Hunter se aproxima silenciosamente, e envolve Hazel em um abraço apertado, envolvendo-a com um carinho profundo enquanto ela se desfaz em lágrimas contra o peito dele. Ele não precisa ver o resultado. Para ele, já estava claro o que havia acontecido. Ele só aceitou fazer o exame porque sabia que era o que Hazel precisava para encontrar paz em seu coração.— Ele não é nosso, Hunter, não é nosso. — Sussurra, sua voz quase apagada, enquanto suas mãos se agarram aos ombros dele, como se ele fosse o único suporte que ainda a mantém de pé.— Eu sei, meu amor, eu sei. — Responde em um tom suave, quase como uma canção, enquanto acaricia os cabelos dela com ternura. — Sei que isso está te machucando agora, mas essa dor irá passar, eu prometo. — Afirma, se afastando ligeiramente, só o suficiente para segurar o rosto dela com delicadeza, seus polegares secando as lágrimas que teimam em cair. — Pense em tudo o que você fez pela sua irmã. Esse bebê é o sonho dela se tornando realidade, e você foi
No dia seguinte, Liam adentra a sede da empresa como uma tempestade implacável, cada passo seu ecoando pelos corredores, fazendo os funcionários abaixarem a cabeça, como se pudessem se proteger da fúria que emanava dele. Seus olhos, afiados e carregados de raiva, passam brevemente pelos vidros, refletindo os hematomas que marcavam seu rosto, inflamando ainda mais sua indignação. Sem hesitar, ele escancara a porta da sala de Alexander, mas é surpreendido pela visão dele entre as pernas da secretária.— Meu Deus! — Exclama Jennifer, com o rosto instantaneamente corado de vergonha. Ela leva as mãos ao rosto, tentando esconder o embaraço ao ser pega em flagrante.— Peço desculpas por interromper o momento íntimo do casal. — A voz de Liam transborda sarcasmo, seus olhos fixos em Jennifer enquanto ela se apressa em descer da mesa, ajeitando a saia com as mãos trêmulas. — Impressionante como algumas mulheres se mostram tão disponíveis.— Cale a boca, Liam. — Ordena Alexander, a voz gélida e
Na pequena casa onde Hunter e Hazel passaram as últimas duas noites, o sol iluminava o elegante jardim enquanto eles caminham lado a lado, prontos para voltar à rotina. A luz do dia destacava ainda mais a beleza do lugar, e Hazel sente seu coração aquecer ao recordar os momentos intensos e repletos de amor que viveram ali. Quando os grandes portões da propriedade começam a se abrir, ela para por um instante, lançando um último olhar para trás, como se estivesse se despedindo de algo precioso.— Hazel, você me ama? — A voz de Hunter a traz de volta ao presente, enquanto a guia até o carro.— Que pergunta é essa? — Questiona, surpresa, como se a resposta fosse óbvia. — É claro que sim, te amo com todo o meu coração. — Afirma, seus olhos encontrando os dele, transbordando de certeza e carinho, enquanto para em frente à porta do passageiro.— Ótimo. — Expressa, caminhando até o lado do motorista com uma tranquilidade natural. — Porque preciso que você faça algo por mim. — Informa, abrindo
O dia transcorre eficientemente, reuniões com clientes e investidores, um almoço de negócios e momentos discretos de cumplicidade entre Hazel e Hunter no escritório. À noite, eles seguem juntos para a casa de Kristen, com Hazel assumindo o volante mais uma vez. Hunter, sempre atento, incentiva essa independência, desejando que dirigir se torne algo natural e confiante para ela, sem a necessidade de sua presença constante.— Boa noite! — Cumprimenta Hazel, entrando na sala de estar com um sorriso calmo. Ela se aproxima de Kristen, beijando sua testa com carinho, antes de cumprimentar Liang. — E a Eva, onde está? — pergunta, notando sua ausência.— Boa noite, querida. — Responde Kristen, com um olhar carinhoso, pousando as mãos sobre a barriga de Hazel. — Estava com saudades de você, pequeno. — Murmura, deixando um beijo suave em sua barriga. — Eva saiu para um encontro.— Um encontro? — Repete, surpresa, enquanto observa Hunter e Liang trocando cumprimentos formais. — Como assim, um en
