No dia seguinte, Lucy se encara no espelho, vestida em sua melhor roupa, um conjunto social de uma das grifes mais famosas, presente de Evan. Durante os anos como amante dele, ela se acostumou a viver cercada pelas melhores coisas, mas seu verdadeiro desejo sempre foi ser a esposa rica e poderosa, ao lado de um empresário bem-sucedido. Agora, porém, ela tem plena consciência de que Evan nunca foi esse homem que ela imaginou.— Lucy, acho que isso não é uma boa ideia. — Adverte Evan, observando-a com inquietação. Ele claramente não gosta da ideia de sua amante ir até a casa de sua ex-esposa.— A idiota da sua ex-esposa não sabe de nada. — Rebate Lucy com um sorriso satisfeito no rosto. — Minha visita até a casa dela é só para descobrir o que elas realmente sabem sobre você. — Afirma com convicção, o sorriso dela agora refletido no rosto de Evan, que relaxa, encantado com a perspicácia dela.— Você é muito perspicaz. — Elogia, puxando-a para seus braços e a jogando na cama, subindo sobr
Na sala, Hunter e Liang permanecem em silêncio, atentos a cada palavra de Owen, que detalha a prisão da fisioterapeuta com precisão cirúrgica.— Ela pode alegar que não sabia que ele estava foragido. — Informa Owen, seus olhos afiados observando as reações dos dois homens à sua frente. As expressões deles refletem claramente o descontentamento com essa possibilidade. — Acredito que essa será a linha de defesa. No entanto, ela ainda será julgada pelo crime de falsa identidade. — Acrescenta, levando calmamente a xícara de café aos lábios, sua postura imperturbável.— Então existe a chance de ela não ser presa? — Questiona Liang, o incômodo evidente no tom da sua voz, quase imperceptível em seu comportamento usualmente controlado.— Sim, há uma grande chance de que ela tente barganhar. A localização do senhor Potter será sua moeda de troca para garantir a liberdade. — Responde, sem demonstrar preocupação, como se estivesse analisando uma jogada de xadrez. — O amor raramente sobrevive qua
No final da noite, após as despedidas, todos começam a ir embora, exceto Liang, que passará a noite na casa de Kristen, como já era comum entre eles. No apartamento de Hunter, ele observa Hazel mexer na pequena bolsa que sempre carrega com seus itens essenciais, pronta para mais uma noite ao lado dele.— Por que você não se muda para cá? — Pergunta Hunter de repente, fazendo-a parar e se virar para ele, surpresa.— O quê? — Questiona Hazel, visivelmente chocada.— Não acha que é uma boa ideia? — Indaga, aproximando-se e puxando-a suavemente para seus braços. Seus dedos acariciam o rosto dela, enquanto ele a beija com paixão.— Não estamos indo rápido demais? — Pergunta, ainda ofegante e tentando processar a proposta.— Você tem intenção de conhecer outras pessoas? — Questiona, se afastando só o suficiente para a olhar nos olhos, a expressão séria.— Claro que não. — Responde com convicção.— Então, por que esperar? Quero você aqui, comigo, todos os dias. — Murmura, sua voz suave, carr
Assim que chegam ao prédio do grupo NexGen, Hunter e Hazel assumem suas posturas habituais, profissionais e impecáveis. Mesmo após terem tornado público o relacionamento, o comportamento durante o expediente continua inabalavelmente formal. Cada interação é medida, cada palavra cuidadosamente escolhida, mantendo a separação clara entre o pessoal e o profissional.Na sala de Hunter, ele está imerso em pilhas de documentos, o foco absoluto em cada detalhe. No entanto, o toque repentino do telefone quebra sua concentração. Seu olhar pousa no aparelho e vê o ramal de sua secretária.— O que precisa, senhorita Clarke? — Pergunta Hunter, a voz calma e firme ao atender.— Senhor Hill, a senhorita De Luca está aqui. Ela deseja falar com o senhor. — Informa Georgina, mantendo a voz neutra, enquanto observa com cautela a mulher à sua frente, que tamborila os dedos na mesa, claramente impaciente.— Não há nada agendado com a senhorita De Luca. Peça para ela marcar um horário adequado. — Instrui,
