sussurra Hazel, sua voz vacilante traindo o nervosismo que a consome. — Acho que foi por ficar sozinha no elevador, combinado com os hormônios da gravidez. Acabei tendo uma pequena crise. — Tenta justificar, mas suas palavras soam frágeis, quase como um pedido de desculpas.— Por que está mentindo? — Questiona, a voz suave. Seus dedos apertam levemente os dela, como se quisessem arrancar a verdade. — Sei que estar sozinha em um elevador não a amedronta. O que realmente aconteceu? — Insiste, sua proximidade criando uma tensão eletrizante no ar.— Mas foi exatamente isso que aconteceu. — Responde, puxando as mãos assim que sente ele afrouxar
Hazel esboça um sorriso constrangido, enquanto tenta controlar seu corpo, que parece não obedecer, como se tentasse impeli-la para os braços dele. Seu coração bate descompassado, e ela sente uma mistura de vergonha e desejo tomando conta de si.— Culpa dos romances. — Sussurra Hazel, seus olhos desviando para o chão enquanto tenta esconder o rubor em suas bochechas.— Disse alguma coisa, senhorita Lee? — Questiona Hunter, sua voz suave, mas carregada de curiosidade, enquanto a observa atentamente.O olhar dele a faz sentir um calor subindo pelo pescoço, e ela luta para manter a compostura. As memórias do fim de semana passado invadem sua mente, fazendo-a sentir-se ainda mais vulnerável.— Até amanhã. — Responde, sua voz ligeiramente trêmula. Ela se vira rapidamente e sai apressada da sala, fechando a porta atrás de si. Seu coração continua a bater freneticamente enquanto ela se afasta, lutando para recuperar o controle sobre suas emoções.— Senhorita Lee? — Chama Georgina, interrompen
No silêncio tenso de seu escritório, após resolver suas prioridades, Hunter finalmente se volta para os e-mails. Seus olhos se fixam no extenso pedido de desculpas do CEO da RenewaTech Solutions.— Idiota! — Murmura Hunter, com desdém, enquanto encaminha o e-mail para Hazel. — Entre. — Ordena, ao ouvir batidas firmes na porta.— Bom dia, chefe. — Cumprimenta Owen, atravessando a sala com uma confiança quase provocativa, e sentando-se diante dele. — Como está a sua crise existencial hoje? — Pergunta, um sorriso sarcástico brincando nos lábios, enquanto recebe um olhar cortante de Hunter.— O que você quer, Owen? — Questiona, cruzando os braços e fixando-o com um olhar severo.— Soube por aí que, além de CEO, você também é médico. — Provoca, segurando o riso, com um brilho malicioso nos olhos.— Me poupe! Se não tem nada importante para falar, se retire e vá fazer o seu trabalho. — Ordena, visivelmente irritado.— Que agressividade. — Reclama, com um tom de falsa surpresa, claramente se
Por um instante, a surpresa se estampa no rosto de Hazel, seus olhos arregalados e a respiração acelerada. Lutando para manter o controle, ela endireita a postura, forçando um sorriso enquanto tenta ocultar os receios que a invadem.— O que faz aqui? — Questiona Hazel, a voz vacilante, seus sentimentos divididos entre um alívio inesperado e uma preocupação crescente.— Está esperando alguém? — Pergunta Hunter, avançando pelo apartamento sem aguardar convite.— Não. — Mente, com um rápido olhar pelo corredor em direção aos elevadores, como se esperasse outra pessoa. — Apenas não esperava ver o senhor aqui. — Declara, fechando a porta com um leve tremor nas mãos e virando-se para ele, tentando recuperar a compostura.— Me chame de Hunter, por favor. Não estamos trabalhando. — Afirma, caminhando com determinação em direção à cozinha.— O que você está fazendo? — Pergunta, seguindo-o com passos hesitantes e observando enquanto ele coloca os pacotes sobre a mesa.— Acredito que você ainda