Hunter caminha de um lado para o outro em frente à porta, tentando manter o controle enquanto assimilava as palavras de Owen. Cada detalhe parecia piorar a situação, e a pressão de lidar com tudo ao mesmo tempo, estava se tornando insuportável.— Quando isso aconteceu? — Pergunta Hunter, a voz tensa e controlada, enquanto o som abafado do choro de sua irmã chega ao fundo da ligação.— Há dois meses. — Responde Owen, com um peso na voz, observando Brooke encolhida no sofá, os soluços dela enchendo a sala.— Porra! — Exclama, a frustração explodindo. Dois meses. Era inacreditável que tivessem demorado tanto para receberem a notícia. — Estarei aí em alguns minutos. — Conclui, encerrando a ligação sem dar chance para mais explicações.Ao se virar, ele encontra Hazel se aproximando, o olhar dela já captando a seriedade da situação.— Está tudo bem? — Pergunta Hazel, a voz carregada de preocupação, seu olhar fixo no dele.Hunter se aproxima de Hazel, sua expressão fechada e séria. O abraço
A noite se arrasta, longa e dolorosa, com Brooke revivendo memórias felizes ao lado do pai. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, ela não conseguia afastar o amor que nutria por Michael. Quando a traição da mãe foi revelada, Brooke ainda era uma criança, e a figura de Michael se solidificou como uma presença constante e amorosa. O homem que ela conheceu como pai nos primeiros anos, o verdadeiro pai de Hunter, havia se afastado deles assim que soube da traição de sua esposa e irmão. Esse distanciamento fez com que Brooke se apegasse ainda mais a Michael.— Brooke, precisamos ir. — Declara Hunter, notando o cansaço no olhar de Hazel e preocupado com o bem-estar dela. — Se precisar de qualquer coisa, me ligue. — Instrui, puxando a irmã para um abraço firme e carinhoso, beijando o topo de sua cabeça.— Obrigada, irmão. — Responde Brooke, com a voz ainda embargada, segurando as lágrimas que teimavam em voltar.— Essa dor vai passar, Brooke. — Murmura Hazel suavemente, observando a vulnerab
A menção do oitavo mês de gravidez pega Hazel de surpresa, não pelo fato em si, mas pela rapidez com que tudo se desenrolou. Parecia que ontem ela ainda estava no início da gestação, cheia de incertezas, e agora estava quase na reta final. O tempo voou, cercado de desafios, decisões difíceis e momentos que testaram sua força. E agora, em pouco mais de uma semana e meia, ela estaria completando oito meses de gravidez, uma gravidez que não era só sua, mas da sua irmã. Mesmo assim, o vínculo que havia criado com o bebê era inegável, e esse pensamento a deixava confusa.No entanto, um calafrio percorre sua espinha. O parto se aproximava, e junto a isso, o receio de como seria entregar o bebê para sua irmã, Kristen, após o nascimento. Mesmo sabendo que era o plano desde o início, a ideia de se separar da criança, depois de tudo o que passou, a deixava apreensiva. O medo de ficar ociosa, sem algo para ocupar sua mente, só aumentava.— Não preciso de licença maternidade. — Responde Hazel rap
Alexander observa Liam com desdém, cada gesto dele carregado de uma confiança cruel. Ele pousa o copo no balcão com uma calma irritante, as mãos indo despretensiosamente aos bolsos, como se estivesse diante de alguém completamente derrotado.— Você perdeu, Liam. — Vocifera, o sorriso sarcástico ampliando a sensação de impotência que tentava impor. — Agradeça por eu não te mandar direto para a prisão. — Acrescenta, com deboche na voz, saboreando a provocação. Meses de tensão culminaram ali, e ele sabia que estava no controle.O som do soco de Liam na mesa quebra o ar. De repente, como uma fera solta, Liam avança, sem pensar, sem medir consequências. Seus punhos encontram o rosto de Alexander uma, duas, três vezes. O barulho seco dos golpes é brutal. Alexander cambaleia para trás, mas se recompõe, retaliando com um soco certeiro. A troca de golpes é caótica, o ambiente ao redor se desfazendo em um turbilhão de objetos caindo, vidro se quebrando e móveis sendo derrubados.Num acesso cego