No fim do expediente, enquanto se dirigem para casa, Hazel está mais calada do que o normal. O silêncio entre eles carrega um peso que reflete a tensão interna que ela sente. No dia seguinte, o resultado do exame de DNA finalmente terminará um dos ciclos mais desgastantes de sua vida. Ao olhar para trás, ela não consegue deixar de se recriminar por permitir que aquela mentira a consumisse de tantas formas. Ela se machucou, traiu quem amava e, ainda assim, agora, a solução parece assustadoramente simples. O perdão que recebeu, o carinho das pessoas que magoou, tudo parecia um alívio tão grande quanto inesperado.Ela respira fundo, perdida nos próprios pensamentos, até notar que o caminho que percorriam não era o de sempre.— Não vamos para o apartamento? — Pergunta Hazel, quebrando o silêncio, sua voz suave, mas carregada de curiosidade.— Tenho outros planos para esta noite. — Responde Hunter, sem tirar os olhos da estrada, o tom firme, mas com uma leveza que a faz se perguntar o que
Hazel se aconchega mais nos braços dele, pegando o controle e passando pelos aplicativos e filmes até encontrar uma comédia romântica, cujo enredo se passava em um vinhedo. Parecia a escolha perfeita, a mais próxima do momento mágico que ela estava vivendo. Um leve sorriso se forma em seus lábios enquanto ela aperta o botão de reprodução, deixando-se levar pela atmosfera ao seu redor.Conforme o filme avança, Hazel se sente completamente em paz nos braços de Hunter. Cada vez que ele delicadamente coloca uma fruta em sua boca, ou quando oferece um aperitivo, ela sente o carinho em cada gesto. E sempre que ele a faz beber o suco natural de uva, com aquele olhar atento e amoroso, Hazel não consegue deixar de sorrir. Cada pequena atitude dele a fazia se sentir especial, envolvida por uma sensação de segurança e ternura que ela jamais imaginou ser possível.A delicadeza com que ele cuidava de cada detalhe a fazia esquecer de qualquer problema ou preocupação. Naquele instante, nada mais impo
Na manhã seguinte, Hazel desperta num quarto pequeno, porém acolhedor, envolvida pela suavidade do colchão macio. Ela se espreguiça preguiçosamente, o corpo relaxado, enquanto seus olhos percorrem o ambiente simples. Ao notar sua pequena bolsa, colocada cuidadosamente sobre uma cadeira, um sorriso satisfeito se forma em seus lábios. Hunter havia ido até o apartamento dela, um gesto que lhe traz uma sensação calorosa de cuidado.Ela se levanta da cama, os músculos ainda despertando da noite anterior, e dá uma olhada ao redor. Uma porta entreaberta revela um pequeno banheiro, equipado com tudo o que ela precisa. O vapor do banho logo envolve o ambiente enquanto a água quente escorre pela sua pele, relaxando cada parte de seu corpo. Após se vestir com as roupas que Hunter trouxe, Hazel sai do quarto, explorando a pequena casa que mais se parece com uma cabana isolada, cercada pela tranquilidade.O cheiro inebriante de café fresco a guia pelos cômodos, até que ela chega à cozinha. Ali, en
Hunter se aproxima silenciosamente, e envolve Hazel em um abraço apertado, envolvendo-a com um carinho profundo enquanto ela se desfaz em lágrimas contra o peito dele. Ele não precisa ver o resultado. Para ele, já estava claro o que havia acontecido. Ele só aceitou fazer o exame porque sabia que era o que Hazel precisava para encontrar paz em seu coração.— Ele não é nosso, Hunter, não é nosso. — Sussurra, sua voz quase apagada, enquanto suas mãos se agarram aos ombros dele, como se ele fosse o único suporte que ainda a mantém de pé.— Eu sei, meu amor, eu sei. — Responde em um tom suave, quase como uma canção, enquanto acaricia os cabelos dela com ternura. — Sei que isso está te machucando agora, mas essa dor irá passar, eu prometo. — Afirma, se afastando ligeiramente, só o suficiente para segurar o rosto dela com delicadeza, seus polegares secando as lágrimas que teimam em cair. — Pense em tudo o que você fez pela sua irmã. Esse bebê é o sonho dela se tornando realidade, e você foi